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PONTA GROSSA
2017
1
PONTA GROSSA
2
TERMO DE APROVAÇÃO
por
____________________________________
Profª. Drª. Elis Regina Duarte
____________________________________
Profª. Drª. Juliana Martins Teixeira de Abreu Pietrobelli
____________________________________
Profº. Drº. Eveton Moraes Matos
Orientador
__________________________________________
Profa. Dra. Juliana de Paula Martins
Responsável pelo TCC do Curso de Engenharia Química
AGRADECIMENTOS
Agradeço ao querido Prof.º Dr.º Everton Moraes Matos por orientar este
trabalho, pela paciência, pelas inúmeras conversas e, principalmente, pelos
conhecimentos repassados para que este trabalho fosse concluído. Agradeço também
ao Programa de Educação Tutorial de Engenharia Química e à Prof.ª Dr.ª Elis Regina
Duarte pela colaboração, apoio e amizade nos momentos mais difíceis.
Por fim, a todos os professores desta graduação, aos meus amigos, colegas, e
todos aqueles que direta ou indiretamente viabilizaram a conclusão deste trabalho,
muito obrigada.
5
RESUMO
ABSTRACT
Plug flow reactors are widely used in the chemical industry. Feed modifications
are an alternative that can generate increase in the reaction rate due to the formation
of mixture zones inside the reactor. The present work proposes an analysis of the
influence of the feeding of tubular reactors through computational fluid dynamics (CFD)
techniques. The simulations of the geometries and modes of operation for the
proposed study were performed without commercial software ANSYS CFX 14.0 and
compared to the simulation of a standard reactor geometry operating under a
permanent flow in order to observe the effects generated by the proposed
modifications. The proposed reactor design, fed in an oblique current and through a
reflux loop, is able to create a turbulent zone inside the reactor, besides generating a
zone of low pressure, causing a reflux current without a need of a specific pump for
this purpose.
Key words: Reactor, plug flow, simulation, feed, CFD
7
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
LISTA DE GRÁFICOS
LISTA DE SÍMBOLOS
- Densidade
- Velocidade de escoamento de um fluido
- Difusividade de uma variável genérica
- Passo de tempo da iteração
- Dimensão do volume de controle ao longo da direção de escoamento
- Termo de acúmulo
- Concentração de uma espécie genérica j
- Difusividade de uma espécie genérica j
- Taxa de reação
⃗ - Vetor força
⃗ - Vetor aceleração
- Massa
⃗ - Vetor velocidade
- Tensão total
⃗ - Vetor normal
- Somatório de forças
′ - Pressão modificada
- Energia cinética turbulenta
ɛ - Taxa de dissipação da turbulência
μ - Viscosidade efetiva
μ - Viscosidade turbulenta
- Produção de turbulência em decorrência das forças viscosas
- Influência das forças de flutuação
ɛ - Constante do modelo de tensão de Reynolds
ɛ - Constante do modelo de tensão de Reynolds
- Constatem do modelo de turbulência − ɛ para a equação de
ɛ - Constatem do modelo de turbulência − ɛ
- Constante de velocidade para uma espécie genérica j
- Constante universal dos gases
- Concentração da espécie j
- Temperatura
- Energia de ativação
- Velocidade de reação para a espécie
- Taxa molar para uma espécie
- Taxa molar de geração para uma espécie
- Constante de proporcionalidade
- Fração mássica para a espécie
- Massa molar para a espécie
11
LISTA DE SIGLAS
SUMÁRIO
CAPÍTULO 1
1. INTRODUÇÃO 14
1.1. PROBLEMA 15
1.2. OBJETIVOS 15
1.2.1. Objetivo geral 15
1.2.2. Objetivos específicos 16
1.3. JUSTIFICATIVA 16
1.4. ESTRUTURA DO TRABALHO
CAPÍTULO 2
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA 17
2.1. REATORES QUÍMICOS 17
2.2. REATORES IDEAIS 18
2.2.1. Reator contínuo de tanque agitado 18
2.2.2. Reator tubular de escoamento empistonado 19
2.3. DESVIOS DA IDEALIDADE 20
2.4. FATORES LIGADOS AO DESIGN DO REATOR QUE ALTERAM A 21
CONVERSÃO DE UMA REAÇÃO
2.4.1. Turbulência 21
2.4.2. Formação de zonas de mistura em reatores de fluxo 22
empistonado
2.4.3. Reatores com reciclo 23
2.5. FLUIDODINÂMICA COMPUTACIONAL 25
2.6. MALHA COMPUTACIONAL 27
2.7. REFINO E TESTE DE MALHA 28
2.8. MÉTODO NUMÉRICO 29
2.8.1. Método dos Volumes Finitos 30
2.9. MODELAGEM MATEMÁTICA 30
2.9.1. Balanço de Massa 32
2.9.2. Balanço de Momentum 33
2.9.3. Turbulência 36
2.9.3.1. Modelo k-Epsilon 37
2.10. CINÉTICA QUÍMICA DA REAÇÃO 39
2.10.1. Velocidade da reação 39
CAPÍTULO 3
3. SIMULAÇÕES E MÉTODOS 43
3.1. GEOMETRIAS E MALHA 43
3.1.1. Construção e teste de malha 44
3.2. REAÇÃO QUÍMICA 48
3.3. EQUACIONAMENTO PARA IMPLEMENTAÇÃO DA REAÇÃO 48
13
Capítulo 1
1. INTRODUÇÃO
1.1. PROBLEMA
1.2. OBJETIVOS
1.3. JUSTIFICATIVA
Capítulo 1 – Introdução
Capítulo 6 – Conclusões
17
Capítulo 2
2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
CSTR), o Reator de Leito Fixo (Packed Bed Reactor – PBR) e o Reator com
escoamento empistonado (Plug-Flow Reactor – PFR). Em vista da necessidade de
manter produções em fluxo contínuo, que favorecem a larga escala, esses tipos
reatores são largamente utilizados pela indústria.
Um reator pode ter dois tipos de escoamentos ideais em seu interior. Segundo
Levenspiel (1972), a maioria dos projetos de equipamentos utilizam o escoamento
empistonado ou o escoamento de mistura perfeita, uma vez que esses escoamentos
ideais são de simples tratamento matemático.
conversão aproxima-se do limite superior, mas o fluido contido nas zonas estagnadas
não sai do reator, criando um volume morto. Deste modo, os reagentes alimentados
fluem apenas no volume restante, diminuindo sua conversão média. O mesmo pode
acontecer devido a formação de áreas de by-pass, onde a corrente de reagente passa
através do reator percorrendo um caminho mais curto sem se misturar com o restante
do fluido ali contido.
Cita ainda, que para um reator de escoamento empistonado os desvios da
idealidade mais comuns são devido a formação zonas de mistura na direção do
escoamento do fluido, ou então na formação de zonas de mistura incompleta na
direção radial.
A taxa de reação, além de ser uma função dos próprios parâmetros cinéticos,
pode estar relacionada a parâmetros do reator. Quanto a influência do reator, Ranade
(2001) fala que a taxa de produção e composição dos produtos envolvidos em uma
reação pode ser relacionada ao volume do reator, suas configurações e seu modo de
operação. No caso do reator tubular, o aumento da conversão do reator está também
intimamente ligado com o seu comprimento, fator que interfere no tempo em que os
reagentes irão permanecer no interior do reator.
Uma vez que nem sempre é possível modificar o volume e o comprimento de
um reator afim de aumentar sua conversão - principalmente nos casos em que o reator
já está operando em uma planta industrial - a principal abordagem dessa revisão está
nos fatores relacionados às configurações possíveis e ao modo de operação.
Os tópicos a seguir são um compilado de alguns fatores relacionados ao reator
PFR e à sua fluidodinâmica que podem ser explorados na tentativa de otimizar seu
funcionamento.
2.4.1. Turbulência
O escoamento em dutos dificilmente é laminar. Na prática, a maioria dos
escoamentos existentes é turbulento, ou seja, caracterizado por flutuações de
velocidade e pelo movimento altamente desordenado. A turbulência ocorre quando as
22
Este tipo de alimentação faz com que se forme uma zona de alta pressão na
região 1, decorrente do fluxo de reagentes que é bombeado através da entrada. Ao
entrar de maneira oblíqua a corrente de alimentação cria uma zona de turbulência, e
uma vez que se choca com a parede do reator cria uma zona de escoamento
misturado, que pode ser considerada uma zona CSTR em um reator PFR.
A turbulência gerada pela alimentação também é uma fonte de perda de carga,
gerando um maior custo energético devido à maior exigência da bomba para promover
o escoamento. Entretanto, uma vez que a formação de zonas de mistura se mostre
eficiente ao aumento da conversão da reação, e a depender do valor comercial do
produto formando, o aumento da perda de carga na tubulação pode, mesmo assim,
mostrar-se lucrativo.
24
Uma vez que a conversão nos reatores tubulares está intimamente ligada ao
seu comprimento, a presença do reciclo – além de retornar reagentes não convertidos
– aumenta também o volume útil do reator e o tempo de residência.
A implantação de uma corrente de reciclo em um reator, entretanto, na maioria
das vezes também implica em um aumento no custo energético da produção devido
à necessidade de que uma bomba realize o transporte do fluido desta corrente de
volta à entrada do reator.
O objeto de estudo para esse problema é a criação de uma zona de baixa
pressão dentro do reator, fazendo com que o fluxo da corrente de reciclo aconteça
com uma menor exigência de potência da bomba de reciclo, ou ainda, que ela não
seja necessária ao reciclo.
25
Figura 7 - Desenho esquemático de reator PFR com alimentação oblíqua e corrente de reciclo
sem bomba
Fonte: Elaborado pelo autor
Essa diferença de pressão ocasionada pela alimentação pode fazer com que
uma parcela da corrente de saída de produtos seja reciclada para a alimentação do
processo. Além disso, a alça de reciclo torna-se também um volume reativo,
aumentando o volume total do reator.
alto custo para a realização deste tipo de estudo tem levado os pesquisadores a
recorrerem ao uso de simulações computacionais.
Segundo Ranade (2001), a simulação fluidodinâmica serve como ponte entre
teoria e realidade, tendo a vantagem de permitir a realização de uma “sondagem” em
possíveis modificações de determinados processos que já ocorrem em uma planta
industrial sem que a operação normal do sistema seja afetada.
Problemas que envolvem escoamentos de fluido são frequentemente
modelados por equações diferenciais parciais (EDPs) não lineares. Não há viabilidade
na resolução analítica de tais equações, havendo necessidade de que elas sejam
resolvidas por meio de métodos numéricos. A fluidodinâmica computacional (CFD) faz
uso de métodos numéricos e algoritmos afim de solucionar e analisar problemas que
envolvem o escoamento de fluidos dentro da área da mecânica dos fluidos (LOPES,
2008).
As equações que governam os fluidos são a equação da continuidade, a
equação de Navier-Stokes e a equação da energia, formando um sistema de
equações diferenciais parciais não-lineares acopladas que regem a conservação de
massa, de momento e de energia, respectivamente (DIONÍSIO, 2008).
Ainda, para Lopes (2008, p. 6)
Com o uso de técnicas de CFD parâmetros relevantes de um problema podem
ser avaliados numericamente e alterados facilmente até que o resultado da simulação
atenda as exigências do projeto. Em geral, o procedimento computacional na
fluidodinâmica tem o intuito de fazer as investigações experimentais mais eficientes, a
custos e tempos menores do que apenas utilizando técnicas empíricas.
.
Figura 8 - Tipos de elementos de malha aplicados a geometria 3D
Fonte: VERGEL, 2013 p. 9
( ) + ∇. − ∇ =
(1)
é a difusividade da variável genérica transportada. A variável deve
ser conservada em cada um dos volumes de controle da geometria discretizada,
portanto, discretizando a equação (1) para o volume de controle:
( )+ . − =
(2)
Neste caso, representa as dimensões do volume de controle e éo
passo de tempo da iteração para um problema transiente.
Para a equação (2):
. é o termo convectivo
. é o termo difusivo
é o termo de acúmulo
O sistema foi modelado com as equações de balanço de massa e de momento.
O balanço de energia foi negligenciado, uma vez que se assumiu para efeitos de
modelagem que o reator é um reator isotérmico.
+ . − = − ( . )
(3)
Onde:
é a concentração da espécie ;
é a difusividade da espécie no comprimento L;
é a taxa de reação para a espécie ;
é o vetor velocidade.
A equação 3 expressa o balanço de massa para o estado transiente, no caso
. − = − ( . )
(4)
Para a taxa de reação de , considera-se um reator tubular de fluxo
empistonado operando com fluido homogêneo e newtoniano. A variável independente
é a distância axial ao longo da qual são integradas as equações de balanço.
(6)
Substituindo (5) em (6):
⃗
⃗= .
(7)
Multiplicando a eq. (7) por :
34
⃗. = . ⃗
(8)
Reescrevendo para um somatório de forças, obtemos o balanço de momentum:
( . ⃗)
⃗=
(9)
Onde a força ⃗ pode ser substituída por uma tensão total que multiplica sua
área de atuação :
( . ⃗)
. =
(10)
Dividindo a equação (10) por um volume diferencial :
1 1 ( . ⃗)
. . = .
(11)
Aplicando um limite onde → ∞:
1 1 ( . ⃗)
lim . . = lim .
→ →
(12)
Pela definição de divergente, a equação (12) torna-se:
1
∇ = lim . ( . ⃗).
→
(13)
O vetor ⃗ é ortogonal a área , apontando para fora do volume de controle.
Considerando a geometria do reator tubular, temos que o volume de controle deve ser
descrito em coordenadas cilíndricas, segundo a Figura 11.
35
(14)
Então, para um escoamento turbulento e monofásico de um fluido reativo,
relacionando os termos calculados aos vetores, obtém-se a equação de Navier-Stokes
Componente :
+ + + −
1 1 ² ² 2
=− + + + − − +
(15.a)
Componente ɵ:
+ + + −
1 1 1 ² ² 2
=− + + + − − +
²
(15.b)
Componente :
1 1 ² ²
+ + + =− + + + +
(15.c)
Para coordenadas generalizadas, realiza-se uma transformação que parte da
equação de Navier–Stokes em coordenadas Cartesianas.
36
(16.a)
Para a componente :
² ² ² p
+ + + = + + − +
(16.b)
Para a componente :
² ² ² p
+ + + = + + − +
(16.c)
2.9.3. Turbulência
∅= +∅
(17)
37
+ =0
(18)
E a equação do momento, então, torna-se:
38
′
+ = + μ + +
(19)
Onde:
é a soma das forças atuantes;
′ é a pressão modificada, definida por:
2 2
= + + μ
3 3
(20)
μ é a viscosidade efetiva à turbulência dada por:
μ =μ+μ ê
(21)
μ ê =
ɛ
(22)
E é uma constante que tem valor 0,09 segundo o guia teórico ANSYS CFX
13.0 (2010).
Os valores de e ɛ vêm diretamente das equações diferenciais de transporte
para taxa de dissipação turbulenta e energia cinética de turbulência.
( ) μ
+ k = μ+ + − ɛ+
(23)
( ɛ) μ ɛ ɛ
+ ɛ = μ+ + ( ɛ − ɛ ɛ+ ɛ ɛ )
ɛ
(24)
Onde é a produção de turbulência decorrente das forças viscosas e e
representam a influência das forças de flutuação. A equação (26) representa a
obtenção do parâmetro .
2
=μ + − 3μ +
3
(25)
As constantes ɛ , ɛ , e ɛ são constantes cujos valores retirados do
manual teórico ANSYS CFX 13.0 (2010) podem ser observados na Tabela 1.
39
B
(26)
Para a equação (26) a lei de velocidade pelo enunciado de Guldberg e Waage
torna-se:
− = .
(27)
Onde (− ) é a velocidade para reação dada, é uma constante chamada
constante de proporcionalidade e é a concentração da espécie A. Generalizando a
equação (27):
− = .
(28)
Para um reator PFR ideal, é possível escrever uma equação de balanço molar
que obedece às leis de conservação de massa, onde:
40
− í + çã = ú
(29)
Que pode ser escrita em função das taxas molares de uma espécie genérica ,
como na equação (30):
− + =
(30)
Onde:
é a taxa molar de entrada da espécie no reator;
é a taxa molar de saída da espécie do reator;
é a taxa molar de geração da espécie ;
(31)
Em que ∆ é um volume diferencial suficientemente pequeno, de modo que
não há variações na velocidade de reação no interior desse volume. Deste modo, a
equação (30) pode ser reescrita como:
∆
− + =0
(32)
Assim, resolvendo a integral, rearranjando e tomando o limite quando ∆ tende
a 0, tem-se:
− ∆
+ ∆ =0
(33)
∆
+
=
∆
(34)
41
Onde:
é o termo que representa a entrada da espécie em um volume de
controle;
∆
é o termo que representa a saída da espécie do volume de
(35)
Para uma reação de primeira ordem proposta, baseando-se na equação (35),
podemos escrever um balanço de massa para um reagente em função do
comprimento do reator, assim, tem-se:
= −
̇
(36)
Onde:
é a diferencial com relação à concentração;
é a diferencial com relação ao comprimento do reator;
é a concentração da espécie ;
é a constante de proporcionalidade;
̇ é o fluxo volumétrico de entrada da espécie no reator;
é a área da seção transversal do reator.
Pode-se então rearranjar e integrar a equação (36) afim de obter uma
expressão em termos da concentração do reagente e do comprimento do reator:
=−
̇
(37)
ln = −
̇
42
(38)
̇
=
(39)
̇
=
(40)
Onde:
é fração mássica da espécie no comprimento do reator;
é fração mássica da espécie na entrada do reator.
Deste modo a equação (40) se constitui em uma modelagem analítica com a
qual poder-se-á comparar os resultados obtidos com a simulação do reator padrão,
afim de validar os dados obtidos através da modelagem computacional.
43
Capítulo 3
3. SIMULAÇÕES E MÉTODOS
algoritmo utilizado para esta discretização foi o Algoritmo de Netgen 1D-2D-3D, que é
uma boa opção para a discretização de geometrias com mais detalhes, uma vez que
é possível aumentar e ajustar a densidade da malha nos locais onde a geometria é
mais complexa. Além disso, volumes de controle tetraédricos permitem uma maior
adaptação a geometrias de superfícies curvas, como é o caso.
Uma vez escolhido o algoritmo a ser utilizado para a construção da malha, é
necessário determinar o número de volumes de controle ao longo do reator,
suficientes para garantir a veracidade do resultado gerado pela simulação, através do
refinamento. Para que este processo de refinamento da malha seja efetivo, observam-
se alguns parâmetros, como os ângulos formados entre as faces dos volumes de
controle, que são tão melhores quanto mais próximos de 60º para efeito de
convergência, e a proporção da malha (aspect ratio), que é tão melhor quanto mais
próximo de 1 o valor obtido. Considerando esses aspectos foram escolhidas 3 malhas
para realizar o teste de independência de malha.
As Tabelas 2 e 3, apresentam respectivamente o número de volumes de
controle para o reator padrão e para o reator proposto.
utilizar a Malha C, para ambos os reatores, pois convergiu com menor números de
iteração durante os testes de malha.
Para efeitos a ilustração, as Figuras 17 e 18 representam a malha do
reator padrão, enquanto as Figuras 19 e 20 representam a malha do reator proposto.
→ +
(41)
Em que a constante de proporcionalidade é assumida como sendo igual a 3,2
10-4 .
escoamento passa a ser uma mistura de composição variável. Deste modo, o software
resolve − 1 equações de transporte, relativo à fração mássica dos componentes
da mistura, na forma genérica apresentada na equação (42).
ɛ , + ∇. ɛ , = ∇. ɛ , ∇ , +
(42)
Onde i é a espécie química.
A reação proposta pode ser generalizada como:
→ +
(43)
Onde representa o Trióxido de Dinitrogênio, Óxido Nítrico e o Dióxido de
Nitrogênio. As equações de Transporte de Massa das espécies para esta reação
serão, portanto:
ɛ , + ∇. ɛ , = ∇. ɛ , ∇ , +
(44)
ɛ , + ∇. ɛ , = ∇. ɛ , ∇ , +
(45)
ɛ , + ∇. ɛ , = ∇. ɛ , ∇ , +
(46)
Da revisão bibliográfica apresentada no Capítulo 2, tem-se que a taxa reação
pode ser descrita, conforme a equação (48).
= =
(48)
Onde:
= (− )
(49)
= ( )
(50)
= ( )
(51)
Onde:
é o termo de geração ou consumo a ser implementado;
Densidade [ ] 1400
3.7. VALIDAÇÃO
0,8
0,78
0,76
0,74
0,72
0,7
0,68
0 0,5 1 1,5 2 2,5 3 3,5
Comprimento do reator (m)
Essa curva pode ser comparada com o espectro de resultado para fração
mássica de obtido utilizando o CFX, apresentado na Figura 22, bem como com
o gráfico da fração mássica em função do comprimento do reator retornado pelo
software, apresentado na Figura 21, mostrando que os resultados obtidos através da
simulação computacional são confiáveis quando comparados ao método analítico.
53
Figura 21 - Fração mássica de N2O3 em função do comprimento do reator em gráfico dado pelo
CFX
Capítulo 4
4. RESULTADOS E DISCUSSÕES
Para esta etapa da análise de resultados foi realizada uma comparação entre
a conversão obtida para um reator PFR padrão com relação a conversão obtida para
o reator proposto, mantidos os mesmos critérios de tamanho, alimentação e operação
descritos no Capítulo 3.
Os Espectros da fração mássica para o reator padrão, como relação ao
reagente e aos produtos podem ser observados nas Figuras 23, 24 e 25.
Figura 35 – Gráfico de perda de carga gerado pelo CFX para o reator padrão
61
Figura 36 – Gráfico de perda de carga gerado pelo CFX para o reator proposto
62
Capítulo 5
5. CONCLUSÕES
Referências Bibliográficas