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PRINCÍPIO
1.1.2 Volume O normal é de 2,0 a 5,0 mL, isso pode variar com o tempo de abstinência.
É característico, dando-se o nome de “sui generis”, mas que com o passar do tempo altera-se o
cheiro devido a três aminas prolialifáticas, denominadas Espermina, Espermidina e Putrescina.
O normal seria opalescente (branco opaco a cinza brilhante), mas pode variar em amarelo que
é indicativo de leucopermia e prospermia (inflamação da próstata); castanho que indica icterícia
obstrutiva; incolor-claro que mostra a diminuição de SPTZ ou ausência dos mesmos;
esbranquiçado, indicativo de grande quantidade de cristais ou aumento de SPTZ e
avermelhado ou hemorrágico, que indica hematospermia ou eritrospermia.
1.1.6 Viscosidade
Depende da ação resultante dos fatores de coagulação e liquefação, onde o normal pode
formar um fio de até 1,0 cm, mas pode também variar com viscosidade diminuída que dificulta
o atrito dos SPTZ, diminuindo a movimentação e viscosidade aumentada que também
dificuldade a movimentação dos SPTZ (viscosidade maior que 1,0 cm).
1.1.7 Reação pH
O normal é alcalino com intervalo de 7,2 a 8,0, seu aumento é indicativo de infecção no trato
reprodutivo e sua diminuição e associada ao aumento do fluido prostático, sendo que a
vesícula seminal contribui 70% com o pH alcalino e a próstata contribui com 30% do pH ácido.
1.1.8 Coagulação
O normal se dissolve de 5 a 30 minutos, mas também pode ser ausente (sem a formação do
coagulo) e persistente devido à disfunção prostática.
Pode ser completa, onde teve a dissolução do coagulo; primária, onde teve ausência do
coagulo e incompleta, que ainda apresente restos de coágulos.
A motilidade é avaliada pela velocidade e pela direção, o normal seria de 50% móveis e 50%
imóveis. Dentre os móveis devem ser verificados os rápidos, lentos e “in situ” (se movem, mas
não saem do lugar).
O espermatozóide normal possui uma cabeça em forma oval, com cerca de 5µm de
comprimento e 3µm de largura, e uma longa cauda flagelar com cerca de 45µm de
comprimento.
Os espermatozóides anormais são classificados da seguinte forma: 1. Cabeça: macrocéfalo,
microcéfalo, piriforme (semelhante a uma pêra), bicéfalo (cabeça dupla), tapering (em forma de
fita ou fusiforme), pin head (semelhante a cabeça de alfinete, minúscula), acéfalo (sem cabeça)
e microcéfalo com cabeça redonda e acrossomo ausente. 2. Peça intermediária: restos
citoplasmáticos (ectasias), angulação na inserção caudacabeça (pescocinho quebrado) e
espermatozóides unidos por peça intermediária. 3. Causa (flagelo): acaudais (ausência de
cauda), bicaudais, cauda espessa, cauda curta, cauda totalmente enrolada e cauda distalmente
enrolada. 4. Anomalias não classificadas (SPTZ amorfos). Também são pesquisadas células
da espermatogênese.
http://www.ebah.com.br/content/ABAAABapEAF/pop-s-espermograma
Conforme a intensidade da infecção pode ocorrer quadros obstrutivos que, dependendo dos
locais afetados, podem provocar azoospermia (ausência de espermatozóides), oligozoospermia
(diminuição do número de espermatozóides) e hipospermia (diminuição do volume ejaculado).
A pesquisa parasitaria é feita para identificação de alguma infecção por parasitas, dependendo
do parasita é feito o tratamento.
A pesquisa parasitaria é feita para identificação de alguma infecção por parasitas, dependendo
do parasita é feito o tratamento.
- Ácido cítrico: é produzido exclusivamente pela próstata e tem como função a manutenção do
equilíbrio osmótico do esperma e estabilizador dos processos de coagulaçãoliquefação. Em
casos de prostatites e processos neoplásicos esta substância encontra-se diminuída.
- Espermina, Espermidina e Putrescina: são três poliaminas, encontradas por todo o corpo,
porém em maior concentração no líquido prostático. A ausência desse odor característico está
relacionada com insuficiência prostática ou deficiências congênitas destas aminas.
Tanto a fosfatase ácida como suas frações prostáticas apresentam-se diminuídas nos
processos infecciosos e/ou obstrutivos, e estão elevadas nos processos neoplásicos.
Os espermatozóides são potencialmente antigênicos tanto para o homem como para a mulher.
Para o próprio homem, essa capacidade antigênica ocorre porque estas células, além de
serem haplóides, aparecem na puberdade, e o sistema imunológico reconhece os próprios
antígenos no período perinatal. O homem pode apresentar auto-anticorpos contra
espermatozóides no líquido seminal e no sangue. Assim, os anticorpos anti-espermatozóides
podem provocar a imobilização do gameta masculino ou impedir que ocorra a penetração no
gameta feminino.
- Caso o paciente apresente dificuldades para coletar o material, recomenda-se a coleta logo
pela manhã, antes de urinar;
- Caso o paciente deseja fazer a dosagem de frutose, deve-se estar de jejum de 12 horas; - O
paciente deve ser instruído para evitar perdas de material;
Os frascos de coleta deverão ser de vidro neutro, de abertura suficientemente larga, e deverão
estar rigorosamente estéreis. Devem ser resistentes o suficiente para se evitar acidentes
lamentáveis. O material deverá ser lavado com sabões neutros ou aniônicos e enxugado muito
bem para se evitar a presença de resíduos saponáceos.
O material deverá ser incubado na estufa a 37o C para que se possa identificar o tempo de
liquefação.
- Identificação incorreta;
4. REAGENTES
- Fita reativa (mesma usada na uranálise), para determinar o pH; - Solução salina para diluição;
- Lâminas e lamínulas;
- Microscópio;
- Espectrofotômetro;
- Banho-maria;
- Fitas reativas;
- Materiais para cultura: placas de Petri, alça de platina, Ágar, entre outros;
- Estufa e capela.
• Imotilidade (%)
Inúmeras são as vantagens sobre o exame realizado de forma manual, dentre as quais pode-
se citar: diminuição da subjetividade do método e a diminuição da subjetividade em relação ao
operador, avaliação dos espermatozóides viáveis como também a velocidade da progressão
em minutos, tornando a avaliação da fertilidade mais segura, aumentando a precisão e
exatidão do exame.
6. PROCEDIMENTOS
A maioria dos procedimentos analisados só poderá ser estudada após a liquefação total do
material.
Na coagulação deve-se observar se houve ou não formação do coágulo logo após a coleta. Na
liquefação espera-se uma hora depois de colhido o material para observar se houve a
dissolução completa do coágulo.
Deve-se também observar a cor e o cheiro. O aspecto após liquefação deve ser homogêneo e
a viscosidade deve ser até 1,0 cm. Usa-se uma fita reativa (mesma usada na uroanálise) para
determinar o pH. Para aferir o volume e determinar a viscosidade usa-se uma pipeta graduada.
Trata-se de uma avaliação objetiva, realizada por exame microscópico da amostra não diluída.
Coloca-se a amostra na lâmina e cobre-se com uma lamínula determinando a porcentagem de
espermatozóides que apresentam motilidade ativa. Os espermatozóides devem ser avaliados
em seu movimento progressivo para frente.
Devem ser examinados aproximadamente 25 campos de grande aumento. A porcentagem e a
qualidade da motilidade devem ser determinadas em cada campo, devendose registrar uma
média desses resultados.
Nos móveis deve-se relatar a porcentagem de translativos rápidos, translativos lentos e móveis
“in situ”. Dentre os imóveis determina-se a porcentagem de eosina negativos e positivos.
Para a determinação dos móveis e imóveis com eosina, coloca-se uma gota do corante eosina
em uma gota da amostra não diluída na lâmina e cobre-se com lamínula. Os espermatozóides
corados com a eosina aparecem alaranjados, pois eles absorvem o corante, sendo estes os
mortos. Os vivos não absorvem o corante, ficando da cor natural.
Deve-se fazer um esfregaço em uma lâmina com a amostra não diluída e corar pelo método de
Gram. Se necessário fazer cultura. Observar no microscópio na objetiva de 100x. No laudo
relatar a presença ou ausência de microrganismos.
Deve-se ter um cuidado especial na coleta do sêmen para cultura. É necessário uma
higienização mais rigorosa e o paciente deve urinar antes da coleta da amostra, para evitar
contaminações. A cultura do plasma seminal para verificar a presença de microorganismos
tanto aeróbicos quanto anaeróbicos pode ajudar no diagnóstico da infecção de glândula
acessória, particularmente da próstata. Na cultura de bactérias aeróbicas, se a concentração
de bactérias exceder a 1000 unidades formadoras de colônias (CFU)/ml deve-se determinar os
tipos de colônias. Se as colônias parecerem uniformes, precisa-se fazer a determinação da
sensibilidade a antibióticos. Se tiverem aspectos distintos, pode-se suspeitar de contaminação.
Se a concentração de bactérias for menor que 1000 CFU/ml, a cultura deve ser considerada
negativa com respeito a microorganismos aeróbicos.
Pesquisa de fungos
Após a coleta é colocado um pouco do material em um tubo com meio de crescimento, para
que, se houver algum fungo, ele começar a se multiplicar. Esse tubo é incubado por alguns
dias a 37 ºC, e após esse tempo, observa-se o desenvolvimento do fungo ou não. Se houver
crescimento de algum fungo, é retirada uma parte desse material e feito um esfregaço, para ser
observado o tipo do fungo, para melhor tratamento.
Pesquisa de parasitos
A pesquisa de parasitas é feita através de esfregaço fixando e corado para melhor identificação
das estruturas presentes.
Pesquisa de cristais
Se for feito uma coleta correta do material, a presença de cristais, dependendo do cristal, pode
indicar alguma alteração que esta liberando esses cristais no ejaculado. Então são feita outras
pesquisas para identificar a causa dessa presença de cristais.
A OMS recomenda a análise de pelo menos um marcador bioquímico para cada glândula
acessória genital, e há vários parâmetros seminais disponíveis para esta avaliação. Ácido
cítrico, zinco, g-glutamil transpeptidase e fosfatase ácida para a glândula prostática, frutose e
prostaglandinas para as vesículas seminais, L-carnitina livre, glicerilfosforilcolina e a-
glucosidase para os epidídimos podem ser utilizados como marcadores.
- Zinco: níveis seminais deste cátion são determinados pelo método de Vallee &
Gibson. Consideram-se normais os valores entre 100 e 200 mg/ml. Valores baixos são
detectados quando há uma deficiência na atividade secretora da próstata, sobretudo aquela
causada por infecções. Valores elevados indicam que há um predomínio de secreção
prostática no ejaculado. Neste caso, o pH seminal geralmente é igual a 7,3.
- Espermina, Espermidina e Putrescina: são três poliaminas, encontradas por todo o corpo,
porém em maior concentração no líquido prostático. A ausência desse odor característico está
relacionada com insuficiência prostática ou deficiências congênitas destas aminas.
- A-glucosidase: até recentemente a L-carnitina era o marcador epididimário mais utilizado, mas
a dosagem da a-glucosidase foi instituída ultimamente em algumas clínicas. Há duas formas
isômeras da a-glucosidase no plasma seminal: a mais importante, neutra, originase
exclusivamente dos epidídimos e a menos importante, ácida, origina-se principalmente da
próstata. A a-glucosidase neutra tem se mostrado um marcador epididimário mais específico e
sensitivo que a L-carnitina e a glicerilfosforilcolina e sua dosagem é, portanto, de melhor valor
diagnóstico para a obstrução ductal distal, quando usada em conjunção com parâmetros
hormonais e testiculares. Além do mais, a técnica de dosagem da a-glucosidase neutra é mais
simples, mais barata e consome menos tempo que as dos outros marcadores.
Os anticorpos IgA têm maior importância clínica que os anticorpos IgG. Estes anticorpos
interferem em diversas etapas do processo de reprodução humana e reduzem as chances de
fertilização. Os anticorpos anti-espermáticos não destroem nem imobilizam os
espermatozóides, eles podem interferir no funcionamento espermático através da sua simples
aderência à membrana plasmática dos espermatozóides. Essa aderência pode levar a
aglutinação dos espermatozóides. Os anticorpos anti-espermáticos interferem também na
penetração normal e no trânsito dos espermatozóides no muco cervical.
Para a contagem de outras células como hemácias, leucócitos ou células epiteliais utiliza-se a
seguinte fórmula: Nº de células contadas x 50 / mm³.
Volume: 2,0 – 5,0 mL Aspecto após liquefação: Homogêneo Cheiro: “Sui generis” Cor:
Opalescente Viscosidade: Normal (até 1,0 cm) pH: 7,0 – 8,0 Coagulação: Normal Liquefação:
Completa
Móveis: ≥ 50%
Imóveis: ≤ 50%
Morfologia:
Normais: ≥ 50% Anormais: < 50% Células da espermatogênese: ≤ 10% em 100 SPTZ
Frutose: 1,0 – 3,5 mg/mL Ácido cítrico: 3,8 – 8,0 mg/mL Fosfatase ácida: 400 - 700 UI/mL
Zinco: 100 - 200 mg/mL
- Citar a utilização de soros controles nas análises realizadas juntamente com a freqüência da
utilização dos mesmos; - Descrever o procedimento de verificação de novos lotes de controles
e reagentes.