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Soldagem e Corte
Soldagem
de
Tubulações
ÍNDICE
INTRODUÇÃO .........................................................................
................. 1
FABRICAÇÃO DE DUTOSTERRESTRES.......................................................
3
FABRICAÇÃO DE DUTOS SUBMARINOS .....................................................
. 13
TUBOS API 5L ...................................................................
................... 26
QUALIFICAÇÃO DE PROCEDIMENTOS DE SOLDAGEM................................. 33
SOLDAGEM .......................................................................
.................... 55
ELETRODOS CELULÓSICOS OK PIPEWELD®............................................65
ELETRODOS BÁSICOS OK..............................................................
........80
TÉCNICAS DESOLDAGEMEPRÁTICASOPERACIONAIS..............................88
DEFEITOS: CAUSAS E SOLUÇÕES ........................................................
. 134
SOLDAGEM AUTOMÁTICA DE TUBULAÇÕES ............................................ 142
BIBLIOGRAFIA ...................................................................
.................. 158
Figura 5 -Curvadeira
SOLDAGEM DE TUBULAÇÕES
Concretagem de tubos e curvas
Nos cruzamentos, travessias de rios, brejos e áreas sujeitas a alagamento,
os tubos e curvas são concretados de forma a dar-lhes
maior proteção e peso (veja a Figura 6). A espessura do concreto é
calculada pelo pessoal de projeto em função do diâmetro do tubo, e
normalmente varia entre 25 mm e 75 mm. Antes de ser concretado, o
revestimento deve ser inspecionado e reparado, se for necessário.
Figura 10 -Travessia
Outras etapas
Proteção e restauração da faixa
Limpeza da linha e passagem de placa calibradora (pig)
Teste hidrostático
Identificação de pontos na faixa
Proteção catódica
Revisão do projeto as built
Condicionamento
SOLDAGEM DE TUBULAÇÕES
Capítulo 2
Fabricação de dutos submarinos
Os tubos empregados na fabricação de dutos submarinos são
revestidos com polietileno ou polipropileno para isolar a água do mar
da superfície da tubulação. Existem também dutos totalmente fabricados
em polipropileno ou material similar.
Figura 12 -Preparação
Quando o passe de raiz e o passe quente forem depositados
veja a Figura 13 , o duto será puxado por um cabo acoplado à extremidade
do primeiro tubo, até que a solda se alinhe com a segunda
estação de soldagem, onde se iniciam os passes de enchimento, ao
mesmo tempo em que o terceiro tubo nos racks é rolado para a linha
SOLDAGEM DE TUBULAÇÕES
de produção, recomeçando a atividade de acoplamento.
Figura 15 -Revestimento
Figura 19 -Reparos
SOLDAGEM DE TUBULAÇÕES
Quando o navio atracar, o primeiro stalk a ser bobinado é colocado
nos roletes centrais do rack de estocagem e então puxado ao longo
da linha até a estação de tie-in e em seguida até a popa do navio
(veja a Figura 20). A partir daí, o navio (veja a Figura 21 e a Figura
22) assume a operação de suspender o tubo pela rampa, indo até o
carretel, onde o tubo é acoplado por soldagem ou por cabo. O navio
começa então a bobinar o duto no carretel (veja a Figura 23, a Figura
24, a Figura 25 e a Figura 26), continuando até que a extremidade do
stalk esteja localizada na estação do tie-in, quando é interrompido o
bobinamento. O segundo stalk a ser bobinado é içado até os roletes
centrais dos racks de estocagem e movido até que sua extremidade
esteja na estação do tie-in. A junta é acoplada e são executados a
soldagem, os ensaios não destrutivos e o revestimento. O bobinamento
recomeça e continua conforme já descrito acima até que seja
bobinado o número necessário de stalks no navio.
O navio então zarpa da base para lançar o duto submarino no local
designado.
Durante o lançamento do duto no mar, o endireitador / posicionador
fica na posição vertical (veja a Figura 27). Nas extremidades de
cada duto são soldados flanges que, por sua vez, são acoplados ao
PLET (pipeline end terminator) veja a Figura 28).
SOLDAGEM DE TUBULAÇÕES
Figura 23 -Bobinamento
SOLDAGEM DE TUBULAÇÕES
Figura 24 -Bobinamento
Figura 25 -Bobinamento
SOLDAGEM DE TUBULAÇÕES
Figura 28 -PLET
SOLDAGEM DE TUBULAÇÕES
Capítulo 3
Tubos API 5L
De uma maneira geral, a norma API 5L especifica a composição
química, as propriedades mecânicas e o processo de fabricação dos
tubos empregados na montagem de dutos. Em termos de processo
de fabricação, os tubos podem ser classificados como soldados e
sem costura.
Os tubos soldados apresentam as seguintes variações quanto ao
processo de fabricação:
soldagem por arco submerso -SAW -solda longitudinal
soldagem por arco submerso -SAW -espiral
soldagem por resistência elétrica -ERW
A Figura 29, a Figura 30 e a Figura 31 apresentam de forma es
Esse eletrodo pode ser usado para soldar aços com altos valores
de carbono equivalente e/ou altos limites elásticos graças ao revestimento,
que garante valores de hidrogênio difusível abaixo de
5 ml/100 g e conseqüentemente torna praticamente inexistente o risco
de trincas a frio, permitindo também uma redução da temperatura de
pré-aquecimento requerida para os eletrodos básicos. Adicionalmente
a esses aspectos metalúrgicos e de produtividade, que são importantes
para os fabricantes, existe uma capacidade melhorada de solda
SOLDAGEM DE TUBULAÇÕES
gem. O excelente desempenho no início e reinício dos cordões, a fusão
constante e regular e o aspecto fino do cordão de solda em todas
as posições de soldagem são características de fundamental importância
para o soldador e asseguram uma alta produtividade.
A utilização de eletrodos básicos para a soldagem de gasodutos
é mais difundida entre os países europeus, existindo variações no
processo em função da disponibilidade de soldadores treinados e da
realidade econômica de cada país.
Soldagem semi-automática
Na constante busca por redução de custo e maior produtividade,
vários construtores têm optado pelos seguintes processos de soldagem
semi-automáticos:
Arames sólidos (GMAW / PGMAW -semi-automático)
Arames tubulares com alma metálica (GMAW / PGMAW -semiautomático)
Arames tubulares com alma não metálica (FCAW -semiautomático)
Arames sólidos
Com o desenvolvimento da soldagem com utilização de CO2 como
gás de proteção na antiga União Soviética em 1950, abriu-se o
caminho para a soldagem semi-automática de tubulações. O primeiro
gasoduto de longa distância soldado por este processo foi nos Estados
Unidos em 1961.
O principal motivo pelo qual o processo de soldagem semiautomático
com arame sólido não substituiu totalmente o processo
SOLDAGEM DE TUBULAÇÕES
com eletrodo revestido está relacionado à maior probabilidade de ocorrência
de falta de fusão e colagem nas juntas.
Para o passe de raiz com arame sólido, pode ser necessária a utilização
de acopladores internos com cobre-juntas de cobre. A realização
do passe de raiz por este processo com acopladores sem
cobre-juntas de cobre é possível, porém o grau de habilidade e a
necessidade de treinamento dos soldadores são maiores. Outra opção
encontrada no mercado é a realização do passe de raiz e do passe
quente com eletrodos celulósicos e o enchimento e o acabamento
com arame sólido pelo processo semi-automático.
O gás de proteção inicialmente utilizado era apenas 100% CO2,
mas as melhorias recentes da qualidade das cabines de proteção resultaram
na possibilidade de soldagem com misturas de argônio de
menor densidade que o CO2 e dióxido de carbono, sem risco de
perda de proteção gasosa.
Arames tubulares
Apesar das vantagens dos arames tubulares, como elevada taxa
de deposição (20% maiores que as obtidas com arames sólidos, podendo
ser obtidos valores maiores, dependendo dos parâmetros de
soldagem empregados) e menor susceptibilidade à falta de fusão, a
porcentagem de participação deste processo é pequena no segmento
de tubulações em relação aos demais. No entanto, apesar desta postura
conservadora, ao longo dos últimos anos o uso desse processo
tem apresentado significativa evolução.
Como mencionado no item anterior, o processo de soldagem semi-
automático por arame sólido não substituiu o eletrodo revestido
devido, principalmente, ao receio dos construtores quanto à possibilidade
de ocorrência de defeitos como a falta de fusão e colagem. Sob
o ponto de vista da soldagem com arames tubulares, uma das características
marcantes refere-se ao perfil do cordão de solda obtido com
SOLDAGEM DE TUBULAÇÕES
este processo. Como ilustrado na Figura 59, em função de o arame
tubular trabalhar com uma transferência de metal em finas gotas, distribuídas
em uma área maior, resultando numa melhor distribuição de
calor e fusão homogênea do metal de base, obtém-se um cordão de
solda com um perfil mais circular, o que minimiza a ocorrência da falta
de fusão ou colagem. Ao contrário, o arame sólido trabalha com uma
transferência centralizada em uma pequena área, resultando em uma
concentração de calor num ponto localizado, o que leva a um cordão
com boa penetração, mas com um perfil estreito, na forma de um dedo
(finger). À medida que se aumenta a intensidade de corrente, maior
é a tendência à formação de cordões de solda com esta forma, podendo
resultar em uma maior susceptibilidade à ocorrência de falta de
fusão. Como resultado, obtém-se na soldagem de tubulações com arames
tubulares uma redução no índice de defeitos comparativamente
à soldagem realizada com arames sólidos.
5L, 5LS, A
5L, 5LS, B
5LS, 5LX42
5LS, 5LX46
5LS, 5LX52 ·ø
·ø
ø
ø
5LX56 ·ø
·ø
ø
ø
5LX60 ·.
·.
.
.
5LX65 ·.
·.
.
.
5LX70 ·.
·.
.
.
5LX80 .
.
.
.
= OK 22.45P ø
= OK 22.46P .
= OK 22.47P .
= OK 22.48P
Tabela XI -Eletrodos celulósicos OK Pipeweld® recomendados para cada
passe por grau de tubo API
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Atividades
Após ter executado a preparação e o ponteamento, fixe a peça
na posição 2G (eixo vertical) veja a Figura 102.
Então faça o passe de raiz com eletrodos OK 22.45P de diâmetro
3,2 mm (veja a Figura 103 e a Figura 104).
O eletrodo deve ser mantido na horizontal com um ângulo de ataque
puxando de 5 -10°. Inicie o cordão a 50 mm do ponto, forme a
cratera buraco de fechadura e avance com um movimento de oscilação
similar ao empregado na posição 5G. Mantenha o eletrodo nas
bordas do nariz (veja a Figura 105 e a Figura 106).
Se a cratera tender a alargar-se, aumente o ângulo de ataque
puxando de 5°
para 10°
(veja a Figura 107). Se a ponta do eletrodo
for empurrada muito para dentro da junta, formar-se-ão mordeduras
ao longo da raiz e ocorrerão defeitos e penetração excessiva (veja a
Figura 108). Se o eletrodo não for empurrado suficientemente na jun
SOLDAGEM DE TUBULAÇÕES
ta, serão obtidas penetração incompleta e mordeduras nas superfícies
biseladas.
Atividades
Depois de ter executado a preparação e o ponteamento, fixe a
peça na posição 6G (eixo a 45°
com o plano horizontal) veja a
Figura 113. Os pontos devem ser aplicados nas posições 2, 5, 8 e
11 horas, quando possível.
Então execute o passe de raiz com eletrodos OK 22.45P de diâmetro
3,2 mm. Comece com o eletrodo na posição 6:30, no plano da
junta e perpendicular à direção de soldagem (veja a Figura 114).
Empregue um leve movimento de oscilação. A ponta do eletrodo
deve ser mantida nas bordas do nariz, porém sem exercer pressão
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sobre ele. Se a cratera tender a fechar, aplique um leve ângulo de ataque
puxando e/ou reduza a velocidade de soldagem. Se a cratera
tender a abrir, aplique um leve ângulo de ataque empurrando e/ou
aumente a velocidade de soldagem (veja a Figura 115).
A solda acabada
1
o
passe OK 22.45P =
4,0 mm OK 22.45P =
4,0 mm OK Autrod 12.51 =
1,0 mm
2
o
passe OK 22.46P/22.47P =
4,0 mm OK 22.46P/22.47P =
4,0 mm OK Autrod 12.51 =
1,0 mm
Enchimento OK 22.46P/22.47P =
5,0 mm OK Autrod 12.51 =
1,0 mm OK Autrod 12.51 =
1,0 mm
Acabamento OK 22.46P/22.47P =
5,0 mm OK Autrod 12.51 =
1,0 mm OK Autrod 12.51 =
1,0 mm
Tempos
Arco Aberto 64 minutos 41 minutos 25 minutos
Eficiência 35% 35% + 80% 80%
Tempo total 182 minutos 68 minutos 31 minutos
Custos (somente um exemplo)
Mão de obra: 34 Euro/hora
Eletrodos: 5 Euro/kg
Arame: 3 Euro/kg + 0,5 Euro/kg gás
Custo da mão de
obra 102 Euro 38 Euro 17 Euro
Peso da junta 2 kg 1,6 kg 1,2 kg
Custo dos
consumíveis 11 Euro 6 Euro 4 Euro
Custo total da
solda 113 Euro 44 Euro 21 Euro
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Defeitos e soluções
Passe oco
A radiografia pode mostrar como um canal oco dentro do primeiro
passe pode ser causado pela presença de sujeira no interior do tubo,
devido a um lixamento mal feito da parede interna do tubo próxima ao
bisel, por más condições do tempo que possibilitam que a água ou o
vapor d água atinja a solda enquanto o primeiro passe está sendo executado
ou por parâmetros de soldagem incorretos (corrente muito
alta e/ou vazão excessiva de gás, por exemplo).
Solução
Verifique a limpeza interna do tubo em toda sua circunferência,
por meio de lixamento manual (escovamento não é suficiente) a uma
distância de pelo menos 20 mm do bisel.
Sob más condições de tempo, a limpeza manual com trapos da
superfície interna de ambos os tubos a serem soldados imediatamente
antes do primeiro passe e antes da posição sobrecabeça (6:00) é a
melhor prática para afastar a água ou o vapor d água.
Verifique periodicamente os parâmetros de soldagem.
Falta de penetração
Apresenta-se como uma interrupção, talvez de comprimento considerável
ou em seções da parte interna do passe de raiz, que deveria
ser uniforme após o primeiro cordão de solda. Em tubos com diâmetro
suficientemente grande para permitir acesso interno, é visível a
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olho nu e, em alguns casos, pode-se ver o bisel intacto (é recomendável
um procedimento de soldagem para reparo imediato do defeito
pelo lado interno). Pode ser causado por geometria incorreta do bisel,
por parâmetros de soldagem incorretos, por acoplamento mal feito
(desalinhamentos excessivos) ou por falta de habilidade do operador.
Solução
Verifique o bisel, os parâmetros de soldagem, a rotação do tubo
(sempre compatível com a posição das soldas longitudinais, que devem
ser espaçadas de um certo comprimento) ou pelo emprego de
calços nos expansores do acoplador interno para reduzir os desalinhamentos.
Solução
Boa preparação da junta antes de executar o passe de acabamento:
os últimos passes de enchimento devem ser uniformes, perfeitamente
limpos e devem estar 1 mm abaixo da superfície do tubo para
permitir à poça de fusão do último passe espalhar-se suavemente
e criar um cordão de altura 1,0-1,5 mm na parte mais larga da junta.
Ao final da soldagem da junta, é aconselhável tomar as providências
necessárias para executar pequenos reparos manuais nos passes
de acabamento.
SOLDAGEM DE TUBULAÇÕES
Bibliografia