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O ceticismo filosófico grego.

O ceticismo grego começou, principalmente, com Pirro de Élida, logo depois Sexto
Empírico sistematizou a corrente cética. Os céticos são aqueles que percebem que
existem diferentes visões sobre o mundo: o certo e errado, bem e mal, etc... E por
esse mesmo, é impossível determinar qual tipo de visão está certa. Assim, fazendo
questionar tudo, mas nunca tirar um juízo acerca das visões. Isto é: buscaremos a
verdade, perceberemos que existem diversas verdades acerca de diversos temas,
logo o mais adequado, para os céticos, será não tirar nenhum juízo acerca dessas
verdades. E, portanto, perceber que nunca iremos chegar à uma verdade plena. A
partir disso, segundo o ceticismo, chegaremos ao estado de acatalepsia ou
epokhé; que seria um estado de suspensão de todos os juízos, conseguindo a
tranquilidade da alma.
O filósofo Bertrand Russell explica as diferenças do ceticismo filosófico grego e o
ceticismo científico de forma bela: "Cumpre observar que o ceticismo, como
filosofia, não apregoa a dúvida pura e simples, e sim aquela que podemos chamar
de dúvida dogmática. O homem da ciência diz: 'Creio que isso seja assim, mas
não tenho certeza.' O homem dotado de curiosidade intelectual, por sua vez,
afirma: 'Não sei o motivo disso, mas espero descobrir.' E o cético filosófico:
'Ninguém sabe e jamais saberá.' É esse elemento de dogmatismo que torna o seu
sistema vulnerável. Naturalmente, os céticos negam que estejam afirmando de
maneira dogmática a impossibilidade do conhecimento, mas suas negativas não
convencem." ("História da Filosofia Ocidental", Bertrand Russell)
– Cauan Elias

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