PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Um cacho de bananas, um cardume de peixes ou uma porção
5.1. LINGUAGEM BÁSICA DE CONJUNTOS: de livros são todos exemplos de conjuntos.
PERTINÊNCIA, INCLUSÃO, REUNIÃO, Conjuntos, como usualmente são concebidos, têm elementos.
IGUALDADE E INTERSEÇÃO. Um elemento de um conjunto pode ser uma banana, um peixe ou
um livro. Convém frisar que um conjunto pode ele mesmo ser ele-
mento de algum outro conjunto.
Por exemplo, uma reta é um conjunto de pontos; um feixe de
Número de Elementos da União e da Intersecção de retas é um conjunto onde cada elemento (reta) é também conjunto
Conjuntos (de pontos).
Em geral indicaremos os conjuntos pelas letras maiúsculas A,
Dados dois conjuntos A e B, como vemos na figura abaixo, B, C, ..., X, e os elementos pelas letras minúsculas a, b, c, ..., x, y,
podemos estabelecer uma relação entre os respectivos números de ..., embora não exista essa obrigatoriedade.
elementos. Em Geometria, por exemplo, os pontos são indicados por le-
tras maiúsculas e as retas (que são conjuntos de pontos) por letras
minúsculas.
Outro conceito fundamental é o de relação de pertinência que
nos dá um relacionamento entre um elemento e um conjunto.
n(A ∪ B ∪ C) = n(A) + n(B) + n(C) - n(A ∩ B) - Uma vez que “tal que” pode ser denotado por t.q. ou | ou ainda
- N(A ∩ C) - n(B ∩ C) + N(A ∩ B ∩ C) :, podemos indicar o mesmo conjunto por:
{x, t . q . x tem a propriedade P} ou, ainda,
Observe o diagrama e comprove. {x : x tem a propriedade P}
Conjuntos Exemplos
Conjuntos Primitivos - { x, t.q. x é vogal } é o mesmo que {a, e, i, o, u}
- {x | x é um número natural menor que 4 } é o mesmo que
Os conceitos de conjunto, elemento e pertinência são primiti-
{0, 1, 2, 3}
vos, ou seja, não são definidos.
- {x : x em um número inteiro e x2 = x } é o mesmo que {0, 1}
Didatismo e Conhecimento 1
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Pelo diagrama de Venn-Euler: O diagrama de Venn-Euler con- Simbolicamente
siste em representar o conjunto através de um “círculo” de tal for- x∊A ⇔{x}⊂A
ma que seus elementos e somente eles estejam no “círculo”. x∉A ⇔{x}⊄A
Exemplos Igualdade
- Se A = {a, e, i, o, u} então
Sejam A e B dois conjuntos. Dizemos que A é igual a B e
indicamos por A = B se, e somente se, A é subconjunto de B e B é
também subconjunto de A.
Simbolicamente: A = B ⇔A⊂B e B⊂A
Demonstrar que dois conjuntos A e B são iguais equivale, se-
gundo a definição, a demonstrar que A ⊂ B e B ⊂ A.
Segue da definição que dois conjuntos são iguais se, e somente
- Se B = {0, 1, 2, 3 }, então se, possuem os mesmos elementos.
Portanto A ≠ B significa que A é diferente de B. Portanto A ≠ B
se, e somente se, A não é subconjunto de B ou B não é subconjunto
de A. Simbolicamente: A ≠ B ⇔A⊄ B ou B⊄A
Exemplos
Didatismo e Conhecimento 2
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
- A = {1, 2, 3} e B = {2, 3, 4}
CAB = A – B = {1} e CBA = B – A = {14}
- A = {0, 2, 4} e B = {1 ,3 ,5}
CAB = A – B = {0,2,4} e CBA = B – A = {1,3,5}
Exemplos
Observações: Alguns autores preferem utilizar o conceito de
- {2,3}∪{4,5,6}={2,3,4,5,6} completar de B em relação a A somente nos casos em que B ⊂ A.
- {2,3,4}∪{3,4,5}={2,3,4,5}
- Se B ⊂ A representa-se por B o conjunto complementar de
- {2,3}∪{1,2,3,4}={1,2,3,4}
B em relação a A. Simbolicamente: B ⊂ A ⇔ B = A – B = CAB`
- {a,b} ∪ {a,b}
Intersecção de conjuntos
Exemplos
Exercícios
Subtração
1. Assinale a alternativa a Falsa:
A diferença entre os conjuntos A e B é o conjunto formado por a) ⊂ {3}
todos os elementos que pertencem a A e não pertencem a B. Repre- b) (3) ⊂ {3}
senta-se por A – B. Simbolicamente: A – B = {X | X ∊ A e X ∉ B} c) ∉ {3}
Didatismo e Conhecimento 3
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d) 3 ∊ {3} 2) Solução:
e) 3 = {3} a) Verdadeira, pois 2 é elemento de A.
b) Falsa, pois {2} não é elemento de A.
2. Seja o conjunto A = {1, 2, 3, {3}, {4}, {2, 5}}. Classifique c) Verdadeira, pois 3 é elemento de A.
as afirmações em verdadeiras (V) ou falsas (F). d) Verdadeira, pois {3} é elemento de A.
a) 2 ∊ A e) Falsa, pois 4 não é elemento de A.
b) (2) ∊ A
c) 3 ∊ A 3) Resposta “32”.
d) (3) ∊ A Solução: Lembrando que: “Se A possui k elementos, então
e) 4 ∊ A A possui 2k subconjuntos”, concluímos que o conjunto A, de 5
elementos, tem 25 = 32 subconjuntos.
3. Um conjunto A possui 5 elementos . Quantos subconjuntos
(partes) possuem o conjunto A? 4) Resposta “10”.
Solução: Se k é o número de elementos do conjunto A, então
4. Sabendo-se que um conjunto A possui 1024 subconjuntos, 2k é o número de subconjuntos de A.
quantos elementos possui o conjunto A? Assim sendo: 2k=1024 ⇔ 2k=210 ⇔ k=10.
Respostas
1) Resposta “E”.
Solução: A ligação entre elemento e conjunto é estabelecida
pela relação de pertinência (∊) e não pela relação de igualdade (=).
Assim sendo, 3∊{3} e 3≠{3}. De um modo geral, x ≠ {x}, ∀x. A∩C={4,6}
Didatismo e Conhecimento 4
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6) Resposta “X={1;3;5}”. Sejam:
Solução: Como X∩A= e X∪A=S, então X=A =S-A=CsA
⇒X={1;3;5} A o conjunto dos meninos ruivos e n(A) = x
B o conjunto das meninas ruivas e n(B) = 9
C o conjunto dos meninos não-ruivos e n(C) = 13
D o conjunto das meninas não-ruivas e n(D) = y
De acordo com o enunciado temos:
7) Resposta “X = {2;3;4}
Solução: Como A⊂X, então A∪X = X = {2;3;4}. Assim sendo
n[(A∪B)∪(B∪D)]=n(A)+n(B)+n(C)+n(D)=15+9+33=57
Didatismo e Conhecimento 5
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Multiplicação
5.2. OS CONJUNTOS DOS NÚMEROS NA-
TURAIS, INTEIROS, RACIONAIS E REAIS. É a ação de multiplicar. Denomina-se a operação matemática,
5.2.1. OPERAÇÕES DE ADIÇÃO, MULTIPLI- que consiste em repetir um número, chamado multiplicando, tantas
CAÇÃO, SUBTRAÇÃO, DIVISÃO, POTEN- vezes quantas são as unidades de outro, chamado multiplicador,
CIAÇÃO E RADICIAÇÃO. para achar um terceiro número que representa o produto dos dois.
5.2.2. A RETA NUMÉRICA. 5.2.3. PROPRIE- Definindo ainda, multiplicação é a adição de parcelas iguais,
DADES ESPECÍFICAS DE CADA UM DOS onde o produto é o resultado da operação multiplicação; e os
CONJUNTOS: 5.2.3.1. NATURAIS: MÚL- fatores são os números que participam da operação.
TIPLOS E DIVISORES, FATORAÇÃO EM 5. 8 = 40 onde 5 e 8 são os fatores e 40 é o produto.
PRODUTOS DE PRIMOS MÁXIMO DIVISOR
COMUM E MÍNIMO MÚLTIPLO COMUM. Divisão
5.2.3.2. INTEIROS: MÚLTIPLOS E DIVISO-
RES. 5.2.3.3. RACIONAIS E REAIS: REPRE- É o ato de dividir ou fragmentar algo. É a operação na
SENTAÇÃO DECIMAL. matemática em que se procura achar quantas vezes um número
contém em outro ou mesmo pode ser definido como parte de um
todo que se dividiu. À divisão dá o nome de operação e o resultado
é chamado de Quociente.
São todos os números inteiros positivos, incluindo o zero. É
representado pela letra maiúscula N. N = {0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 1) A divisão exata:
9, 10,…} O zero corresponde à ausência de unidades. A sucessão Veja: 8: 4 é igual a 2, onde 8 é o dividendo, 2 é o quociente, 4
dos números naturais começa pelo zero e cada número é obtido é o divisor, 0 é o resto.
acrescentando-se uma unidade ao anterior. Não existe o maior A prova do resultado é: 2 x 4 + 0 = 8
número natural, ou seja, a sucessão dos números naturais é infinita.
Se excluirmos o zero teremos um novo conjunto: o conjunto dos 2) A divisão não-exata: Observe este exemplo: 9: 4 é igual a
∗ ∗
números naturais não nulos, que se indica por N . N = {1, 2, 3, resultado 2, com resto 1, onde 9 é dividendo, 4 é o divisor, 2 é o
4, 5...} quociente e 1 é o resto.
Na sucessão de números naturais, dois ou mais números que A prova do resultado é: 2 x 4 + 1 = 9
se seguem são chamados consecutivos. Exemplo: 7 8 e 9 são
números naturais consecutivos. Todo número natural tem um Potenciação
antecessor, com exceção do zero, que é o menor número natural.
Todo número natural tem um sucessor. Ex: O sucessor de 8 é 9; o É uma multiplicação de fatores iguais
antecessor de 19 é 18.
O conjunto formado por 0, 2, 4, 6, 8, 10, 12... é chamada Exemplo 1:
conjunto dos números naturais pares. O conjunto formado por 1,
3, 5, 7, 9, 11,... é chamada conjunto dos números naturais ímpares.
Adição
A primeira operação fundamental na Matemática é a adição.
Base=2
Esta operação nada mais é que o ato de adicionar algo. É reunir
Expoente = 4
todos os valores ou totalidades de algo. A adição é chamada
Potência = 16 [Resultado da operação]
de operação. A soma dos números chamamos de resultado da
Lê-se: Dois elevado à quarta potência.
operação.
Ex: 10 + 5 = 15
Exemplo 2:
10 e 5 são as parcelas; 15 é a soma ou resultado da operação de
adição. A operação realizada acima se denomina, então, ADIÇÃO.
53 = 5.5.5= 125 (3 fatores iguais)
A adição de dois ou mais números é indicada pelo sinal +.
Base=5
Expoente = 3
Subtração Potência = 125 [Resultado da operação]
A subtração é o ato ou efeito de subtrair algo. É diminuir Lê-se: Cinco elevado à terceira potência.
alguma coisa. O resultado desta operação de subtração denomina-
se diferença ou resto. Potências especiais:
Exemplo: 9 – 5 = 4
Essa igualdade tem como resultado a subtração. 1- O número um elevado a qualquer número é sempre igual
Os números 9 e 5 são os termos da diferença 9-5. Ao número a 1.
9 dá-se o nome de minuendo e 5 é o subtraendo. Ex: 15= 1
Didatismo e Conhecimento 6
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2- Zero elevado a qualquer número é sempre igual a zero. Em termos mais precisos, dado um número natural a
Ex: 06 = 0 denominado radicando e dado um número natural n denominado
índice da raiz, é possível determinar outro número b,
3- Qualquer número (diferente de zero) elevado a zero é denominado raiz enésima de a, representada pelo símbolo n a ,
sempre igual a 1. tal que b elevado a n seja igual a a.
Ex: 50= 1
Este é o símbolo de raiz ou sinal de raiz ou simplesmente
4- Potências de base 10 é igual a 1 seguido de tantos zeros radical.
quanto estiver indicando no expoente.
Ex: 104= 10000 ( 4 zeros pois o expoente é 4) Ex: 25 = 5 porque 52=5.5=25
3
27 = 3 porque 33= 3.3.3=27
5- Qualquer número elevado a 1 é igual a ele mesmo. 5
32 = 2 porque 25= 2.2.2.2.2=32
Ex: 81= 8
Expressões numéricas
Propriedades da potenciação
Para resolver uma expressão numérica efetuamos as operações
1º) Multiplicação de potências de mesma base. obedecendo a seguinte ordem:
Ex: 1º) Potenciação e radiciação na ordem em que aparecem
35 . 32 . 33 = 310 2º) Multiplicação e divisão na ordem em que aparecem
24 . 2. 23 . 22 . 2 = 211 3º) Adição e subtração na ordem em que aparecem.
Para escrever o produto de potências de mesma base, Há expressões em que aparecem os sinais de associação que
conservamos a base e somamos os expoentes. devem ser eliminados na seguinte ordem:
1º) ( ) parênteses
2º ) Potência de potência. 2º) [ ] colchetes
(22)3 = 22. 22. 22 = 22+2+2= 26 = 64
3º) { } chaves
(22)4 = 22. 22. 22. 22 = 22+2+2+2= 28 = 256
Para escrever a potência elevada a outro expoente, conserva-
Ex: Resolver a expressão:
se a base e multiplicam-se os expoentes.
[(5² - 6.2²). 3 + (13 – 7)²: 3]: 5 =
3º) Divisão de potências de mesma base
= [(25 – 6.4). 3 + 6²: 3]: 5 =
128 : 126 = 128–6 =
= [(25 – 24). 3 + 36: 3]: 5 =
122 25 : 23 = 25-3 = 22
= [1.3 + 12]: 5 =
Para escrever o quociente de potências de mesma base,
conservamos a base e subtraímos os expoentes. = [3 + 12]: 5 =
= 15: 5 = 3
Observação: Quociente significa o resultado de uma divisão.
Números Inteiros
Radiciação
É o conjunto formado pelos números inteiros positivos, zero
Observe os termos da radiciação: e números inteiros negativos. O conjunto Z é uma ampliação do
conjunto N.
Z= {...-3,-2,-1,0,1,2,3...}
Os subconjuntos de Z são:
Z*= {... -3, -2, -1, 1, 2, 3...}
* = excluir o zero do conjunto.
Z+ = {0, 1, 2, 3, 4...}
Onde: Z- = {... -3, -2, -1, 0}
n = representa o termo da radiciação chamado Radical. É o Z*+= {1, 2, 3, 4...}
índice. Z*-= {..., -3, -2, -1}
X = representa o termo da radiciação chamado de radicando.
Relação de ordem nos números inteiros
Temos que radiciação de números naturais é a operação
inversa da potenciação. Observe abaixo: Quando estabelecemos uma relação de ordem entre dois
números, estamos identificando se eles são iguais, ou qual deles é
o maior. Observe a reta numérica.
Didatismo e Conhecimento 7
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Se a base é negativa e o expoente é impar o resultado é
negativo
Para juntar números com sinais iguais, adicionamos os 2- Para eliminar parênteses usamos a mesma regra de sinais da
valores absolutos e conservamos o sinal. Quando o número tem multiplicação e da divisão.
sinais diferentes, subtraímos os valores absolutos e conservamos Ex:
o sinal do maior. -(+4) = -4
Ex: -(-5) = +5
+5+7 = +12
-5 -7 = -12 Expressões Numéricas em Z
+5 –7 = -2
-5 +7 = +2 Para resolver uma expressão numérica devemos obedecer a
seguinte ordem:
Multiplicação e divisão de números inteiros 1º) Resolver as potenciações e radiciações na ordem em que
aparecem
Para multiplicar ou dividir números inteiros efetuamos a 2º) Resolver as multiplicações e divisões na ordem em que
operação indicada e usamos a regra de sinais abaixo: elas aparecem
3º) Resolver as adições e subtrações na ordem em elas
+ + = + Sinais iguais, resultado positivo. aparecem
--=+
Há expressões em que aparecem os sinais de associação que
+ - = - Sinais diferentes, resultado negativo. devem ser eliminados na seguinte ordem:
-+=- 1º) ( ) parênteses
2º) [ ] colchetes
Ex: (+4) . (+5) = +20 (+30) : (+6) = +5 3º) { } chaves
(-3) . (-6) = +18 (- 20) : (-5) = +4 (+8) . (-3) = -24
(+18) : (-3) = -6 (-6) (+5) = -30 (- 15) : (+5) = -3 Exercícios Resolvidos
Didatismo e Conhecimento 8
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Resolução 6 3 24 15 9
-11+(+10) = -11+10 = -1 2) − = − = ( o mmc entre 5 e 4 é 20)
5 4 20 20 20
2- Quais são os números inteiros entre -2 e 1 incluindo esses
dois? Multiplicação e divisão com números fracionários
Resolução:
-2,-1,0,1 Para multiplicar números racionais na forma de fração, devemos
multiplicar os numeradores, multiplicar os denominadores, usar
3- Calcule as potências e resolva as operações: a regra de sinais quando necessário e quando possível fazer a
(-5)1- [(-2)5: 4-7] + (-1)379. (-5)2R simplificação.
Ex:
Resolução: −4 3 = −12 (nesse caso o resultado é uma fração
5-[-32:4-7]+(-1).(+25) .
5 7 35
-5-[-8-7]+(-25)
5-[-15]-25 irredutível, pois não pode ser simplificada).
-5+15-25
+10 -25 -15 7 5 2 = 1 (nesse caso o resultado foi simplificado
− =
4 4 4 2
Números Racionais
dividindo o numerador e o denominador por 2).
Os números racionais é um conjunto que engloba os
números inteiros(Z). Números decimais finitos (por exemplo, Para dividir números racionais na forma de fração, devemos
743,8432) e os números decimais infinitos periódicos (que repete multiplicar a primeira fração pelo inverso da segunda, usando
uma sequência de algarismos da parte decimal infinitamente). também a regra de sinais e a simplificação do resultado quando
Como “12,050505…”, são também conhecidas como dízimas possível.
periódicas. Os racionais são representados Ex:
a pela letra Q. Todo
número racional pode ser escrito na forma , com a ∈ Z , b ∈ Z 3 2 3 3 9
b ser representado por : = . =
e b ≠ 0 Um mesmo número racional pode 5 3 5 2 10
diferentes frações, todas equivalentes entre si.
−5 3 −5 2 −10 −5
Ex: 1 = 2 = 3 = − 1 = − 2 = ... : = . = =
2 4 6 −2 −4
4 2 4 3 12 6
Um número racional pode ser representado por um número
decimal exato ou periódico. Potenciação e radiciação com números fracionários
Todos os números inteiros pertencem aos racionais. Ex: ⎛⎜ −3 ⎞⎟ = +9 (elevamos o numerador -3 e o denominador
⎝ 7⎠ 49
Reta numérica Racional 7 ao expoente 2, lembrando que número negativo elevado a
expoente par dá resultado positivo) Extrair a raiz quadrada de uma
Números decimais
Adição e subtração com números fracionários
Os números decimais exatos e as dízimas periódicas também
Para adicionar ou subtrair números racionais na forma de fração pertencem ao conjunto Q.
devemos observar os seus denominadores. Se os denominadores
são iguais, efetuamos as operações e conservamos o mesmo Adição e subtração com decimais: Na adição ou subtração
denominador. Se os denominadores são diferentes, reduzimos ao com decimais devemos escrever as parcela colocando vírgula
mesmo denominador usando o m.m.c. e depois procedemos como embaixo de vírgula, e resolver a operação.
no caso anterior. Ex: 4,879 + 13,14 → Parcelas 13, 140 → Acrescentamos o
Ex: zero para completar casas decimais.+4,879 + 18,019 → Soma
1) −1 + 8 = 7 total.
3 3 3
Didatismo e Conhecimento 9
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Multiplicação e divisão com decimais: Na multiplicação b) (+3) 2 −(−2) 0 + (−4)1
2 3 2 0
de números decimais, multiplicamos os números sem considerar c) (−6) .(−4) − (−10) : (+5) + (−35)
a vírgula e colocamos a vírgula no resultado contando as casas
decimais dos dois fatores: 5- Descubra que número é:
Ex: 2,35 x 4,3 = 10,105 (no resultado temos 3 casas decimais a) -(-15)
pois são 2 casas no fator 2,35 e uma casa no fator 4,3). b) -(+3)
Na divisão igualamos as casas decimais, cortamos as vírgulas c) -(-2001)
e resolvemos a divisão. d) -(+217)
Ex: 1,4: 0,05
Igualamos as casas decimais: 1,40: 0,05 6- Dê três exemplos de:
Cortamos as vírgulas 140: 5 a) números menores que +1.
Resolvemos a divisão 140:5 = 28 b) números menores que -10.
c) números negativos maiores que -10
Potenciação e radiciação com decimais: Para elevar um
número decimal a um expoente dado, procedemos como a potência 7- Qual é o número maior
com número inteiro, respeitando a regra de sinais da multiplicação. a) +44 ou -100?
Lembrar que potenciação é uma multiplicação de fatores iguais. b) -20 ou +8?
3
Ex: (3,2) = (3,2). (3,2). (3,2) = 32,768 c) -17 ou -10?
d) -5 ou 0?
Para calcular a raiz quadrada de um número decimal podemos
8- Encontre o valor das expressões:
transformá-lo em uma fração e depois calcular.
a) -9-(-23+12-1)-(21-9)
16
4 b) -5. (-2) + (-3+5). (-1)
Ex: 0,16 = 100 = = 0,4 c) (-16): 4 . (-2) + (-2)
10
d) 6 : (-3) + 2(-1) -20 : (-4)
Números Reais
9- Considere as afirmações:
O conjunto dos números reais contém os números racionais I. Qualquer número negativo é menor que zero.
(naturais, inteiros e fracionários) e os números irracionais e é II. Qualquer número positivo é maior que zero.
representado pela letra R. III. Qualquer número negativo é menor que um número
OBS: Quando relacionamos elementos e conjuntos usamos positivo.
os símbolos ∈ (pertence) ou ∉ (não pertence) e quando Quais dessas afirmações são verdadeiras?
relacionamos conjunto com conjunto usamos os símbolos ⊂ (está
contido) ou ⊄ (não está contido). 10- Descubra o número que deve ser adicionado a +25 para
que a soma seja +20.
Ex: 2 ∈ Z
-2 ∉ N 11- Calcule o valor de cada expressão a seguir:
N ⊂ Z
I ⊄ Q 2 2
a) 5 − − 1
Exercícios Propostos 3 6
3 2
1- Quais são os números inteiros; b) (-0,6) + (-1,5)
a) de -1 a -5, incluindo esses dois números?
b) de -4 a 3, incluindo, esses dois números? 2 3
−3 −8 1 −3
c) . − :
2- Qual é: 2 27 2 16
a) o valor absoluto de 7?
3 3
b) o valor absoluto de -9? d) (1,1) . 2-(-0,2) +3
3- Verifique se estes números são opostos: 12- Uma garota, caminhando rapidamente, desenvolveu uma
a) +15 e -15 velocidade de aproximadamente 5,2km/h. Nessas condições, se
b) +9 e -9 caminhar 18,72 quilômetros, ela demorará quantos horas?
c) -14 e +14
d) -4 e +2 13- O número racional X = (-0,62): (-3,1). (-1,2) + 0,4 – 2.
Está compreendido entre dois números inteiros a e b consecutivos.
4- Qual é o valor das expressões: Determine os números a e b.
3 2 3
a) 25 − [( −3) +6 ]−[ − ( −4 ) .3 + 5.( −2 ) ] 14- Encontre o valor dos radicais:
Didatismo e Conhecimento 10
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21- Na divisão de n por d, o quociente é igual a 8 e o resto é
a) 81 igual a 1. Se n - d = 85, então n é igual a:
121 a) 107
b) 104
b) - 225 c) 102
196 d) 98
e) 97
15- Encontre o valor das expressões:
22- (concurso Agente Administrativo - Pref. P. Alegre/2012)
a) ⎛⎜ −2 ⎞⎟ : ⎛⎜ −5 ⎞⎟ . 1 − 2 Cinco automóveis estão sendo analisados em relação à
⎝ 3⎠ ⎝ 6⎠ 5 quilometragem rodada por litro de combustível. Cada um deles
apresenta consumo diferenciado: 9,8km/L, 10 km/L, 12,5km/L,
15km/L e 16,2km/L. O que aconteceria com a média do consumo
b) ⎡ 1 .⎛⎜ −3 ⎞⎟ − 2 ⎤ .⎛⎜ −7 ⎞⎟ desse grupo se outro automóvel com consumo de 12,7km/L fosse
⎢ ⎝ ⎠ ⎥⎝ ⎠
⎣3 4 ⎦ 6 nele incluído?
a) Diminuiria em 2km/L.
16- A cidade de Peixoto de Azevedo tem aproximadamente b) Aumentaria em 1,2km/L.
19.224 habitantes. Se um terço da população é composto de c) Diminuiria em 0,3km/L.
jovens, pode-se dizer que: d) Permaneceria a mesma
a) o número de jovens é superior a 7.000
b) o número de jovens é igual a 648 Respostas dos exercícios propostos:
c) o número de jovens está entre 6.000 e 7000
d) o número de jovens é inferior a 5.000 1-
e) o número de jovens é igual a 6.480 a) -5, -4, -3, -2, -1
b) -4, -3, -2, -1, 0, 1, 2, 3
17- O rótulo informa que o detergente A rende 16 litros. Qual
é o rendimento de três desses produtos? 2-
a) 32 litros a) 7
b) 1.500 ml b) 9
c) 1.500 litros
d) 48 litros 3-
e) 4,8 litros a) sim
b) sim
18- Um carro faz 11 quilômetros com um litro de combustível. c) sim
A distância entre a cidade A e a cidade B é de 691 quilômetros. d) não
Quantos litros de combustível são necessários para esse carro ir e
voltar e circular mais 103 quilômetros? 4-
a) 135 litros de combustível a) +114
b) 155 litros de combustível b) +4
c) 62,5 litros de combustível c) -103
d) 270 litros de combustível
e) 153 litros de combustível 5-
a) -15
19- José é João fizeram uma viagem de férias. José guiou b) -3
694 quilômetros e João guiou 245 quilômetros a mais que José. c) +2001
Quantos quilômetros guiaram os dois? d) -217
a) 1384.
b) 1576. 6-
c) 1633. a) zero e todos os nº negativos
d) 1893. b) -11, -12, -13,...
e) 1921. c) -9, -8, -7
Didatismo e Conhecimento 11
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
8- Unidades de Comprimento
a) -9 km hm dam m dm cm mm
b) 8 quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
c) 6 1000m 100m 10m 1m 0,1m 0,01m 0,001m
d) 1
9- Todas Há, de fato, unidades quase sem uso prático, mas elas têm uma
função. Servem para que o sistema tenha um padrão: cada unidade
10- (-5) vale sempre 10 vezes a unidade menor seguinte.
Por isso, o sistema é chamado decimal.
11-
E há mais um detalhe: embora o decímetro não seja útil na
11 prática, o decímetro cúbico é muito usado com o nome popular
a)
4 de litro.
b) 2,034 As unidades de área do sistema métrico correspondem às
c) 0 unidades de comprimento da tabela anterior.
d) 5,67 São elas: quilômetro quadrado (km2), hectômetro quadrado
(hm2), etc. As mais usadas, na prática, são o quilômetro quadrado,
12- 3,6 horas ou 3 horas e 36 minutos o metro quadrado e o hectômetro quadrado, este muito importante
nas atividades rurais com o nome de hectare (ha): 1 hm2 = 1 ha.
13- x = -1,84 os números a e b são -2 e -1 No caso das unidades de área, o padrão muda: uma
unidade é 100 vezes a menor seguinte e não 10 vezes, como nos
14- comprimentos. Entretanto, consideramos que o sistema continua
decimal, porque 100 = 102.
9
a)
11 Unidades de Área
km2 hm2 dam2 m2 dm2 cm2 mm2
b) −15 quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
14 quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado quadrado
15- 10000m 1000m 100m 1m 0,01m 0,001m 0,0001m
−46
a) Agora, vejamos as unidades de volume. De novo, temos a
25
lista: quilômetro cúbico (km3), hectômetro cúbico (hm3), etc. Na
prática, são muitos usados o metro cúbico e o centímetro cúbico.
b) 21 Nas unidades de volume, há um novo padrão: cada unidade
8 vale 1000 vezes a unidade menor seguinte. Como 1000 = 103, o
sistema continua sendo decimal.
16- Alternativa C
17- Alternativa D
18- Alternativa A Unidades de Volume
19- Alternativa C km3 hm3 dam3 m3 dm3 cm3 mm3
20- Alternativa B quilômetro hectômetro decâmetro metro decímetro centímetro milímetro
21- Alternativa E cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico cúbico
Unidades de Capacidade
kl hl dal l dl cl ml
Um sistema de medidas é um conjunto de unidades de medida quilolitro hectolitro decalitro litro decilitro centímetro mililitro
que mantém algumas relações entre si. O sistema métrico decimal
1000l 100l 10l 1l 0,1l 0,01l 0,001l
é hoje o mais conhecido e usado no mundo todo. Na tabela
seguinte, listamos as unidades de medida de comprimento do
sistema métrico. A unidade fundamental é o metro, porque dele O sistema métrico decimal inclui ainda unidades de medidas
derivam as demais. de massa. A unidade fundamental é o grama.
Didatismo e Conhecimento 12
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Desse grupo, o sistema hora – minuto – segundo, que mede 5. Quantos quilômetros cúbicos equivalem a 14 mm3?
intervalos de tempo, é o mais conhecido.
6. Quantos centilitros equivalem a 15 hl?
2h = 2 . 60min = 120 min = 120 . 60s = 7 200s
7. Passe 5.200 gramas para quilogramas.
Para passar de uma unidade para a menor seguinte, multiplica- 8. Converta 2,5 metros em centímetros.
se por 60.
0,3h não indica 30 minutos nem 3 minutos; como 1 décimo de 9. Quantos minutos equivalem a 5h05min?
hora corresponde a 6 minutos, conclui-se que 0,3h = 18min.
10. Quantos minutos se passaram das 9h50min até as
Para medir ângulos, também temos um sistema não decimal. 10h35min?
Nesse caso, a unidade básica é o grau. Na astronomia, na cartografia
e na navegação são necessárias medidas inferiores a 1º. Temos,
então: Respostas
Didatismo e Conhecimento 13
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Poderíamos também raciocinar da seguinte forma: 8) Resposta “250 cm”.
Solução: Para convertermos 2,5 metros em centímetros, de-
Como 1 m3 equivale a 1 kl, basta fazermos a conversão de 1 vemos multiplicar (porque na tabela metro está à esquerda de
kl para decalitros, quando então passaremos dois níveis à direita. centímetro) 2,5 por 10 duas vezes, pois para passarmos de me-
Multiplicaremos então 1 por 10 duas vezes: tros para centímetros saltamos dois níveis à direita.
Primeiro passamos de metros para decímetros e depois de de-
1kl.10.10 ⇒ 100dal címetros para centímetros:
Didatismo e Conhecimento 14
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Sucessão do número de ovos: 6 9 12
x + y + z = 32400
Sucessão do número de colheres de farinha: 4 6 8
x y z
Nessas sucessões as razões entre os termos correspondentes = =
24000 27000 30000
são iguais:
6 3 9 3 12 3 32400
= = =
4 2 6 2 8 2 x y z x+ y+z
= = =
24000 27000 30000 24000
27000
+ + 30000
81000
6 9 12 3
Assim: = = =
4 6 8 2
Resolvendo as proporções:
Dizemos, então, que: x 32400 4
=
- os números da sucessão 6, 9, 12 são diretamente 24000 8100010
proporcionais aos da sucessão 4, 6, 8; 10x = 96 000
3 x= 9 600
- o número 2 , que é a razão entre dois termos correspondentes, y 4
=
27000 10
é chamado fator de proporcionalidade.
Duas sucessões de números não-nulos são diretamente 10y= 108 000
proporcionais quando as razões entre cada termo da primeira y= 10 800
sucessão e o termo correspondente da segunda sucessão são iguais.
z 4
Exemplo1: Vamos determinar x e y, de modo que as sucessões =
sejam diretamente proporcionais: 3000 10
10z= 120 000
2 8 y z= 12 000
3 x 21
Logo, Júlio recebeu R$ 9.600,00, César recebeu R$ 10.800,00
Como as sucessões são diretamente proporcionais, as razões e Toni, R$ 12.000,00.
são iguais, isto é:
2 8 y Números Inversamente Proporcionais
= =
3 x 21
Considere os seguintes dados, referentes à produção de sorvete
2 8 2 y por uma máquina da marca x-5:
= =
3 x 3 21
1 máquina x-5 produz 32 litros de sorvete em 120 min.
2x = 3 . 8 3y = 2 . 21 2 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 60 min.
2x = 24 3y = 42 4 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 30 min.
6 máquinas x-5 produzem 32 litros de sorvete em 20 min.
24 42
x= y=
2 3 Observe agora as duas sucessões de números:
x=12 y=14
Sucessão do número de máquinas: 1 2 4 6
Logo, x = 12 e y = 14 Sucessão do número de minutos: 120 60 30 20
Exemplo 2: Para montar uma pequena empresa, Júlio, César Nessas sucessões as razões entre cada termo da primeira
e Toni formaram uma sociedade. Júlio entrou com R$ 24.000,00, sucessão e o inverso do termo correspondente da segunda são
César com R$ 27.000,00 e Toni com R$ 30.000,00. Depois de 6 iguais:
meses houve um lucro de R$ 32.400,00 que foi repartido entre eles 1 2 4 6
em partes diretamente proporcionais à quantia investida. Calcular = = = = 120
1 1 1 1
a parte que coube a cada um. 120 60 30 20
Didatismo e Conhecimento 15
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Observando que Dias Sacos de açúcar
1
é o mesmo que 1.120=120 4 é mesmo que 4.30=120 1 5 000
1 1 2 10 000
20 30 3 15 000
2 é o mesmo que 2.60=120 6 é o mesmo que 6.20= 120 4 20 000
1 1 5 25 000
60 20
podemos dizer que: Duas sucessões de números não-nulos são Com base na tabela apresentada observamos que:
inversamente proporcionais quando os produtos de cada termo da
primeira sucessão pelo termo correspondente da segunda sucessão - duplicando o número de dias, duplicou a produção de açúcar;
são iguais. - triplicando o número de dias, triplicou a produção de açúcar,
Exemplo 1: Vamos determinar x e y, de modo que as sucessões e assim por diante.
sejam inversamente proporcionais: Nesse caso dizemos que as grandezas tempo e produção são
4 x 8 diretamente proporcionais.
20 16 y Observe também que, duas a duas, as razões entre o número de
Para que as sucessões sejam inversamente proporcionais, os dias e o número de sacos de açúcar são iguais:
produtos dos termos correspondentes deverão ser iguais. Então
devemos ter:
4 . 20 = 16 . x = 8 . y
16 . x = 4 . 20 8 . y = 4 . 20
16x = 80 8y = 80
x = 80/16 y = 80/8
Isso nos leva a estabelecer que: Duas grandezas são diretamente
x=5 y = 10
proporcionais quando a razão entre os valores da primeira é igual
à razão entre os valores da segunda.
Logo, x = 5 e y = 10.
Tomemos agora outro exemplo.
Exemplo 2: Vamos dividir o número 104 em partes
inversamente proporcionais aos números 2, 3 e 4.
Com 1 tonelada de cana-de-açúcar, uma usina produz 70l de
álcool.
Representamos os números procurados por x, y e z. E como as
De acordo com esses dados podemos supor que:
sucessões (x, y, z) e (2, 3, 4) devem ser inversamente proporcionais,
- com o dobro do número de toneladas de cana, a usina produza
escrevemos: 104
o dobro do número de litros de álcool, isto é, 140l;
x y z x y z x+ y+z - com o triplo do número de toneladas de cana, a usina produza
= = = = = o triplo do número de litros de álcool, isto é, 210l.
1 1 1 1 1 1 1 1 1
+ +
2 3 4 2 3 4 2 3 4 Então concluímos que as grandezas quantidade de cana-de-
açúcar e número de litros de álcool são diretamente proporcionais.
Velocidade Tempo
30 km/h 12 h
60 km/h 6h
Logo, os números procurados são 48, 32 e 24.
90 km/h 4h
Grandezas Diretamente Proporcionais 120 km/h 3h
Considere uma usina de açúcar cuja produção, nos cinco Com base na tabela apresentada observamos que:
primeiros dias da safra de 2005, foi a seguinte:
- duplicando a velocidade da moto, o número de horas fica
reduzido à metade;
Didatismo e Conhecimento 16
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
- triplicando a velocidade, o número de horas fica reduzido à 2- Calcule x e y nas sucessões inversamente proporcionais:
terça parte, e assim por diante.
a) 4 x y
Nesse caso dizemos que as grandezas velocidade e tempo são 25 20 10
inversamente proporcionais.
b) 30 15 10
Observe que, duas a duas, as razões entre os números que x 8 y
indicam a velocidade são iguais ao inverso das razões que indicam
o tempo: c) 2 10 y
x 9 15
30 6
= inverso da razão 12
60 12 6 d) x y 2
12 4 6
30 4
= inverso da razão 12
90 12 4
30 3 12 3- Divida 132 em partes inversamente proporcionais a 2, 5 e 8.
= inverso da razão
120 12 3
4- Reparta 91 em partes inversamente proporcionais a
60 4 6 1 1 1
= inverso da razão , e
90 6 4 3 4 6.
60 3
= inverso da razão 6 5- Divida 215 em partes diretamente proporcionais a
120 6 3
3 5 1
, e
90
=
3 inverso da razão 4 4 2 3.
120 6 3
6- Marcelo repartiu entre seus filhos Rafael (15 anos) e
Podemos, então, estabelecer que: Duas grandezas são Matheus (12 anos) 162 cabeças de gado em partes diretamente
inversamente proporcionais quando a razão entre os valores da
proporcionais à idade de cada um. Qual a parte que coube a Rafael?
primeira é igual ao inverso da razão entre os valores da segunda.
Didatismo e Conhecimento 17
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Respostas Regra de Três Simples
Didatismo e Conhecimento 18
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Velocidade (km/h) Tempo (h) Exemplo 1: Em 4 dias 8 máquinas produziram 160 peças.
60 4 Em quanto tempo 6 máquinas iguais às primeiras produziriam 300
80 x dessas peças?
Solução: Indiquemos o número de dias por x. Coloquemos as
Observe que, se duplicarmos a velocidade, o tempo fica grandezas de mesma espécie em uma só coluna e as grandezas de
reduzido à metade. Isso significa que as grandezas velocidade e espécies diferentes que se correspondem em uma mesma linha. Na
tempo são inversamente proporcionais. No nosso esquema, esse coluna em que aparece a variável x (“dias”), coloquemos uma flecha:
fato é indicado colocando-se na coluna “velocidade” uma flecha Máquinas Peças Dias
em sentido contrário ao da flecha da coluna “tempo”: 8 160 4
Velocidade (km/h) Tempo (h) 6 300 x
60 4
80 x Comparemos cada grandeza com aquela em que está o x.
As grandezas peças e dias são diretamente proporcionais. No
nosso esquema isso será indicado colocando-se na coluna “peças”
sentidos contrários uma flecha no mesmo sentido da flecha da coluna “dias”:
Na montagem da proporção devemos seguir o sentido das Máquinas Peças Dias
flechas. Assim, temos: 8 160 4
4 80 4 12 6 300 x
= 4x = 4 . 3 4x = 12 x= x=3
x 60 3 4 Mesmo sentido
Resposta: Farei esse percurso em 3 h.
As grandezas máquinas e dias são inversamente proporcionais
Exemplo 3: Ao participar de um treino de Fórmula 1, um (duplicando o número de máquinas, o número de dias fica reduzido
competidor, imprimindo velocidade média de 200 km/h, faz o à metade). No nosso esquema isso será indicado colocando-se na
percurso em 18 segundos. Se sua velocidade fosse de 240 km/h, coluna (máquinas) uma flecha no sentido contrário ao da flecha da
qual o tempo que ele teria gasto no percurso? coluna “dias”:
Vamos representar pela letra x o tempo procurado. Máquinas Peças Dias
Estamos relacionando dois valores da grandeza velocidade 8 160 4
(200 km/h e 240 km/h) com dois valores da grandeza tempo (18 6 300 x
s e x s).
Queremos determinar um desses valores, conhecidos os Sentidos contrários
outros três.
Tempo gasto para Agora vamos montar a proporção, igualando a razão que
Velocidade
fazer o percurso 4
contém o x, que é , com o produto das outras razões, obtidas
200 km/h 18 s x
6 160
segundo a orientação das flechas . :
240 km/h x 8 300
1
4 6 2 160 8
Se duplicarmos a velocidade inicial do carro, o tempo gasto = .
x 81 30015
5
O corredor teria gasto 15 segundos no percurso. 2. Um trem percorre certa distância em 6 h 30 min, à velocidade
média de 42 km/h. Que velocidade deverá ser desenvolvida para o
Regra de Três Composta trem fazer o mesmo percurso em 5 h 15 min?
O processo usado para resolver problemas que envolvem mais 3. Usando seu palmo, Samanta mediu o comprimento e
de duas grandezas, diretamente ou inversamente proporcionais, é a largura de uma mesa retangular. Encontrou 12 palmos de
chamado regra de três composta. comprimento e 5 palmos na largura.
Didatismo e Conhecimento 19
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Depois, usando palitos de fósforo, mediu novamente o 2) Resposta “52 km/h”.
comprimento do tampo da mesa e encontrou 48 palitos. Qual Solução:
estratégia Samanta usou para obter largura do tampo da mesa em Como diminuir o tempo aumentaria a velocidade, então a
palitos de fósforo? regra de três é inversa:
6h30min = 390min
4. Ao participar de um treino de fórmula Indy, um competidor, 5h15min = 315min
imprimindo a velocidade média de 180 km/h, faz o percurso em 20
segundos. Se a sua velocidade fosse de 200 km/h, que tempo teria 315min ------ 42km/h
gasto no percurso? 390min ------ x
315x = 390 . 42 =
5. Com 3 pacotes de pães de fôrma, Helena faz 63 sanduíches. 315x = 16380 =
Quantos pacotes de pães de fôrma ela vai usar para fazer 105 X= km/h.
sanduíches?
3) Resposta “20 palitos de fósforo”.
6. Uma empreiteira contratou 210 pessoas para pavimentar Solução: Levando os dados dado no enunciado temos:
uma estrada de 300 km em 1 ano. Após 4 meses de serviço, apenas Palmos: 12 palmos de comprimento e 5 palmos de largura.
75 km estavam pavimentados. Quantos empregados ainda devem Palitos de Fósforo: 48 palitos de comprimento e x palitos de
ser contratados para que a obra seja concluída no tempo previsto? largura.
a) 315
Portanto temos:
b) 2 2520
c) 840 Comprimento Largura
d) 105 12 palmos 5 palmos
e) 1 260
48 palitos X palitos
7. Numa gráfica, 7 máquinas de mesmo rendimento imprimem
Observe que o comprimento da mesa aumentou 4 vezes
50 000 cartazes iguais em 2 horas de funcionamento. Se duas
quando passamos de “palmo” para “palito”. O que ocorre da
dessas máquinas não estiverem funcionando, as 5 máquinas
mesma forma na largura.
restantes farão o mesmo serviço em:
As grandezas são diretamente proporcionais. Daí podemos
a) 3 horas e 10 minutos
fazer:
b) 3 horas
c) 2 horas e 55 minutos
d) 2 horas e 50 minutos
e) 2 horas e 48 minutos
Logo, concluímos que o tampo da mesa tem 20 palitos de
8. Funcionando 6 dias, 5 máquinas produziram 400 peças fósforo de largura.
de uma mercadoria. Quantas peças dessa mesma mercadoria são
produzidas por 7 máquinas iguais às primeiras, se funcionarem 9 4) Resposta “18 segundos”.
dias? Solução: Levando em consideração os dados:
Velocidade média: 180 km/h → tempo do percurso: 20s
9. Um motociclista rodando 4 horas por dia, percorre em
Velocidade média: 200 km/h → tempo do percurso: ?
média 200 km em 2 dias. Em quantos dias esse motociclista vai
percorrer 500 km, se rodar 5 horas por dia?
Vamos representar o tempo procurado pela letra x. Estamos
10. Na alimentação de 02 bois, durante 08 dias, são consumidos relacionando dois valores de grandeza “velocidade” (180 km/h e
2420 kgs de ração. Se mais 02 bois são comprados, quantos quilos 200 km/h) com dois valores de grandeza “tempo” ( 20s e xs).
de ração serão necessários para alimentá-los durante 12 dias. Conhecido os 3 valores, queremos agora determinar um
quarto valor. Para isso, organizamos os dados na tabela:
Respostas
Velocidade km/h Tempo (s)
1) Resposta “30min”.
Solução: 180 20
Como aumentar as torneiras diminui o tempo, então a regra 200 x
de três é inversa:
5 tor. ------ 75min Observe que, se duplicarmos a velocidade inicial, o tempo
2 tor. ------ x gasto para percorrer o percurso vai cair para a metade. Logo, as
5x = 2 . 75 = grandezas são “inversamente proporcionais”. Então temos:
5x = 150 =
180 . 20 = 200 . x → 200x = 3600 →
x=
Didatismo e Conhecimento 20
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Conclui-se, então, que se o competidor tivesse andando em 8) Resposta “840 peças”.
200 km/h, teria gasto 18 segundos para realizar o percurso. Solução: Dados:
5 máquinas em 6 dias produzem 400 peças
5) Resposta “5 pacotes”. 7 máquinas em 9 dias produzem x peças.
Solução: Analisando os dados dado no enunciado temos:
Pacotes de Pães: 3 pacotes → Sanduíches: 63. Organizando os dados no quadro temos:
Pacotes de Pães: x pacotes → Sanduíches: 105.
N˚ de Máquinas N˚ de Máquinas Número de Peças
(A) (B) (C)
Pacotes de Pães Sanduíches
5 6 400
3 63
7 9 x
x 105
Basta fazermos apenas isso:
Fixando a grandeza A, podemos relacionar as grandezas B e
63 . x = 3 . 105 → 63x = 315 →
C. Se dobrarmos o número de dias, o número de peças também
dobrará, Logo, as grandezas B e C são “diretamente proporcionais”.
Concluímos que ela precisará de 5 pacotes de pães de forma.
Fixando a grandeza B, podemos relacionar as grandezas A
e C. Se dobrarmos o número de máquinas, o número de peças
6) Resposta “D”.
também dobrará, Logo, as grandezas A e C são “diretamente
Solução: Em de ano foi pavimentada de estrada proporcionais”.
Quando uma grandeza é “diretamente proporcional” a duas
Pessoas estrada tempo outras, a variação da primeira é diferentemente proporcional ao
210 75 4 produto da variação das outras duas.
X 225 8 De acordo com o quadro, temos:
= Resolvendo a proporção:
Didatismo e Conhecimento 21
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Assim a grandeza C é diretamente proporcional à grandeza A Fazendo o cálculo, mês a mês:
e inversamente proporcional à grandeza B. Para que a variação da - No final do 1º período (1 mês), os juros serão: 0,02 x R$
grandeza C seja diretamente proporcional ao produto da variação 3.000,00 = R$ 60,00
das duas outras, escrevemos a razão inversa dos valores que - No final do 2º período (2 meses), os juros serão: R$ 60,00 +
expressam a grandeza B. R$ 60,00 = R$ 120,00
- No final do 3º período (3 meses), os juros serão: R$ 120,00
+ R$ 60,00 = R$ 180,00
A razão inversa de
- No final do 4º período (4 meses), os juros serão: R$ 180,00
Daí, temos:
+ R$ 60,00 = R$ 240,00
i = 48
Consideremos, como exemplo, o seguinte problema:
Resposta: 48% ao ano.
Uma pessoa empresta a outra, a juros simples, a quantia de
R$ 3. 000,00, pelo prazo de 4 meses, à taxa de 2% ao mês. Quanto
Juros Compostos
deverá ser pago de juros?
O capital inicial (principal) pode crescer, como já sabemos,
Resolução:
devido aos juros, segundo duas modalidades, a saber:
- Capital aplicado (C): R$ 3.000,00 Juros simples - ao longo do tempo, somente o principal rende
- Tempo de aplicação (t): 4 meses juros.
- Taxa (i): 2% ou 0,02 a.m. (= ao mês)
Didatismo e Conhecimento 22
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Juros compostos - após cada período, os juros são incorporados Solução:
ao principal e passam, por sua vez, a render juros. Também Temos S = P(1+i)n
conhecido como “juros sobre juros”. Logo, S/P = (1+i)n
Vamos ilustrar a diferença entre os crescimentos de um Pelo que já conhecemos de logaritmos, poderemos escrever:
capital através juros simples e juros compostos, com um exemplo: n = log (1+ i ) (S/P) . Portanto, usando logaritmo decimal (base
Suponha que $100,00 são empregados a uma taxa de 10% a.a. (ao 10), vem:
ano) Teremos:
De uma forma genérica, teremos para um principal P, aplicado De quanto será o acréscimo sobre o preço à vista se o
a uma taxa de juros compostos i durante o período n : S = P (1 + i)n produto for comprado em 12 vezes?
onde S = montante, P = principal, i = taxa de juros e n =
número de períodos que o principal P (capital inicial) foi aplicado. 2. Calcule o juros simples gerado por um capital de
Nota: Na fórmula acima, as unidades de tempo referentes à R$ 2 500,00, quando aplicado durante 8 meses a uma taxa de
taxa de juros (i) e do período (n), tem de ser necessariamente iguais. 3,5% a.m.
Este é um detalhe importantíssimo, que não pode ser esquecido!
3. Uma aplicação financeira, feita durante 2 meses a uma
Assim, por exemplo, se a taxa for 2% ao mês e o período 3 anos,
taxa de 3% ao mês, rendeu R$ 1 920,00 de juro. Qual foi a
deveremos considerar 2% ao mês durante 3x12=36 meses.
quantia aplicada?
Exemplos
4. Um capital de $ 4.000,00 foi aplicado durante 3 meses, à
juros simples, à taxa de 18% a.a. Pede-se:
1 – Expresse o número de períodos n de uma aplicação, em
a) Juros
função do montante S e da taxa de aplicação i por período.
b) Montante.
Didatismo e Conhecimento 23
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
5. Calcular o juro simples referente a um capital de Representando o capital aplicado por x, temos:
$ 2.400,00 nas seguintes condições: 3% de x dá 960
Taxa de Juros Prazo 0,03 . x = 960
a) 21% a.a. 1 ano 0,03x = 960
b) 21% a.a. 3 anos
x=
6. Qual o montante de uma aplicação de $16.000,00, a
juros compostos, pelo prazo de 4 meses, à taxa de 2,5% a.m.? Logo, o capital aplicado foi de R$ 32 000,00.
7. Calcule o montante e os juros da aplicação abaixo, 4) Resposta “Juros: R$ 180,00; Montante R$ 4 180,00”.
considerando o regime de juros compostos:
Capital Taxa de Juros Prazo de Antecipação Solução:
R$ 20.000,00 3,0% a.m. 7 meses a → J = Cin
J = 4000 {[(18/100)/12]x3}
8. O capital R$ 500,00 foi aplicado durante 8 meses à taxa J = 4000 {[0,18/12]x3}
de 5% ao mês. Qual o valor dos juros compostos produzidos? J = 4000 {0,015 x 3}
J = 4000 x 0,045
9. Qual a aplicação inicial que, empregada por 1 ano e seis J = 180,00
meses, à taxa de juros compostos de 3% ao trimestre, se torna
igual a R$ 477,62? B→M=C+J
M = 4000 + 180
10. Calcular o montante gerado a partir de R$ 1.500,00, M = 4.180,00
quando aplicado à taxa de 60% ao ano com capitalização
mensal, durante 1 ano. 5) Resposta “ R$ 504,00; R$ 1 512,00 ”
Respostas Solução:
a → J = Cin
1) Resposta “R$ 224,20”. J = 2400 [(21/100)x1]
J = 2400 [0,21 x 1]
Solução: Basta apenas tirar o valor à prazo sobre o à vista: J = 2400 x 0,21
R$ 763,20 – R$ 539,00 = R$ 224,20. J = 504,00
2) Resposta “R$ 700,00”. b → J = Cin
J = 2400 [(21/100)x3]
Solução: Dados:
J = 2400 [0,21x3]
Capital (quantia aplicada): R$ 2 500,00
J = 2400 0,63
Taxa de juros: 3,5 a.m.
J = 1.512,00
Tempo de aplicação: 8 meses
Juro: ?
6) Resposta “17 661,01”.
Representando o juro por x, podemos ter:
Solução: Dados:
x = (3,5% de 2 500) . 8
C: 16000
x = (0,035 . 2 500) . 8
i: 2,5% a.m.
x = 700
n: 4 meses.
Conclui-se que o juro é de R$ 700,00.
M = C(1 + i)n
3) Resposta “R$ 32 000,00”. 4
1 + 2,5 [ ]4 → M = 16000 [1
M = C(1 + i)n M = 16000
100 → M = 16000 1 + 0,025
Solução: Dados:
4
Capital (quantia plicada) ? 2,5
M =
Taxa de juro: 3% a.m. 16000 1
100 → M = 16000
+ [1 + 0,025 ]4 → M = 16000 [1,025 ]4 → M = 16000 x 1,10381289 1 → M = 17.661,01
Didatismo e Conhecimento 24
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n: 7 meses.
5.5. CÁLCULO ALGÉBRICO
M = C(1 + i)n 5.5.1. OPERAÇÕES COM EXPRESSÕES
7 ALGÉBRICAS. 5.5.2. IDENTIDADES
M = 20000
1 + 3 [
→ M = 20000 1 + 0,03 ]7 → M = 20000 [1,03 ]7 →ALGÉBRICAS NOTÁVEIS.
M = 20000 x 1,22987368 5.5.3. POLINÔ-
5 → M = 24.597,48
100 MIOS. OPERAÇÕES. DIVISÃO POR X-A.
RAÍZES. FATORAÇÃO. RELAÇÃO ENTRE
COEFICIENTES E RAÍZES.
0,03 ]7 → M = 20000 [1,03 ]7 → M = 20000 x 1,22987368 5 → M = 24.597,48
10) Resposta “R$ 2.693,78”. Termos semelhantes: são aqueles que possuem partes literais
iguais ( variáveis )
Solução: Ex: 2 x³ y² z e 3 x³ y² z » são termos semelhantes pois pos-
Observamos que 60% ao ano é uma taxa nominal; a capitali- suem a mesma parte literal.
zação é mensal.
Adição e Subtração de expressões algébricas
A taxa efetiva é, portanto, 60% 12 = 5% ao mês. Para determinarmos a soma ou subtração de expressões algé-
C = R$ 1.500 bricas, basta somar ou subtrair os termos semelhantes.
i = 5% = 0,05 Assim: 2 x³ y² z + 3x³ y² z = 5x³ y² z ou 2 x³ y² z - 3x³ y² z
n = 12 = -x³ y² z
M = C . (1 + i)n
M = 1.500 × (1,05)12 Convém lembrar dos jogos de sinais.
M = 1.500 × 1,79586 Na expressão ( x³ + 2 y² + 1 ) – ( y ² - 2 ) = x³ +2 y² + 1 – y²
M = R$ 2.693,78 + 2 = x³ + y² +3
Didatismo e Conhecimento 25
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Na divisão de potências devemos conservar a base e subtrair Reduza os termos semelhantes na expressão 4x2 – 5x -3x +
os expoentes 2x . Depois calcule o seu valor numérico da expressão. 4x2 – 5x
2
- 4x2 + 12y3 – 7y3 – 5x2 devemos primeiro unir os termos Na potenciação de monômios devemos novamente utilizar
semelhantes. 12y3 – 7y3 + 4x2 – 5x2 agora efetuamos a soma e a uma propriedade da potenciação:
subtração.
-5y3 – x2 como os dois termos restantes não são semelhantes, (I) (a . b)m = am . bm
devemos deixar apenas indicado à operação dos monômios. (II) (am)n = am . n
Didatismo e Conhecimento 26
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Veja alguns exemplos: Fórmula do termo geral de um Binômio de Newton
(-5x2b6)2 aplicando a propriedade
(I). (-5)2 . (x2)2 . (b6)2 aplicando a propriedade Um termo genérico Tp+1 do desenvolvimento de (a+b)n , sendo
(II) 25 . x4 . b12 25x4b12 p um número natural, é dado por
Binômio ⎛ n⎞
T p+1 = ⎜ ⎟ .a n− p .b p
⎝ p⎠
Denomina-se Binômio de Newton , a todo binômio da forma
(a + b)n , sendo n um número natural . onde
Exemplo: ⎛ n⎞ n!
B = (3x - 2y)4 ( onde a = 3x, b = -2y e n = 4 [grau do binô- ⎜⎝ p ⎟⎠ = Cn. p = p!(n − p)!
mio] ).
é denominado Número Binomial e Cn.p é o número de combi-
Exemplos de desenvolvimento de binômios de Newton : nações simples de n elementos, agrupados p a p, ou seja, o número
a) (a + b)2 = a2 + 2ab + b2 de combinações simples de n elementos de taxa p.
b) (a + b)3 = a3 + 3 a2b + 3ab2 + b3 Este número é também conhecido como Número Combina-
c) (a + b)4 = a4 + 4 a3b + 6 a2b2 + 4ab3 + b4 tório.
d) (a + b)5 = a5 + 5 a4b + 10 a3b2 + 10 a2b3 + 5ab4 + b5
Exercícios
Nota:
Não é necessário memorizar as fórmulas acima, já que elas 1. Determine o 7º termo do binômio (2x + 1)9, desenvolvido
possuem uma lei de formação bem definida, senão vejamos: segundo as potências decrescentes de x.
Vamos tomar, por exemplo, o item (d) acima:
Observe que o expoente do primeiro e últimos termos são
2. Qual o termo médio do desenvolvimento de (2x + 3y)8?
iguais ao expoente do binômio, ou seja, igual a 5.
A partir do segundo termo, os coeficientes podem ser obtidos
a partir da seguinte regra prática de fácil memorização: 3. Desenvolvendo o binômio (2x - 3y)3n, obtemos um polinô-
Multiplicamos o coeficiente de a pelo seu expoente e dividi- mio de 16 termos. Qual o valor de n?
mos o resultado pela ordem do termo. O resultado será o coeficien-
te do próximo termo. Assim por exemplo, para obter o coeficiente 4. Determine o termo independente de x no desenvolvimento
do terceiro termo do item (d) acima teríamos: de (x + 1/x )6.
5.4 = 20; agora dividimos 20 pela ordem do termo anterior (2
por se tratar do segundo termo) 20:2 = 10 que é o coeficiente do 5. Calcule: (3x²+2x-1) + (-2x²+4x+2).
terceiro termo procurado.
Observe que os expoentes da variável a decrescem de n até 0 6. Efetue e simplifique o seguinte calculo algébrico: (2x+3).
e os expoentes de b crescem de 0 até n. Assim o terceiro termo é (4x+1).
10 a3b2 (observe que o expoente de a decresceu de 4 para 3 e o de
b cresceu de 1 para 2). 7. Efetue e simplifique os seguintes cálculos algébricos:
Usando a regra prática acima, o desenvolvimento do binômio a) (x - y).(x² - xy + y²)
de Newton (a + b)7 será: b) (3x - y).(3x + y).(2x - y)
(a + b)7 = a7 + 7 a6b + 21 a5b2 + 35 a4b3 + 35 a3b4 + 21 a2b5 +
7 ab + b7
6
8. Dada a expressão algébrica bc – b2, determine o seu valor
numérico quando b = 2,2 e c = 1,8.
Como obtivemos, por exemplo, o coeficiente do 6º termo (21
a2b5) ?
Pela regra: coeficiente do termo anterior = 35. Multiplicamos 9. Calcule o valor numérico da expressão 2x3 – 10y, quando
35 pelo expoente de a que é igual a 3 e dividimos o resultado pela x = -3 e y = -4.
ordem do termo que é 5.
Então, 35 . 3 = 105 e dividindo por 5 (ordem do termo ante- 10. Um caderno curta y reais. Gláucia comprou 4 cadernos,
rior) vem 105:5 = 21, que é o coeficiente do sexto termo, conforme Cristina comprou 6 cadernos, e Karina comprou 3. Qual é o monô-
se vê acima. mio que expressa a quantia que as três gastaram juntas?
Observações: Respostas
1) o desenvolvimento do binômio (a + b)n é um polinômio.
2) o desenvolvimento de (a + b)n possui n + 1 termos . 1) Resposta “672x3”.
3) os coeficientes dos termos equidistantes dos extremos , no Solução: Primeiro temos que aplicar a fórmula do termo geral
desenvolvimento De (a + b)n são iguais . de (a + b)n, onde:
4) a soma dos coeficientes de (a + b)n é igual a 2n .
Didatismo e Conhecimento 27
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a = 2x 6!
T3+1 = T4 = C6,3 . x0 = C6,3 = = 6.5.4.3! =20
b=1 [(6-3)!.3!] 3!.2.1
n=9 Logo, o termo independente de x é o T4 (quarto termo) que é
Como queremos o sétimo termo, fazemos p = 6 na fórmula do igual a 20.
termo geral e efetuamos os cálculos indicados.
Temos então: 5) Solução:
T6+1 = T7 = C9,6 . (2x)9-6 × (1)6 = 9! ×(2x)3×1= (3x²+2x-1) + (-2x²+4x+2)
[(9-6)! x6!] 3x² + 2x – 1 – 2x² + 4x + 2 =
9.8.7.6!
×8x³=672x³ x² + 6x + 1
3.2.1.6!
Portanto o sétimo termo procurado é 672x3. 6) Solução:
(2x+3).(4x+1)
2) Resposta “90720x4y4”. 8x² + 2x + 12x + 3 =
Solução: Temos: 8x² + 14x + 3
a = 2x
b = 3y 7) a - Solução:
n=8 (x - y).(x² - xy + y²)
Sabemos que o desenvolvimento do binômio terá 9 termos, x³ - x²y + xy² - x²y + xy² - y³ =
porque n = 8. Ora sendo T1 T2 T3 T4 T5 T6 T7 T8 T9 os termos do x³ - 2x²y + 2xy² - y³ =
desenvolvimento do binômio, o termo do meio (termo médio) será
o T5 (quinto termo). b - Solução:
(3x - y).(3x + y).(2x - y)
Logo, o nosso problema resume-se ao cálculo do T5. Para (3x - y).(6x² - 3xy + 2xy - y²) =
isto, basta fazer p = 4 na fórmula do termo geral e efetuar os cálcu- (3x - y).(6x² - xy - y²) =
los decorrentes. Teremos: 18x³ - 3x²y - 3xy² - 6x²y + xy² + y³ =
18x³ - 9x²y - 2xy² + y³
T4+1 = T5 = C8,4 . (2x)8-4 . (3y)4 = 8! . (2x)4 . (3y)4 =
[(8-4)! .4!] 8) Resposta “-0,88”.
8.7.6.5.4! . 16x4 . 81y4
(4!.4.3.2.1 Solução:
bc – b2 =
Fazendo as contas vem:  2,2 . 1,8 – 2,22 = (Substituímos as letras pelos valores passa-
dos no enunciado)
T5 = 70.16.81.x4 . y4 = 90720x4y4 , que é o termo médio pro- 3,96 – 4,84 =
curado. -0,88.
Portanto, o valor procurado é 0,88.
3) Resposta “5”.
Solução: Ora, se o desenvolvimento do binômio possui 16 ter- 9) Resposta “-14”.
mos, então o expoente do binômio é igual a 15. Solução:
Logo, 2x3 – 10y =
3n = 15 de onde se conclui que n = 5. 2.(-3)² - 10.(-4) = (Substituímos as letras pelos valores do
enunciado da questão)
4) Resposta “20”. 2.(27) – 10.(-4) =
Solução: Sabemos que o termo independente de x é aquele (-54) – (-40) =
que não depende de x, ou seja, aquele que não possui x. -54 + 40 = -14.
Temos no problema dado: Portanto -14 é o valor procurado na questão.
a=x
1 10) Resposta “13y reais”.
b= Solução: Como Gláucia gastou 4y reais, Cristina 6y reais e
x
Karina 3y reais, podemos expressar essas quantias juntas por:
n = 6.
4y + 6y + 3y =
Pela fórmula do termo geral, podemos escrever: (4 + 6 + 3)y =
Tp+1 = C6,p . x6-p . ( 1 )p = C6,p . x6-p . x-p = C6,p . x6-2p. 13y
x
Ora, para que o termo seja independente de x, o expoente des- Importante: Numa expressão algébrica, se todos os monômios
ta variável deve ser zero, pois x0 = 1. ou termos são semelhantes, podemos tornar mais simples a expres-
Logo, fazendo 6 - 2p = 0, obtemos p = 3. Substituindo então p são somando algebricamente os coeficientes numéricos e manten-
por 6, teremos o termo procurado. Temos então: do a parte literal.
Didatismo e Conhecimento 28
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Polinômios Subtração
Exemplo 1 Exemplo 3
Didatismo e Conhecimento 29
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As multiplicações serão efetuadas utilizando as seguintes • Monômio é um tipo de polinômio que possui apenas um
propriedades: termo, ou seja, que possui apenas coeficiente e parte literal. Por
- Propriedade da base igual e expoente diferente: an . am = a n + m exemplo:
- Monômio multiplicado por monômio é o mesmo que a2 → 1 é o coeficiente e a2 parte literal.
multiplicar parte literal com parte literal e coeficiente com 3x2y → 3 é o coeficiente e x2y parte literal.
coeficiente. -5xy6 → -5 é o coeficiente e xy6 parte literal.
• Divisão de monômio por monômio
Multiplicação de monômio com polinômio
Ao resolvermos uma divisão onde o dividendo e o divisor
- Se multiplicarmos 3x por (5x + 3x – 1), teremos:
2 são monômios devemos seguir a regra: dividimos coeficiente com
3x . (5x2 + 3x – 1) → aplicar a propriedade distributiva. coeficiente e parte literal com parte literal. Exemplos: 6x3 : 3x = 6
3x . 5x2 + 3x . 3x + 3x . (-1) . x3 = 2x2 3x2
15x3 + 9x2 – 3x
Portanto: 3x (5x + 3x – 1) = 15x + 9x – 3x
2 3 2
Observação: ao dividirmos as partes literais temos que estar
- Se multiplicarmos -2x2 por (5x – 1), teremos:
atentos à propriedade que diz que base igual na divisão, repete a
-2x2 (5x – 1) → aplicando a propriedade distributiva. base e subtrai os expoentes.
-2x2 . 5x – 2x2 . (-1) Depois de relembrar essas definições veja alguns exemplos de
- 10x3 + 2x2 como resolver divisões de polinômio por monômio.
Portanto: -2x2 (5x – 1) = - 10x3 + 2x2 Exemplo: (10a3b3 + 8ab2) : (2ab2)
O dividendo 10a3b3 + 8ab2 é formado por dois monômios.
Multiplicação de número natural
Dessa forma, o divisor 2ab2, que é um monômio, irá dividir cada
um deles, veja:
- Se multiplicarmos 3 por (2x2 + x + 5), teremos:
3 (2x2 + x + 5) → aplicar a propriedade distributiva.
(10a3b3 + 8ab2) : (2ab2)
3 . 2x2 + 3 . x + 3 . 5
6x2 + 3x + 15.
Portanto: 3 (2x2 + x + 5) = 6x2 + 3x + 15.
- Se multiplicarmos (3x – 1) por (5x2 + 2) Assim, transformamos a divisão de polinômio por monômio
(3x – 1) . (5x2 + 2) → aplicar a propriedade distributiva. em duas divisões de monômio por monômio. Portanto, para
3x . 5x2 + 3x . 2 – 1 . 5x2 – 1 . 2 concluir essa divisão é preciso dividir coeficiente por coeficiente e
15x3 + 6x – 5x2 – 2 parte literal por parte literal.
Divisão
Didatismo e Conhecimento 30
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Assim, transformamos a divisão de polinômio por monômio 2) Resposta “36x4”.
em três divisões de monômio por monômio. Portanto, para concluir Solução:
essa divisão é preciso dividir coeficiente por coeficiente e parte Área: (6x²)² = (6)² . (x)² = 36x4
literal por parte literal. Logo, a área é expressa por 36x4.
Didatismo e Conhecimento 31
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8)Resposta “5ax – 7x² – a²”. Diferença de Quadrados
Solução:
2x(3a – 2x) + a(2x – a) – 3x(a + x) = Utilizamos a fatoração pelo método de diferença de quadrados
= 6ax – 4x² + 2ax – a² – 3ax – 3x² = sempre que dispusermos da diferença entre dois monômios cujas
= 6ax + 2ax – 3ax – 4x² – 3x² – a² = literais tenham expoentes pares. A fatoração algébrica de tais
= 5ax – 7x² – a² expressões é obtida com os seguintes passos:
9) Resposta “6x² – xy – 2y²”. - Extraímos as raízes quadradas dos fatores numéricos de cada
Solução: Nesse caso podemos resolve de duas maneiras: monômio;
1˚ Maneira: (2x + y)(3x – 2y) = - Dividimos por dois os expoentes das literais;
= 2x . 3x – 2x . 2y + y . 3x – y . 2y = - Escrevemos a expressão como produto da soma pela
= 6x² – 4xy + 3xy – 2y² = diferença dos novos monômios assim obtidos.
= 6x² – xy – 2y²
Por exemplo, a expressão a2 – b2 seria fatorada da seguinte
2˚ Maneira: forma:
3x – 2y a2 – b2 = (a = b) (a – b)
x 2x + y
------------------- Trinômio Quadrado Perfeito
6x² – 4xy
+ 3xy – 2y² Uma expressão algébrica pode ser identificada como trinômio
--------------------- quadrado perfeito sempre que resultar do quadrado da soma ou
6x² – xy – 2y² diferença entre dois monômios.
Por exemplo, o trinômio x4 + 4x2 + 4 é quadrado perfeito, uma
10) Resposta “3a4b – 5a³b² + 12a²b³”. vez que corresponde a (x2 + 2)2.
Solução: São, portanto, trinômios quadrados perfeitos todas as
(12a5b² – 20a4b³ + 48a³b4) (4ab) = expressões da forma a2 ± 2ab + b2, fatoráveis nas formas seguintes:
= (12a5b² 4ab) – (20a4b³ 4ab) + (48a³b4 4ab) =
= 3a4b – 5a³b² + 12a²b³ a2 + 2ab + b2 = (a + b)2
a2 - 2ab + b2 = (a - b)2
Fatoração
Trinômio Quadrado da Forma ax2 + bx + c
Fatorar uma expressão algébrica é modificar sua forma de
soma algébrica para produto; fatorar uma expressão é obter outra Supondo sejam x1 e x2 as raízes reais do trinômio, ax2 + bx +
expressão que: c (a ≠ 0), dizemos que:
ax2 + bx + c = a (x – x1)(x – x2)
- Seja equivalente à expressão dada;
- Esteja na forma de produto. Na maioria dos casos, o resultado Lembre-se de que as raízes de uma equação de segundo grau
de uma fatoração é um produto notável. podem ser calculadas através da fórmula de Bhaskara: ( x = -b +- √
Δ
, onde ∆ = b2 – 4ac) 2.a
Há diversas técnicas de fatoração, supondo a, b, x e y
expressões não fatoráveis. Soma e Diferença de Cubos
Didatismo e Conhecimento 32
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Exercícios 5) Solução:
x² – 6x = 0
1. Fatore o seguinte polinômio: 10ax + 15bx x(x – 6) = 0 → colocando o fator x em evidência
6. Verifique se o trinômio 9x² – 12xy + 4y² é quadrado perfeito. 6) Solução: Existem dois termos quadrados 9x² e 4y²
10. Considere o polinômio a3 – ax². Procure fatorá-lo de Logo, 9x² – 12xy + 4y² é quadrado perfeito.
maneira completa, ou seja, efetuando todas as fatorações possíveis.
Fatorando o polinômio temos:
Respostas 9x² – 12xy + 4y² = (3x – 2y)(3x – 2y) = (3x – 2y)²
1) Solução: Podemos notar que o fator comum é 5x.
7) Solução: Existem dois termos quadrados: 16b² e 25.
10ax + 15bx = √16b2 = 4b e
= 5x(2a + 3b) √25 = 5
4) Solução: O fator comum é: (m + n). Porém, a fatoração não está completa, pois o fator (a² – x²)
x(m + n) – y(m + n) = representa uma diferença de dois quadrados e, portanto, pode ser
= (m + n)(x – y) fatorado novamente:
[y(m + n)] : (m + n) a3 – ax² = a(a² – x²) = a(a + x)(a – x).
[x (m + n)] : (m + n)
Didatismo e Conhecimento 33
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-40x = +9(-1)
5.6. EQUAÇÕES E INEQUAÇÕES. 40x = 9
5.6.1. EQUAÇÕES DO 1º E DO 2ª GRAUS. x = 9/40
5.6.2. RAÍZES DE PRODUTOS DE x = 0,225
POLINÔMIOS DO 1º E 2ª GRAUS.
5.6.3. DESIGUALDADES DE 1º E 2ª GRAUS. Há também um processo prático, bastante usado, que se baseia
DESIGUALDADES PRODUTO E nessas ideias e na percepção de um padrão visual.
QUOCIENTE. INTERPRETAÇÃO GEOMÉ- - Se a + b = c, conclui-se que a = c + b.
TRICA. 5.6.4. SISTEMAS DE EQUAÇÕES DE
1º E 2ª GRAUS. INTERPRETAÇÃO GEOMÉ- Na primeira igualdade, a parcela b aparece somando no lado
TRICA. 5.6.5. RAÍZES DE PRODUTOS DE esquerdo; na segunda, a parcela b aparece subtraindo no lado
POLINÔMIOS DO 1º E 2ª GRAUS. direito da igualdade.
- Se a . b = c, conclui-se que a = c + b, desde que b ≠ 0.
Na primeira igualdade, o número b aparece multiplicando no
lado esquerdo; na segunda, ele aparece dividindo no lado direito
Veja estas equações, nas quais há apenas uma incógnita: da igualdade.
3x – 2 = 16 (equação de 1º grau) O processo prático pode ser formulado assim:
- Para isolar a incógnita, coloque todos os termos com
2y3 – 5y = 11 (equação de 3º grau) incógnita de um lado da igualdade e os demais termos do outro
lado.
2
1 – 3x + =x+ 1 (equação de 1º grau) - Sempre que mudar um termo de lado, inverta a operação.
5 2
O método que usamos para resolver a equação de 1º grau é Exemplo
isolando a incógnita, isto é, deixar a incógnita sozinha em um dos 5(x+2) (x+2) . (x-3) x2
lados da igualdade. Para conseguir isso, há dois recursos: Resolução da equação = - , usando o
2 3 3
- inverter operações; processo prático.
- efetuar a mesma operação nos dois lados da igualdade.
Procedimento e justificativa: Iniciamos da forma habitual,
Exemplo1 multiplicando os dois lados pelo mmc (2;3) = 6. A seguir, passamos
Resolução da equação 3x – 2 = 16, invertendo operações. a efetuar os cálculos indicados. Neste ponto, passamos a usar o
processo prático, colocando termos com a incógnita à esquerda e
Procedimento e justificativa: Se 3x – 2 dá 16, conclui-se que números à direita, invertendo operações.
3x dá 16 + 2, isto é, 18 (invertemos a subtração). Se 3x é igual a 18,
é claro que x é igual a 18 : 3, ou seja, 6 (invertemos a multiplicação Registro
por 3).
5(x+2) (x+2) . (x-3) x2
- =
2 3 3
Registro
6. 5(x+2) - 6. (x+2) . (x-3) = 6. x
2
3x – 2 = 16 2 3 3
3x = 16 + 2 15(x + 2) – 2(x + 2)(x – 3) = – 2x2
3x = 18 15x + 30 – 2(x2 – 3x + 2x – 6) = – 2x2
18 15x + 30 – 2(x2 – x – 6) = – 2x2
x=
x = 63 15x + 30 – 2x2 + 2x + 12 = – 2x2
17x – 2x2 + 42 = – 2x2
Exemplo 2 17x – 2x2 + 2x2 = – 42
2 1 17x = – 42
Resolução da equação 1 – 3x + =x+ , efetuando a 42
5 2 x=-
mesma operação nos dois lados da igualdade. 17
Procedimento e justificativa: Multiplicamos os dois lados Note que, de início, essa última equação aparentava ser de
x2
da equação por mmc (2;5) = 10. Dessa forma, são eliminados 2º grau por causa do termo - no seu lado direito. Entretanto,
3 que foi reduzida a uma equação
depois das simplificações, vimos
os denominadores. Fazemos as simplificações e os cálculos
necessários e isolamos x, sempre efetuando a mesma operação nos de 1º grau (17x = – 42).
dois lados da igualdade. No registro, as operações feitas nos dois
lados da igualdade são indicadas com as setas curvas verticais.
Exercícios
Registro
1 – 3x + 2/5 = x + 1 /2 x-1 x+3 x-4
10 – 30x + 4 = 10x + 5 1. Resolva a seguinte equação: - = 2x -
2 4 3
-30x - 10x = 5 - 10 - 4
Didatismo e Conhecimento 34
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
3x + 1 4x + 2 2x – 10x – 15x + 8x = -5 – 4 + 50 – 15 + 6
x - 3 2x + 3
2. Resolva: - -5= - 10x – 25x = 56 – 24
5 2 2 5
(-1) -15x = 32
3. Calcule: -32
a) -3x – 5 = 25 x=
15
b) 2x - 1 = 3
2 3) Solução:
c) 3x + 24 = -5x
a) -3x – 5 = 25
4. Existem três números inteiros consecutivos com soma igual -3x = 25 + 5
a 393. Que números são esses? (-1) -3x = 30
3x = -30
5. Determine um número real “a” para que as expressões (3a
- 30
+ 6)/ 8 e (2a + 10)/6 sejam iguais. x= = -10
3
6. Determine o valor da incógnita x: b) 2x - 1 = 3
a) 2x – 8 = 10 2
b) 3 – 7.(1-2x) = 5 – (x+9) 2(2x) - 1 = 6
2
7. Verifique se três é raiz de 5x – 3 = 2x + 6. 4x – 1 = 6
4x = 6 + 1
8. Verifique se -2 é raiz de x² – 3x = x – 6. 4x = 7
7
9. Quando o número x na equação ( k – 3 ).x + ( 2k – 5 ).4 + x=
4
4k = 0 vale 3, qual será o valor de K?
c) 3x + 24 = -5x
10. Resolva as equações a seguir: 3x + 5x = -24
a)18x - 43 = 65 8x = -24
b) 23x - 16 = 14 - 17x - 24
c) 10y - 5 (1 + y) = 3 (2y - 2) - 20 x= = -3
8
Respostas 4) Resposta “130; 131 e 132”.
Solução:
-31 x + (x + 1) + (x + 2) = 393
1) Resposta “ x = ”
17 3x + 3 = 393
Solução: 3x = 390
x = 130
x-1 x+3 x-4 Então, os números procurados são: 130, 131 e 132.
- = 2x -
2 4 3
5) Resposta “22”.
6(x - 1) - 3(x + 3) = 24x - 4(x - 4) Solução:
12 (3a + 6) / 8 = (2a + 10) / 6
6x – 6 – 3x – 9 = 24x – 4x + 16 6 (3a + 6) = 8 (2a + 10)
6x – 3x – 24x + 4x = 16 + 9 + 6 18a + 36 = 16a + 80
10 x – 27x = 31 2a = 44
(-1) - 17x = 31 a = 44/2 = 22
x = -31
17 6) Solução:
a) 2x – 8 = 10
-32 2x = 10 + 8
2) Resposta “ x = ”
15 2x = 18
Solução: x = 9 → V = {9}
b) 3 – 7.(1-2x) = 5 – (x+9)
x - 3 2x + 3 3x - 1 4x + 2 3 –7 + 14x = 5 – x – 9
- -5= -
5 2 2 5 14x + x = 5 – 9 – 3 + 7
2(x - 3) - 5(2x - 3) - 50 = 5(3x - 1) - 2(4x + 2) 15x= 0
10 x = 0 → V= {0}
2x – 6 – 10x + 15 – 50 = 15x – 5 – 8x – 4
Didatismo e Conhecimento 35
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7) Resposta “Verdadeira”. - Quando b = 0 ou c = 0 ou b = c = 0, a equação do 2º grau se
Solução: diz incompleta.
5x – 3 = 2x + 6
5.3 – 3 = 2.3 + 6 Exemplos
15 – 3 = 6 + 6 x2 – 81 = 0 é uma equação incompleta (a = 1, b = 0 e c = – 81).
12 = 12 → verdadeira 10t2 +2t = 0 é uma equação incompleta (a = 10, b = 2 e c = 0).
Então 3 é raiz de 5x – 3 = 2x + 6 5y2 = 0 é uma equação incompleta (a = 5, b = 0 e c = 0).
Didatismo e Conhecimento 36
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Essa fórmula é chamada fórmula resolutiva ou fórmula de Exercícios
Bhaskara.
-b + √
Δ 1. Se x2 = – 4x, então:
x= -
2.a a) x = 2 ou x = 1
b) x = 3 ou x = – 1
Nesta fórmula, o fato de x ser ou não número real vai depender c) x = 0 ou x = 2
do discriminante r; temos então, três casos a estudar. d) x = 0 ou x = – 4
e) x = 4 ou x = – 1
1º caso: Δ é um número real positivo ( Δ > 0).
Neste caso, √ Δ é um número real, e existem dois valores reais 2. As raízes reais da equação 1,5x2 + 0,1x = 0,6 são:
diferentes para a incógnita x, sendo costume representar esses
valores por x’ e x”, que constituem as raízes da equação. a) 2 e 1
-b + √
Δ -b + √Δ 5
x= - x’ =
2.a 2.a b) 3 e 2
-b - √Δ 5 3
x’’ =
2.a c) - 3 e - 2
5 5
2º caso: Δ é zero ( Δ = 0). d) - 2 e 2
5 3
Δ é igual a zero e ocorre:
Neste caso, √ e) 3 e - 2
5 3
Δ x = -b +- √
-b +- √ 0 -b
0 -b +- √
x= = = = 2a
2.a 2.a 2.a
3. As raízes da equação x3 – 2x2 – 3x = 0 são:
Observamos, então, a existência de um único valor real para a) –2, 0 e 1
a incógnita x, embora seja costume dizer que a equação tem duas b) –1, 2 e 3
raízes reais e iguais, ou seja: c) – 3, 0 e 1
-b d) – 1, 0 e 3
x’ = x” = e) – 3, 0 e 2
2a
4. Verifique se o número 5 é raiz da equação x2 + 6x = 0.
3º caso: Δ é um número real negativo ( Δ < 0).
5. Determine o valor de m na equação x2 + (m + 1)x – 12 = 0
Neste caso, √Δ não é um número real, pois não há no conjunto para que as raízes sejam simétricas.
dos números reais a raiz quadrada de um número negativo.
Dizemos então, que não há valores reais para a incógnita x, ou
6. Determine o valor de p na equação x2 – (2p + 5)x – 1 = 0
seja, a equação não tem raízes reais.
para que as raízes sejam simétricas.
A existência ou não de raízes reais e o fato de elas serem
duas ou uma única dependem, exclusivamente, do discriminante
7. (U. Caxias do Sul-RS) Se uma das raízes da equação 2x2 –
Δ= b2 – 4.a.c; daí o nome que se dá a essa expressão.
3px + 40 = 0 é 8, então o valor de p é:
Na equação ax2 + bx + c = 0 a) 5
- Δ = b2 – 4.a.c 13
- Quando Δ ≥ 0, a equação tem raízes reais. b)
3
- Quando Δ < 0, a equação não tem raízes reais.
- Δ > 0 (duas raízes diferentes). c) 7
- Δ = 0 (uma única raiz). d) –5
e) –7
Exemplo: Resolver a equação x2 + 2x – 8 = 0 no conjunto R.
8. O número de soluções reais da equação: -6x 2 + 4x = -4,
2 2
temos: a = 1, b = 2 e c = – 8
Δ= b2 – 4.a.c = (2)2 – 4 . (1) . (–8) = 4 + 32 = 36 > 0 com x ≠ 0 e x ≠ 3 é: 2x - 3x
a) 0 2
Como Δ > 0, a equação tem duas raízes reais diferentes, dadas b) 1
por: c) -2
+ 36
Δ -(2) - √ -2 + d) 3
-b +- √
x= = = -6 e) 4
2.a 2.(1) 2
-2 + 6 4 -2 - 6 -8
x’ = = =2 x” = = = -4 9. O(s) valor(es) de B na equação x2 – Bx + 4 = 0 para que o
2 2 2 2
discriminante seja igual a 65 é(são):
Então: S = {-4, 2}.
Didatismo e Conhecimento 37
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a) 0 Ou x2 + 6x = 0
b) 9 x (x + 6) = 0
c) –9 x=0 ou x+6=0
d) –9 ou 9 x=-6
e) 16
5) Resposta “-1”.
10. Um valor de b, para que a equação 2x2 + bx + 2 = 0 tenha Solução:
duas raízes reais e iguais é: -(m + 1) c -12
a) 2 S = -b = =-m-1 P= = = -12
a 1 a 1
b) 3
c) 4
d) 5 -m-1=0
m = -1
e) 6
Respostas
6) Resposta “ -5/2”.
Solução:
1. Resposta “D”.
x2 – (2p + 5)x – 1 = 0 (-1)
Solução: -x2 +(2p + 5)x + 1 = 0
x2 = – 4x
x2 + 4x = 0
x (x + 4) = 0 -b -(2p + 5) c 1
S= = = 2p + 5 P= = = -1
x=0 x+4=0 a -1 a -1
x = -4 2p + 5 = 0
2p = -5
2) Resposta “E”. p = - 5/2
Solução:
1,5x2 + 0,1x = 0,6 7) Resposta “C”
1,5x2 + 0,1x - 0,6 = 0 (x10) Solução:
15x2 +1x - 6 = 0 2x2 – 3px + 40 = 0
Δ = b2 – 4.a.c 282 – 3p8 + 40 = 0
Δ = 12 – 4 . 15 . – 6 2.64 – 24p + 40 = 0
Δ = 1 + 360 128 – 24p + 40 = 0
Δ = 361 -24p = - 168 (-1)
p = 168/24
-1 +- √
361 -1 +- 19 18 3 -20 2 p=7
x= = = = ou =-
2.15 30 30 5 30 3
8) Resposta “C”.
Solução:
3) Resposta “D”.
-6x2 + 4x3 x(-6x + 4x2)
= = -4
Solução 2x - 3x
2 x(2x - 3)
x3 – 2x2 – 3x = 0
-8x + 12 = -6x + 4x2
x (x2 – 2x – 3) = 0
4x2 + 2x - 12 = 0
x=0 x2 – 2x – 3 = 0
Δ = b – 4.a.c
2 Δ = b2 – 4.a.c
Δ = -22 – 4 . 1 . – 3 Δ = 22 – 4 . 4 . -12
Δ = 4 + 12 Δ = 4 + 192
Δ = 16 Δ = 196
-(-2) +- √16 2 +- 4 6 -2 -2 +- √196 -2 +- 14 3
x= = = = 3 ou = -1 12 -16
2.1 2 2 2 x= = = ou = -2
2.4 8 8 2 8
9) Resposta “D”.
4) Resposta “Não”.
Solução:
Solução: x2 – Bx + 4 = 0
b2 – 4.a.c
-b -6 c 0 b2 – 4 . 1 . 4
S= = = -6 P= = =0
a 1 a 1 b2 – 16 = 65
Raízes: {-6,0} b2= 65 + 16
Didatismo e Conhecimento 38
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b = √81 Uma desigualdade não muda de sentido quando multiplicamos
b=9 ou dividimos seus dois membros por um mesmo número positivo.
b = -B
B = ±9 Mudou de sentido
Exemplo: Se 8 > 3, então 8 . (–2) < 3 . (–2), isto é: –16 < –6
10) Resposta “C”.
Solução:
Multiplicamos os dois membros por –2
2x2 + Bx + 2 = 0
b2 – 4.a.c Uma desigualdade muda de sentido quando multiplicamos ou
b2 – 4 . 2 . 2 dividimos seus dois membros por um mesmo número negativo.
b2 - 16 Resolver uma inequação é determinar o seu conjunto verdade
b2 = 16 a partir de um conjunto universo dado.
b = √16
b=4 Vejamos, através do exemplo, a resolução de inequações do 1º grau.
a) x < 5, sendo U = N
Inequação do 1º Grau
As inequações x + 5 > 12 e 2x – 4 ≤ x + 2 são do 1º grau, isto Os números naturais que tornam a desigualdade verdadeira
é, aquelas em que a variável x aparece com expoente 1. são: 0, 1, 2, 3 ou 4. Então V = {0, 1, 2, 3, 4}.
A expressão à esquerda do sinal de desigualdade chama-se b) x < 5, sendo U = Z
primeiro membro da inequação. A expressão à direita do sinal de
desigualdade chama-se segundo membro da inequação.
Didatismo e Conhecimento 39
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
1
Dividindo os dois membros por 2, obtemos: 2x ≥ − 15 ⇒ x ≥ − 15 Da inequação x >
3
, podemos dizer que todos os números
2 2 2 1
⎧ 15 ⎫ racionais maiores que formam o conjunto solução de inequação
Logo, V = ⎨ x ∈Q | x ≥ − ⎬ 3
⎩ 2⎭
dada, que é representada por:
Vamos determinar o conjunto verdade caso tivéssemos U = Z. ⎧ 1⎫
S= ⎨ x ∈Q / x > ⎬
15 ⎩ 3⎭
Sendo − = −7,5 , vamos indicá-lo na reta numerada:
2
⎧ 3⎫
2) Resposta “S = ⎨ x ∈Q / x > ⎬ ”.
Solução: ⎩ 2⎭
x 1 2x − 3x 10x 5 − 4.(2 + 3x)
≥ − → ≤ =
2 4 5 20 20
Logo, V = {–7, –6, –5, –4, ...} ou V = {x ∊ Z| x ≥ –7}.
10x ≤ 5 – 4 .(2 – 3x)
Exercícios 10x ≤ 5 – 8 + 12x
10x – 12 x ≤ -3
1. Resolver a inequação 7x + 6 > 4x + 7, sendo U = Q. -2x ≤ -3 (-1)
2x ≥ 3
x≥ 3
x 1 2x − 3x 2
2. Resolver a inequação ≤ − , sendo U = Q.
2 4 5
3
3. Verificar se os números racionais −9 e 6 fazem parte do Todo número racional maior ou igual a faz parte do
conjunto solução da inequação 5x − 3 . (x + 6) > x – 14. conjunto solução da inequação dada, ou seja: 2
⎧ 3⎫
S= ⎨ x ∈Q / x > ⎬
4. Resolva as seguintes inequações, em R. ⎩ 2⎭
a) 2x + 1 ≤ x + 6
b) 2 - 3x ≥ x + 14
3) Resposta “6 faz parte; -9 não faz parte”.
5. Calcule as seguintes inequações, em R. Solução:
a) 2(x + 3) > 3 (1 - x) 5x − 3 . (x + 6) > x – 14
b) 3(1 - 2x) < 2(x + 1) + x - 7 5x – 3x – 18 > x – 14
c) x/3 - (x+1)/2 < (1 - x) / 4 2x – x > -18 + 14
x>4
6. Resolva as seguintes inequações, em R.
a) (x + 3) > (-x-1) Fazendo agora a verificação:
b) [1 - 2*(x-1)] < 2 - Para o número −9, temos: x > 4 → − 9 > 4 (sentença falsa)
c) 6x + 3 < 3x + 18 - Para o número 6, temos: x > 4 → 6 > 4 (sentença verdadeira)
Então, o número 6 faz parte do conjunto solução da inequação,
7. Calcule as seguintes inequações, em R. enquanto o número −9 não faz parte desse conjunto.
a) 8(x + 3) > 12 (1 - x)
b) (x + 10) > (-x +6) 4) Solução:
a) 2x - x + 1 ≤ x - x + 6
8. Resolva a inequação: 2 – 4x ≥ x + 17 x+1≤6
x≤5
9. Calcule a inequação 3(x + 4) < 4(2 –x).
b) 2 - 3x - x ≥ x - x + 14
10. Quais os valores de x que tornam a inequação 2 - 4x ≥ 14
-2x +4 > 0 verdadeira? -4x ≥ 12
-x≥3
Respostas x ≤ -3
⎧ 1⎫ 5) Solução:
1) Resposta “S= ⎨ x ∈Q / x > ⎬ ”.
Solução: ⎩ 3⎭ a) 2x + 6 > 3 - 3x
7x + 6 > 4x + 7 2x - 2x + 6 > 3 - 3x - 2x
7x – 4x > 7 – 6 6 - 3 > -5x
3x > 1 3 > - 5x
x> 1 -x < 3/5
3 x > -3/5
Didatismo e Conhecimento 40
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
b) 3 - 6x < 2x + 2 + x - 7 10) Solução:
-6x - 3x < -8 -2x > -4
-9x < -8 -2x > -4 (-1)
9x > 8 2x < 4
x > 8/9 x< 2
O número 2 não é a solução da inequação dada, mais sim qual-
c) Primeiro devemos achar um mesmo denominador. quer valor menor que 2.
4x 6.(x + 1) 3.(1− x) Verifique a solução:
− <
12 12 12 Para x = 1
4x − 6x − 6 3 − 3x -2x +4 > 0
−< -2.(1) +4 > 0
12 12 -2 + 4 > 0
-2x - 6 < 3 - 3x 2 > 0 (verdadeiro)
x<9 Observe, então, que o valor de x menor que 2 é a solução para
inequação.
6) Solução:
a) x + 3 > -x - 1 Inequação do 2º Grau
2x > -4
x > -4/2 Chamamos inequação do 2º grau às sentenças:
x > -2
ax2 + bx + c > 0
b) 1 - 2x + 2 < 2 ax2 + bx + c ≥ 0
- 2x < 2 - 1 - 2 ax2 + bx + c < 0
- 2x < -1 ax2 + bx + c ≤ 0
2x > 1
x > 1/2 Onde a, b, c, são números reais conhecidos, a ≠ 0, e x é a
incógnita.
c) 6x - 3x < 18 - 3
3x < 15
x < 15/3 Estudo da variação de sinal da função do 2º grau:
x<5 - Não é necessário que tenhamos a posição exata do vértice,
basta que ele esteja do lado certo do eixo x;
7) Solução: - Não é preciso estabelecer o ponto de intersecção do gráfico
a) 8x + 24 > 12 - 12x da função com o eixo y e considerando que as imagens acima do
20x > 12 - 24 eixo x são positivas e abaixo do eixo negativas, podemos dispensar
20x > -12
a colocação do eixo y.
x > -12/20
x > -3/5 Para estabelecer a variação de sinal de uma função do 2º grau,
basta conhecer a posição da concavidade da parábola, voltada para
b) x + x > 6 - 10 cima ou para baixo, e a existência e quantidade de raízes que ela
2x > -4 apresenta.
x > -4/2 Consideremos a função f(x) = ax2 + bx + c com a ≠ 0.
x > -2
8) Resposta “x ≤ -3”.
Solução:
2 – 4x – x ≥ x – x + 17
2 – 5x ≥ 17
-5x ≥ 17 – 2
-5x ≥ 15
5x ≤ -15
x ≤ -3
Didatismo e Conhecimento 41
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Finalmente, tomamos como solução para inequação as regiões 2) Solução: Sabemos que são duas as raízes, agora basta
do eixo x que atenderem às exigências da desigualdade. testarmos.
3) Solução:
(-3)² - 7.(-3) - 2c = 0
9 +21 - 2c = 0
30 = 2c
- Tomamos, como solução da inequação, os valores de x para c = 15
os quais y > 0:
S = {x ∈ R| x < 2 ou x > 4}
4) Resposta “S = {x Є R / –7/3 < x < –1}”.
Observação: Quando o universo para as soluções não é Solução:
fornecido, fazemos com que ele seja o conjunto R dos reais.
Exercícios
Respostas
1) Solução:
a) a = 5; b = -3; c = -2
Equação completa
b) a = 3; b = 0; c = 55
Equação incompleta S = {x Є R / x < –1 ou x > 1/2}
Didatismo e Conhecimento 42
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
6) Resposta “S = {x Є R / x < 3 e x > 3}”. Sistema de Equações
Solução:
Definição
Observações gerais
Calculamos o Zero: -3 +5
x² – 2x – 15 = 0
x = -3 ou x = +5 ∑ Observe este símbolo. A matemática convencionou
neste caso para indicar que duas ou mais equações formam um
sistema.
Didatismo e Conhecimento 43
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Resolução de sistemas Assim, o par (3,1) torna-se a solução verdadeira do sistema.
Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta Neste caso de resolução, somam-se as equações dadas:
substituir os valores em ambas as equações:
x-y=2x+y=6 x – y = -2
4–3=14+3=7 3x + y = 5 +
1 ≠ 2 (falso) 7 ≠ 6 (falso) 4x = 3
x = 3/4
A resposta então é falsa. O par (4,3) não é a solução do sistema
de equações acima. Veja nos cálculos que quando somamos as duas equações o
b) O par (5,3 ) pode ser a solução do sistema termo “Y” se anula. Isto tem que ocorrer para que possamos achar
x–y=2 o valor de “X”.
x+y=8 Agora, e quando ocorrer de somarmos as equações e os valores
de “x” ou “y” não se anularem para ficar somente uma incógnita ?
Para saber se estes valores satisfazem ao sistema, basta
substituir os valores em ambas as equações: Neste caso, é possível usar uma técnica de cálculo de
x-y=2x+y=8 multiplicação pelo valor excludente negativo.
5–3=25+3=8
2 = 2 (verdadeiro 8 = 8 (verdadeiro) Ex.:
3x + 2y = 4
A resposta então é verdadeira. O par (5,3) é a solução do 2x + 3y = 1
sistema de equações acima.
Ao somarmos os termos acima, temos:
Métodos para solução de sistemas do 1º grau.
- Método de substituição 5x + 5y = 5, então para anularmos o “x” e encontramos o valor
de “y”, fazemos o seguinte:
Esse método de resolução de um sistema de 1º grau estabelece » multiplica-se a 1ª equação por +2
que “extrair” o valor de uma incógnita é substituir esse valor na » multiplica-se a 2ª equação por – 3
outra equação.
Vamos calcular então:
Observe: 3x + 2y = 4 ( x +2)
x–y=2 2x + 3y = 1 ( x -3)
x+y=4 6x +4y = 8
-6x - 9y = -3 +
Vamos escolher uma das equações para “extrair” o valor de -5y = 5
uma das incógnitas, ou seja, estabelecer o valor de acordo com a y = -1
outra incógnita, desta forma:
x – y = 2 ---> x = 2 + y Substituindo:
2x + 3y = 1
Agora iremos substituir o “X” encontrado acima, na “X” da 2x + 3.(-1) = 1
segunda equação do sistema: 2x = 1 + 3
x=2
x+y=4
(2 + y ) + y = 4 Verificando:
2 + 2y = 4 ----> 2y = 4 -2 -----> 2y = 2 ----> y = 1 3x + 2y = 4 ---> 3.(2) + 2(-1) = 4 -----> 6 – 2 = 4
2x + 3y = 1 ---> 2.(2) + 3(-1) = 1 ------> 4 – 3 = 1
Temos que: x = 2 + y, então
x=2+1
x=3
Didatismo e Conhecimento 44
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Observação: Em uma equação linear com 2 incógnitas, o
5.7. SISTEMAS LINEARES: RESOLUÇÃO E conjunto solução pode ser representado graficamente pelos pontos
DISCUSSÃO DE SISTEMAS LINEARES de uma reta do plano cartesiano.
Equações Lineares
Equação linear é toda equação do tipo a1x1 + a2x2 + a3x3+...anxn
= b, onde a1, a2, a3,.., an e b são números reais e x1, x2, x3,.., xn são
as incógnitas.
Os números reais a1, a2, a3,.., an são chamados de coeficientes
e b é o termo independente.
Exemplos
- São equações lineares:
x1 - 5x2 + 3x3 = 3 Equação Linear Homogênea
2x – y 2z = 1 Uma equação linear é chamada homogênea quando o seu
0x + 0y + 0z = 2 termo independente for nulo.
0x + 0y + 0z = 0
- Não são equações lineares: Exemplo
x3-2y+z = 3 2x1 + 3x2 - 4x3 + 5x4 - x5 = 0
(x3 é o impedimento)
2x1 – 3x1x2 + x3 = -1 Observação: Toda equação homogênea admite como solução
(-3x1x2 é o impedimento) o conjunto ordenado de “zeros” que chamamos solução nula ou
2x1 – 3 3 + x3 = 0 solução trivial.
x2
3 Exemplo
(x é o impedimento)
2 (0, 0, 0) é solução de 3x + y - z – 0
Observação: Uma equação é linear quando os expoentes das
incógnitas forem iguais a l e em cada termo da equação existir uma Equações Lineares Especiais
única incógnita. Dada a equação:
a1x1 + a2x2 +a3x3+...anxn = b, temos:
Solução de ama Equação Linear
Uma solução de uma equação linear a1xl +a2x2 +a3x3+...anxn - Se a1 = a2 = a3 =...= na = b = 0, ficamos com:
= b, é um conjunto ordenado de números reais α1, α2, α3,..., αn 0x1 + 0x2 +0x3 +...+0xn, e, neste caso, qualquer seqüências (α1,
para o qual a sentença a1{α1) + a2{αa2) + a3(α3) +... + an(αn) = b é α2, α3,..., αn) será solução da equação dada.
verdadeira. - Se a1 = a2 = a3 =... = an = 0 e b ≠ 0, ficamos com:
0x1 +0x2 + 0x3 +...+0xn= b ≠0, e, neste caso, não existe
Exemplos seqüências de reais (α1, α2, α3,...,αn) que seja solução da equação
dada.
- A terna (2, 3, 1) é solução da equação:
x1 – 2x2 + 3x3 = -1 pois:
Sistema Linear 2 x 2
(2) – 2.((3) + 3.(1) = -1
Chamamos de sistema linear 2 x 2 o conjunto de equações
- A quadra (5, 2, 7, 4) é solução da equação:
lineares a duas incógnitas, consideradas simultaneamente.
0x1 - 0x2 + 0x3 + 0x4 = 0 pois:
Todo sistema linear 2 x 2 admite a forma geral abaixo:
0.(5) + 0.(2) + 0.(7) + 0.(4) = 0
a1 x + b1 y = c1
Conjunto Solução a2 + b2 y = c2
Chamamos de conjunto solução de uma equação linear o
Um par (α1, α2) é solução do sistema linear 2 x 2 se, e somente
conjunto formado por todas as suas soluções.
se, for solução das duas equações do sistema.
Didatismo e Conhecimento 45
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Exemplo Resolvendo o sistema pelo método da substituição temos:
(3, 4) é solução do sistema
8 − 2x
x − y = −1 Da equação (I), obtemos y = , que substituímos na
3
equação (II).
2 x + y = 10
pois é solução de suas 2 equações: - 4 x - 6 . 8 − 2 x = - 1 6 - 4 x - 2 ( 8 - 2 x ) = - 1 6
3/
(3)-(4) = -l e 2.(3) + (4) = 10
-4x-16+4x=-16 -16=-16
Resolução de um Sistema 2 x 2 - 16= -16 é uma igualdade verdadeira e existem infinitos pares
Resolver um sistema linear 2 x 2 significa obter o conjunto ordenados que são soluções do sistema.
solução do sistema.
5 8
Os dois métodos mais utilizados para a resolução de um Entre outros, (1, 2), (4, 0), ,1 e 0, são soluções do
sistema linear 2x2 são o método da substituição e o método da sistema. 2 3
adição. Sendo a, um número real qualquer, dizemos que
Para exemplificar, vamos resolver o sistema 2 x 2 abaixo
8 − 2α
usando os dois métodos citados. α ,
3
é solução do sistema.
2x + 3y = 8 8 − 2α
(Obtemos substituindo x =α na equação (I)).
3
x - y = - 1
D - Sistema Linear 2 x 2 com nenhuma solução
1. Método da Substituição: Quando duas equações lineares têm os mesmos coeficientes,
2x + 3y = 8 (I) porém os termos independentes são diferentes, dizemos que não
existe solução comum para as duas equações, pois substituindo uma
x - y = - 1 (II)
na outra, obtemos uma igualdade sempre falsa.
Da equação (II), obtemos x = y -1, que substituímos na
equação (I) Exemplo
2(y- 1) +3y = 8 5y = 10 y = 2 2x+3y=6(I) e 2x+3y=5(II)
Fazendo y = 2 na equação (I), por exemplo, obtemos: Substituindo 2x+3y da equação (I) na equação (II) obtemos:
Assim: S = {(1,2)} 6=5 que é uma igualdade falsa. Se num sistema 2x2 existir
um número real que, multiplicado por uma das equações, resulta
2. Método da Adição: uma equação com os mesmos coeficientes da outra equação do
2x + 3y = 8 (I) sistema, porém com termos independentes diferentes, dizemos
que não existe par ordenado que seja solução do sistema.
x - y = - 1 (II)
Exemplo
Multiplicamos a equação II por 3 e a adicionamos, membro a x + 2 y = 5( I )
membro, com a equação I.
2 x + 4 y = 7( II )
2x + 3y = 8
3 x − 3 y = −3
Multiplicando-se equação (I) por 2 obtemos:
5x = 5 ⇒ x = 5 = 1
5 2x+4y=10
Fazendo x = 1 na equação (I), por exemplo, obtemos: Que tem os mesmo coeficientes da equação (II), porém os
Assim: S = {(1,2)} termos independentes são diferentes.
Se tentarmos resolver o sistema dado pelo método de
Sistema Linear 2 x 2 com infinitas soluções substituição, obtemos uma igualdade que é sempre falsa,
Quando uma equação de um sistema linear 2 x 2 puder ser independente das incógnitas.
obtida multiplicando-se a outra por um número real, ao tentarmos
resolver esse sistema, chegamos numa igualdade que é sempre x + 2 y = 5( I )
verdadeira, independente das incógnitas. Nesse caso, existem
2 x + 4 y = 7( II )
infinitos pares ordenados que são soluções do sistema. 5− x
Da equação (I), obtemos , y = 2 que substituímos na
Exemplo equação (II)
2 x + 3 y = 8( I ) 5 − x
2x- 4. =7 2x+2(5-x)=7
− 4 x − 6 y = −16( II ) 2/
Note que multiplicando-se a equação (I) por (-2) obtemos a 2x+10-2x=7 10=7
equação (II).
Didatismo e Conhecimento 46
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10=7 é uma igualdade falsa e não existe par ordenado que
seja solução do sistema. a a12 a13 a1n
11
Classificação
De acordo com o número de soluções, um sistema linear 2x2 a
21 a 22 a 23 a 2n
Didatismo e Conhecimento 47
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Resolução
a11 a12 a13 a1n
x1 b1 Isolando a incógnita x na equação (I) e substituindo nas
a x2 b2 equações (II) e (III), temos:
a a a 2n
21 22 23
x3 b3 x + 2y – z = -1 → x = -2y + z - 1
a31 a32 a33 a3n
................................... Na equação (II)
xn bm 2(-2y + z - 1) – y + z = 5 →5y + 3z = 7 (IV)
am1 am 2 am 3 amn
Na equação (III)
Sistemas Lineares – Escalonamento (I) (-2y + z - 1) + 3y - 2z = -4 → y – z = -3 (V)
Resolução de um Sistema por Substituição Tomando agora o sistema formado pelas equações (IV) e (V):
Resolvemos um sistema linear m x n por substituição, do
mesmo modo que fazemos num sistema linear 2 x 2. Assim, − 5 y + 3 z = 7 ( IV )
observemos os exemplos a seguir.
y − z = −3 (V )
Exemplos
- Resolver o sistema pelo método da substituição.
Isolando a incógnita y na equação (V) e substituindo na
x + 2 y − z = −1 ( I ) equação (IV), temos:
2 x − y + z = 5 ( II ) y – z = -3 → y = z - 3
-5(z - 3) + 3z = 7 → z = 4
x + 3 y − 2 z = −4( III )
Substituindo z = 4 na equação (V)
Resolução y – 4 = -3 → y = 1
Isolando a incógnita x na equação (I) e substituindo nas
equações (II) e (III), temos: Substituindo y = 1 e z = 4 na equação (I)
x + 2y – z - 1→ x = -2y + z - 1 x + 2(1) - (4) = -1 → x = 1
Na equação (II)
2(-2y + z - 1) – y + z = 5 → -5y + 3z = 7 (IV) Assim:
Na equação (III) S={(1, 1, 4)}
(-2y + z - 1) + 3y - 2z = -4 → y – z = -3 (V)
Tomando agora o sistema formado pelas equações (IV) e (V): 2º) Resolver o sistema pelo método da substituição:
− 5 y + 3 z = 7 ( IV )
x + 3 y − z = 1 (I )
y − z = −3 (V )
y + 2 z = 10 ( II )
Isolando a incógnita y na equação (V) e substituindo na 3 z = 12 ( III )
equação (IV), temos:
y – z = -3 → y = z - 3 Resolução
-5 (z - 3) + 3z = 7→ z = 4 Na equação (III), obtemos:
3z = 12 → z = 4
Substituindo z = 4 na equação (V) Substituindo z = 4 na equação (II), obtemos:
y – 4 = -3 → y = 1 y + 2 . 4 = 10 → y = 2
Substituindo y = 1 e z = 4 na equação (I) Substituindo z = 4 e y = 2 na equação (I), obtemos:
x + 2 (1) - (4) = -1 →x = 1 x + 3 . 2 – 4 = 1 → x = -1
Assim: Assim:
S={(1, 1, 4)} S{(-1, 2, 4)}
2º) Resolver o sistema pelo método da substituição: Observação: Podemos observar que a resolução de sistemas
x + 3 y − z = 1 (I ) pelo método da substituição pode ser demasiadamente longa e
trabalhosa, quando os sistemas não apresentam alguma forma
y + 2 z = 10 ( II ) simplificada como no primeiro exemplo. No entanto, quando
3 z = 12 ( III ) o sistema apresenta a forma simples do segundo exemplo, que
denominamos “forma escalonada”, a resolução pelo método da
substituição é rápida e fácil.
Didatismo e Conhecimento 48
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Veremos, a seguir, como transformar um sistema linear m x Como D ≠ 0, os sistemas deste tipo são possíveis e determinados
n qualquer em um sistema equivalente na “forma escalonada”. e, para obtermos a solução única, partimos da n-ésima equação
que nos dá o valor de xn; por substituição nas equações anteriores,
Sistemas Lineares Escalonados obtemos sucessivamente os valores de xn-1,xn-2,…,x3,x2 e x1.
Dizemos que um sistema linear é um sistema escalonado
quando: Exemplo
- Em cada equação existe pelo menos um coeficiente não-nulo;
- O número de coeficiente nulos, antes do primeiro coeficiente Resolver o sistema:
não-nulo, cresce “da esquerda para a direita, de equação para
equação”. 2 x + y − z + t = 5( I )
y + z + 3t = 9( II )
Exemplos
2 z − t = 0( III )
2 x + y − z = 3
1º) 3t = 6( IV )
2 y + 3 z = 2
x + 2 y − 3z = 4 Resolução
2º)
y + 2z = 3 Na equação (IV), temos:
3t = 6 → t = 2
z =1 Substituindo t = 2 na equação (III), temos:
2z – 2 = 0 → z = 1
Substituindo t = 2 e z = 1 na equação (II), temos:
x+ y+ z+t =5
3º) y + 1 +3 . 2 = 9 → y = 2
y−t =2 Substituindo t = 2, z = 1 e y = 2, na equação (I), temos:
2x + 2 – 1 + 2 = 5 → x = 1
Assim:
2 x1 + 3 x2 − x3 + x4 = 1
S {(1, 2, 1, 2)}
4º) x 2 + x3 − x 4 = 0 Tipo: número de equações menor que o número de incógnitas.
Para resolvermos os sistemas lineares deste tipo, devemos
3 x4 = 5
transformá-los em sistemas do 1º tipo, do seguinte modo:
Existem dois tipos de sistemas escalonados: • As incógnitas que não aparecem no inicio de nenhuma
das equações do sistema, chamadas variáveis livres, devem ser
Tipo: número de equações igual ao número de incógnitas. “passadas” para os segundos membros das equações. Obtemos, as-
sim, um sistema em que consideramos incógnitas apenas as equa-
a11 x1 + a12 x2 + a13 x 3 + + a1n xn = b1 ções que “sobraram” nos primeiros membros.
a22 x2 + a23 x3 + + a2 n xn = b2 • Atribuímos às variáveis livres valores literais, na verdade
“valores variáveis”, e resolvemos o sistema por substituição.
a33 x33 + + a3n xn = b3
Exemplo
...................................................
Resolver o sistema:
ann xn = bn
x + y + 2 z = 1
2y − z = 2
Notamos que os sistemas deste tipo podem ser analisados
pelo método de Cramer, pois são sistemas n x n. Assim, sendo D o
determinante da matriz dos coeficientes (incompleta), temos: Resolução
Didatismo e Conhecimento 49
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
2 +α Exemplo
2y = 2 + α → y =
2 x + 2 y = 3 x + 2 y = 3
Substituindo y = 2 + α na 1ª equação, temos: ( S ) ~ ( S1 )
2 3 x − y = 1 6 x − 2 y = 3
2 +α
x+ = 1 − 2α
2 Multiplicamos a 2ª equação de S por 2, para obtermos S1.
Agora para continuar fazemos o mmc de 2, e teremos: - Adicionar a uma equação uma outra equação do sistema,
previamente multiplicada por um número real não-nulo.
Exemplo
x + 3 y = 5 x + 3 y = 5
(S ) = ~ ( S1 )
2 x + y = 3 − 5 y = −7
x + 2 y − z = 1 x + 2y − z =1
- Inverter a ordem em que as incógnitas aparecem nas x + 2 y − z = 1
equações. 3 x − y − 2 z = −2 ~ 3 x − y − 2 z = −2 ← −3 ~ − 7 y + z = −5
2 x + y + z = 5 2x + y + z = 5 − 3 y + 3z = 3 : −3
← −2
Exemplo
x + 2 y + z = 5 2 y + z + x = 5 x + 2 y − z = 1
x + 2 y − z = −1 x + 2 y − z = 1
(S ) = x + 2 z = 1 ~ ( S1 ) 2z + x = 1
~ y − z = −1 ~ y − z = −1
− 7 y + z = 5
y − z = −1
− 6 z = −12
3x = 5
3x = 5 − 7 y + z = −5 ←7
Didatismo e Conhecimento 50
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
2º) Escalonar e classificar o sistema: Observação
Exemplos
2 x + 5 y + z = 5 01 – Discutir, em função de a, o sistema:
x + 2y − z = 3
x + 3 y = 5
4 x + 9 y − z = 8
2 x + ay = 1
Resolução Resolução
1 3
D= = a−6
x + 2y − z = 3 2 a
2 x + 5 y + z = 5 ~ ~
x + 2y − z = 3 2 x + 5 y + z = 5 ← −2 D = 0⇒ a−6 = 0⇒ a = 6
4 x + 9 y − z = 8 4 x + 9 y − z = 8 ← −4
Assim, para a≠6, o sistema é possível e determinado.
Para a≠6, temos:
x + 3 y = 5
x + 2 y − z = 3 x + 3 y = 5
2 x + 6 y = 1 ~
~ x + 2 y − z = 3 ← −2 0 x + 0 y = −9
y + 3 z = −1
y + 3 z = −1
que é um sistema impossível.
y + 3 z = −4 ← −1 0 y + 0 z = −3 ← −1
Assim, temos:
a≠6 SPD (Sistema possível e determinado)
O sistema obtido é impossível, pois a terceira equação nunca a=6 SI (Sistema impossível)
será verificada para valores reais de y e z. 02 – Discutir, em função de a, o sistema:
Didatismo e Conhecimento 51
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
x + y − z = 1 Se –k + k2=0, ou seja, k=0 ou k=1, o sistema é possível e
indeterminado.
2 x + 3 y + az = 3
x + ay + 3 z = 2 Se –K+k2≠0, ou seja, k≠0 ou k≠1, o sistema é impossível.
Resolução Para m=-1, temos:
1 1−1
− x + y = K x − y = K 2 x − y = k 2
D2 3 1 = 9 + a − 2a + 3 − 6 − a 2
x − y = k2 ~ ~ Ox + Oy = k 2 + k
− x + y = K ←1
1 a 3
Se k2+k=0, ou seja, k=0 k=-1, o sistema é possível e
D=0 -a2-a+6=0 a=-3 ou a=2 indeterminado.
Se k2+k≠0, ou seja, k≠0 k≠-1, o sistema é indeterminado.
Assim, para a≠-3 e a≠2, o sistema é possível e determinado.
Assim, temos:
Para a=-3, temos:
m ≠ +1 e m ≠ −1, ∀ k ∈ R ⇒ SPD
x + y − z =1
x + y − z = 1 x + y − z = 1
m = +1 e k = 0 ou k = 1
2 x + 3 y − 3 z = 3 ← −2 ~ y − z =1 ~ y − z =1
x − 3 y + 3z = 2
← −1 − 4 y + 4 z = 1
←4 y + z = 5 sistema impossível
ou ⇒ SPI
m = −1 e k = 0 ou k = −1
Para a=2, temos:
m = +1 e k ≠ 0 ou k ≠ 1
x + y − z =1 ou ⇒ SI
x + y − z = 1 x + y − z = 1
m = −1 e k ≠ 0 ou k ≠ −1
2 x + 3 y + 2 z = 3 ← −2 ~ y + 4z = 1 ~
y + 4z = 1 sistema possível in det er min ado
x + 2 y + 3 z = 2 ← −1 y + 4z = 1
Didatismo e Conhecimento 52
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Assim, temos: Discussão e Resolução
m≠-1 SI
m=-1 SPD Lembre-se que: todo sistema linear homogêneo tem ao
menos a solução trivial, portanto será sempre possível.
02 – Discutir, em função de k, o sistema:
Vejamos alguns exemplos:
x + 2y − z = 5
01 – Classifique e resolva o sistema:
2 x + 5 y + 3 z = 12
3 x + 7 y − 2 z = 17 3 x + y + z = 0
x + 5 y − z = 0
5 x + 12 y + kz = 29 x + 2 y − z = 0
Resolução:
Resolução
x + 2y − z = 5
x + 2 y − z = 5 x + 2 y − z = 5 3 1 1
2 x + 5 y + 3 z = 12 ← −2 y+z =2 y+z =2
~
y + 5 z = 2 ← −1
~ D = 1 5 − 1 = −12
3 x + 7 y − 2 z = 17 ← −3 4z = 0 ÷4
5 x + 12 y + kz = 29 ← −5 2 y + (5 + K ) z = 4 ← −2 (3 + K ) z = 0 1 2 −1
Como D≠0, o sistema é possível e determinado admitindo só
x + 2 y − z = 5 x + 2 y − z = 5 a solução trivial, logo:
y+z =2 y+z =2 x + 2 y − z = 5
02 – Classifique e resolva o sistema:
~ ~ ~ y+z =2
z = 0 −3− K z=0
z=0
(3 + K ) z = 0 0z = 0 a + b + 2c = 0
a − 3b − 2c = 0
Assim, para ∀k ∈ R , o sistema é possível e determinado. 2 a − b + c = 0
Sistemas Lineares – Discussão (II) Resolução
1 1 2
Sistema Linear Homogêneo
Já sabemos que sistema linear homogêneo é todo sistema D = 1− 3 − 2 = 0
cujas equações têm todos os termos independentes iguais a zero.
2 −1 1
São homogêneos os sistemas:
Como D=0, o sistema homogêneo é indeterminado.
Fazendo o escalonamento temos:
3 x + 4 y = 0
01 a + b + 2c = 0 a + b + 2c = 0
a + b + 2c = 0
x − 2 y = 0
a − 3b + −2c = 0 ~ 0 − 4b − 4c = 0 ~ 0 + b + 4c = 0
0 + 0 + 0 = 0
x + 2 y + 2z = 0 2a − b + c = 0 0 − 3b − 3c = 0
02 3 x − y + z = 0
5 x + 3 y − 7 z = 0 Teremos, então:
a + b + 2c = 0
Observe que a dupla (0,0) é solução do sistema 01 e a terna
b+c =0
(0,0,0) é solução do sistema 02.
Todo sistema linear homogêneo admite como solução uma
seqüência de zero, chamada solução nula ou solução trivial.
Observamos também que todo sistema homogênea é sempre Fazendo c=t, teremos:
possível podendo, eventualmente, apresentar outras soluções além =-c b=-t
da solução trivial, que são chamadas soluções próprias. a-t+2t=0 a=-t
Didatismo e Conhecimento 53
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Portanto: São equivalentes, então o valor de a2 + b2 é igual a:
S = {(− t ,−t , t ), t ∈ R} a) 1
b) 4
Note que variando t obteremos várias soluções, inclusive a c) 5
trivial para t=0. d) 9
e) 10
03 – Determine K de modo que o sistema abaixo tenha solução 9. Resolva o seguinte sistema usando a regra de Cramer:
diferente da trivial. x + 3y - 2z = 3
x + y + z = 0 2x - y + z = 12
4x + 3y - 5z = 6
x − ky + z = 0 2 x − y = 7
kx − y − z = 0 10. Resolver o sistema .
x + 5 y = −2
Resolução Respostas
O sistema é homogêneo e, para apresentar soluções diferentes
da trivial, devemos ter D=0 1) Resposta “S= {(1, 2)}”.
1 1 1 Solução: Calculemos inicialmente D, Dx e Dy:
D = 1− k 1 = k 2 + 2k + 1 = (k + 1) 2 = 0 ⇒ k = −1 2 3
D= = −4 − 9 = −13
k −1−1 3 −2
Resposta: k=-1 8 3
Dx = = −16 + 3 = 13
Exercícios
−1 −2
2 x + 3 y = 8
1. Resolver e classificar o sistema:
3 x − 2 y = −1 2 8
Dy = = −2 − 24 = −26
2. Determinar m real, para que o sistema seja possível e 3 −1
2 x + 3 y = 5
determinado: Como D =-13 ≠ 0, o sistema é possível e determinado e:
x + my = 2
3 x − y + z = 5 Dx − 13 D − 26
x= = =1 e y = y = =2
3. Resolver e classificar o sistema: x + 3 y = 7 D − 13 D − 13
2 x + y − 2 z = −4 Assim: S= {(1, 2)} e o sistema são possíveis e determinados.
4. Determinar m real para que o sistema seja possível e 3
2) Resposta “ m ∈ R / m ≠ ”.
x + 2 y + z = 5 2
determinado. 2 x − y + 2 z = 5 Solução: Segundo a regra de Cramer, devemos ter D ≠ 0, em
3 x + y + mz + 0 que:
2 3
5. Se o terno ordenado (2, 5, p) é solução da equação linear
D= = 2m − 3
6x - 7y + 2z = 5, qual o valor de p?
1 m
6. Escreva a solução genérica para a equação linear 5x - 2y
+ z = 14, sabendo que o terno ordenado ( , , ) é solução. 3
Assim: 2m -3 ≠ 0 → m ≠
7. Determine o valor de m de modo que o sistema de 2
equações abaixo, Então, os valores reais de m, para que o sistema seja possível
2x - my = 10 e determinado, são dados pelos elementos do conjunto:
3x + 5y = 8, seja impossível.
3
8. Se os sistemas: m ∈ R / m ≠
S 1: x + y = 1 e S2: ax – by = 5 2
X – 2y = -5 ay – bx = -1
Didatismo e Conhecimento 54
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Didatismo e Conhecimento 55
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Substituindo o valor encontrado para b na equação em ver-
melho acima (poderia ser também na outra equação em azul), te- 5.8. ANÁLISE COMBINATÓRIA
remos: 5.8.1. O PRINCÍPIO FUNDAMENTAL DA
CONTAGEM. 5.8.2. COMBINAÇÕES,
2 a + (-3) = -1 \ a = 1. ARRANJOS E PERMUTAÇÕES COM E SEM
Portanto, a2 + b2 = 12 + (-3)2 = 1 + 9 = 10. REPETIÇÕES.
9) Resposta “S = {(5, 2, 4)}”.
Solução: Teremos:
Análise Combinatória é um conjunto de procedimentos
que possibilita a construção de grupos diferentes formados
por um número finito de elementos de um conjunto sob certas
circunstâncias.
Na maior parte das vezes, tomaremos conjuntos Z com m
elementos e os grupos formados com elementos de Z terão p
elementos, isto é, p será a taxa do agrupamento, com p ≤ m.
Arranjos, Permutações ou Combinações, são os três tipos
principais de agrupamentos, sendo que eles podem ser simples,
com repetição ou circulares. Apresentaremos alguns detalhes de
tais agrupamentos.
Observação: É comum encontrarmos na literatura termos
como: arranjar, combinar ou permutar, mas todo o cuidado é pouco
com os mesmos, que às vezes são utilizados em concursos em uma
forma dúbia!
Arranjos
Portanto, pela regra de Cramer, teremos: São agrupamentos formados com p elementos, (p < m) de
x1 = D x1 / D = 120 / 24 = 5 forma que os p elementos sejam distintos entre si pela ordem ou
x2 = D x2 / D = 48 / 24 = 2 pela espécie. Os arranjos podem ser simples ou com repetição.
x3 = D x3 / D = 96 / 24 = 4
Arranjo simples: Não ocorre a repetição de qualquer elemento
Logo, o conjunto solução do sistema dado é S = {(5, 2, 4)}. em cada grupo de p elementos.
Didatismo e Conhecimento 56
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Fórmula: N=A(m1,p1).A(m-m1,p-p1) Pr= {AAARRT, AAATRR, AAARTR, AARRTA, AARTTA,
Cálculo para o exemplo: AATRRA, AARRTA, ARAART, ARARAT, ARARTA, ARAATR,
N=A(3,2).A(7-3,4-2)=A(3,2).A(4,2)=6×12=72. ARAART, ARAATR, ATAARA, ATARAR}
Exemplo: Quantos arranjos com 4 elementos do conjunto Permutação circular: Situação que ocorre quando temos
{A,B,C,D,E,F,G}, começam com duas letras escolhidas no grupos com m elementos distintos formando uma circunferência
subconjunto {A,B,C}? de círculo.
Aqui temos um total de m = 7 letras, a taxa é p = 4, o Fórmula: Pc(m) = (m-1)!
subconjunto escolhido tem m1 = 3 elementos e a taxa que este Cálculo para o exemplo: P(4) = 3! = 6
subconjunto será formado é p1 = 2. Com as letras A, B e C, tomadas
2 a 2, temos 6 grupos que estão no conjunto: Exemplo: Seja um conjunto com 4 pessoas K = {A, B, C, D}.
PABC = {AB, BA, AC, CA, BC, CB} De quantos modos distintos estas pessoas poderão sentar-se junto a
Com as letras D, E, F e G tomadas 2 a 2, temos 12 grupos que uma mesa circular (pode ser retangular) para realizar o jantar sem
estão no conjunto:
que haja repetição das posições?
PDEFG = {DE, DF, DG, ED, EF, EG, FD, FE, FG, GD, GE, GF}
Se considerássemos todas as permutações simples possíveis
com estas 4 pessoas, teríamos 24 grupos, apresentados no conjunto:
Usando a regra do produto, teremos 72 possibilidades obtidas
pela junção de um elemento do conjunto PABC com um elemento
do conjunto PDEFG. Um típico arranjo para esta situação é CAFG. Pc= {ABCD, ABDC, ACBD, ACDB, ADBC, ADCB, BACD,
BADC, BCAD, BCDA, BDAC, BDCA, CABD, CADB, CBAD,
Permutações CBDA, CDAB, CDBA, DABC, DACB, DBAC, DBCA, DCAB,
DCBA}
Quando formamos agrupamentos com m elementos, de
forma que os m elementos sejam distintos entre si pela ordem. As Acontece que junto a uma mesa “circular” temos que:
permutações podem ser simples, com repetição ou circulares. ABCD=BCDA=CDAB=DABC
Permutação simples: São agrupamentos com todos os m ABDC=BDCA=DCAB=CABD
elementos distintos. ACBD=CBDA=BDAC=DACB
Fórmula: Ps(m) = m!. ACDB=CDBA=DBAC=BACD
Cálculo para o exemplo: Ps(3) = 3! = 6. ADBC=DBCA=BCAD=CADB
ADCB=DCBA=CBAD=BADC
Exemplo: Seja C = {A, B, C} e m = 3. As permutações
simples desses 3 elementos são 6 agrupamentos que não podem Existem somente 6 grupos distintos, dados por:
ter a repetição de qualquer elemento em cada grupo mas podem Pc= {ABCD, ABDC, ACBD, ACDB, ADBC, ADCB}
aparecer na ordem trocada. Todos os agrupamentos estão no
conjunto: Combinações
Ps = {ABC, ACB, BAC, BCA, CAB, CBA}
Quando formamos agrupamentos com p elementos, (p < m)
de forma que os p elementos sejam distintos entre si apenas pela
Permutação com repetição: Dentre os m elementos do conjunto
espécie.
C = {x1, x2, x3,..., xn}, faremos a suposição que existem m1 iguais
a x1, m2 iguais a x2, m3 iguais a x3, ... , mn iguais a xn, de modo que
Combinação simples: Não ocorre a repetição de qualquer
m1 + m2 + m3 +... + mn = m.
elemento em cada grupo de p elementos.
Fórmula: Se m = m1 + m2 + m3 +... + mn, então
Fórmula: C(m,p) =
Pr(m) = C(m,m1).C(m-m1,m2).C(m-m1-m2,m3) ... C(mn,mn)
Anagrama: Um anagrama é uma (outra) palavra construída
Cálculo para o exemplo: C(4,2) =
com as mesmas letras da palavra original trocadas de posição.
Cálculo para o exemplo: m1 = 4, m2 = 2, m3 = 1, m4 = 1 e m =
Exemplo: Seja C = {A, B, C, D}, m = 4 e p = 2. As combinações
6, logo:
simples desses 4 elementos tomados 2 a 2 são 6 grupos que não
podem ter a repetição de qualquer elemento nem podem aparecer
Pr(6) = C(6,4).C(6-4,2).C(6-4-1,1) = C(6,4).C(2,2).C(1,1) = 15.
na ordem trocada. Todos os agrupamentos estão no conjunto:
Cs= {AB, AC, AD, BC, BD, CD}
Exemplo: Quantos anagramas podemos formar com as 6 letras
da palavra ARARAT. A letra A ocorre 3 vezes, a letra R ocorre
Combinação com repetição: Todos os elementos podem
2 vezes e a letra T ocorre 1 vez. As permutações com repetição
desses 3 elementos do conjunto C = {A, R, T} em agrupamentos aparecer repetidos em cada grupo até p vezes.
de 6 elementos são 15 grupos que contêm a repetição de todos os Fórmula: Cr(m,p) = C(m + p - 1, p)
elementos de C aparecendo também na ordem trocada. Todos os Cálculo para o exemplo: Cr(4,2) = C(4 + 2 - 1, 2) = C(5,2) =
agrupamentos estão no conjunto:
Didatismo e Conhecimento 57
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Exemplo: Seja C = {A, B, C, D}, m = 4 e p = 2. As combinações Número de Arranjos simples
com repetição desses 4 elementos tomados 2 a 2 são 10 grupos
que têm todas as repetições possíveis de elementos em grupos de Seja C um conjunto com m elementos. De quantas maneiras
2 elementos não podendo aparecer o mesmo grupo com a ordem diferentes poderemos escolher p elementos (p < m) deste
trocada. De um modo geral neste caso, todos os agrupamentos com conjunto? Cada uma dessas escolhas será chamada um arranjo de
2 elementos formam um conjunto com 16 elementos: m elementos tomados p a p. Construiremos uma sequência com os
m elementos de C.
Cr= {AA, AB, AC, AD, BA, BB, BC, BD, CA, CB, CC, CD, c1, c2, c3, c4, c5, ..., cm-2, cm-1, cm
DA, DB, DC, DD}
Cada vez que um elemento for retirado, indicaremos esta
Mas para obter as combinações com repetição, deveremos operação com a mudança da cor do elemento para a cor vermelha.
excluir deste conjunto os 6 grupos que já apareceram antes, pois Para escolher o primeiro elemento do conjunto C que possui
AB = BA, AC = CA, AD = DA, BC = CB, BD = DB e CD = DC, m elementos, temos m possibilidades. Vamos supor que a escolha
assim as combinações com repetição dos elementos de C tomados tenha caído sobre o m-ésimo elemento de C.
2 a 2, são: c1, c2, c3, c4, c5, ..., cm-2, cm-1, cm
Cr= {AA, AB, AC, AD, BB, BC, BD, CC, CD, DD} Para escolher o segundo elemento, devemos observar o que
sobrou no conjunto e constatamos que agora existem apenas m - 1
Regras gerais sobre a Análise Combinatória elementos. Suponhamos que tenha sido retirado o último elemento
dentre os que sobraram no conjunto C. O elemento retirado na
Problemas de Análise Combinatória normalmente são muito segunda fase é o (m-1)-ésimo.
difíceis, mas eles podem ser resolvidos através de duas regras c1, c2, c3, c4, c5, ..., cm-2, cm-1, cm
básicas: a regra da soma e a regra do produto.
Regra da soma: A regra da soma nos diz que se um elemento Após a segunda retirada, sobraram m - 2 possibilidades
pode ser escolhido de m formas e outro elemento podem ser para a próxima retirada. Do que sobrou, se retirarmos o terceiro
escolhidos de n formas, então a escolha de um ou outro elemento elemento como sendo o de ordem (m-2), teremos algo que pode
se realizará de m + n formas, desde que tais escolhas sejam ser visualizado como:
independentes, isto é, nenhuma das escolhas de um elemento pode c1, c2, c3, c4, c5, ..., cm-2, cm-1, cm
coincidir com uma escolha do outro.
Regra do Produto: A regra do produto diz que se um elemento Se continuarmos o processo de retirada, cada vez teremos 1
H pode ser escolhido de m formas diferentes e se depois de cada elemento a menos do que na fase anterior. Para retirar o p-ésimo
elemento restará m – p + 1 possibilidades de escolha.
uma dessas escolhas, outro elemento M pode ser escolhido de n
Para saber o número total de arranjos possíveis de m elementos
formas diferentes, a escolha do par (H, M) nesta ordem poderá ser tomados p a p, basta multiplicar os números que aparecem na
realizada de m.n formas. segunda coluna da tabela abaixo:
Exemplo: Consideremos duas retas paralelas ou concorrentes
sem que os pontos sob análise estejam em ambas, sendo que a
Retirada Número de possibilidades
primeira r contem m pontos distintos marcados por r1, r2, r3, ..., rm
1 m
e a segunda s contem n outros pontos distintos marcados por s1,
2 m-1
s2, s3, ..., sn. De quantas maneiras podemos traçar segmentos de
3 m-2
retas com uma extremidade numa reta e a outra extremidade na
outra reta? ... ...
p m-p+1
Nº.de arranjos m(m-1)(m-2)...(m-p+1)
Didatismo e Conhecimento 58
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Sugestão: Construir uma reta com as 5 vogais e outra reta Exemplo: Quantos anagramas são possíveis com as letras da
paralela à anterior com as 5 vogais, usar a regra do produto para palavra AMOR? O número de arranjos é P(4) = 24 e o conjunto
concluir que há 5 x 5 = 25 possibilidades. solução é:
O conjunto solução é:
Exemplo: Quantas placas de carros podem existir no atual P = {AMOR, AMRO, AROM, ARMO, AORM, AOMR,
sistema brasileiro de trânsito que permite 3 letras iniciais e 4 MARO, MAOR, MROA, MRAO, MORA, MOAR, OAMR,
algarismos no final? OARM, ORMA, ORAM, OMAR, OMRA, RAMO, RAOM,
XYZ-1234 RMOA, RMAO, ROAM, ROMA}
Sugestão: Considere que existem 26 letras em nosso alfabeto Número de Combinações simples
que podem ser dispostas 3 a 3 e 10 algarismos que podem ser
dispostos 4 a 4 e em seguida utilize a regra do produto. Seja C um conjunto com m elementos distintos. No estudo
de arranjos, já vimos antes que é possível escolher p elementos
Número de Permutações simples de A, mas quando realizamos tais escolhas pode acontecer que
duas coleções com p elementos tenham os mesmos elementos em
Este é um caso particular de arranjo em que p = m. Para ordens trocadas. Uma situação típica é a escolha de um casal (H,
obter o número de permutações com m elementos distintos de um M). Quando se fala casal, não tem importância a ordem da posição
conjunto C, basta escolher os m elementos em uma determinada (H, M) ou (M, H), assim não há a necessidade de escolher duas
ordem. A tabela de arranjos com todas as linhas até a ordem p = m, vezes as mesmas pessoas para formar o referido casal. Para evitar
permitirá obter o número de permutações de m elementos: a repetição de elementos em grupos com a mesma quantidade p de
Retirada Número de possibilidades elementos, introduziremos o conceito de combinação.
1 m Diremos que uma coleção de p elementos de um conjunto C
2 m-1 com m elementos é uma combinação de m elementos tomados p a
... ... p, se as coleções com p elementos não tem os mesmos elementos
p m-p+1
que já apareceram em outras coleções com o mesmo número p de
elementos.
... ...
Aqui temos outra situação particular de arranjo, mas não
m-2 3
pode acontecer a repetição do mesmo grupo de elementos em uma
m-1 2 ordem diferente.
m 1 Isto significa que dentre todos os A(m,p) arranjos com p
Nº.de m(m-1)(m-2)... elementos, existem p! desses arranjos com os mesmos elementos,
permutações (m-p+1)...4.3.2.1 assim, para obter a combinação de m elementos tomados p a p,
deveremos dividir o número A(m,p) por m! para obter apenas
Denotaremos o número de permutações de m elementos, por o número de arranjos que contem conjuntos distintos, ou seja:
P(m) e a expressão para seu cálculo será dada por: C(m,p) =
P(m) = m(m-1)(m-2) ... (m-p+1) ... 3 . 2 . 1
Como A(m,p) = m.(m-1).(m-2)...(m-p+1)
Em função da forma como construímos o processo, podemos
escrever: A(m,m) = P(m) então: C(m,p) = que pode
Como o uso de permutações é muito intenso em Matemática ser reescrito:
e nas ciências em geral, costuma-se simplificar a permutação de m
elementos e escrever simplesmente: P(m) = m!
Este símbolo de exclamação posto junto ao número m é lido C(m,p) =
como: fatorial de m, onde m é um número natural.
Embora zero não seja um número natural no sentido que tenha
tido origem nas coisas da natureza, procura-se dar sentido para a Multiplicando o numerador e o denominador desta fração por
definição de fatorial de m de uma forma mais ampla, incluindo m (m-p)(m-p-1)(m-p-2)...3.2.1 que é o mesmo que multiplicar por
= 0 e para isto podemos escrever: 0! = 1 (m-p)!, o numerador da fração ficará:
Em contextos mais avançados, existe a função gama que
generaliza o conceito de fatorial de um número real, excluindo os (m-p)(m-p-1)(m-p-2)...3.2.1 e o denominador ficará: p! (m-p)!
inteiros negativos e com estas informações pode-se demonstrar
que 0! = 1. Assim, a expressão simplificada para a combinação de m
O fatorial de um número inteiro não negativo pode ser definido elementos tomados p a p, será uma das seguintes:
de uma forma recursiva através da função P = P(m) ou com o uso
do sinal de exclamação: (m+1)! = (m+1).m!, 0! = 1
Exemplo: De quantos modos podemos colocar juntos 3 livros
A, B e C diferentes em uma estante? O número de arranjos é P(3)
= 6 e o conjunto solução é: P = {ABC, ACB, BAC, BCA, CAB,
CBA}
Didatismo e Conhecimento 59
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Número de arranjos com repetição Generalizando isto, podemos mostrar que:
Crep(m,p) = C(m + p – 1,p)
Seja C um conjunto com m elementos distintos e considere p
elementos escolhidos neste conjunto em uma ordem determinada. Propriedades das combinações
Cada uma de tais escolhas é denominada um arranjo com
repetição de m elementos tomados p a p. Acontece que existem m O segundo número, indicado logo acima por p é conhecido
possibilidades para a colocação de cada elemento, logo, o número como a taxa que define a quantidade de elementos de cada escolha.
total de arranjos com repetição de m elementos escolhidos p a p é Taxas complementares
dado por mp. Indicamos isto por: C(m,p) = C(m, m – p)
Arep(m,p) = mp
Exemplo: C(12,10) = C(12,2) = 66.
Número de permutações com repetição
Relação do triângulo de Pascal
Consideremos 3 bolas vermelhas, 2 bolas azuis e 5 bolas
C(m,p) = C(m – 1,p) + C(m – 1,p – 1)
amarelas. Coloque estas bolas em uma ordem determinada.
Iremos obter o número de permutações com repetição dessas
bolas. Tomemos 10 compartimentos numerados onde serão Exemplo: C(12,10) = C(11,10) + C(11,9) = 605
colocadas as bolas. Primeiro coloque as 3 bolas vermelhas em
3 compartimentos, o que dá C(10, 3) possibilidades. Agora Exercícios
coloque as 2 bolas azuis nos compartimentos restantes para obter
C(10 – 3, 2) possibilidades e finalmente coloque as 5 bolas 1. Quantos são os números de 4 algarismos que podemos
amarelas. As possibilidades são C(10 – 3 – 2, 5). formar com os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9?
O número total de possibilidades pode ser calculado como:
2. Quantos são os números de 4 algarismos DISTINTOS
que podemos formar com os algarismos 0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8 e 9?
3. Calcule 12!.
10!
Tal metodologia pode ser generalizada.
4. Calcular o número de arranjos simples de 10 elementos
Número de combinações com repetição tomados 4 a 4.
Considere m elementos distintos e ordenados. Escolha p 5. Quantos números de três algarismos distintos podem
elementos um após o outro e ordene estes elementos na mesma formar com os elementos do conjunto {1, 2, 3, 4, 5, 6}?
ordem que os elementos dados. O resultado é chamado uma
combinação com repetição de m elementos tomados p a p.
6. Quantos números naturais de 4 algarismos distintos po-
Denotamos o número destas combinações por Crep(m,p). Aqui a
demos escrever, usando os algarismos 1, 3, 5 e 7? Qual a posi-
taxa p poderá ser maior do que o número m de elementos.
Seja o conjunto A = (a, b, c, d, e) e p = 6. As coleções (a, ção ocupada pelo número 7 153?
a, b, d, d, d), (b, b, b, c, d, e) e (c, c, c, c, c, c) são exemplos de
combinações com repetição de 5 elementos escolhidos 6 a 6. 7. Quantos times de futebol de salão podem formar com 10
Podemos representar tais combinações por meio de símbolos jogadores capazes de jogar em qualquer posição?
# e vazios Ø onde cada ponto # é repetido (e colocado junto)
tantas vezes quantas vezes aparece uma escolha do mesmo tipo, 8. Calcule
enquanto o vazio Ø serve para separar os objetos em função das
suas diferenças 9. Na direção de uma empresa existem 5 brasileiros e 4 ale-
mães. Quantas comissões de 3 pessoas podemos formar, tendo
(a, a, b, d, d, d) equivale a ##Ø#ØØ###Ø cada uma delas:
(b, b, b, c, d, e) equivale a Ø###Ø#Ø#Ø# a) 2 brasileiros e 1 alemão?
(c, c, c, c, c, c) equivale a ØØ######ØØ b) Pelo menos 1 alemão?
Cada símbolo possui 10 lugares com exatamente 6# e 4Ø. 10. Quantos números pares podem obter permutando os
algarismos do número 83 137 683?
Para cada combinação existe uma correspondência biunívoca com
um símbolo e reciprocamente. Podemos construir um símbolo Respostas
pondo exatamente 6 pontos em 10 lugares. Após isto, os espaços
vazios são preenchidos com barras. Isto pode ser feito de C(10, 6) 1) Resposta “9000”.
modos. Assim: Solução: Os Algarismos são escritos em 4 posições:
Didatismo e Conhecimento 60
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
O Algarismo das unidades de milhar não pode ser 0; logo, essa Temos P3 = 3! = 6 números que começam com 1.
posição só pode ser preenchida com um dos 9 algarismos restan-
tes, isto é, temos 9 possibilidades para a posição. Com relação à 3
posição das centenas, das dezenas e das unidades, qualquer dos 10
algarismos pode ocupá-la, pois pode haver repetição.
Temos P3 = 3! = 6 números que começam com 3.
Logo, temos 10 possibilidades para a posição das centenas, 10
para as dezenas e 10 para as unidades. Substituindo teremos:
5
C10,5 =
Didatismo e Conhecimento 61
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Os terminados em 8 são da forma: Foi em 1812 que Pierre Laplace (1749 – 1827) deu forma
a uma estrutura de raciocínio e a um conjunto de definições no
8 seu livro Teoria analítica da probabilidade. A teoria moderna das
probabilidades hoje constitui a base de um dos ramos de maior
As demais posições deverão ser preenchidas pelos algarismos aplicação nas ciências, a Estatística.
restantes: 8, 3, 1, 7, 6 e 3. O total das permutações possíveis é:
Experimentos Aleatórios
Didatismo e Conhecimento 62
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
O espaço amostral será: Exemplo
U = {1, 2, 3, 4, 5, 6}
Analisemos os diversos tipos de eventos que podemos definir Evento A: Ocorrência de um número primo
neste experimento. A = {2, 3, 5}
Evento Elementar: Qualquer subconjunto unitário de U.
Evento Ā: Ocorrência de um numero não primo
Exemplo Ā = U – A = {1, 4,6}
Ocorrência de um número múltiplo de 5.
A = {5} Observação: No caso do exemplo, podemos dizer que o evento
Ā é a não-ocorrência de um número primo.
Evento Certo: É o próprio espaço amostral U.
Probabilidade Estatística e Probabilidade Teórica
Exemplo
Ocorrência de um divisor de 60. Imaginamos a seguinte situação: em uma turma do segundo
B = {1, 2, 3, 4, 5, 6} colegial, existem 25 garotas e 10 garotos e um brinde foi sorteado
para um dos membros da turma. Temos que adivinhar o sexo do
Evento Impossível: É o conjunto vazio (∅). contemplado.
Intuitivamente, “sabemos” que é “mais fácil” ter sido sorteada
Exemplo uma garota que um garoto, no entanto não podemos afirmar com
Ocorrência de múltiplo de 8. certeza o sexo do contemplado. A “chance” de uma garota ter
C = { } =∅ sido sorteada pode ser traduzida por um numero que chamamos
probabilidade.
Evento União: É a reunião de dois eventos. Uma observação que pode ser feita é que a teoria das
probabilidades é uma maneira matemática de lidar com a incerteza.
O cálculo da probabilidade de um evento acontecer, muitas
Exemplo
vezes, é feito experimentalmente, e essa probabilidade é chamada
Evento A: Ocorrência de um número primo
de experimental ou estatística.
A = {2, 3, 5}
Exemplo
Evento B: Ocorrência de um número ímpar
B = {1, 3, 5}
A probabilidade de uma pessoa morrer aos 25 anos é obtida
∩ através do levantamento e do tratamento adequado de um grande
Evento A B: Ocorrência de um número primo ou ímpar
∩ número de casos.
A B = {1, 2, 3, 5} No entanto, para calcularmos a probabilidade de ao jogarmos
dois dados obtermos, nas faces voltadas para cima, dois números
Evento Intersecção: É a intersecção de dois eventos. iguais, não precisamos realizar o experimento, ela pode ser
conseguida a partir de uma analise teórica do espaço amostral e do
Exemplo evento, e neste caso chamamos de probabilidade teórica.
Evento A: Ocorrência de um número primo No 2º grau, não desenvolvemos estudos da probabilidade
A = {2, 3, 5} estatística, que será estudada na maioria dos cursos de 3º grau.
Didatismo e Conhecimento 63
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
b) Evento B: ocorrer número múltiplo de três.
B = {123, 132, 213, 231, 312, 321}
n(B) 6
P(B) = = 1
n(U) 6
(evento certo)
n(∅) 0
P(∅)= = = 0
n(U) n(U)
n(A) 2 1
P(A) = = = n(U) n(A) n(Ā)
n(U) 6 3 = +
n(U) n(U) n(U)
Didatismo e Conhecimento 64
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Assim, P(A) + P(Ā) = 1 Assim:
Observação: É comum expressarmos a probabilidade de um ∩ n(A) n(B) n(A∩ B)
evento na forma de porcentagem. Assim, se P(A) = 0,82, por n(A B) = + -
exemplo, podemos dizer que P(A) = 82%. n(U) n(U) n(U) n(U)
∩
Exemplo Ou seja: P (A B) = P(A) + P(B) – P(A∩ B)
Os 900 números de três algarismos estão colocados em
900 envelopes iguais. Um dos envelopes é sorteado. Qual a Podemos enunciar essa conclusão assim: A probabilidade
probabilidade de ele conter um número que tenha, pelo menos, de ocorrer o evento A ou o evento B é dada pela soma da
dois algarismos iguais? probabilidade de ocorrer A com a probabilidade de ocorrer B,
menos a probabilidade de ocorrer os dois eventos (A e B).
Resolução Caso particular: se os eventos A e B são mutuamente
Sendo A o evento: ocorrer um número com pelo menos dois exclusivos, isto é, A ∩ B = ∅, P(A ∩ B) = 0 a formula acima se
∩
algarismos iguais. É mais fácil calcular P(Ā), a probabilidade do reduz a: P(A B) = PA + PB
evento complementar de A. Assim,
U Exemplo
∩ ∩
n(A B) = n(A) + n(B) – n(A B) Número de resultados favoráveis de E
P(E) =
Número de resultados possíveis
Didatismo e Conhecimento 65
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Não é válida, pois não importa apenas a quantidade de resul- Na medida em que conhecemos a informação de que ocorreu
tados favoráveis já que esses resultados não têm necessariamente a o evento B, este passa a ser o espaço amostral do experimento,
mesma “chance” de ocorrência. pois todos os resultados agora possíveis pertencem a A. assim,
Consideramos um experimento, com espaço amostral U = {a1, a probabilidade de ocorrer o evento A, dado que o evento B já
a2..., a n}. Chamando de p(a1), p(a2),..., p(an) as probabilidades de ocorreu, será:
ocorrência dos resultados a1, a2,..., na, respectivamente temos que: n(A ∩ B)
P(A/B) =
n(B)
- p(a1) + p(a2) +...+ p (an) =1
- 0 ≤ p(a1) ≤ 1, para i = 1, 2, ..., n Exemplo
Numa turma de 50 alunos do colégio, 15 são homens e 35 são
Desta forma para calcularmos a probabilidade do evento A = mulheres.
{a1, a2,..., am}(m≤n), fazemos: Sabe-se que 10 homens e 15 mulheres foram aprovados num
exame de seleção. Uma pessoa é sorteada ao acaso.
P(A) = p(a1) + p(a2) +...+ p(am) Qual a probabilidade de:
a) Ela ser do sexo feminino se foi aprovada no exame?
b) Ela ter sido aprovada no exame se é do sexo masculino?
Exemplo
Resolução
Consideramos um experimento com espaço amostral U = {a, O quando abaixo resume os dados do problema:
b, c} sendo p(a), p(b), p(c) as possibilidades dos resultados a, b e
c de modo que
Foi Não foi
1 1 Total
p(a) = ep(b) = Aprovado Aprovado
3 2 Homem 10 5 15
calcule : Mulher 15 20 35
Total 25 25 50
a) p(c)
a) Sendo:
b) a probabilidade do evento A ={a,c} Evento A: “a pessoa sorteada foi aprovada”.
Evento B: “a pessoa sorteada é mulher”.
Resolução
n (A ∩ B) 15 3
a) p(a) + p(b) + p(c) = 1 P(B/A) = = =
n (A) 25 5
1 1
+ +p(c) = 1
3 2 b) Sendo:
Evento A: “a pessoa sorteada foi aprovada”.
1 1 6–2 – 3 1 Evento B: “a pessoa sorteada é homem”.
p(c) = 1 - - = =
3 2 6 6
b) P(A) = p(a) + p(c)
n (A ∩ C) 10 2
1 1 2+1 3 P(A/C) = = =
P(A) = + = = n (C) 15 3
3 6 6 6
1 Probabilidade do Evento Intersecção
Assim,P(A) =
2 Dados dois eventos A e B de um espaço amostral U, dizemos
que ocorrer o evento A ∩ B (evento intersecção) é ocorrer
Probabilidade Condicional simultaneamente os eventos A e B.
Para calcular a probabilidade de ocorrer A ∩ B, vamos utilizar
Consideremos num experimento aleatório de espaço amostral a fórmula da probabilidade condicional.
U os eventos A e B, com A ∩ B ≠ ∅, conforme o diagrama abaixo: n (A ∩ B) ,
P(A/B) =
n (B)
Didatismo e Conhecimento 66
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Assim: P(A∩ B) = P (B) . P (A/B) (I) Exemplo de Eventos Dependentes
Na extração de duas cartas de um baralho se antes de extrair a
Podemos também usar a fórmula de P (B/A), assim: segunda carta não for feita a reposição da segunda, o resultado da
n (A ∩ B) primeira influencia o resultado da segunda, pois o espaço amostral
n (A ∩ B) P (A ∩ B) passa a ter 51 elementos.
n (U)
P(B/A) = = =
n (A)
n (A) P (A) Exemplo
n (U) Sejam A e B dois eventos independentes tais que:
Então: P(A∩ B) = P (A) . P (B/A) (II)
1 ∩ 1
P(A) = eP(A B)=
A partir das fórmulas (I) e (II), citadas anteriormente, 4 3
concluímos:
Calcule P (B).
Dados dois eventos A e B de um espaço amostral U, a
probabilidade de eles ocorrerem simultaneamente é dada pelo Resolução
produto da probabilidade de um deles pela probabilidade do outro, ∩
dado que ocorreu o primeiro. P(A B) = P(A) + P(B) – P(A ∩ B)
Didatismo e Conhecimento 67
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
6. Uma moeda é viciada, de forma que as caras são três 3) Resposta “10,24%”.
vezes mais prováveis de aparecer do que as coroas. Determine a Solução: Sabemos que a probabilidade da mulher engravidar
probabilidade de num lançamento sair coroa. em um mês é de 20%, que na forma decimal é igual a 0,2. A pro-
babilidade dela não conseguir engravidar é igual a 1 - 0,2, ou seja,
7. Três estudantes A, B e C estão em uma competição de é igual a 0,8.
natação. A e B têm as mesmas chances de vencer e, cada um, tem Este exercício trata de eventos consecutivos e independentes
duas vezes mais chances de vencer do que C. Pede-se calcular a (pelo menos enquanto ela não engravida), então a probabilidade de
probabilidades de A ou C vencer. que todos eles ocorram, é dado pelo produto de todas as probabi-
lidades individuais. Como a mulher só deve engravidar no quarto
mês, então a probabilidade dos três meses anteriores deve ser igual
8. Um dado é viciado, de modo que cada número par tem duas
à probabilidade dela não engravidar no mês, logo:
vezes mais chances de aparecer num lançamento, que qualquer
número ímpar. Determine a probabilidade de num lançamento
aparecer um número primo. 0,1024 multiplicado por 100% é igual a 10,24%.
Então, a probabilidade de a mulher vir a engravidar somente
9. Um cartão é retirado aleatoriamente de um conjunto de 50 no quarto mês é de 10,24%.
cartões numerados de 1 a 50. Determine a probabilidade do cartão
retirado ser de um número primo. 4) Resposta “0,2592”.
Solução: Ou o credor vai a sua casa e o encontra, ou ele vai e
10. De uma sacola contendo 15 bolas numeradas de 1 a 15 não o encontra como em cada tentativa estamos tratando de um su-
retira-se uma bola. Qual é a probabilidade desta bola ser divisível cesso ou de um fracasso e não há outra possibilidade, além do
por 3 ou divisível por 4? fato de a probabilidade ser a mesma em todas as tentativas, vamos
resolver o problema utilizando o termo geral do Binômio de New-
Respostas ton:
1) Resposta “
”
Solução: Neste exercício o espaço amostral possui 12 elemen- n é o número de tentativas de encontrá-lo, portanto n = 5.
k é o número de tentativas nas quais ele o encontra, portanto k
tos, que é o número total de bolas, portanto a probabilidade de ser
= 1.
retirada uma bola verde está na razão de 5 para 12.
p é a probabilidade de você ser encontrado, logo p = 0,4.
Sendo S o espaço amostral e E o evento da retirada de uma q é a probabilidade de você não ser encontrado, logo q = 1 -
bola verde, matematicamente podemos representar a resolução as- 0,4, ou seja, q = 0,6.
sim:
Substituindo tais valores na fórmula temos:
Didatismo e Conhecimento 68
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Ao somarmos a quantidade de fichas obtemos a quantidade 14. Seja p(A) = k. Então, p(B) = k e p(C) = k/2.
Esta quantidade é o número total de elementos do espaço amostral. Temos: p(A) + p(B) + p(C) = 1.
Neste exercício os eventos obter ficha verde e obter ficha ama- Isto é explicado pelo fato de que a probabilidade de A vencer
rela são mutuamente exclusivos, pois a ocorrência de um impede ou B vencer ou C vencer é igual a 1. (evento certo).
a ocorrência do outro, não há elementos que fazem parte dos dois Assim, substituindo, vem:
eventos. Não há bolas verdes que são também amarelas. Neste k + k + k/2 = 1 \ k = 2/5.
caso então podemos utilizar a fórmula: Portanto, p(A) = k = 2/5, p(B) = 2/5 e p(C) = 2/10 = 1/5.
A probabilidade de A ou C vencer será a soma dessas probabi-
lidades, ou seja, 2/5 + 1/5 = 3/5.
Note que esta fórmula nada mais é que a soma da probabilida-
de de cada um dos eventos. 8) Resposta “ ”.
O evento de se obter ficha verde possui 7 elementos e o espaço
amostral possui 14 elementos, que é o número total de fichas, então Solução: Pelo enunciado, podemos escrever:
a probabilidade do evento obter ficha verde ocorrer é igual a 7/14: p(2) = p(4) = p(6) = 2 . p(1) = 2 . p(3) = 2 . p(5).
Seja p(2) = k. Poderemos escrever:
p(2) + p(4) + p(6) + p(1) + p(3) + p(5) = 1, ou seja: a soma das
probabilidades dos eventos elementares é igual a 1.
Analogamente, a probabilidade do evento obter ficha amarela,
que possui 2 elementos, é igual a 2/14: Então, substituindo, vem:
k + k + k + k/2 + k/2 + k/2 = 1 \ k = 2/9.
Solução: Sejam p(A), p(B) e p(C), as probabilidades indivi- A probabilidade de sair uma bola divisível por 3 é:
duais de A, B, C, vencerem.
Pelos dados do enunciado, temos:
p(A) = p(B) = 2 . p(C).
Didatismo e Conhecimento 69
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
A probabilidade de sair uma bola divisível por 4 é:
Portanto:
Logo, a probabilidade desta bola ser divisível por 3 ou divisí- O segmento AB (“tem começo e fim”)
vel por 4 é 7/15.
Nas próximas figuras, indicamos a semi-reta AB, de origem A, e
a semi-reta BA, de origem B.
5.10. GEOMETRIA PLANA
5.10.1. ELEMENTOS PRIMITIVOS,
SEMIRRETAS, SEMIPLANOS,
SEGMENTOS E ÂNGULOS. 5.10.2. RETAS
PERPENDICULARES E RETAS PARALELAS.
5.10.3. TEOREMA DE TALES. 5.10.4. TRIÂN-
GULOS. CONGRUÊNCIA E SEMELHANÇA
DE TRIÂNGULOS. 5.10.5. QUADRILÁTEROS. A semi-reta AB A semi-reta BA
5.10.6. CIRCUNFERÊNCIA E DISCO. ÂNGU- (sua origem é A e (sua origem é B e
LOS NA CIRCUNFERÊNCIA. 5.10.7. RELA- “ela não tem fim”) “ela não tem fim”)
ÇÕES MÉTRICAS E TRIGONOMÉTRICAS
EM TRIÂNGULOS RETÂNGULOS.
5.10.8. TEOREMA DE PITÁGORAS.
A seguir, indicamos a reta AB.
5.10.9. ÁREAS DE TRIÂNGULOS, PARALE-
LOGRAMOS, TRAPÉZIOS E DISCOS.
Didatismo e Conhecimento 70
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
O plano α
Área
Área é a medida de uma superfície. Pegamos um retângulo e colocamos em uma malha quadriculada
A área do campo de futebol é a medida de sua superfície (gra- onde cada quadrado tem dimensões de 1 cm. Se contarmos, veremos
mado). que há 24 quadrados de 1 cm de dimensões no retângulo. Como sa-
Se pegarmos outro campo de futebol e colocarmos em uma
bemos que a área é a medida da superfície de uma figuras podemos
malha quadriculada, a sua área será equivalente à quantidade de
dizer que 24 quadrados de 1 cm de dimensões é a área do retângulo.
quadradinho. Se cada quadrado for uma unidade de área:
Didatismo e Conhecimento 71
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Um trapézio é formado por uma base maior (B), por uma base
menor (b) e por uma altura (h).
O retângulo acima tem as mesmas dimensões que o outro, só Para fazermos o cálculo da área do trapézio é preciso dividi-lo
que representado de forma diferente. O cálculo da área do retângu- em dois triângulos, veja como:
lo pode ficar também da seguinte forma: Primeiro: completamos as alturas no trapézio:
A = 6 . 4 A = 24 cm²
A=b.h
Quadrado
É um tipo de retângulo específico, pois tem todos os lados A área desse trapézio pode ser calculada somando as áreas dos
iguais. Sua área também é calculada com o produto da base pela dois triângulos (∆CFD e ∆CEF).
altura. Mas podemos resumir essa fórmula: Antes de fazer o cálculo da área de cada triângulo separada-
mente observamos que eles possuem bases diferentes e alturas
iguais.
Didatismo e Conhecimento 72
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
h = altura Com o valor da altura, basta substituir na fórmula
B = base maior do trapézio A = h (B + b) o valor da base e da altura.
b = base menor do trapézio 2
A = 4 . 2√3
Área do Triângulo 2
Observe o retângulo abaixo, ele está dividido ao meio pela A = 2 . 2√3
diagonal: A = 4 √3 cm2
Exercícios
(A) 20
(B) 18
42 = h2 + 22 (C) 16
16 = h2 + 4 (D) 14
16 – 4 = h²
12 = h² 6. Sobre os polígonos A e E, é verdade que eles têm:
h = √12
h = 2√3 cm
Didatismo e Conhecimento 73
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
(A) 12
(B) 14
(C) 17
(D) 41
Representação gráfica
(A) 15
(B) 18
(C) 21
(D) 24
(A) 30
(B) 10
(C) 7,5
(D) 5
- Pontos colineares pertencem à mesma reta.
9. Um terreno retangular tem uma área de 450 m2. O compri-
mento do terreno é 25 m. Qual é o perímetro do terreno?
(A) 18 m.
(B) 43 m.
(C) 86 m.
(D) 94 m.
- Três pontos determinam um único plano.
10. Qual é a área da figura em centímetros quadrados?
Didatismo e Conhecimento 74
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
A _____________ B
Segmentos Proporcionais
Uma reta r é paralela a um plano no espaço R3, se existe uma Proporção é a igualdade entre duas razões equivalentes. De
reta s inteiramente contida no plano que é paralela à reta dada. forma semelhante aos que já estudamos com números racionais, é
Seja P um ponto localizado fora de um plano. A distância do possível estabelecer a proporcionalidade entre segmentos de reta,
ponto ao plano é a medida do segmento de reta perpendicular ao através das medidas desse segmentos.
plano em que uma extremidade é o ponto P e a outra extremidade é Vamos considerar primeiramente um caso particular com qua-
o ponto que é a interseção entre o plano e o segmento. tro segmentos de reta:
Se o ponto P estiver no plano, a distância é nula.
Didatismo e Conhecimento 75
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
m(AB) = m(PQ) =4 Exemplo
A______B P__________Q
2cm cm
Consideremos a figura ao lado com um feixe de retas parale-
m(CD) = m(RS) =
C__________D R___________________S las, sendo as medidas dos segmentos indicadas em centímetros.
3cm 6cm
Didatismo e Conhecimento 76
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Do exercício 4 até o exercício 7, utilize Teorema de Tales para
determinar o que se pede a respeito da situação ilustrada pela se-
guinte imagem:
1. Vértices: A,B,C.
2. Lados: AB,BC e AC.
3. Ângulos internos: a, b e c.
Exercício 5: Determine AB e BC supondo que AC = 30cm, Mediana: É o segmento que une um vértice ao ponto médio
do lado oposto. BM é uma mediana.
DE = 8cm e EF = 7cm.
Respostas:
Ângulo Interno: É formado por dois lados do triângulo. Todo
01- AD=4cm triângulo possui três ângulos internos.
02- 8 e 18 respectivamente.
03- 15 e 12 respectivamente.
04- 09cm
05- 16 e 14 respectivamente.
06- 12cm
07- 15cm
08- 10/3 , 5/3 e 14/3 respectivamente.
Triângulos
Ângulo Externo: É formado por um dos lados do triângulo e
Triângulo é um polígono de três lados. É o polígono que pos- pelo prolongamento do lado adjacente (ao lado).
sui o menor número de lados. Talvez seja o polígono mais impor-
tante que existe. Todo triângulo possui alguns elementos e os prin- Classificação dos triângulos quanto ao número de lados
cipais são: vértices, lados, ângulos, alturas, medianas e bissetrizes.
Triângulo Equilátero: Os três lados têm medidas iguais.
Apresentaremos agora alguns objetos com detalhes sobre os m(AB) = m(BC) = m(CA)
mesmos.
Didatismo e Conhecimento 77
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Medidas dos Ângulos de um Triângulo
Exemplo
Triângulo Escaleno: Todos os três lados têm medidas dife- Considerando o triângulo abaixo, podemos escrever que: 70º
rentes. + 60º + x = 180º e dessa forma, obtemos x = 180º - 70º - 60º = 50º.
Classificação dos triângulos quanto às medidas dos Ângulos Externos: Consideremos o triângulo ABC. Como ob-
ângulos servamos no desenho, em anexo, as letras minúsculas representam
os ângulos internos e as respectivas letras maiúsculas os ângulos
Triângulo Acutângulo: Todos os ângulos internos são agu- externos.
dos, isto é, as medidas dos ângulos são menores do que 90º.
Exemplo
Congruência de Triângulos
Didatismo e Conhecimento 78
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Para escrever que dois triângulos ABC e DEF são congruen-
tes, usaremos a notação: ABC ~ DEF
Didatismo e Conhecimento 79
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Casos de Semelhança de Triângulos Exercícios
Dois ângulos congruentes: Se dois triângulos tem dois ân- 1. Neste triângulo ABC, vamos calcular a, h, m e n:
gulos correspondentes congruentes, então os triângulos são seme-
lhantes.
Didatismo e Conhecimento 80
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
6. Determine a altura de um triângulo equilátero de lado l.
Respostas
1) Solução:
a² = b² + c² → a² = 6² + 8² → a² = 100 → a = 10
7. Determine x nas figuras.
b.c = a.h → 8.6 = 10.h → h = 48/10 = 4,8
c² = a.m → 6² = 10.m → m = 36/10 = 3,6
b² = a.n → 8² = 10.n → n = 64/10 = 6,4
2) Solução:
13² = 12² + x²
169 = 144 + x²
x² = 25
x=5
5.12 = 13.y
y = 60/13
3) Solução:
8. Determine a diagonal de um quadrado de lado l. 52 = 32 + x2
25 = 9 + x2
x2 = 16
x = √16 = 4
32 = 5m
9
m=
5
4 2 = 5n
16
n=
5
9 16
h = x
2
5 5
9. Calcule o perímetro do triângulo retângulo ABC da figura, 144
sabendo que o segmento BC é igual a 10 m e cos α = 3/5 h =
2
25
144
h=
25
12
h=
5
4) Solução:
AC = 10 → e ← AB = 24
(O é o centro da circunferência)
Solução:
(BC)2 = 10 2 + 24 2
(BC)2 = 100 + 576
10. Calcule a altura de um triângulo equilátero que tem 10 (BC)2 = 676
cm de lado.
BC = 676 = 26
26
x= = 13
2
Didatismo e Conhecimento 81
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
5) Solução: 10) Solução:
d2 = 52 + 42
d2 = 25 + 16
d2 = 41
d = √41
6) Solução:
2
⎛ 1⎞
l 2 = h2 ⎜ ⎟
⎝ 2⎠
12
l 2 = h2 +
4
12
h =l −
2 2
10 2 = 5 2 + h 2
4
4l 2
− l2 h 2 = 100 − 25
h2 =
4 h 2 = 75
3l 2
h =
2
h = 75 = 5 2.3 = 5 3cm
4
3l 2 l 3
h= = Ângulos
4 2
Ângulo: Do latim - angulu (canto, esquina), do grego - gonas;
7) Solução: O triângulo ABC é equilátero. reunião de duas semi-retas de mesma origem não colineares.
l 3
x=
2
8 3
x= =4 3
2
8) Solução:
d2 = l2 + 12
d2 = 2l2
d = √2l2
d = 1√2
Ângulo Agudo: É o ângulo, cuja medida é menor do que 90º.
9) Solução:
x
cos α =
10
3 x
=
5 10
5x = 30
30
x= =6
5
10 2 = 6 2 + y 2
Ângulo Central:
100 = 36 + y2
y 2 = 100 − 36 - Da circunferência: é o ângulo cujo vértice é o centro da cir-
cunferência;
y 2 = 64 ⇒ y = 64 = 8 - Do polígono: é o ângulo, cujo vértice é o centro do polígono
P = 10 + 6 + 8 = 24m regular e cujos lados passam por vértices consecutivos do polígono.
Didatismo e Conhecimento 82
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Ângulo Raso:
Ângulo Reto:
Didatismo e Conhecimento 83
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Ângulos Suplementares: Dois ângulos são ditos suplementa- c)
res se a soma das suas medidas de dois ângulos é 180º.
Grado: (gr.): Do latim - gradu; dividindo a circunferência em 3. Obtenha as medidas dos ângulos assinalados:
400 partes iguais, a cada arco unitário que corresponde a 1/400 da
circunferência denominamos de grado. a)
Grau: (º): Do latim - gradu; dividindo a circunferência em
360 partes iguais, cada arco unitário que corresponde a 1/360 da
circunferência denominamos de grau.
Exercícios
a)
b)
c)
b)
Didatismo e Conhecimento 84
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
d) 10. Determine o valor de a na figura seguinte:
Respostas
2) Resposta “130”.
Solução: Imagine uma linha cortando o ângulo î, formando
uma linha paralela às retas “a” e “b”.
Fica então decomposto nos ângulos ê e ô.
Didatismo e Conhecimento 85
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
d) Sabemos que os ângulos laranja + verde formam 180°, pois Então: 20x = 360º → x = 360°/20
são exatamente a metade de um círculo. x = 18°
Então, 138° + x = 180° Agora sabemos que o maior é 6x, então 6 . 18° = 108°.
x = 180° - 138°
x = 42° 8) Resposta “135˚”.
Logo, o ângulo x mede 42°.
Solução: Na figura, o ângulo x mede a sexta parte do ângulo
4) Solução: Sabemos que a soma dos ângulos do triângulo é y, mais a metade do ângulo z. Calcule y.
180°.
Então, 6x + 4x + 2x = 180° Então vale lembrar que:
12x = 180° x + y = 180 então y = 180 – x.
x = 180°/12
x = 15° E também como x e z são opostos pelo vértice, x = z
Os ângulos são: 30° 60° e 90°.
E de acordo com a figura: o ângulo x mede a sexta parte do
a) Um quadrado tem quatro ângulos de 90º, e, portanto a soma ângulo y, mais a metade do ângulo z. Calcule y.
deles vale 360º.
x = y/6 + z/2
5) Resposta “144˚”.
Agora vamos substituir lembrando que y = 180 - x e x = z
Solução:
Então:
- dois ângulos são complementares, então a + b = 90º
- o triplo de um é igual ao dobro do outro, então 3a = 2b
x = 180° - x/6 + x/2 agora resolvendo fatoração:
É um sistema de equações do 1º grau. Se fizermos a = 2b/3, 6x = 180°- x + 3x | 6x = 180° + 2x
substituímos na primeira equação: 6x – 2x = 180°
4x = 180°
2b/3 + b = 90 x=180°/4
5b/3 = 90 x=45º
b = 3/5 * 90
b = 54 → a = 90 – 54 = 36º Agora achar y, sabendo que y = 180° - x
y=180º - 45°
Como a é o menor ângulo, o suplemento de 36 é 180-36 = y=135°.
144º.
9) Resposta “11º; 159º”.
6) Resposta “80˚”. Solução:
Solução: (a metade de um ângulo) menos seu a [quinta parte] 3m - 12º e m + 10º, são ângulos opostos pelo vértice logo são
de seu [complemento] mede 38º. iguais.
Didatismo e Conhecimento 86
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Teorema de Pitágoras
25 = 16 + 9 52 = 42 + 32
O teorema de Pitágoras
Dizem que Pitágoras, filósofo e matemático grego que viveu
na cidade de Samos no século VI a. C., teve a intuição do seu Nessas condições, confirma-se a relação: a área do quadrado
famoso teorema observando um mosaico como o da ilustração a construído sobre a hipotenusa é igual à somadas áreas dos
seguir quadrados construídos sobre os dois catetos.
Muito utilizada, essa relação métrica é um dos mais
importantes teoremas da matemática.
Teorema de Pitágoras
Em todo triângulo retângulo, o quadrado da medida da
hipotenusa é igual à soma dos quadrados da medida dos catetos.
Didatismo e Conhecimento 87
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
- Área do quadrado DEFG = área do quadrado IELJ + área do
quadrado GHJK + (área do retângulo DIJH).2
- Área do quadrado RSVT = a2
b.c
- Área do triângulo RNS=
2
- Área do quadrado IELJ=c 2
l= medida do lado
h= medida da altura
Didatismo e Conhecimento 88
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
a) 6. Qual é a distância percorrida pelo berlinde.
b)
Didatismo e Conhecimento 89
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Respostas Então vem:
1,8 m = 180 cm
1) Solução: “Se num triângulo as medidas dos seus lados ve-
rificarem o Teorema de Pitágoras então pode-se concluir que o h 2 = 180 2 + 60 2
triângulo é retângulo”. ⇔ h2 = 32400 + 3600
Então teremos que verificar para cada alínea se as medidas dos
⇔ h2 = 36000
lados dos triângulos satisfazem ou não o Teorema de Pitágoras.
⇔ h = 36000
a) ⇔ h ≅ 190
132 = 7 2 + 6 2
⇔ 169 = 49 + 36 Logo, o comprimento do balance é de 1,9 m.
⇔ 169 = 85Falso
5) Solução:
b) x 2 = 4 2 + 32
10 2 = 8 2 + 6 2
⇔ x 2 = 16 + 9
⇔ 100 = 49 + 36
⇔ x 2 = 25
⇔ 100 = 100Verdadeiro
⇔ x = 25
⇔x=5
2) Solução:
a) h= 4+5=9
x 2 = 12 2 + 5 2
Logo, a altura do poste era de 9 m.
⇔ x 2 = 144 + 25
⇔ x 2 = 169 6) Solução:
h 2 = 25 2 + 60
⇔ x = 169
⇔ h 2 = 625 + 3600
⇔ x = 13
⇔ h 2 = 4225
b) ⇔ h = 4225
7,5 = 4,5 + x
2 2 ⇔ h = 65
d = 65 + 200 = 265
⇔ 56,25 = 20,25 + x 2
⇔ x 2 = 56,25 − 20,25 Portanto, a distância percorrida pelo berlinde é de: 265 cm =
⇔ x = 36
2 2,65 m.
⇔ x = 36 7) Solução:
⇔x=6
10 2 = h 2 + 5 2
3) Solução: ⇔ 100 = h 2 + 25 22 + 12
A= ×9
⇔ h = 100 − 25
2 2
a= x+y 34
⇔ h 2 = 75 ⇔A= ×9
2 2 = 1,2 2 + y 2 6,5 2 = 4,2 2 + a 2 2
⇔ x = 75 ⇔ A = 17 × 9
⇔ 4 = 1, 44 + y 2 ⇔ 42,25 = 17,64 + a 2 ⇔ x ≅ 9(0c.d.) ⇔ A = 153
⇔ y 2 = 4 − 1, 44 ⇔ a 2 = 42,25 − 17,64
⇔ y 2 = 2,56 ⇔ a 2 = 24,61 8) Solução:
15 2 = h 2 + 122
⇔ y = 2,56 ⇔ a = 24,61
⇔ 225 = h 2 + 144
⇔ y = 1,6 ⇔a≅5
⇔ h 2 = 225 − 144
x = a - y = 5 - 1,6 = 3,4 ⇔ x = 81
⇔x=9
4) Solução: Pode-se aplicar o Teorema de Pitágoras, pois a
linha a tracejado forma um ângulo de 90 graus com a “linha” A = 12 × 9
do chão. ⇔ A = 108
Didatismo e Conhecimento 90
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9) Solução:
x² = 9² + 12²
x² = 81 + 144
x² = 225
√x² = √225
x = 15
10) Solução:
x² + 20² = 25²
x² + 400 = 625
x² = 625 – 400
x² = 225
√x² = √225 Para identificar os ângulos, entre as retas r e s, podemos usar
x = 15 a nomenclatura:
Didatismo e Conhecimento 91
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Ângulos alternos externos:
Didatismo e Conhecimento 92
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3. Sendo m // n, determine o valor de a em graus na figura
seguinte: (// Paralelas)
Exercícios Resolvidos
Quadrilátero
Didatismo e Conhecimento 93
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Exercícios
a)
c)
Trapézio: É o quadrilátero que tem apenas dois lados opos-
tos paralelos. Alguns elementos gráficos de um trapézio (parecido
com aquele de um circo).
Didatismo e Conhecimento 94
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Respostas
1) Solução:
a) x + 105° + 98º + 87º = 360º
x + 290° = 360°
x = 360° - 290°
x = 70º
b) x + 80° + 82° = 180°
x + 162° = 180°
x = 180º - 162º
5. No retângulo abaixo, determine as medidas de x e y indi- x = 18°
cadas:
18º + 90º + y + 90º = 360°
y + 198° = 360°
y = 360º - 198°
y = 162º
c) 3a / 2 + 2a + a / 2 + a = 360º
(3a + 4a + a + 2a) / 2 = 720° /2
10a = 720º
a = 720° / 10
a = 72°
6. Determine as medidas dos ângulos do trapézio da figura 72° + b + 90° = 180°
abaixo: b + 162° = 180°
b = 180° - 162°
b = 18°.
2) Solução:
x + 17° + x + 37° + x + 45° + x + 13° = 360°
4x + 112° = 360°
4x = 360° - 112°
x = 248° / 4
x = 62°
3) Solução:
9y + 16° = 7y + 40°
9y = 7y + 40° - 16°
9y = 7y + 24°
9y - 7y = 24°
2y = 24°
y = 24º /2
y = 12°
8. Sabendo que x é a medida da base maior, y é a medida da Então:
base menor, 5,5 cm é a medida da base média de um trapézio e que x + (7 * 12° + 40°) = 180°
x - y = 5 cm, determine as medidas de x e y. x = 180º - 124°
x = 56°
9. Seja um paralelogramo com as medidas da base e da altura
respectivamente, indicadas por b e h. Se construirmos um outro 4) Solução:
paralelogramo que tem o dobro da base e o dobro da altura do x = 15
outro paralelogramo, qual será relação entre as áreas dos parale- y = 20
logramos? AC = 20 + 20 = 40
10. É possível obter a área de um losango cujo lado mede 10 BD = 15 + 15 = 30
cm? BMC = 15 + 20 + 25 = 60.
Didatismo e Conhecimento 95
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
5) Solução:
12 x + 2° + 5 x + 3° = 90° 5.11. GEOMETRIA SÓLIDA
17 x + 5° = 90° 5.11.1. PRISMAS, PIRÂMIDES, CILINDROS,
17 x = 90° - 5° CONES E ESFERAS.
17 x = 85° 5.11.2. ÁREAS E VOLUMES.
x = 85° / 17° = 5° 5.11.3. SEÇÕES.
y = 5x + 3°
y = 5 (5°) + 3°
y = 28°
2x + 0 = 16
2x = 16/2
x=8
x + y = 11
8 + y = 11
y = 11 – 8
y=3
9) Solução:
A2 = (2b)(2h) = 4 bh = 4 A1
10) Solução:
Não, pois os ângulos entre os lados de dois losangos, podem
ser diferentes.
Didatismo e Conhecimento 96
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
O conceito de cone
Classificação do cone
Cones Equiláteros
Didatismo e Conhecimento 97
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Assim: A seguir apresentaremos elementos esféricos básicos e algu-
h=R mas fórmulas para cálculos de áreas na esfera e volumes em um
Como o volume do cone é obtido por 1/3 do produto da área sólido esférico.
da base pela altura, então:
A superfície esférica
V = (1/3) Pi R3 A esfera no espaço R³ é o conjunto de todos os pontos do
Como a área lateral pode ser obtida por: espaço que estão localizados a uma mesma distância denominada
ALat = Pi R g = Pi R 2R = 2 Pi R2 raio de um ponto fixo chamado centro.
então a área total será dada por: Uma notação para a esfera com raio unitário centrada na ori-
ATotal = 3 Pi R2 gem de R³ é:
S² = { (x,y,z) em R³: x² + y² + z² = 1 }
O conceito de esfera
Uma esfera de raio unitário centrada na origem de R4 é dada por:
S³ = { (w,x,y,z) em R4: w² + x² + y² + z² = 1 }
A esfera no espaço R³ é uma superfície muito importante em
função de suas aplicações a problemas da vida. Do ponto de vista
Você conseguiria imaginar espacialmente tal esfera?
matemático, a esfera no espaço R³ é confundida com o sólido geo-
Do ponto de vista prático, a esfera pode ser pensada como a
métrico (disco esférico) envolvido pela mesma, razão pela quais película fina que envolve um sólido esférico. Em uma melancia
muitas pessoas calculam o volume da esfera. Na maioria dos livros esférica, a esfera poderia ser considerada a película verde (casca)
elementares sobre Geometria, a esfera é tratada como se fosse um que envolve a fruta.
sólido, herança da Geometria Euclidiana. É comum encontrarmos na literatura básica a definição de es-
Embora não seja correto, muitas vezes necessitamos falar pa- fera como sendo o sólido esférico, no entanto não se devem con-
lavras que sejam entendidas pela coletividade. De um ponto de fundir estes conceitos. Se houver interesse em aprofundar os estu-
vista mais cuidadoso, a esfera no espaço R³ é um objeto matemá- dos desses detalhes, deve-se tomar algum bom livro de Geometria
tico parametrizado por duas dimensões, o que significa que pode- Diferencial que é a área da Matemática que trata do detalhamento
mos obter medidas de área e de comprimento, mas o volume tem de tais situações.
medida nula. Há outras esferas, cada uma definida no seu respec-
tivo espaço n-dimensional. Um caso interessante é a esfera na reta
unidimensional:
So = {x em R: x²=1} = {+1,-1}
Por exemplo, a esfera
S1 = { (x,y) em R²: x² + y² = 1 }
é conhecida por nós como uma circunferência de raio unitário
centrada na origem do plano cartesiano.
x² + y² + z² < R²
Quando indicamos o raio da esfera pela letra R e o centro da
esfera pelo ponto (xo,yo,zo), a equação da esfera é dada por:
Didatismo e Conhecimento 98
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
(x-xo)² + (y-yo)² + (z-zo)² < R²
Da forma como está definida, a esfera centrada na origem
pode ser construída no espaço euclidiano R³ de modo que o centro
da mesma venha a coincidir com a origem do sistema cartesiano
R³, logo podemos fazer passar os eixos OX, OY e OZ, pelo ponto
(0,0,0).
Didatismo e Conhecimento 99
PROGRAMA DE MATEMÁTICA
Após alguns cálculos obtemos:
VC(h) = Pi (h-R) [R² -(h-R)²] - (2/3)Pi[(R-h)³ - R³]
e assim temos a fórmula para o cálculo do volume da calota
esférica no hemisfério Sul com a altura h no intervalo [0,R], dada
por:
VC(h) = Pi h²(3R-h)/3
0 0
volume ocupado pelo líquido é dado por:
V(h) = Pi h²(3R-h)/3
ou seja:
R
Com a mudança de variável u=R²-m² e du=(-2m)dm podere- Poliedro é um sólido limitado externamente por planos no es-
mos reescrever: paço R³. As regiões planas que limitam este sólido são as faces do
R2 poliedro. As interseções das faces são as arestas do poliedro. As
Vc(h) = π {(h − R)R 2 + ∫ u du} interseções das arestas são os vértices do poliedro. Cada face é
u=0
uma região poligonal contendo n lados.
Prisma regular
É um prisma reto cujas bases são regiões poligonais regulares.
Exemplos:
Um prisma triangular regular é um prisma reto cuja base é um
triângulo equilátero.
Áreas e Volumes Um prisma quadrangular regular é um prisma reto cuja base
é um quadrado.
Poliedro regular Área Volume
Planificação do prisma
Tetraedro a2 R[3] (1/12) a³ R[2]
Hexaedro 6 a2 a³
Octaedro 2 a2 R[3] (1/3) a³ R[2]
Dodecaedro 3a2 R{25+10·R[5]} (1/4) a³ (15+7·R[5])
Icosaedro 5a2 R[3] (5/12) a³ (3+R[5])
Prisma
Prisma é um sólido geométrico delimitado por faces planas,
no qual as bases se situam em planos paralelos. Quanto à inclina-
ção das arestas laterais, os prismas podem ser retos ou oblíquos. Um prisma é um sólido formado por todos os pontos do espa-
ço localizados dentro dos planos que contêm as faces laterais e os
Prisma reto planos das bases. As faces laterais e as bases formam a envoltória
As arestas laterais têm o mesmo comprimento. deste sólido. Esta envoltória é uma “superfície” que pode ser pla-
As arestas laterais são perpendiculares ao plano da base. nificada no plano cartesiano.
As faces laterais são retangulares. Tal planificação se realiza como se cortássemos com uma te-
soura esta envoltória exatamente sobre as arestas para obter uma
Prisma oblíquo região plana formada por áreas congruentes às faces laterais e às
As arestas laterais têm o mesmo comprimento. bases.
As arestas laterais são oblíquas ao plano da base. A planificação é útil para facilitar os cálculos das áreas lateral
As faces laterais não são retangulares. e total.
Volume de um “cilindro”
Exercícios
3) Solução:
hprisma = 12
Abase do prisma = Abase do cone = A
Vprisma = 2 Vcone
A hprisma = 2(A h)/3
12 = 2.h/3
h =18 cm
4) Solução:
V = Vcilindro - Vcone 2
V = Abase h - (1/3) Abase h dcp = (X P − XC )2 + (YP − YC ) ⇒ (x − a)2 − (y − b)2 = r
V = Pi R2 h - (1/3) Pi R2 h ⇒ (x − a)2 + (y − b)2 = r 2
V = (2/3) Pi R2 h cm3
Portanto, (x - a)2 + (y - b)2 =r2 é a equação reduzida da cir-
cunferência e permite determinar os elementos essenciais para a
5.12. GEOMETRIA ANALÍTICA construção da circunferência: as coordenadas do centro e o raio.
5.12.1. Distância entre dois pontos.
5.12.2. Coordenadas do ponto Médio Observação: Quando o centro da circunferência estiver na ori-
5.12.3. Estudo analítico da reta. gem (C(0,0)), a equação da circunferência será x2 + y2 = r2.
5.12.4. Gráfico da função de 2ª grau.
5.12.5. Distância entre ponto e reta. Equação Geral
5.12.6. Estudo analítico da circunferência.
Reta tangente Desenvolvendo a equação reduzida, obtemos a equação geral
5.12.7. Elipse, hipérbole e parábola da circunferência:
5.12.8. Área do triângulo. Condição de
alinhamento de três pontos (x − a)2 + (y − b)2 = r 2 ⇒ x 2 − 2ax + a 2 + y 2 − 2by + b 2 = r 2
5.12.9. Baricentro.
⇒ x 2 + y 2 − 2ax − 2by + a 2 + b 2 − r 2 = 0
x 2 − 4x + 4 + y 2 + 6y + 9 − 16 = 0 ⇒ x 2 + y 2 − 4x + 6y − 3 = 0
CP = r ⇒ (m − a)2 + (n − b)2 = r 2
3º passo: fatoramos os trinômios quadrados perfeitos ⇒ (m − a)2 + (n − b)2 − r 2 = 0
( x - 3 ) 2 + ( y + 1 ) 2 = 16
c) P é inferior à circunferência
4º passo: obtida a equação reduzida, determinamos o centro
e o raio
s ∩ α = ∅ ⇒ s − é − exterior − a → α
s ∩ α = {T } ⇒ s − é − tan gente − a → α
s ∩ α = { s1 , s2 } ⇒ s − é − sec ante − a → α
| Aa + Bb + C |
dcs =
A2 + B2
Condições de tangência entre reta e circunferência
Assim:
Dados uma circunferência e um ponto P(x, y) do plano,
temos:
s é solução única
r e t são soluções
Se uma reta s, secante a uma circunferência de centro O, in- Ao traçar uma reta ligando os centros de duas circunferên-
tercepta a circunferência em dois pontos distintos A e B e se M é o cias no plano, esta reta separa o plano em dois semi-planos. Se os
ponto médio da corda AB, então o segmento de reta OM é perpen- pontos de tangência, um em cada circunferência, estão no mesmo
dicular à reta secante s. semi-plano, temos uma reta tangente comum externa. Se os pontos
de tangência, um em cada circunferência, estão em semi-planos
diferentes, temos uma reta tangente comum interna.
Ângulo central: Em uma circunferência, o ângulo central é - A medida da semicircunferência é 180 graus ou Pi radianos.
aquele cujo vértice coincide com o centro da circunferência. Na - Em circunferências congruentes ou em uma simples circun-
figura, o ângulo a é um ângulo central. Se numa circunferência de ferência, arcos que possuem medidas iguais são arcos congruentes.
centro O, um ângulo central determina um arco AB, dizemos que - Em uma circunferência, se um ponto E está entre os pontos
AB é o arco correspondente ao ângulo AÔB. D e F, que são extremidades de um arco menor, então:
Observação: A medida do ângulo semi-inscrito é a metade da 5. Obter as equações das tangentes à circunferência l: x2 + y2 =
medida do arco interceptado. Na figura, a medida do ângulo BÂC 9, que sejam paralelas à reta s: 2x + y ? 1 = 0.
é igual a metade da medida do arco AXB.
6. A projeção de uma corda sobre o diâmetro que passa por
Arco capaz: Dado um segmento AB e um ângulo k, pergunta- uma de suas extremidades é 36 cm. Calcule o comprimento da
-se: Qual é o lugar geométrico de todos os pontos do plano que corda, sabendo que o raio da circunferência é 50 cm.
contém os vértices dos ângulos cujos lados passam pelos pontos
A e B sendo todos os ângulos congruentes ao ângulo k? Este lugar 7. Se um ponto P da circunferência trigonométrica correspon-
geométrico é um arco de circunferência denominado arco capaz. de a um número x real, qual é a forma dos outros números que
também correspondem a esse mesmo ponto?
b) 52 + 12 ? 6.5 ? 2.1 +6 = 0 9) Solução: Como o diâmetro do relógio é de 5 cm, temos que
Q Pertence à circunferência. o raio é 2,5 cm.
Após 1 hora, o ponteiro dos minutos descreve um ângulo de
4) Solução: Procuraremos as eventuais interseções entre elas, uma volta no relógio, ou seja, o arco descrito é um arco de uma
isolando o y da reta e jogando na equação da circunferência teremos: volta.
y = 2 ? 2x Assim, o comprimento desse arco é C = 2π .2,5 ≅ 15, 70cm
x2 + (2 ? 2x)2 ? 2x ? 10 . (2 ? 2x) + 21 =0
10) Solução: Sabemos que, a cada hora, o ponteiro das horas
x2 + 2x +1 =0
se desloca 30o. E, portanto, em 15 minutos, ele se desloca 7o30’.
Já o ponteiro dos minutos se desloca 90o em 15 minutos Logo,
Nesta equação temos discriminante (delta) nulo e única solu- o ângulo entre os dois ponteiros é de 7o30’, às 15h e 15min.
ção x = -1, o que leva a um único y, que é 4, assim a reta tangencia
a circunferência.
5) Solução:
Nestes casos é aconselhável que a equação da reta esteja como
de fato está, na sua forma geral, pois as tangentes t, sendo pa-
ralelas a s, manterão o coeficiente angular e poderemos escrever
suas equações como 2x + y + c = 0 , bastando, então, encontrar os
valores de c:
y - q = m(x - 0)
y - q = mx
y = mx + q
Toda reta r do plano cartesiano pode ser expressa por uma Onde:
equação do tipo: -a c
y= b x- b
ax + by + c = 0
-a
m=
b
Em que:
c
• a, b, e c são números reais; q=-
b
• a e b não são simultaneamente nulos.
Podemos obter a equação geral de uma reta r conhecendo
dois pontos não coincidentes de r: Equação segmentária da reta
A(xa, ya) e B(xb, ya) Considere uma reta r que cruza os eixos cartesianos nos
pontos (0, q) e (p, 0).
Para isso, usa-se a condição de alinhamento de A e B com
um ponto genérico P(x,y) de r.
x y 1
xa ya 1 = 0 → ax + by + c = 0
xb yb 1
x y 1
0 q 1 = 0 → qx + py - pq → qx + py = pq
p 0 1
5.13. FUNÇÕES
5.13.1. CONCEITO, OPERAÇÕES, VALOR
NUMÉRICO E COMPOSIÇÃO DE FUNÇÕES.
5.13.2. FUNÇÃO REAL DE VARIÁVEL REAL.
GRÁFICOS. 5.13.3. FUNÇÕES DE 1º E 2ª
GRAUS. 5.13.4. MÁXIMO E MÍNIMO DA
FUNÇÃO DE 2ª GRAU. 5.13.5. FUNÇÕES
TRIGONOMÉTRICAS. 5.13.6. FUNÇÃO MO- f: A → B
DULAR. INCLUI ESTUDO E DEFINIÇÃO DE y = f(x) = x + 1
MÓDULO. EQUAÇÕES
Tipos de Função
Exemplo
Consideremos os conjuntos A = {0, 1, 2, 3, 5} e B = {0, 1, 2,
3, 4, 5, 6, 7, 8}. Reconhecemos, graficamente, uma função sobrejetora
quando, qualquer que seja a reta horizontal que interceptar o eixo
Vamos definir a função f de A em B com f(x) = x + 1. no contradomínio, interceptar, também, pelo menos uma vez o
Tomamos um elemento do conjunto A, representado por gráfico da função.
x, substituímos este elemento na sentença f(x), efetuamos as
operações indicadas e o resultado será a imagem do elemento x,
representada por y.
Exemplo
Consideremos a função real f(x) = 2x – 1. Vamos construir
uma tabela fornecendo valores para x e, por meio da sentença f(x),
obteremos as imagens y correspondentes.
x y = 2x – 1
Função crescente: A função f(x), num determinado intervalo, –2 –5
é crescente se, para quaisquer x1 e x2 pertencentes a este intervalo,
–1 –3
com x1<x2, tivermos f(x1)<f(x2).
0 –1
1 1
2 3
3 5
x1<x2 → f(x1)<f(x2)
x1<x2 → f(x1)>f(x2)
x= 4
2
x=2
Exemplo
- f(x)=√x+7
x – 7 ≥ 0→ x ≥ 7
D = {x∈R/x ≥ 7}
3
- f(x)= √x+1
c) Plano cartesiano D=R
Apresentamos o produto cartesiano, no plano cartesiano,
quando representamos o 1º conjunto num eixo horizontal, e o Observação: Devemos notar que, para raiz de índice impar,
2º conjunto num eixo vertical de mesma origem e, por meio de o radicando pode assumir qualquer valor real, inclusive o valor
pontos, marcamos os elementos desses conjuntos. Em cada um dos negativo.
3
pontos que representam os elementos passamos retas (horizontais - f(x)=
ou verticais). Nos cruzamentos dessas retas, teremos pontos que √x+8
estarão representando, no plano cartesiano, cada um dos pares x + 8 > 0 → x > -8
ordenados do conjunto A cartesiano B (B x A). D = {x∈R/x > -8}
- f(x)= √x+5
x-8
x–5≥0→x≥5
x–8≥0→x≠8
D = {x∈R/x ≥ 5 e x ≠ 8}
Exercícios
d) D = R
7x + 5 > 0
x > - 7/5
D = {x ∈ R/ x > -5/7}.
2) Resposta “100”.
Solução:
n + n/2 = 150 Note que o gráfico da função y = x + 1, interceptará (cortará)
2n/2 + n/2 = 300/2 o eixo x em -1, que é a raiz da função.
2n + n = 300
3n = 300 7) Solução: Fazendo y = 0, temos:
n = 300/3 0 = -x + 1
n = 100. x=1
Exemplo
8) Solução:
a) y = f(x) = x + 1
x+1>0
x > -1
Logo, f(x) será maior que 0 quando x > -1
x+1<0
x < -1
Logo, f(x) será menor que 0 quando x < -1
b) y = f(x) = -x + 1
* -x + 1 > 0
-x > -1
x<1
Logo, f(x) será maior que 0 quando x < 1
-x + 1 < 0
-x < -1
x y (x,y)
x>1
Logo, f(x) será menor que 0 quando x > 1 –2 5 (–2,5)
(*ao multiplicar por -1, inverte-se o sinal da desigualdade). –1 0 (–1,0)
0 –3 (0, –3)
9) Solução:
f(1) = 1 + 1 = 2 1 –4 (1, –4)
f(2) = 2 + 1 = 3 2 –3 (2, –3)
f(3) = 3 + 1 = 4
3 0 (3,0)
Logo: Im(f) = {2, 3, 4}.
4 5 (4,5)
10) Solução:
f(1) = 1² = 1 O gráfico da função de 2º grau é uma curva aberta chamada
f(3) = 3² = 9 parábola.
f(5) = 5² = 25 O ponto V indicado na figura chama-se vértice da parábola.
Logo: Im(f) = {1, 9, 25}
Concavidade da Parábola
Função do 2º Grau No caso das funções do 2º grau, a parábola pode ter sua
concavidade voltada para cima (a > 0) ou voltada para baixo (a
Chama-se função do 2º grau ou função quadrática toda função < 0).
f de R em R definida por um polinômio do 2º grau da forma f(x) =
ax2 + bx + c ou y = ax2 + bx + c , com a, b e c reais e a ≠ 0.
Exemplo
- y = x2 – 5x + 4, sendo a = 1, b = –5 e c = 4
- y = x2 – 9, sendo a = 1, b = 0 e c = –9
- y = x2, sendo a = 1, b = 0 e c = 0
ax2 + bx + c = 0
a>0
Vértice (V)
Tabela:
Para x = 0 temos y = (0)2 – 4(0) + 3 = 0 – 0 + 3 = 3
Para x = 1 temos y = (1)2 – 4(1) + 3 = 1 – 4 + 3 = 0
Para x = 3 temos y = (3)2 – 4(3) + 3 = 9 – 12 + 3 = 0
Exemplo Para x = 4 temos y = (4)2 – 4(4) + 3 = 16 – 16 + 3 = 3
yV = (4)2 – 8(4) + 15 = 16 – 32 + 15 = –1
Exemplo
y = x2 – 6x + 8
Como Δ é maior que zero, de antemão sabemos que a equação As raízes reais da equação são -44 e 45. Como eu não posso
possui duas raízes reais distintas. Vamos calculá-las: ter -44 anos, é óbvio que só posso ter 45 anos.
Logo, agora eu tenho 45 anos.
3x2 + 12 - 63 = 0 ⇒ x = -12 ± √Δ ⇒
2.3
-12 + √900 18 4) Resposta “12”.
x1 = ⇒x1 = -12 ± 30 ⇒ x1 = ⇒ x1 = 3 Solução: O enunciado nos diz que os dois tipos de lanche têm
6 6 6
o mesmo valor unitário. Vamos denominá-lo então de x.
-12 - √900 -42
x2 = ⇒x1 = -12 - 30 ⇒ x2 = ⇒ x2 = -7 Ainda segundo o enunciado, de um dos produtos eu com-
6 6 6 prei 4 unidades e do outro eu comprei x unidades.
8) Resposta “0”.
As raízes reais encontradas são -17 e 22, por ser negativa, a Solução: Sendo x a nota final, matematicamente temos:
raiz -17 deve ser descartada.
2x2 = 0
Logo a idade de Pedro é de 22 anos.
Como Pedro é 5 anos mais velho que Paulo, Paulo tem en-
tão 17 anos. Podemos identificar esta sentença matemática como sen-
Logo, Pedro tem 22 anos e Paulo tem 17 anos. do uma equação do segundo grau incompleta, cujos coeficien-
tes b e c são iguais a zero.
6) Resposta “0; 5”. Conforme já estudamos este tipo de equação sempre terá
Solução: Em notação matemática, definindo a incógnita como raiz real o número zero. Apenas para verificação vejamos:
como x, podemos escrever esta sentença da seguinte forma:
3x2 = 15x 0
2x2 = 0 ⇒ x2 = ⇒ x2 = 0 ⇒ x ±√0 ⇒ x =0
Ou ainda como: 2
3x2 - 15x = 0 9) Resposta “-8; -7; 7 e 8”.
Solução: Substituindo na equação x4 por y2 e também x2 e y te-
A fórmula geral de resolução ou fórmula de Bhaskara pode mos:
ser utilizada na resolução desta equação, mas por se tratar de uma -y2 + 113y - 3136 = 0
equação incompleta, podemos solucioná-la de outra forma.
Para y2 temos:
x3 = √64 ⇒ x3 = 8
Podemos, no nosso dia-a-dia, estabelecer diversas sequências
x = 64 ⇒ x ±√64 ⇒
2 como, por exemplo, a sucessão de cidades que temos numa viagem
x4 = - √64 ⇒ x4 = -8 de automóvel entre Brasília e São Paulo ou a sucessão das datas de
aniversário dos alunos de uma determinada escola.
Podemos, também, adotar para essas sequências uma ordem
Assim sendo, as raízes da equação biquadrada -x4 + 113x2 -
numérica, ou seja, adotando a1 para o 1º termo, a2 para o 2º termo
3136 = 0 são: -8, -7, 7 e 8. até an para o n-ésimo termo. Dizemos que o termo an é também
chamado termo geral das sequências, em que n é um número
10) Resposta “-6; 6”. natural diferente de zero. Evidentemente, daremos atenção ao
estudo das sequências numéricas.
Solução: Iremos substituir x4 por y2 e x2 e y, obtendo uma equa- As sequências podem ser finitas, quando apresentam um
ção do segundo grau: último termo, ou, infinitas, quando não apresentam um último
y2 - 20y - 576 = 0 termo. As sequências infinitas são indicadas por reticências no
final.
Ao resolvermos a mesma temos:
Exemplos:
−20 ± (−20)2 − 4.1.(−576) - Sequência dos números primos positivos: (2, 3, 5, 7, 11, 13,
y2 - 20y - 576 = 0 ⇒
2.3 17, 19, ...). Notemos que esta é uma sequência infinita com a1 = 2;
a2 = 3; a3 = 5; a4 = 7; a5 = 11; a6 = 13 etc.
- Sequência dos números ímpares positivos: (1, 3, 5, 7, 9, 11,
20 + 2704 20 + 52 72 ...). Notemos que esta é uma sequência infinita com a1 = 1; a2 = 3;
y1= ⇒y1= ⇒y1= ⇒y1=36
2 2 2 a3 = 5; a4 = 7; a5 = 9; a6 = 11 etc.
- Sequência dos algarismos do sistema decimal de numeração:
(0, 1, 2, 3, 4, 5, 6, 7, 8, 9). Notemos que esta é uma sequência finita
20 − 2704 20 − 52 −32
com a1 = 0; a2 = 1; a3 = 2; a4 = 3; a5 = 4; a6 = 5; a7 = 6; a8 = 7; a9 =
y2= ⇒y2= ⇒y2= 2 ⇒y2=-16
2 2 8; a10 = 9.
1. Igualdade
Substituindo os valores de y na expressão x2 = y obtemos as As sequências são apresentadas com os seus termos
raízes da equação biquadrada: entre parênteses colocados de forma ordenada. Sucessões que
apresentarem os mesmos termos em ordem diferente serão
consideradas sucessões diferentes.
Vamos considerar três termos consecutivos de uma PA: an-1, an Vamos considerar a PA (a1, a2, a3,…,an-2, an-1,an ) e representar
e an+1. Podemos afirmar que: por Sn a soma dos seus n termos, ou seja:
I - an = an-1 + r Sn = a1 + a2 + a3 + …+ an-2 + an-1 + an
II - an = an+ 1 –r (igualdade I)
Numa sequência finita, dizemos que dois termos são 2Sn = (a1 + an) + (a1 + an) + (a1 + an) + (a1 + an) +
equidistantes dos extremos se a quantidade de termos que +… + (a1 + an) → 2Sn = ( a1 + an) . n
precederem o primeiro deles for igual à quantidade de termos que
sucederem ao outro termo. Assim, na sucessão: E, assim, finalmente:
(a1, a2, a3, a4,..., ap,..., ak,..., an-3, an-2, an-1, an), temos: Sn = (a1 + an) . n
2
a2 e an-1 são termos equidistantes dos extremos;
a3 e an-2 são termos equidistantes dos extremos; Exemplo
a4 an-3 são termos equidistantes dos extremos.
- Ache a soma dos sessenta primeiros termos da PA (2 , 5,
Notemos que sempre que dois termos são eqüudistantes 8,...).
dos extremos, a soma dos seus índices é igual ao valor de n + 1.
Assim sendo, podemos generalizar que, se os termos ap e ak são Dados: a1 = 2
equidistantes dos extremos, então: p + k = n+1. r=5–2=3
8) Resposta “819”.
Solução: Sendo q a razão da PG, poderemos escrever a sua
forma genérica: (x/q, x, xq).
Como o produto dos 3 termos vale 729, vem:
x/q . x . xq = 729 de onde concluímos que: x3 = 729 = 36 = 33 .
33 = 93 , logo, x = 9.
Definiremos algumas relações e números obtidos a partir dos De fato, as medidas de seus lados (3, 4 e 5 unidades de com-
lados de triângulos retângulos. Antes, porém, precisamos rever al- primento) satisfazem a sentença 52 = 32 + 42.
gumas de suas propriedades. Apesar de nos apoiarmos particularmente no triângulo pitagó-
A fig. 1 apresenta um triângulo onde um de seus ângulos inter- rico, as relações que iremos definir são válidas para todo e qual-
π quer triângulo retângulo. Apenas queremos, dessa forma, obter
nos é reto (de medida 90º ou rad), o que nos permite classificá-
2 alguns resultados que serão comparados adiante.
-lo como um triângulo retângulo. Definimos seno, co-seno e tangente de um ângulo agudo de
um triângulo retângulo pelas relações apresentadas no quadro a
seguir:
Lembremo-nos de que a hipotenusa será sempre o lado opos- Ao que acabamos de ver, aliemos um conhecimento adquirido
to ao ângulo reto em, ainda, o lado maior do triângulo. Podemos da Geometria. Ela nos ensina que dois triângulos de lados propor-
relacioná-los através do Teorema de Pitágoras, o qual enuncia que cionais são semelhantes.
o quadrado sobre a hipotenusa de um triângulo retângulo é igual Se multiplicarmos, então, os comprimentos dos lados de nos-
à soma dos quadrados sobre os catetos (sic) ou, em linguajar mo- so triângulo pitagórico semelhante, com os novos lados (6, ,8 e 10)
derno, “a soma dos quadrados dos catetos é igual ao quadrado da igualmente satisfazendo o Teorema de Pitágoras.
hipotenusa de um triângulo retângulo”.
Aplicado ao nosso triângulo, e escrito em linguagem matemá- Na fig. 3, apresentamos o resultado dessa operação, em que
tica, o teorema seria expresso como segue: mostramos o triângulo ABC, já conhecido na fig. 1 e A1BC1.
a2 = b2 + c2
Além das razões com que trabalhamos até aqui, são definidas
a co-tangente, secante e co-secante de um ângulo agudo de triân- b c
gulo retângulo através de relações entre seus lados, como defini- sen α = sen β =
mos no quadro a seguir:
a a
c b
cos α = cos β =
cot do ângulo = cateto ⋅ adjacente ⋅ ao ⋅ ângulo a a
cateto ⋅ oposto ⋅ ao ⋅ ângulo b c
tg α = tg β =
sec do ângulo = hipotenusa c b
cateto ⋅ adjacente ⋅ ao ⋅ ângulo c b
hipotenusa cotg α = cotg β =
cosec do ângulo = b c
cateto ⋅ oposto ⋅ ao ⋅ ângulo
Resolução
Primeiramente, vamos calcular os comprimentos da diagonal
do quadrado (identificado na figura 4 por d) e a altura h, do triân-
Para respondermos ao que se pede, necessitaremos do com-
gulo equilátero (figura 5).
primento da hipotenusa do triângulo. Aplicando o Teorema de Pi-
Uma vez que as regiões sombreadas nas figuras são triângulos
tágoras, temos que:
retângulos, podemos aplicar o teorema de Pitágoras para cada um
deles.
a2 = b2 + c2 → a2 = 52 + 122 = 169
Para o meio-quadrado, temos que:
Logo, a = 13 cm. Assim, obtemos para seno, co-seno e tangen-
te dos ângulos da Figura, os seguintes valores:
D2 =a2 + a2 → d2 = 2 . a2
5 12 5 ∴d = a 2
senα = ¥ conα = ¥ tgα =
13 13 12
12 5 12 Quanto ao triângulo equilátero, podemos escrever o seguinte:
senβ = ¥ conβ = ¥ tgβ =
13 13 5 ⎛ 1⎞
2
l2
l 2 = ⎜ ⎟ + h2 ⇒ h2 = l 2 − ⇒ h2 =
3l 2
⇒∴ h =
l 3
⎝ 2⎠ 4 4 2
Ângulos Notáveis Sabemos, agora, que o triângulo hachurado no interior do
Seno, Co-seno e Tangente dos Ângulos Notáveis quadrado tem catetos de medida a e hipotenusa a 2 . Para o ou-
1 l 3
Uma vez definidos os conceitos de seno, co-seno e tangente tro triângulo sombreado, teremos catetos e medidas e , en-
2 2
de ângulos agudos internos a um triângulo retângulo, passaremos
a determinar seus valores para ângulos de grande utilização em quanto sua hipotenusa tem comprimento l.
diversas atividades profissionais e encontrados facilmente em si- Passemos, agora, ao cálculo de seno, co-seno e tangente dos
tuações cotidianas. ângulos de 30om 45o e 60o.
Por exemplo, na Mecânica, demonstra-se que o ângulo de lan-
çamento, tomado com relação à horizontal, para o qual se obtém Seno, Co-seno e Tangente de 30o e 60o.
o máximo alcance com uma mesma velocidade de tiro, é de 45o;
uma colméia é constituída, interiormente, de hexágonos regulares, Tomando por base o triângulo equilátero da figura 5, e conhe-
que por sua vez, são divisíveis, cada um, em seis triângulos equilá- cendo as medidas de seus lados, temos:
teros, cujos ângulos internos medem 60o; facilmente encontram-se
coberturas de casas, de regiões tropicais, onde não há neve, com l
ângulo de inclinação definido nos 30o, etc.
2 1 1 1
sen 30 = = . =
o
Vamos selecionar, portanto, figuras planas em que possamos
l 2 l 2
delimitar ângulo com as medidas citadas (30o, 45o e 60o). Para isso,
passaremos a trabalhar com o quadrado e o triângulo equilátero. l 3
cos 30 = = 2 = 3
oh
Observemos, na figura 4 e na figura 5, que a diagonal de um l l 2
quadrado divide ângulos internos opostos, que são retos, em duas
partes de 45 + o+, e que o segmento que define a bissetriz (e altura) l l
de um ângulo interno do triângulo equilátero permite-nos reconhe- tg 30o= 2 l 2 1 3 3
cer, em qualquer das metades em que este é dividido, ângulos de = 2 = . . =
h l 3 2 l 3= 3 3 3
medidas 30o e 60o.
2
l 2 l 2
l 3
tg 60o= h 3 2
= 2 = . = 3
l l 2 1
2 2
Daí, vem: 1 = 3 . senx . cosx \ senx . cosx = 1 / 3. Ora, sabe- Cosseno: O cosseno do arco AM correspondente ao ângulo a,
mos que sen 2x = 2 . senx . cosx e portanto senx . cosx = (sen 2x) denotado por cos(AM) ou cos(a), é a medida do segmento 0C, que
/ 2 , que substituindo vem: coincide com a abscissa x’ do ponto M.
(sen 2x) / 2 = 1 / 3 e, portanto, sen 2x = 2 / 3.
9. Solução:
Podemos escrever: 4x = seny. Daí, vem:
Para x: -1 £ 4x £ 1 Þ -1/4 £ x £ 1/4. Portanto, Domínio = D =
[-1/4, 1/4].
Para y: Da definição vista acima, deveremos ter
-p /2 £ y £ p /2.
Resposta: D = [-1/4, 1/4] e Im = [-p /2, p /2].
Como antes, existem várias determinações para este ângulo,
10) Solução: razão pela qual, escrevemos cos(AM) = cos(a) = cos(a+2k ) = x’
Seja x o arco. Teremos:
tg2x = 2 Tangente
Desejamos calcular 3.cos2x, ou seja, o triplo do quadrado do Seja a reta t tangente à circunferência trigonométrica no ponto
coseno do arco. A=(1,0). Tal reta é perpendicular ao eixo OX. A reta que passa pelo
Sabemos da Trigonometria que: 1 + tg2x = sec2x
ponto M e pelo centro da circunferência intersecta a reta tangente
t no ponto T=(1,t’). A ordenada deste ponto T, é definida como a
Portanto, substituindo, vem: 1 + 2 = sec2x = 3
tangente do arco AM correspondente ao ângulo a.
Como sabemos que:
secx = 1/cosx , quadrando ambos os membros vem:
sec2x = 1/ cos2x \ cos2x = 1/sec2x = 1/3 \ 3cos2x = 3(1/3) = 1
Em particular, se a= radianos, temos que cos( )=-1, sen( Sejam A=(1,0) um ponto da circunferência, a o ângulo corres-
)=0 e tan( )=0 pondente ao arco AM e b o ângulo correspondente ao arco AM’.
Desse modo:
Ângulos no quarto quadrante sen(a) = sen(b)
cos(a) = -cos(b)
O ponto M está no quarto quadrante, 3 /2<a< 2 . O seno tan(a) = -tan(b)
de ângulos no quarto quadrante é negativo, o cosseno é positivo e
a tangente é negativa. Simetria em relação à origem
Uma maneira de obter o valor do seno e cosseno de alguns Outra relação fundamental na trigonometria, muitas vezes to-
ângulos que aparecem com muita frequência em exercícios e apli- mada como a definição da função tangente, é dada por:
cações, sem necessidade de memorização, é através de simples
observação no círculo trigonométrico. sen(a)
tan(a) =
cos(a)
Definimos a distância entre A e B, denotando-a por d(A,B), Forma polar dos números complexos
como:
Um número complexo não nulo z=x+yi, pode ser representa-
do pela sua forma polar:
onde r=|z|=R[x²+y²], i²=-1 e c é o argumento (ângulo formado Na circunferência trigonométrica, sejam os ângulos a e b com
entre o segmento Oz e o eixo OX) do número complexo z. 0£a£2 e 0£b£2 , a>b, então;
sen(a)cos(b) + cos(a)sen(b)
tan(a + b) =
A multiplicação de dois números complexos na forma polar: cos(a)cos(b) − sen(a)sen(b)
A = |A| [cos(a)+isen(a)]
B = |B| [cos(b)+isen(b)] Dividindo todos os quatro termos da fração por cos(a)cos(b),
segue a fórmula:
é dada pela Fórmula de De Moivre:
AB = |A||B| [cos(a+b)+isen(a+b)]
Isto é, para multiplicar dois números complexos em suas for- tan(a) + tan(b)
mas trigonométricas, devemos multiplicar os seus módulos e so- tan(a + b) =
1− tan(a)tan(b)
mar os seus argumentos.
Se os números complexos A e B são unitários então |A|=1 e
|B|=1, e nesse caso Como
A = cos(a) + i sen(a)
B = cos(b) + i sen(b) sen(a-b) = sen(a)cos(b) - cos(a)sen(b)
cos(a-b) = cos(a)cos(b) + sen(a)sen(b)
Multiplicando A e B, obtemos podemos dividir a expressão de cima pela de baixo, para ob-
AB = cos(a+b) + i sen(a+b) ter:
Existe uma importantíssima relação matemática, atribuída a
Euler (lê-se “óiler”), garantindo que para todo número complexo z tan(a) − tan(b)
tan(a − b) =
e também para todo número real z: 1+ tan(a)tan(b)
eiz = cos(z) + i sen(z)
Tal relação, normalmente é demonstrada em um curso de Cál-
culo Diferencial, e, ela permite uma outra forma para representar
números complexos unitários A e B, como:
5.16. ESTATÍSTICA 5.16.1. DADOS,
TABELAS, REPRESENTAÇÕES GRÁFICAS.
A = eia = cos(a) + i sen(a)
5.16.2. POLÍGONOS DE FREQUÊNCIA.
B = eib = cos(b) + i sen(b) 5.16.3. MÉDIA E PROPRIEDADES.
onde a é o argumento de A e b é o argumento de B. Assim, 5.16.4. MEDIANA E MODA.
ei(a+b) = cos(a+b)+isen(a+b)
Exemplo:
cada classe:
No exemplo, será igual a: 1,23.
(3)
Z1= (1,48-1,50)/0,30 =-0,4
0,500-0,1554 = 34,46%
Média Aritmética
Definição
Se x for a média aritmética dos elementos do conjunto A média aritmética ponderada dos n elementos do conjunto
numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn}, então, por definição: numérico A é a soma dos produtos de cada elemento multiplicado
pelo respectivo peso, dividida pela soma dos pesos.
Exemplo
n parcelas
Calcular a média aritmética ponderada dos números 35, 20 e
e, portanto,
10 com pesos 2, 3, e 5, respectivamente.
Resolução
Média Aritmética Ponderada 5. Calcule a média aritmética simples em cada um dos seguin-
tes casos:
Definição a) 15; 48; 36
b) 80; 71; 95; 100
A média dos elementos do conjunto numérico A relativa à c) 59; 84; 37; 62; 10
adição e na qual cada elemento tem um “determinado peso” é d) 1; 2; 3; 4; 5; 6; 7; 8; 9
chamada média aritmética ponderada.
6. Qual é a média aritmética ponderada dos números 10, 14, 18
Cálculo da média aritmética ponderada
e 30 sabendo-se que os seus pesos são respectivamente 1, 2, 3 e 5?
Se x for a média aritmética ponderada dos elementos do
conjunto numérico A = {x1; x2; x3; ...; xn} com “pesos” P1; P2; P3; 7. Calcular a média ponderada entre 3, 6 e 8 para os respecti-
...; Pn, respectivamente, então, por definição: vos pesos 5 , 3 e 2.
2) Resposta “6”.
Solução: 8) Resposta “
M.A. ( 3, 5 e 10 ) = 3 + 5 + 10 / 3 = 18 / 3 = 6 → M.A. ( 3, 5 Solução:
e 10 ) = 6.
3) Resposta “10”.
Solução: Para resolver esse exercício basta fazer a soma dos 9) Resposta “
números e dividi-los por quatro, que é a quantidade de números, Solução: Estamos diante de um problema de média aritmética
portanto: ponderada, onde as quantidades de profissionais serão os pesos. E
com isso calcularemos a média ponderada entre R$ 320,00 , R$
840,00 e R$ 1 600,00 e seus respectivos pesos 20 , 10 e 5. Portanto:
Logo, a média aritmética é 10.
4) Resposta “164”.
Solução: Quando falamos de média aritmética simples, ao di-
minuirmos um dos valores que a compõe, precisamos aumentar 10) Resposta “11,42”.
a mesma quantidade em outro valor, ou distribuí-la entre vários Solução:
outros valores, de sorte que a soma total não se altere, se quisermos
obter a mesma média.
Neste exercício, três dos elementos devem ter o menor valor
possível, de sorte que o quarto elemento tenha o maior valor dentre Média Geométrica
eles, tal que a média aritmética seja igual a 44. Este será o maior
valor que o quarto elemento poderá assumir. Este tipo de média é calculado multiplicando-se todos os valo-
Em função do enunciado, os três menores valores inteiros, pa- res e extraindo-se a raiz de índice n deste produto.
res, distintos e não nulos são:2, 4 e 6. Identificando como x este Digamos que tenhamos os números 4, 6 e 9, para obtermos o
quarto valor, vamos montar a seguinte equação: valor médio geométrico deste conjunto, multiplicamos os elemen-
tos e obtemos o produto 216.
Pegamos então este produto e extraímos a sua raiz cúbica,
Solucionando-a temos: chegando ao valor médio 6.
Logo, o maior valor que um desses números pode ter é 164. Extraímos a raiz cúbica, pois o conjunto é composto de 3 ele-
mentos. Se fossem n elementos, extrairíamos a raiz de índice n.
5) Solução:
a) (15 + 48 + 36)/3 = Neste exemplo teríamos a seguinte solução:
99/3 = 33
b) (80 + 71 + 95 + 100)/4=
346/4 = 86,5 Utilidades da Média Geométrica
Exemplo
Respostas
Já média geométrica pode ser expressa como:
1) Resposta “4”.
Solução:
Vamos isolar a na primeira equação:
2) Resposta “2”.
Solução:
3) Resposta “6”. Agora para que possamos solucionar a segunda equação, é ne-
Solução: Aplicando a relação: g2 = a.h, teremos: cessário que fiquemos com apenas uma variável na mesma. Para
g2 = 4.9 → g2 = 36 → g = 6 → MG. (4, 9) = 6. conseguirmos isto iremos substituir a por 41 - b:
8) Resposta “6”.
Solução: G = 2 4.9 = 6
Note que acabamos obtendo uma equação do segundo grau: 9) Resposta “9”.
Solução: G = 4 3.3.9.81 = 9
Sabemos que , portanto atribuindo a b um de Para a sua determinação utiliza-se a seguinte regra, depois de
seus possíveis valores, iremos encontrar o valor de a. ordenada a amostra de n elementos: Se n é ímpar, a mediana é o
elemento médio. Se n é par, a mediana é a semi-soma dos dois
Para b = 16 temos: elementos médios.
=10.75 e =11
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ANOTAÇÕES
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