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RELATÓRIO 5:

Purificação de Compostos Orgânicos:


Cromatografia

Alunos:

 Roberto Vinicius Granha Fiuza

 João Issac Marques

Professora: Andrea Silva


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1. INTRODUÇÃO

No experimento realizado nesta semana utilizou-se a técnica de cromatografia.


Considera-se tal técnica uma forma físico química de separação dos componentes de uma
mistura de acordo com suas solubilidades, tamanhos e massas. Baseia-se nas diferentes
velocidades de deslocamento das moléculas através de um meio poroso - fase estacionária -,
quando arrastadas por um efluente (líquido ou gasoso) em movimento - fase móvel. A separação
cromatográfica está relacionada com o fenômeno de adsorção (aderência de partículas,
moléculas ou íons) à fase estacionária, que pode ser um papel poroso, sílica gel, albumina, etc.

Utiliza-se a cromatografia, além de para a separação e a purificação de compostos, para


a identificação deles. Faz-se isso por meio da comparação com padrões previamente existentes.

Para que se obtenha um bom resultado, algumas características devem ser observadas
tanto na fase móvel quanto na estacionária. A fase móvel deve ser inerte - apenas transportando
a amostra através da coluna e não podendo interagir nem com a amostra nem com a fase
estacionária - e pura, pois impurezas podem contaminar a amostra e gerar ruído. Já a fase
estacionária deve ter características próximas das dos solutos a serem separados, deve ser um
bom solvente diferencial dos componentes da amostra, ser quimicamente inerte em relação à
amostra, ter uma volatilidade baixa, ser pura, ter estabilidade térmica e ser pouco viscosa.

A cromatografia gasosa (CG) divide-se em cromatografia gás líquido (CGL) e gás


sólido (CGS). Já a cromatografia líquida (CL) divide-se em cromatografia planar - que inclui os
métodos de cromatografia em camada fina (CCF) e cromatografia de papel (CP) - e em
cromatografia de coluna - dividida em cromatografia líquida de alta eficiência (CLAE) ,
cromatografia de adsorção líquido sólido (CLS), cromatografia líquido-líquido (CLL),
cromatografia fase-ligada (CFL), cromatografia de troca iônica (CTI) e cromatografia de
exclusão (CE). A cromatografia de exclusão, por sua vez, também divide-se em cromatografia
de permeação de gel (CPG) e em cromatografia de filtração de gel (CFG).

Os processos cromatográficos baseiam-se em alguns princípios como a mudança de fase


(adsorção a um suporte sólido), partição de gases ou separação em solução que pode acontecer
por efeito de crivo ou efeito elétrico. Ao introduzir uma amostra na coluna, ela é arrastada pelo
efluente e sofre sempre alguma dispersão. Isso acontece, principalmente, pela não existência de
um equilíbrio entre as duas fases, problemas de transferência de massas, existência de reações
do soluto com a fase fixa (mais lenta, portando limitante) e dispersão molecular causada por
gradientes de concentração do soluto.
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Em qualquer forma de cromatografia, tem-se o coeficiente de distribuição de uma


substância entre as duas fases do sistema:

K = (Quant. de soluto/unidade de fase estacionária)/(Quant. de soluto/unidade de fase móvel)

A cromatografia de adsorção (CGS, CCF, CLS, CTI) baseia-se nas diferentes afinidades
adsorventes da superfície da fase estacionária. A separação é por meio das interações entre
moléculas dos solutos da fase móvel e a superfície da fase estacionária. Por isso, depende do
equilíbrio heterogêneo entre uma substância adsorvida sobre a superfície de um sólido e
substancia dissolvida em um solvente em contato com o sólido. O suporte pode ser de alumina
ou sacarose para a cromatografia de coluna e vidro ou alumínio para a cromatografia em
camada fina. Como exemplo, tem-se uma mistura de compostos orgânicos adicionada a uma
coluna que contem alumina ou sílica gel. Os componentes mais polares dessa mistura ficam
mais fortemente adsorvidos às partículas do sólido se comparados aos componentes menos
polares.

Já a cromatografia de partição (CGL, CLP, CLL, CP) baseia-se nas diferentes


solubilidades dos componentes de uma mistura em ambas as fases e pode ser efetuada em papel
ou em coluna como suportes. Esse tipo de cromatografia depende do equilíbrio heterogêneo
entre a substância dissolvida na fase estacionária e a dissolvida na fase móvel e os componentes
são separados por uma partição contínua entre as duas fases. Os menos solúveis na fase
estacionária e os mais solúveis no solvente móvel movem-se mais rapidamente.

Na cromatografia plana define-se um parâmetro de retenção, a razão de retardação Rf. A


seguinte fórmula ilustra esta razão, considerando o mesmo espaço de tempo:
Rf = distância percorrida pela substância / distância percorrida pelo solvente

Nesta prática utilizar-se-ão dois tipos de cromatografia: a cromatografia em papel, na


qual as substâncias a serem separadas interagem com a celulose do papel e migram com
velocidades diferentes em razão das suas diferentes constituições, e a cromatografia em camada
fina para a análise de uma solução constituída de vários compostos orgânicos.

Uma observação importante é a colocação de um papel filtro dentro do recipiente que


contem o solvente e que receberá as placas cromatográficas. O papel filtro fica molhado contra
a parede do recipiente, o que permite a saturação completa do seu interior com os vapores do
solvente, possibilitando a prática.

2. MATERIAIS E MÉTODOS

2.1) MATERIAIS

1) Recipientes com tampas para a realização da cromatografia;

2) Papel de filtro;

3) Capilares;

4) Amostras: mistura de fluoresceína, vermelho do Congo e bromofenol azul;

5) Papéis para a cromatografia de dois tamanhos;

6) Placas de sílica gel de dois tamanhos;


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7) Mistura de n-butanol;

8) Hexano;

9) Lápis;

10) Régua;

11) Pinça;

2.2) MÉTODOS

Nesta prática iremos realizar o processo de cromatografia ascendente. Para isso,


utilizam-se amostras contendo Fluoresceína, Vermelho do Congo e Bromofenol azul.

Fase Estacionária: também papel para cromatografia de diferentes tamanhos e papel de


sílica de diferentes tamanhos.

Fase Móvel: Utiliza-se uma mistura de n-butanol, etanol e amoníaco. (60:20:20).


Também se usa uma solução de tolueno 100%.

Cromatografia Ascendente:
Com um lápis, marca-se levemente nos papéis uma linha de início e de final da corrida
do solvente, com distância de 1,0 cm dos extremos do papel para cromatografia como da sílica.
Marcam-se três pontos na linha de início, de forma que os três pontos fiquem equidistantes, para
a aplicação das amostras.
Com uma micropipeta com a solução contida, toca-se delicadamente com a ponta no
papel no ponto de origem. A solução passa para o papel formando uma mancha, não podendo
ultrapassar o tamanho de 2 mm, caso necessário, repete-se a aplicação até que a mancha fique
bem visível, porém pouco espalhada.
Coloca-se uma pequena quantidade de solvente e o papel de filtro dentro de um
recipiente. Com o papel de filtro molhado, ele gruda na parede do recipiente e assim permite a
saturação completa do interior do recipiente com os vapores do solvente. Coloca-se a placa de
cromatografia no recipiente e aguarda-se o desenvolvimento do cromatograma. Lembrando que
o ponto da amostra deve ficar acima do nível do solvente.
Quando a frente de solvente chegar na linha final(a superior) da placa, retira-se do
recipiente e aguarda-se a secura do cromatograma.
Influência de fase móvel sobre o cromatograma(o valor do R f)
Aplica-se o mesmo procedimento na placa de sílica. Desenvolve-se o cromatograma
usando-se como fase móvel: n-butanol e hexano (uma placa para cada efluente). Após o
solvente atingir a linha final da placa, retira-se a placa do recipiente e espera a secura, que dura
em torno de 5 minutos. Calcula-se o Rf para cada ponto da placa.

3. RESULTADOS E DISCUSSÃO

Calculamos o fator de retenção com a distância entre a linha de origem e a linha


final(D) até o ponto médio da mancha resultante das amostras (d amostra).
Papel de cromatografia mais grosso: D = 8,0 cm
dflu = 1,8 cm \ Rf = (1,8)/(8,0) Rf(flu) = 0,225
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dver = 0,4 cm \ Rf = (0,4)/(8,0) Rf(ver) = 0,05


dazu = 6,4cm \ Rf = (6,4)/(8,0) Rf(azu)= 0,80

Papel de cromatografia mais fino: D = 8,0 cm


dflu = 1,8 cm \ Rf = (1,8)/(8,0) Rf(flu) = 0,225
dver = 0,4 cm \ Rf = (0,4)/(8,0) Rf(ver) = 0,05
dazu = 6,4 cm \ Rf = (6,4)/(8,0) Rf(azu) = 0,8

Sílica mais fina: D = 7,5 cm


dflu = 4,1 cm \ Rf = (4,1)/(7,5) Rf(flu) = 0,547
dver = 1,4 cm \ Rf = (1,4)/(7,5) Rf(ver) = 0,187
dazu = 5,2 cm \ Rf = (5,2)/(7,5) Rf(azu) = 0,693

Sílica mais grossa: D = 7,3 cm


dflu = 4,3 cm \ Rf = (4,3)/(7,3) Rf(flu) = 0,589
dver = 2,4 cm \ Rf = (2,4)/(7,3) Rf(ver) = 0,328
dazu = 5,3 cm \ Rf = (5,3)/(7,3) Rf(azu) = 0,726

Os resultados esperados seriam valores idênticos do R f do mesmo material,


independente da espessura do material, no caso do papel normal de cromatografia obteve-se
êxito em relação aos valores, já na sílica os valores de R f para cada amostra obteve valores
diferentes. Isso deve-se ao fato deste técnica apresentar desvantagens do aparecimento de
caudas nas bandas, e no caso da sílica, o processo finalizou-se antes do ponto final, podendo ter
uma alteração do Rf. Outro fator que pode ter influenciado ao erro seria a temperatura do
solvente e da placa podem causar pequenas alterações, já que, por exemplo, o solvente pode
dissolver melhor os compostos que ele arrasta em temperaturas mais elevadas. Outro fator que
influencia a possibilidade de erro seria a temperatura do solvente e da placa, por exemplo, o
solvente, em temperaturas mais elevadas, arrasta melhor os compostos.

4. CONCLUSÃO

Com o feito da prática, constata-se que, a técnica de cromatografia é finalizada com o


cálculo do fator de retenção (R f). O processo de cromatografia em papel torna-se um
procedimento eficiente e econômico, por utilizar quantidades pequenas das amostras ofertadas.
Pode-se concluir que os objetivos oferecidos pela prática foram atingidos.

5. BIBLIOGRAFIA

[1]. Apostila da prática, feita por Whey Oh Lin

[2]. http://www.elergonomista.com/tecnicas/cp.htm

[3]. http://www.ehow.com.br/fatores-afetam-rf-cromatografia-camada-delgada-
info_19579/
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[4]. http://farmacognosiaws.no.comunidades.net/index.php?pagina=1807047088_02

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