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PROCURAÇÃO
1. Natureza jurídica: é o instrumento do mandato (CC, art. 653, caput, segunda parte). Não con-
fundir mandato com mandado. Espécies: a) por instrumento particular ou por instrumento pú-
blico; b) ad judicia ou ad negotia; c) apud acta.
2. Mandato: é o contrato pelo qual o mandatário, ou procurador, recebe do mandante poderes pa-
ra, em seu nome, praticar atos ou administrar interesses. CC, art. 653.
3. Características do mandato:
a. Contratualidade: exige manifestação de duas vontades. CC, arts. 657, 659 e 675.
b. Representatividade: há representação do mandatário em relação ao mandante, com to-
das as repercussões jurídicas. CC, art. 665.
c. Revogabilidade: os contratantes poderão extinguir o contrato sem a anuência do outro.
CC, art. 682, I, 1ª parte.
4. Requisitos:
a. Subjetivos: capacidade dos contratantes;
b. Objetivos: objeto do negócio;
c. Formais: forma livre, em princípio.
5. Espécies de mandatos:
a. Tácito e expresso;
b. Verbal e escrito;
c. Gratuito e remunerado;
d. Judicial e extrajudicial;
e. Simples e empresário;
f. Aparente;
g. Geral e Especial;
h. Em termos gerais e com poderes específicos;
i. Simultâneo, conjunto, solidário, sucessivo e fracionário.
6. Ratificação do mandato: CC, arts. 662 e 665.
7. Extinção do mandato:
a. Pela revogação ou pela renúncia;
b. Pela morte ou interdição de uma das partes;
c. Pela mudança de estado que inabilite o mandante e conferir poderes, ou o mandatário
para os exercer;
d. Pelo término do prazo ou pela conclusão do negócio. CC, art. 682.
ATA NOTARIAL
1. Definição: é o “registro de ato ou fato solicitado ao tabelião de notas por interessado, para que
transponha fielmente em palavras, indicando pessoas e ações que os caracterizam” (Walter Ce-
neviva, Lei dos Notários e dos Registradores Comentada).
2. Natureza jurídica: prova pré-constituída. Não se confunde com a medida cautelar de produção
antecipada de provas (CPC, art. 846).
3. Objeto: narração de fatos jurídicos. Poderá, eventualmente, destinar-se à narração de um ato
jurídico.
4. Distinção entre ata notarial e escritura pública: a primeira se destina a narrar fatos jurídicos, en-
quanto que a segunda objetiva formalizar negócio jurídico. Outrossim, as atas têm eficácia me-
ramente probatória.
5. Espécies de atas:
a. Ata de comprovação ou inspeção: constatação de fatos.
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SERVENTIAS NOTARIAIS – INTENSIVÃO SERVENTIAS
Disciplina: Prática de Tabelionato de Notas
Prof.: Osvaldo Canela
Data: 13/01/2008
RECONHECIMENTO DE FIRMA
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Disciplina: Prática de Tabelionato de Notas
Prof.: Osvaldo Canela
Data: 13/01/2008
AUTENTICAÇÃO DE CÓPIAS
1. Conceito: ato notarial consistente na afirmação de que a cópia do documento corresponde com a
sua versão original.
2. Observações:
a. O notário deverá certificar o acompanhamento do documento original.
b. O notário, previamente à autenticação, deverá examinar os aspectos extrínsecos e in-
trínsecos do documento, podendo, inclusive, negar a autenticação.
c. De maneira geral, não se tem admitido autenticação de cópia de cópia. Excepciona-se o
documento público emitido pela autoridade pública em cópia reprográfica por ela auten-
ticada.
d. Admite-se a cópia física, em papel, de páginas eletrônicas.
3. Distinções:
a. Cópia: reprodução do original.
b. Traslado: primeira cópia da escritura pública, extraída do livro original e autenticada pelo
notário.
c. Certidão: cópia fiel do documento ou resumo indicativo de seu conteúdo.
d. Pública-forma: cópia de inteiro teor de um documento, conferida e consertada por outro
tabelião.
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Disciplina: Prática de Tabelionato de Notas
Prof.: Osvaldo Canela
Data: 13/01/2008
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
1. BRANDELLI, Leonardo. Teoria Geral do Direito Notarial, Porto Alegre: Livraria do Advogado,
1998.
2. BRANDELLI, Leonardo (coord.). Ata Notarial, Porto Alegre: Safe, 2004.
3. CENEVIVA, Walter. Lei dos Notários e dos Registradores Comentada (Lei n.º 8.935/94), São
Paulo: Saraiva, 2002.
4. DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro, 3° volume, 17ª edição, São Paulo: Sarai-
va, 2002.
5. GONÇALVES, Vania Mara Nascimento (coord.). Direito Notarial e Registral, Rio de Janeiro: Fo-
rense, 2006.
6. LACERDA, J.C. Sampaio de. Curso e Direito Comercial Marítimo e Aeronáutico, 3ª edição, Rio de
Janeiro: Freitas Bastos, 1957.
7. MOTTA, Carlos Alberto. Manual Prático dos Tabeliães, Rio de Janeiro: Forense, 2006.
8. PARIZATTO, João Roberto. Serviços Notariais e de Registro, Brasília, DF: Livraria e Editora Bra-
sília Jurídica, 1995.
9. REZENDE, Afonso Celso Furtado de. Tabelionato de Notas e o Notário Perfeito: Direito de Pro-
priedade e atividade notarial, Campinas, SP: Copola Livros, 1997.
10. SANTOS, João Manuel de Carvalho. Código Civil Brasileiro Interpretado, vol. III, 13ª edição, Rio
de Janeiro: Freitas Bastos, 1986.
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Disciplina: Prática de Tabelionato de Notas
Prof.: Osvaldo Canela
Data: 13/01/2008
11. SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras Linhas de Direito Processual Civil, 21ª edição, São Paulo:
Saraiva, 2000.
12. TEPEDINO, Gustavo; BARBOSA, Heloísa Helena; MORAES, Maria Celina Bodin de. Código Civil
Interpretado conforme a Constituição da República, vol. I, São Paulo: Renovar, 2004.
ESCRITURA PÚBLICA
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Disciplina: Prática de Tabelionato de Notas
Prof.: Osvaldo Canela
Data: 13/01/2008
dificar ou renunciar direitos reais sobre imóveis de valor superior a 30 (trinta) vezes o maior sa-
lário mínimo vigente no país. CC, art. 108.
22.Hipóteses de indispensabilidade da escritura pública, sob pena de nulidade, previstas no Código
Civil:
a. Pactos antenupciais (arts. 1.653 e 1.640);
b. Constituição do direito de superfície (art. 1.369);
c. Outorga de procuração para celebrar casamento (art. 1.542) ou sua revogação (art.
1.542, § 4°);
d. Cessão do direito à sucessão aberta (art. 1.793, caput).
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Disciplina: Prática de Tabelionato de Notas
Prof.: Osvaldo Canela
Data: 13/01/2008
TESTAMENTO
8. Modalidades de sucessão: legítima e testamentária. Ambas podem coexistir. CC, art. 1.857, §
1°.
9. Direito intertemporal: a) a capacidade testamentária ativa é regulada pela lei vigente no mo-
mento da feitura do testamento; b) a eficácia jurídica das disposições testamentárias e a capa-
cidade testamentária passiva são reguladas pela lei vigente ao tempo da abertura da sucessão.
Disposições condicionais: lei vigente ao tempo da implementação das condições.
10.Limitações ao direito de testar: a) meação do cônjuge supérstite; b) legítima dos herdeiros ne-
cessários; c) pactos sucessórios; d) doação mortis causa; e) doação propter nuptias; f) testa-
mento conjuntivo; g) partilha inter vivos. CC, arts. 426,1.829, I, 1.849, 1.863 e 2.018.
11.Conceito de testamento: “ato revogável pelo qual alguém, de conformidade com a lei, não só
dispõe, para depois de sua morte, no todo ou em parte (CC, art. 1.857, caput), do seu patrimô-
nio, mas também faz estipulações extrapatrimoniais” (Maria Helena Diniz).CC, art. 1.858, in fi-
ne.
12.Características do testamento:
a. Revogabilidade;
b. Unilateralidade;
c. Gratuidade;
d. Solenidade;
e. Produção de efeitos causa mortis.
13.Estipulações extrapatrimoniais:
a. Reconhecimento de filhos naturais (CC, art. 1.609, III);
b. Nomeação de tutor para o filho menor ou neto (CC, arts. 1.634, IV, e 1.729, parágrafo
único);
c. Permissão ao filho órfão para convolar núpcias com o tutor (CC, art. 1.523, IV);
d. Reabilitação do indigno (CC, art. 1.818);
e. Deserdação de herdeiro (CC, art. 1.964);
f. Determinação sobre funeral; recomendação sobre o cumprimento de obrigações do tes-
tador; constituição de renda (CC, art. 803);
g. Estabelecimento de condomínio por unidades autônomas (Lei n° 4.591/64, art. 7°);
h. Instituição de fundação (CC, art. 64);
i. Substituição de beneficiário na estipulação em favor de terceiro (CC, art. 438, parágrafo
único);
j. Imposição de cláusulas restritivas (CC, art. 1.848).
14.Condições de validade jurídica do testamento:
a. Capacidade testamentária;
b. Inexistência de deserdação;
c. Observância das formalidades legais.
15.Capacidade testamentária ativa: a) maiores de 16 anos; b) os que tiverem pleno discernimento.
CC, arts. 1.860, 1.865, 1.866 e 1.867. Observações: a) surdos-mudos; b) pessoas jurídicas; c)
idade avançada; d) falência; e) analfabetismo; f) surdez; g) cegueira; h) enfermidade grave.
16.Capacidade testamentária passiva: todas as pessoas, físicas ou jurídicas, existentes ao tempo
da morte do testador e não havidas como incapazes. É, portanto, a regra. CC, arts. 1.798 e
1.799.
17.Incapacidade testamentária passiva absoluta:
a. Nondum conceptus: pessoa não concebida até a morte do testador;
b. Pessoas jurídicas de direito público externo.
18.Incapacidade testamentária passiva relativa:
a. Pessoa que, a rogo, redigiu o testamento (CC, art. 1.799, I);
b. Testemunhas do ato;
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SERVENTIAS NOTARIAIS – INTENSIVÃO SERVENTIAS
Disciplina: Prática de Tabelionato de Notas
Prof.: Osvaldo Canela
Data: 13/01/2008
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
13. BRANDELLI, Leonardo. Teoria Geral do Direito Notarial, Porto Alegre: Livraria do Advogado,
1998.
14. CENEVIVA, Walter. Lei dos Notários e dos Registradores Comentada (Lei n.º 8.935/94), São
Paulo: Saraiva, 2002.
15. DINIZ, Maria Helena. Curso de Direito Civil Brasileiro, 6° volume, 16ª edição, São Paulo: Sarai-
va, 2002.
16. JÚNIOR, Humberto Theodoro. Comentários ao Novo Código Civil, 2ª edição, vol. III, tomo II,
Rio de Janeiro: Forense, 2003.
17. PARIZATTO, João Roberto. Serviços Notariais e de Registro, Brasília, DF: Livraria e Editora Bra-
sília Jurídica, 1995.
18. REZENDE, Afonso Celso Furtado de. Tabelionato de Notas e o Notário Perfeito: Direito de Pro-
priedade e atividade notarial, Campinas, SP: Copola Livros, 1997.
19. SANTOS, João Manuel de Carvalho. Código Civil Brasileiro Interpretado, vol. III, 13ª edição, Rio
de Janeiro: Freitas Bastos, 1986.
20. SANTOS, Moacyr Amaral. Primeiras Linhas de Direito Processual Civil, 21ª edição, São Paulo:
Saraiva, 2000.
21. TEPEDINO, Gustavo; BARBOSA, Heloísa Helena; MORAES, Maria Celina Bodin de. Código Civil
Interpretado conforme a Constituição da República, vol. I, São Paulo: Renovar, 2004.
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