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conse $503 a. aquisicéo: CO. varon: 38,90 a Dados Internacions ‘Amaen do Cataloyngfio na Livro, 6 Ménica Pereira dos Santos * Marcos Moreira Paulino (Orgs.) «+ Margaret Mi Simone Santos * Inclusao em Educacao: Culturas, Politicas e Praticas Digitalizado com CamScanner 107 Inclusdo na educacao: uma reflexao critica da pratica Bianca Fatima Cordeiro dos Santos Fogli* Lucindo Ferreira da Silva Filho** aria Neves dos Santos de Oliveira*** Margareth \ Este capitulo pretende contribuir para as discussées a respeito da inclusio na educagao ¢ o desafio a que esta pritica nos remete. Este tra- balho 6 fruto das reflexdes realizadas na pritica de pesquisa desenvolvi- dana UFRJ, sob a coordenagio da profa. dra. Ménica Pereira dos Santos a Tespeito da temati a inclusao na educagio. A pesquisa intitulada “R Para uma Educagio Inclusiva” em uma de suas etapas buscou analisar 0 ignificando a formagao de professores —— * Mestre em Educagio/UERJ, especialista em Educagio Especial/UFF, MBA em Gesto/ FGY, Prdsgosa/UFRJ, coondenadora de Programa de Inclusio na Educacio da Faetec, Supervisora Educa- SeraldaSME de Duquede Caxias, professorae pesquisidorada Ucam,e-mail:biancaucam@bol.com br tag” Mttando em Educagio/ Universidade Esticio de Si, especalista em Educacio Especia!/ ni8)-pedosog0,/UER), consultor de Educagio Especial professor de ensino superior, gerente do “arama de Incluso na EducagSo da Faetec, e-mail: professorlucindoGbol.com br : Mestre em Educaga psicopedagoga/Ucam, Pedagoga cespecialista em Educagio ng A UERI, Sauer poral na Educagio da Faetec, professora do. 1.2 S8Petior © da SME/RJ, tutora de Educagio a Distancia do Cederj/Cecier), e-mail: S283 2005@yahoo.com br Digitalizado com CamScanner iversidade hi a busca da relagio entre a is ¢ metodolégicos. 8 questao da diver- icamos que as mesmas ica, dando énfase a aspectos conce ans sobre a referi rncias da LDBI Adiscussa cis p modernoda v a glob mundo. A velocidade crescente que envolve as comunicagies, 0s mercados, a trocas de idéias e imagens na trans o deste nos impdem a dissolugao de frontei A todo o momento se estabelecem tensos a homogeneidade ea diversidade, o real : Vivemos sob o signo + das inovagdes teenoligicas, principalmentecom fica as nogdes de tempo e espaco no todos 0s ni proceso que m 05 fluxos de capitais io do final século XX e ras ¢ barreiras proteci dislogos entr vo de garantir, democrat a inclusiva é assumida 9% 0 campo educacional, a opgio pel chamada Declaragio de Salamanca, resultado da Conferéncia Mundial é¢ de 1994, documento claborado por representantes 5 organizacies internacionais, reunidos nacidade deSala, entre7 ¢ 10 de unho de 1994. © documenta defende que Famesmacducaggo ¥criangas, adaptando-se as necessidades das mesmas,com be. mar o direito de todas as pessoas & educacio, como previsto ‘acio Universal dos Direitos Humanos de 1948, e renovando o munidade mundial na Conferéncia Mundial de Educagio ,pendente de suas diferencas particulares. ru Decl Fmpenho da co" para Todos, inde} Odireito de toca crianga & educagio 60 principio fundamental desta 1a de agio”, 0u Seja, a de que as escolas devem aceitar todas as crian- lependentemente de suas condigbes fisias, intelectuais, soc cas ¢ outras. Prevé ainda um novo conceito sobre as pessoas com necessidlades especiais e apresenta diretrizes de agio de um ica e organizagao, fatores escolares, contratagio e for- docente, servigos externos de apoio, éreas prioitarias, :) e termina com dire- magio do pesso: participagio da comunidade e recursos necessari 1s de ago para planos regionais ¢ intemnacionai Historicamente, a Educagio Especial tem concentrado esforgos no sentido de integrar pessoas com deficiéncias no sistema de ensino. Com o ‘a educagio especial, obrigatoriamente, encon- tr-seem fase de redefinicao de seu papel, frente as exigencias deste novo Acteditamos que este ¢ o momento de compreender que nio cabe ‘maisadicotomia “especial x regular’, visto quedevemos encontrar oeq fri, como aponta Saviani (1981) coma teoria da “curvatura da vara". Diferenciar o proceso de integragio do processo de inclusio ndo é ss tuma questio conceitual, pois apesar de ambos almejarem 295°" ne diferenga, partem de premissas distintas. Portanto, niocs ea Za¢%0 a favor ou contra, ainda tio comum nas praticas es lares. Pe acordo com Velho (2003: 131), estranhamento & “o process “ 0 familiar tornando possivel quando somoscapazes deo I int des e in- ‘electualmente, e mesmo emocionalmente, diferentes versbes& te *Ptetacies ov ‘ses existentes a respeito de fatos”- Digitalizado com CamScanner Considerando que para se pensar umta proposta inclusiva énecessg. rio um “estranhamento” da realidad, como sinalizam os antropélogos, parafraseando Rubem Alves, atilizaremos 0 recurso de uma fabuta, por testa nos instigar a refletir sobre questdes complexas de forma simples ¢ prazerosa. Uma fabula Certa ves 0s animaisresoleeram preparar seus fllos para enfrentar as dif. ‘culdades do mundo atuale, por isso, organizaram uma escola, Adotaraa tum cure riculo pritico que constaca de corrida, scalada, natagio e vo. Para factitar 0 ensino, tados os alunos deveriam aprender todas as matérias Oppato,exinio em natago (melhor mesmo que professor) conseguit notas reguares ena, maseraaluno facoem corridas eescalada. Para compensa esta fraqueza ficava retid naescla too dia, fazendo exerccios extras. De tanto te- nar corrida ficou comos pésterrvelmente esfoladose, por sso, nfoconseguuia mais nnadar como antes. Entretanto, com o sistema de méiia aritmética das notas nos ‘irias cursos, ele conseguin ser um aluno sofrvel, e ninguém se preocupou com 10 caso do pobre pat, Occelho erae cThoraluno do curso decorrida, mas sofreu tremendamente «-acabou com esgotamento nervoso, de tanto tentar natagao, O esquilosubiatremendamente,conseyuindo belasnotas no curso de esc lata, mas ficou frustrado no wo, pos o professor oabrigavn a voar de bao part ima ¢ cle insista em usar 0s seus métodos, isto é, em subir nas éroores e voar de {parao cio. Eetevequese esfrcar tanto em natacioque aca por passar co ‘nota minima en escalada,sando-e mediocremente em corvida, Adiga oi ua crianga problema, ddocurso, porque usava miétedosexclusn ims drvores. Nofim doano, «melhor méitia em tds os, Severamiente castigada desde o principio woslela fosse paraatravessaroriooustbit ‘uma dguia anormal, que tina nadadeiras, conseg\it cursos foi a oradora da turma, Os ratos eos ees de caga nao entraram 11a escola porque a administra se recusou a incluir das matérias rledleceeerates {me eles julgaoam importantes, como €6@- ustotsnento in artocase escolheresconderijos.Acabaram porarir umaescla particular junto amas marmotase, desde o principio conseguiram grande sucesso. (Autoria sem identificagao) Uma perspectiva critica da pratica escolar na escola inclusiva: Diferenciando inclusao de integracdo A fabula retrata de forma fidedigna e caricaturada modelo de edu- cagio utilizado em nossa cultura escolar e nos convida arefletirse, de fao, essa forma de agir contempla nossos propésitos. Observamos, como na fabula, que a escola vem se organizando em toro da homogeneidade dos sujeitos e da universalizacdo de saberes, desconsiderando as diferengas de classe, etnia, género e cultura, estando despreparada para receber adequadamente os alunos reais. ‘Quem de nés, em algum momento de nossa trajetsria escolar, nio se identificou com os personagens da hist6ria? aoconhecimen- A fragmentagiodocurriculoem disciplinasespeci toc faz do contetido um fim em si mesmo. {A fabula nos clarifica a compreensio dos diferentes procedimentos nas perspectivas integracionistae inclusivista e nos desafios a que estas riticas nos remetem. Apesar de ambas as concepgdes pri aceitacio da diferenga, partem de premissas distintas. Na perspectiva da integracio, 0 papel do aluno éseadequar& estru- tura vigente, aceitando as normas expostas pelo sistema, sendo conside- radoobjetodocurriculo.Oalunotemqueseadaptaraoseuambiente,como se ele “Fosse culpado” de suas dificuldades,e apenas a ele coubesse ares- ponsabilidade de se adaptar 3 escola Para Mantoan (1997: 235): rem pela oa idéia de que a pessoa com deficiéncia deve padres vigentes na sociedade, para que possa consegiientemente, ser aceita A integragao traz consig ‘modificar-se segundo os fazer parte dela de maneira produtiva &, Digitalizado com CamScanner Jno de qual ado se Pritico e fun- aten= ida vez mais : impe- ue nao se pode fa- le aS pessoas a gostar umas das outras e respeitar suas diferengas, Integraga mente o relacionamento entre seres humanos (Gl a levarmos em conta 0 aspecto psicossoxial, corre-se 0 reduc 1m processo espontineo e sent jo que fazer tantas coisas sem significado, tendo que aceitar como pretexto que icas 05 ajudariam a enfrentar os problemas do mundo atual? objeto do curriculo, e cabe ao professor nar as matérias consideradas relevantes, tendo como base 0 foco no ©comportamento para Educagio Especial ¢ um grande eq légica da Educagio emnada colaborando no sentido de atender ds reais necessidades individu: Ainda refletindosobrea fabula, pensara insercio dos ratose dos caes decaga na escola desta forma ¢ apostar no fracasso, a comegar pelo siste~ ma de avaliagio que se resume em média aritmético. Assim sendo, eles jamais teriam seus saberes reconhecidos, porque escavar tocas ¢ escolher «sconderijos nao seriam percebidos como conhecimentos relevantes na- qwele contexto. Embora saibamos que toda regra tem sua excecio, muitos de nés, ducadores, por termos sido formados universal e homogeneamente, por Vezes conseguimos perceber estas diferengas, quase que de forma intuiti- © tentamos buscar alterativas. Digitalizado com CamScanner Especial tradicional. serviriam como suporte instrumental para apoiar 6 aluno no pry. esse de inteyragio, Assiny 0s ratos ¢ os cies d também poderian freqives cursos objetivande dar suporte ao trabalho de adlaptagio, nclusdo, Os FALOSe OS cHesde jeaga também poderiam fazer parte da escola, No entanto, est unos, esta visio, nao devem exelusivamente se adaplar As necessidades da escola, e sim 0 cont 1 incluso, metaforicamente, nos vem 2 idGia de um grande selfsereie, onde pode wos nos servir de acordo com nosso ap + aleseja, enfin de acordo com as nossas possibilidades, eu lactiversiclack slo pensadonestadtica Jonecessitadeadap- tagdes, pois ele seni pensada de acordo com o modo de apre der do al no, prevendoa necessidade de todasas pessoas. Osalunoss0 vistos como sujelios construtores do curricula, ¢ no como objetos do mesmo, Criar condligoes de permanencia nesta perspectiva implica refleti de forma c1 » do projeto da escola, do sistema de avi te A metitora “self-service” si

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