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Lourença
O colégio velho
O Casamento da Mimosa
Chegou o casamento de Mimosa e Lourença foi levar as alianças
com a menina refilona, ambas estavam vestidas de igual.
Na hora do almoço sem ninguém dar por nada Lourença fartou-se
de comer bananas.
Houve vários discursos deixando lourença com sono.
Lourença foi levada para casa pelo noivo. Ela fartou-se de chorar
porque queria ter ficado no casamento até o ultimo convidado
sair.
Lourença estava cheia de fome e fartou-se de comer arroz tostada
que a mãe tinha feito, ela imaginara-se rica e como é que havia de
fazer se chegasse a um hotel e pedisse arroz tostado.
Lembrou-se que existiam na outra casa, o altarzinho que a mãe
fazia em Maio, coberto de flores brancas. Foi no casamento que
viu pela última vez que viu D. Inês.
O Pai
O pai era uma pessoa amável, nunca falava alto e tinha uma voz
rouca, levantava-se tarde. A mãe respeitava-o, fazendo-lhe tudo
lavava-lhe os pés, preparava-lhe a comida.
Era um pouco desligado de sentimentos, trazia presentes
fabulosos sem serem datas especiais, porque dessas ele esquecia-
se.
Nos anos de Lourença eram os criados que ofereciam os
presentes, coisa que nem o pai nem a mãe reparavam.
Lourença partia as bonecas todas sem querer, por isso a mãe lhe
dizia que ela tinha um espírito de destruição.
Serafina era quem escondia os cacos, mas mais tarde tudo era
descoberto.
Falco tinha um álbum de selos oferecido pelo pai, mas para ele
não tinha grande importância.
Preferia jogar às cartas, ler revistas policiais e no fim deixava que
Lourença as lê-se.
Conhecia os desfechos delas e queria sempre contá-los á
Lourença, mas ela não gostava, tapava até os ouvidos.
Lourença sempre que o pai não estava à mesa sentia saudades
dele por isso chorava, coisa que ela achava uma perda de tempo.
Já Marta sua irmã chorava por tudo e por nada.
Um dia Lourença aleijou-se mas ninguém lhe deu importância, só
o pai parecia doer-lhe na cara, por isso lourença para não ver o pai
aflito calou-se
O pai era um homem de negócios ambiciosa e por vezes perdia
com eles.
Era a mãe quem se ocupava com tudo e Artur era quem guiava o
carro mesmo tendo apenas quinze anos.
A mãe e os filhos normalmente iam passar umas férias em
Setembro a uma quinta comprada pelo pai onde existia uma casa e
uma igreja em ruínas.
As salas eram grandes e nos corredores havia alçapões.
Dinis primo de Lourença que andava no colégio militar também
passava as férias na quinta não brincava com eles porque andava
sempre fardado.
Na casa havia dois criados que eram um casal, chamavam-se
Emília e David, cantavam e trabalhavam o tempo todo, ocupando-
se pouco de Lourença, mas ela seguia-os sempre juntamente com
brilhante o cão da quinta.
Emília era alta e David baixo, mas Emília marcou positivamente
Lourença na sua vida afectiva.
Tinha um carinho especial por esta, não a tratava como se fosse
uma boneca mas sim dava-lhe liberdade, liberdade essa que não
tinha em casa, ou seja deixava-a fazer tudo o que ela queria.
Falco passava o tempo a inventar aventuras, punha armadilhas aos
pássaros até queria experimentar a caçadeira de David mas ele
escondia-lha.
Em frente á casa existia um celeiro, que tinha por baixo as adegas,
adegas essas diferentes das outras pois tinha portam e grades que
mais pareciam prisões.
Emília dizia a Lourença que era ali onde os condes de cavaleiros
prendiam as pessoas.