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BATALHA ESPIRITUAL

INSTITUTO DE TEOLOGIA LOGOS


PREPARANDO CRISTÃOS PARA A DEFESA DA FÉ
CURSOS DE TEOLOGIA 100% Á DISTÂNCIA

DISCIPLINA.

BATALHA ESPIRITUAL
(Organizado pelo Setor Acadêmico do ITL)

BRASIL, MA
Versão 2021

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BATALHA ESPIRITUAL

Pesquisa e Organização do Conteúdo:


Instituto de Teologia Logos, EA
Gráficos, Edição e Finalização:
Instituto de Teologia Logos, EEG

DADOS DE CATALOGAÇÃO INTERNA DA PUBLICAÇÃO – DCIP


CÓDIGO DCIP: 001-047-2021-1
CÓDIGO DISCIPLINA: ITLON47

LOGOS, Instituto de Teologia (ORG). BATALHA ESPIRITUAL.


MARANHÃO: PUBLICAÇÕES ITL, 2021. 95 pgs.

Instituto de Teologia Logos – Diretoria de Ensino


Barra do Corda - MA - Brasil - 65950-000
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SUMÁRIO

1 - INTRODUÇÃO ....................................................................................................................... 8
1.1. A NECESSIDADE DE BASES BÍBLICAS ............................................................................................ 10
2 - DEFININDO BATALHA ESPIRITUAL ...................................................................................... 13
2.1. SUA ORIGEM .......................................................................................................................... 14
2.2. DUAS FORÇAS CONTRÁRIAS: DEUS E O DIABO............................................................................... 15
3 - SOBRE OS ESPÍRITOS TERRITORIAIS .................................................................................... 18
3.1. “ESPÍRITOS TERRITORIAIS” À LUZ DAS ESCRITURAS ......................................................................... 19
3.2. A TERRA É DE SATANÁS ............................................................................................................ 21
3.3. O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE A TERRA SER DE SATANÁS? .................................................................. 21
3.4. RETALIAÇÃO ESPIRITUAL ........................................................................................................... 22
3.5. “RETALIAÇÃO ESPIRITUAL” À LUZ DAS ESCRITURAS......................................................................... 23
4 - “BRECHAS ESPIRITUAIS” ..................................................................................................... 27
4.1. O CONCEITO DE “BRECHAS” NAS ESCRITURAS ............................................................................... 27
5 - MÉTODOS DO DIABO NA GUERRA ESPIRITUAL ................................................................... 30
5.1. MAPEAMENTO ESPIRITUAL........................................................................................................ 30
5.2. O QUE A BÍBLIA DIZ SOBRE MAPEAMENTO ESPIRITUAL? ................................................................. 32
6 - ORAÇÃO DE GUERRA.......................................................................................................... 35
6.1. “ORAÇÃO” DE GUERRA À LUZ DAS ESCRITURAS ............................................................................. 36
7 - AS QUEBRAS DE MALDIÇÕES .............................................................................................. 41
7.1. MALDIÇÕES HEREDITÁRIAS........................................................................................................ 42
7.2. MALDIÇÃO EM OBJETOS ........................................................................................................... 43
7.3. MALDIÇÃO EM LUGARES ........................................................................................................... 44
7.4. O PODER DAS PALAVRAS .......................................................................................................... 45
7.5. ESPÍRITOS FAMILIARES.............................................................................................................. 47
7.6. ÁRVORE GENEALÓGICA............................................................................................................. 49
7.7. OUTROS PROCEDIMENTOS PARA SE QUEBRAR A MALDIÇÃO ............................................................ 50
7.8. A MALDIÇÃO HEREDITÁRIA À LUZ DAS ESCRITURAS - ETIMOLOGIA DA PALAVRA “MALDIÇÃO” ................ 51
7.9. A MALDIÇÃO E SATANÁS .......................................................................................................... 52
7.10. FAZER ÁRVORE GENEALÓGICA PARA QUEBRAR MALDIÇÃO É BÍBLICO? .............................................. 54
7.11. ESPÍRITOS FAMILIARES À LUZ DAS ESCRITURAS .............................................................................. 55
8 - O MÉTODO BÍBLICO DE BATALHA ESPIRITUAL .................................................................... 57
8.1. A PREGAÇÃO DO EVANGELHO .................................................................................................... 57

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8.2. INTERCESSÃO .......................................................................................................................... 58


8.3. AS ARMAS DE DEFESA .............................................................................................................. 59
8.4. A ARMADURA DE DEUS ............................................................................................................ 59
8.5. A VERDADE ............................................................................................................................ 59
8.6. A JUSTIÇA .............................................................................................................................. 60
8.7. O EVANGELHO DA PAZ ............................................................................................................. 60
8.8. A FÉ ..................................................................................................................................... 60
8.9. SALVAÇÃO ............................................................................................................................. 61
8.10. A PALAVRA DE DEUS ................................................................................................................ 61
9 - OS BENEFÍCIOS DO MOVIMENTO DE BATALHA ESPIRITUAL ................................................ 64
9.1. ALERTA À GUERRA ESPIRITUAL ................................................................................................... 64
9.2. ÊNFASE NO EVANGELISMO ........................................................................................................ 64
9.3. ÊNFASE NA ORAÇÃO ................................................................................................................ 64
10 - QUATRO PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS PARA A VERDADEIRA GUERRA ESPIRITUAL ......... 66
10.1. DEUS É SOBERANO ABSOLUTO DO SEU UNIVERSO ......................................................................... 66
10.2. AS COISAS DE DEUS SÓ PODEM SER CONHECIDAS PELAS ESCRITURAS ................................................ 71
10.3. O HOMEM É UM SER DECAÍDO E DEBAIXO DO JUSTO JUÍZO DE DEUS ................................................ 77
10.4. SE ALGUÉM ESTÁ EM CRISTO É UMA NOVA CRIAÇÃO ..................................................................... 85
10.5. O PECADO É ATRIBUÍDO À NATUREZA DECAÍDA DO HOMEM ........................................................... 89
10.6. FALTA COMPROVAÇÃO BÍBLICA DA DEMONIZAÇÃO DE CRENTES ....................................................... 89
11 - A QUEBRA DE MALDIÇÕES .............................................................................................. 92
11.1. A TRANSMISSÃO GENÉTICA DE DEMÔNIOS ................................................................................... 92
11.2. O PODER ABENÇOADOR E AMALDIÇOADOR DAS PALAVRAS ............................................................. 92
11.3. A NECESSIDADE DE QUEBRAR ESSAS MALDIÇÕES .......................................................................... 92
11.4. USO PARCIAL DA EVIDÊNCIA BÍBLICA ........................................................................................... 93
11.5. MINIMIZAÇAO DOS EFEITOS DA OBRA DE CRISTO........................................................................... 94
11.6. NOSSO PROPÓSITO .................................................................................................................. 94

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APRESENTAÇÃO

Seja bem-vindo(a), caro(a) aluno(a)!


Parabéns pela sua decisão de transformação, pois isso também
mostra o quanto você está compromissado em contribuir com a
transformação da igreja e da sociedade onde você está inserido.
O Instituto de Teologia Logos estará acompanhando você durante
todo este processo, pois “os homens se educam juntos, na transformação
do mundo”.
Os materiais produzidos oferecem linguagem simples, completa e de
rápida assimilação, contribuindo para o seu desenvolvimento bíblico,
teológico e ministerial, para desenvolver competências e habilidades e
aplicar os conceitos, fundamentos e prática na sua área ministerial,
possibilitando você atuar em favor do Reino de Deus com mais excelência.
Nosso objetivo com este material é levar você a aprofundar-se no
conteúdo, possibilitar o desenvolvimento da sua autonomia em busca de
outros conhecimentos necessários para a sua formação bíblica, teológica
e ministerial.
Portanto, nossa distância nesse processo de crescimento e
construção do conhecimento deve ser apenas geográfica. Utilize todos os
materiais didáticos e recursos pedagógicos que disponibilizamos para
você. Acesse regularmente a Área do Aluno, participe no grupo online
com o tutor online que se encontra disponível para sanar suas dúvidas e
auxiliá-lo(a) em seu processo de aprendizagem, possibilitando-lhe trilhar
com tranquilidade e segurança sua trajetória acadêmica.

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AULA
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1- INTRODUÇÃO
As igrejas do mundo todo têm sido desafiadas nestas últimas três décadas a dar
respostas às ênfases de um movimento dentro das suas fileiras que ficou conhecido como
"movimento de ‘batalha espiritual’". O nome em si já sugere do que se trata: é um
movimento cuja ênfase maior é na luta da Igreja de Cristo contra Satanás e seus demônios,
conflito este de natureza espiritual, quanto aos métodos, armas, estratégias e objetivos.
Esse crescente interesse em círculos evangélicos por Satanás, demônios, espíritos
malignos, e o misterioso mundo dos anjos, corresponde ao surto de misticismo atual, um
interesse crescente no mundo nos dias de hoje pelos anjos maus e bons, e pelo oculto.
Mas não somente no mundo, dentro da própria igreja cristã assistimos o crescimento
vertiginoso da busca pelo miraculoso e sobrenatural, na esteira do neopentecostalismo.
Por neopentecostalismo quero dizer aqueles movimentos surgidos em décadas recentes,
que são desdobramentos do pentecostalismo clássico do início do século, mas que
abandonaram algumas de suas ênfases características e adquiriram marcas próprias, como
ênfase em revelações diretas, curas, batalha espiritual, e particularmente uma maneira de
encarar a realidade espiritual.
Esse movimento é caracterizado por uma leitura das Escrituras e da realidade sempre
em termos da ação sobrenatural de Deus. Deus é percebido somente em termos de sua
ação extraordinária. Assim, para o neopentecostal típico, Deus o guia na vida diária através
de impulsos, sonhos, visões, palavras proféticas, e dá soluções aos seus problemas sempre
de forma miraculosa, como libertações, livramentos, exorcismos e curas. A doutrina que
caracteriza, mais que qualquer outra, as igrejas evangélicas no Brasil hoje, é a crença em
milagres. É claro que não estou dizendo que crer em milagres seja errado. O que estou
dizendo é que, na hora em que a crença em milagres contemporâneos e diários passa a ser
a característica maior da igreja evangélica, algo está errado.
A hermenêutica sobrenaturalista do neopentecostalismo representa um desafio para
a uma das doutrinas típicas da tradição reformada, que é a providência de Deus. Partindo
das Escrituras, os reformados usam o termo providência para se referir à ação de Deus,
pelo seu Espírito, agindo no mundo através de pessoas e circunstâncias da vida para atingir
seus propósitos. Esses meios não são intervenções miraculosas ou extraordinárias de Deus
na vida humana, mas simplesmente meios naturais secundários. Reconhecemos que Deus
intervém miraculosamente neste mundo, mas sempre em regime de exceção.
Normalmente, ele age através dos meios naturais.
O neopentecostalismo, por enfatizar a ação sobrenatural e miraculosa de Deus no
mundo (a qual não negamos, diga-se), acaba por negligenciar a importância da operação
do Espírito Santo através de meios secundários e naturais. Essa negligência torna-se mais

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séria quando nos conscientizamos que o Espírito normalmente trabalha através de meios
secundários e naturais para salvar os pecadores. Acredito não ser difícil de provar que a
esmagadora maioria dos cristãos foram salvos através de meios naturais – como o
testemunho de alguém, a leitura da Bíblia, a pregação da Palavra – e não através de
intervenções miraculosas e extraordinárias, como foi a conversão de Paulo.
Como resultado do sobrenaturalismo neopentecostal, as igrejas reformadas por ele
afetadas tendem a considerar os meios naturais como sendo espiritualmente inferiores.
Um bom exemplo é a tendência de considerar o tomar remédios como falta de fé por
parte do crente adoentado. Um outro resultado é a diminuição da pregação do Evangelho
como meio de salvação dos pecadores, e a ênfase na realização de como meio
evangelístico. Assim, a obra do Espírito na Igreja e no mundo através dos meios naturais
secundários é negligenciada, com graves e perniciosos efeitos nas vidas dos que abraçam a
cosmovisão neopentecostal.
As conseqüências desta maneira de ver a realidade espiritual são sérias para a área
do conflito da igreja contra as hostes das trevas, pois a concebe apenas em termos do
sobrenatural, negligenciando o ensino bíblico de que Satanás procura atingir a Igreja de
Cristo através da carne e do mundo – meios que não são necessariamente sobrenaturais.
Conquanto devamos dar as boas vindas a todo e qualquer movimento na Igreja que
venha nos ajudar a melhor nos preparar para enfrentar os ataques das hostes malignas
contra a Igreja, este movimento polêmico tem trazido algumas preocupações sérias a
pastores, estudiosos e líderes evangélicos no mundo todo, não somente das igrejas
evangélicas históricas, como até mesmo de igrejas pentecostais clássicas.
Mesmo organizações internacionais, como o Comitê de Lausanne para Evangelização
Mundial, têm expressado suas preocupações com os ensinos deste movimento, numa
declaração do seu Grupo de Trabalho feita em 1993, em Londres.
Existem várias razões para essa preocupação. Uma delas é que o movimento, onde
tem ganhado a adesão de pastores e comunidades, tem produzido um tipo de cristianismo
em que a atividade satânica se tornou o centro e mesmo a razão de ser da existência
destes ministérios e igrejas. Nestes casos, embora geralmente as doutrinas fundamentais
da fé cristã não tenham sido negadas (há exceções), elas são, via de regra, relegadas a
plano secundário, desaparecendo do ensino e da liturgia. O que resulta é um cristianismo
distorcido, deformado, onde doutrinas como a salvação pela fé somente, mediante o
sacrifício redentor, único e expiatório de Cristo. A doutrina da pessoa de Cristo, sua
mediação e ofícios, e doutrinas como a da queda, da depravação do homem, da
santificação progressiva mediante os meios de graça, são negligenciadas. Não é que estas
igrejas e os proponentes do movimento neguem necessariamente estes pontos; mas
certamente não lhes dão a ênfase necessária e devidas, que recebem nas próprias

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Escrituras. O fato é que o movimento de "batalha espiritual" tem produzido o surgimento


de novas igrejas (e mesmo denominações) cujo ministério principal é a expulsão de
demônios e a "libertação" de crentes e descrentes da opressão demoníaca a todos os
níveis (espiritual, moral e física, bem como geográfica, estrutural e social). Mas não
somente isto — as idéias e práticas difundidas pelo movimento tem se infiltrado nas
igrejas históricas, cativando muitos dos seus pastores, oficiais e membros.

1.1. A Necessidade de Bases Bíblicas

A melhor maneira de abordarmos assuntos polêmicos é colocá-los dentro de seus


contextos maiores. Se tivermos a visão do todo, poderemos com mais exatidão entender
suas partes. Por exemplo, uma pessoa que tenta achar um endereço numa cidade
simplesmente procurando as placas com o nome das ruas pode acabar desorientada e
perdida. Se ela porém tiver um mapa, que lhe dá uma visão mais ampla da área onde ela
se encontra, e mostra as ligações entre as ruas, poderá mais facilmente encontrar seu
destino. Da mesma forma, quando colocamos o tema do confronto da Igreja com as hostes
das trevas dentro de um contexto maior, e percebemos as ligações com outras áreas
teológicas, podemos melhor entendê-lo.
Em termos do conhecimento teológico global, o assunto não pertence a uma área
somente. Quando falamos da polêmica entre salvação pela fé e/ou pelas obras, facilmente
identificamos que o assunto pertence à área de soteriologia, ou seja, o estudo da salvação,
uma área da enciclopédia teológica. Se tivermos uma boa compreensão dos princípios e
fundamentos que orientam a soteriologia, poderemos mais facilmente entender tudo o
que está envolvido nessa polêmica. Mas a luta entre a Igreja e Satanás não se enquadra
em uma área somente, muito embora a demonologia bíblica, que por sua vez é um
departamento da angelologia, (o estudo dos anjos bons e maus) certamente seja a
principal área afim. O fato é que os ensinos e práticas da "batalha espiritual" levantam
questões sérias relacionadas com diversas áreas do nosso conhecimento de Deus.
Quando, por exemplo, alguns dos defensores do movimento falam de Satanás como
se fosse um poder independente, autônomo e livre para fazer o mal neste mundo, está
indiretamente entrando na área que trata dos decretos de Deus e da sua maneira de
governar o mundo. Ainda, quando alguns revelam possuir informações extra bíblicas sobre
o mundo invisível dos anjos e demônios – como por exemplo, o nome de determinados
demônios e os locais geográficos onde supostamente habitam – está entrando na
epistemologia, ou teoria do conhecimento. Essa área trata do modo pelo qual conhecemos
as coisas ao nosso redor, inclusive o acesso humano ao conhecimento do mundo espiritual
invisível, onde habitam e atuam os seres espirituais como anjos e demônios.
Semelhantemente, quando todo tipo de mal que existe no mundo, quer moral ou

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circunstancial (como doença, dor, desemprego, etc.) é atribuído aos demônios, levanta-se
a antiga discussão acerca da origem dos males e sofrimentos neste mundo presente. E
quando é dito que os cristãos podem ser possuídos por um espírito maligno (ou ficar
demonizados, para usar um termo mais em voga), estamos de volta à soteriologia – ou
seja, qual a situação dos salvos diante dos ataques de demônios – e entramos também na
cristologia, indagando qual a relação entre a obra vitoriosa e consumada de Cristo e a
atividade satânica no presente.
Quando procuramos entender os conceitos da "batalha espiritual" a partir de
princípios gerais que controlam as diversas áreas abrangidas pelo tema, poderemos ter
alguns trilhos sobre os quais poderemos conduzir o assunto. No que se segue, procuro
analisar quatro desses princípios que têm importância fundamental para ele: a soberania
de Deus, a suficiência as Escrituras, a queda da raça humana e a suficiência da obra de
Cristo. Acredito que se forem compreendidos adequadamente pelos leitores, funcionarão
como balizadores seguros pelos quais poderão prosseguir com maior certeza no conflito
diário que enfrentamos contra as hostes espirituais da maldade.

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2- DEFININDO BATALHA ESPIRITUAL


A Bíblia está repleta de relatos de batalhas, guerras, confrontos e todo tipo de coisas
que denotam conflitos. Só para termos uma idéia de como este assunto é tratado em
grande escala nas Escrituras, a palavra “batalha”- assim como foi traduzida- encontra-se
em cinqüenta trechos das Escrituras. A palavra sinônima “guerra”, encontra-se em
duzentos e oito versículos. São referências que descrevem a luta entre nações, pessoas
individuais, Deus e o homem, o homem cristão e a sua velha natureza, a Igreja e o mundo,
a Igreja e o diabo.
Esta última a ser referida, revela-nos uma espécie de guerra que é bastante diferente
da que estamos acostumados a ver nos noticiários de T.V, mas, não menos horrenda e, até
mais terrível: a Batalha Espiritual.
Em Ap. 12:4, encontramos a referência à primeira batalha espiritual que foi travada:
“arrasta a terça parte das estrelas do céu, as quais lançou para a terra”. Esta é uma
referência de João a Satanás que rebelou-se contra Deus e arrastou consigo a terça parte
dos anjos. Desde então, nós vemos, através da Bíblia, Satanás fazendo guerra contra Deus
e o Seu povo:
“Então ele me mostrou o sumo sacerdote Josué, o qual estava diante do anjo do
Senhor, e Satanás estava à sua mão direita, para se lhe opor”. (Zc. 3:1).
Encontramos, também, citações da batalha que o crente deve fazer contra Satanás:
“..não deis lugar ao diabo”. (Ef. 4:7); Revesti-vos de toda armadura de Deus para que
possais estar firmes contra as astutas ciladas do diabo”. (Ef. 6:11). Em Tg 4:7, está escrito:
“Sujeitai-vos, portanto, a Deus; mas resisti ao diabo, e ele fugirá de vós”. Esta palavra
“resisti”, a qual Tiago refere-se, no grego é “anqi(sthte”, ela é derivada de ”anqi)sthmi”,
que traduzido é “colocar-se contra, opor-se, permanecer firme”. Esta palavra é aplicada da
mesma forma- o combate que o crente deve fazer ao diabo- em, pelo menos, mais duas
formas no Novo Testamento: Ef 6:13 e 1 Pe 5:8,9. Isso denota, de forma direta, uma luta
espiritual que está se travando. Sobre isso, Paulo Romeiro comenta de forma plausível: “A
Bíblia fala muitas vezes sobre tal conflito. Sim, existe uma contínua e intensa batalha entre
a luz e as trevas, entre Cristo e Satanás, entre a Igreja e o inferno”.
“Precisamos nos guardar contra dois perigos extremos. Não podemos tratá-lo com
muita leviandade, para não subestimar seus perigos. Por outro lado, também não
podemos nos interessar demais por ele.”

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2.1. Sua Origem

Na religião, existem várias posições a respeito do assunto de demônios. Existem


aqueles que se mantêm céticos a respeito da crença em demônios e, categoricamente,
afirmam que isto é coisa da idade média ou superstição. O teólogo católico, especialista
em demoniologia e parapsicologia, Oscar Quevedo, disse o seguinte sobre o diabo:
“Tudo o que foi dito sobre ele está no paganismo… Falar em línguas, ter uma força
descomunal e outras atitudes que indicam que alguém está possuído pelo demônio, tudo
isso pode ser explicado pela psicologia ou pela parapsicologia.”
Existem outros que crêem na existência dos demônios, mas mantêm indiferença a
respeito do assunto. Aqui no Brasil, principalmente, está havendo uma super-valorização
deste tema. Na novela global: “suave veneno”, está uma curiosidade: o diabo, personagem
vivido pelo autor Aguinaldo Silva. Para vencê-lo, tem o paranormal Uálber, personagem
vivido pelo autor Diogo Vilela.
Os autores do trama, apostaram no “carisma” do diabo, no meio brasileiro. Aguinaldo
Silva, chegou a dizer o seguinte: “ No Brasil, as pessoas acreditam que o diabo realmente
interfere em nossa vida, mais até do que os santos.” Sim, esta é uma realidade brasileira, o
espiritualismo. No entanto, também nos círculos evangélicos, atravessa-se uma onda de
super-valorizão de anjos e demônios. Estão sendo promovidas reuniões de guerra,
libertação, “poder”. Seminários sobre batalha espiritual são comuns.
As livrarias foram invadidas por uma série de livros que tratam deste tema. Livros que
têm exercido grande influência no meio evangélico como o de Frank Peretti, Este Mundo
Tenebroso (Editora Vida).
A esta ênfase dada aos demônios, pelo menos aqui no Brasil, atribuímos a
responsabilidade a um pastor norte americano chamado C. Peter Wagner. Ele é autor de
trinta livros e é a atual autoridade no campo de guerra espiritual. Em seu livro intitulado
Oração de Guerra (Ed. Unilit), ele nos conta como foi originado este movimento de guerra
espiritual.
Peter Wagner é representante do Movimento de Crescimento da Igreja, fundado por
Donald MacGavran, em 1955. Em 1980 começou a interessar-se sobre as dimensões
espirituais do crescimento eclesiástico. Em 1989, percebeu que o evangelismo funciona
melhor quando é realizado através de oração e que Deus tem dotado certos indivíduos que
se mostram incomumente poderosos no ministério da intercessão.
Pensando sobre a idéia de como conciliar evangelismo e intercessão, Peter Wagner
reuniu um grupo de cinqüenta intercessores para orarem em um hotel, localizado em
frente do local onde seria o segundo congresso de Lausanne.

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Durante esta intercessão, Peter Wagner diz que recebeu de Deus o que denominou
de “parábola viva”. Ele deu esse nome a um acontecimento durante a intercessão. Uma
das intercessoras, Juana Francisco, foi acometida de uma crise asmática, rapidamente
levaram-na às pressas para o hospital. Esperando a recuperação da amiga no hospital,
outras duas intercessoras, Mary Lance e Cidy Jacobs, tiveram uma mensagem que logo
identificaram como sendo de Deus. Juana Francisco havia sido atacada por um espírito da
macumba. Recebendo a revelação, as duas intercessoras fizeram uma oração quebrando o
poder do demônio enquanto, no mesmo momento, Bill Bright, estava com a enferma
orando em prol da cura. O que aconteceu foi que no mesmo momento a mulher ficou boa.
Peter Wagner interpretou este episódio como sendo uma lição de Deus ao Seu povo.
A partir daí ele tomou para si os seguintes princípios:
 A evangelização do mundo é uma questão de vida ou morte;
 A chave para a evangelização do mundo consiste em ouvirmos a Deus e
obedecermos àquilo que tivermos ouvido. “Elas sabiam que Deus queria que a
maldição fosse anulada, pelo que entraram em ação”;
 Deus usará a totalidade do corpo de Cristo para completar a tarefa da
evangelização do mundo.
Naquela mesma conferência de Lausanne, em Manila, foram abordados os temas de
espíritos territoriais e da intercessão espiritual em nível estratégico.
O interesse sobre o assunto cresceu e foi organizado um grupo de pessoas que se
interessavam por guerra espiritual. Peter Wagner tornou-se o líder deste grupo que
posteriormente foi denominado de “Rede de Guerra Espiritual”. Entre os membros deste
grupo podemos mencionar Larry Lea, John Dawson, Cindy Jacobs e Edgardo Silvoso.

2.2. Duas Forças Contrárias: Deus e o Diabo

O termo “dualismo” é uma transliteração da palavra latina “dualis” , que quer dizer
aquilo que contém dois. Esta expressão foi cunhada para transmitir a idéia do
Zoroastrismo, que é a crença em um poder bom, chamado Ormazd, e um poder mal,
chamado Ahriman. Neste sistema, acredita-se que existem duas forças opostas: a boa e a
má. Estes poderes estão sempre em conflito entre si, podendo resultar em vitórias
temporárias, de um lado ou de outro. Apesar destas vitórias, nunca nenhum dos dois
deixarão de existir.
Agora que sabemos o que é dualismo, vejamos algumas declarações: “Estamos em
guerra! É a guerra de todas as guerras… a grande batalha espiritual entre Deus e o diabo

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