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ANÁLISE PRIMÁRIA
A (airway)
Estabilizar a coluna cervical manualmente, verificar responsividade, liberar as vias
aéreas e colocar cânula orofaríngea no caso de inconsciência. Estabilizar a coluna
cervical manualmente:
Devemos ser cautelosos, pois vítimas conscientes costumam se movimentar tão logo
percebam a chegada do socorro. Portanto, quando de sua aproximação, procure apoiar
a cabeça da vítima o mais breve possível, segurando-a com as mãos espalmadas, de
modo a evitar movimentação. Procure acalmá-la solicitando que não se mexa e
permaneça estabilizando sua cabeça até a colocação do colar cervical e protetor lateral
de cabeça.
Verificar Responsividade
- Fazer por três vezes perguntas curtas e de fácil entendimento (Ei, você está
me ouvindo? Ei, você está bem? Ei, fala comigo?) tocando em seu ombro,
sem movimentá-la.
- No caso de respostas sonoras, mesmo que incompreendidas, ou por meio
de movimentação espontânea, considerar a vítima como consciente.
- Sempre que a vítima tentar se movimentar, solicite que a mesma permaneça imóvel
para que seja feita a devida movimentação em bloco para prosseguimento da análise.
Este procedimento aplica-se apenas às vitimas que não possuam indícios de ter sofrido trauma de
coluna vertebral, especialmente, lesão cervical.
B (breathing)
Constatar a existência, o tipo e qualidade da respiração, desobstruir as vias aéreas
quando necessário, ministrar oxigênio e executar monitoramento com oxímetro de pulso.
Constatação da respiração por meio da técnica de “Ver, Ouvir e Sentir”, conforme técnica
abaixo:
- Liberar as VAS da vítima através da manobra indicada;
- Aproximar o ouvido da boca e nariz da vítima, voltando a face para seu tórax;
- Observar os movimentos do tórax;
- Ouvir os ruídos próprios da respiração; sentir a saída de ar das VAS da vítima
C (circulation)
Pulso é a onda de pressão gerada pelo batimento cardíaco e propagada ao longo das
artérias. Deve-se sempre se verificar um pulso central sendo que em vítimas com idade
acima de um ano deve-se palpar o pulso carotídeo e em bebês com idade abaixo de um
ano deve-se palpar o pulso braquial.
D (disability)
As pupilas desiguais são geralmente encontradas nas vítimas com lesões de crânio ou
acidente vascular cerebral sendo contraída do mesmo lado da lesão, em um
primeiro momento, quando a parte afetada do cérebro está tentando se recuperar e, em
um segundo momento, passa a se dilatar devido a falência consequente das lesões e
falta de irrigação sanguínea causada pelo inchaço.
Quanto a simetria.
isocóricas – apresentam igual tamanho.
anisicóricas – apresentam tamanhos desiguais.
Quanto ao tamanho.
midriáticas – apresentam midríase ou, ainda, encontram-se dilatadas.
mióticas – apresentam miose ou, ainda, encontram-se contraídas.
Principais alterações Pupilares
mióticas – uso de drogas alucinógenas ou que causem grande excitação.
anisicóricas – lesão cerebral localizada como traumas cranianos recentes e acidente
vascular cerebral.
mióticas e arreativas – lesão no sistema nervoso central e medicamentos.
midriática e arreativas (midríase paralítica) – inconsciência, choque, parada cardíaca,
medicamentos. traumas cranianos após um certo tempo.
reflexos lentos e olhos sem brilho – exposição ao calor, choque e coma.
Jamais beliscar, dar tapas, espetar com agulhas ou praticar qualquer forma de agressão
à vítima para se obter um estímulo doloroso.
E (exposition)
Expor a vítima
Nesta etapa devemos expor a vítima sempre quando indispensável para identificar sinais
de lesões ou de emergências clínicas. Para tanto é necessário informar antecipadamente
à vítima e/ou responsável sobre o procedimento que será efetuado evitando o tempo
demasiado de exposição, prevenindo a hipotermia com manta aluminizada ou cobertor
ou lençóis limpos, garantindo a privacidade da vítima, evitando expor
desnecessariamente as partes íntimas de seu corpo sendo que quando for necessário
cortar vestes da vítima, utilizar tesoura de ponta romba, evitando meios de fortuna que
possam contaminar ou agravar ferimentos.
ANÁLISE SECUNDÁRIA
Processo ordenado que visa descobrir lesões ou problemas clínicos que, se não tratados,
poderão ameaçar a vida, por meio da interpretação dos achados na verificação dos sinais
vitais, exame físico e na entrevista. Através da avaliação dos sinais e sintomas
apresentados pela vítima, o socorrista poderá determinar o tipo de emergência e os
procedimentos operacionais específicos. Uma parte da análise é objetiva, por intermédio
do exame dos sinais vitais e do corpo da vítima (exame físico) e a outra é subjetiva,
através de dados colhidos em entrevista. Toda lesão ou doença tem formas peculiares de
se manifestar e isso pode ajudá-lo no descobrimento do tipo de problema que afeta a
vítima. Estes indícios são divididos em dois grupos: os sinais e os sintomas. Alguns são
bastante óbvios, mas outros indícios importantes podem passar despercebidos, a menos
que você examine a vítima cuidadosamente, da cabeça aos pés.
Sinais
São detalhes que você poderá descobrir fazendo o uso dos sentidos da visão, tato,
audição e olfato durante a avaliação da vítima. Sinais comuns de lesão incluem
sangramento, inchaço (edema), aumento de sensibilidade ou deformação; já os sinais
mais comuns de doenças são pele pálida ou avermelhada, suor, temperatura elevada e
pulso rápido.
Sintomas
São sensações que a vítima experimenta e é capaz de descrever. Pode ser necessário que
o socorrista faça perguntas para definir a presença ou ausência de sintomas. Pergunte à
vítima consciente se sente dor e exatamente onde. Examine a região indicada
procurando descobrir possíveis lesões por trauma, mas lembre-se que a dor intensa
numa região pode mascarar outra enfermidade mais séria, embora menos dolorosa.
Além da dor, os outros sinais que podem ajudá-lo no diagnóstico incluem náuseas,
vertigem, calor, frio, fraqueza e sensação de mal-estar.
FONTE DE REFERÊNCIA
MTBRESG - MANUAL DE RESGATE E EMERGÊNCIAS MÉDICAS
Direitos Autorais : Corpo de Bombeiros Militar do Estado de São Paulo.