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O que são Tributos?

Quando falamos de Planejamento Tributário, precisamos entender o que são tributos.

Os tributos são compostos por impostos, taxas e contribuições.

Exemplo de Impostos: ICMS, ISS, IPVA, IPVA, dentre outros.

Taxas: Licenciamento de veículos, taxas cartorárias, taxas para emissão de documentos.

Contribuições: São os valores cobrados por exemplo em contas de luz, contribuições sindicais.

Esse três elementos, formam os tributos e aumentam significativamente no aumento dos gastos
das empresa.

Muitas empresas vão à falência por não administrarem corretamente o ônus tributário.

O vocábulo tributo também é usado, no sentido genérico, para todo e qualquer valor pago ao


Poder Público sem aquisição, compra, transferência de bens e/ou serviços diretos e específicos
ou de concessão.

Neste caso, o termo tributo alcança impostos, taxas, contribuições de melhoria, contribuições
sociais e econômicas, encargos e tarifas tributárias (com características fiscais) e emolumentos
que contribuam para a formação da receita orçamentária da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios.

Dentro da categoria de Impostos de uma empresa temos dois tipos: Indiretos e Diretos.

INDIRETOS: São impostos que incidem sobre as vendas e não sobre o lucro (renda). Exemplo:
ICMS, ISS, IPI, PIS e COFINS. Variam conforme organização jurídica da empresa e plano
tributário aderido.

DIRETOS: São impostos que incidem diretamente sobre o lucro (renda). Imposto de Renda
Pessoa Jurídica (IRPJ) e Contribuição Social sobre Lucro Líquido (CSLL).

Regimes Tributários
Regime tributário é um conjunto de leis que rege e sinaliza os tributos que devem
ser recolhidos e pagos pela empresa ao governo.

Por conta disso, é de extrema importância escolher o regime ideal para a empresa, com o
objetivo de pagar a menor quantia legal dessas obrigações, bem como evitar problemas com
o fisco.

No Brasil, existem quatro tipos de regime, sendo eles:

 Simples Nacional;
 Lucro Presumido;
 Lucro Real;
 Lucro Arbitrado.
Algumas empresas podem escolher qual regime tributário optar e pagar os tributos de acordo
com o regime escolhido.

Em alguns casos, o regime tributário é obrigatório e sem possibilidades de alteração, como por
exemplo:

 Faturamento acima de R$ 78 milhões por ano são obrigadas a optar pelo regime de
Lucro Real;
 Empresas do segmento financeiro como os bancos, mesmo que possuam faturamento
inferior a R$ 78 milhões são obrigadas ao regime de Lucro Real.

Com exceção desses casos específicos a empresa deve simular as opções disponíveis e escolher
o regime que fará com que pague menos tributos. 

Qual melhor regime tributário? Depende. Para isso é preciso projetar faturamento, saber o valor
da folha de pagamento e analisar a localização.

Como o próprio nome diz, Planejamento Tributário é uma etapa que precede a operação do
ano fiscal. É preciso projetar o faturamento, números de contratações e demissões e o possível
lucro, para que se tenha uma noção de qual opção será menos onerosa, sem extrapolar o
campo da licitude e legalidade.

Meios aplicáveis para o Planejamento Tributário


Elisão Fiscal (economia legal): 

 É o Planejamento Tributário em si e ocorre antes do fato gerador (por exemplo emissão


de uma nota fiscal de saída - venda), por exemplo: Alteração da sede da empresa para
município onde a alíquota é menor antes da venda de um produto ou serviço.

Evasão Fiscal (forma ilegal):

 Também conhecida como sonegação fiscal ou fraude tem como objetivo evitar ou
diminuir o recolhimento de tributos. É uma prática ilícita que ocorre após a ocorrência
do fato gerador, por exemplo: A empresa deixa de contabilizar determinadas vendas
que já foram feitas para não pagar tributos.  

Elusão Fiscal (forma ilegal):

 É a simulação de uma pessoa jurídica (empresa) com o objetivo de ocultar o fato


gerador. Por exemplo, duas pessoas, sendo uma a vendedora de uma imóvel e a outra a
compradora, constituem uma empresa para não pagar o ITBI (Impostos de Transmissão
de Bens Imóveis) e após a operação as pessoas físicas desfazem a sociedade.

Simples Nacional
Muitos empresários acreditam que o Simples Nacional é o regime tributário mais vantajoso e
menos oneroso.

No entanto, isso é um mito. Depende de caso para caso.

Só é possível saber depois da simulação dos regimes.


Pré Requisitos para optar pelo Simples Nacional:

 Faturar até R$ 4,8 milhões ao ano (acima disso é necessário passar para o Lucro
Presumido ou Lucro Real);
 Simples significa Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das
Microempresas e Empresas de Pequeno Porte;
 Em 30 de junho de 2007 o Simples Nacional sucedeu o antigo Simples Federal;
 É simplificado por dar a opção de unificar todos os impostos em uma única guia de
recolhimento;

Microempresa (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP)

 ME são empresas que faturam até R$ 360 mil por ano;


 EPP são empresas que faturam acima de R$ 360 mil até R$ 4,8 milhões por ano ( Lei
Complementar 155)*.

*Empresas com faturamento acima de R$ 3,6 milhões devem recolher ICMS e ISS


separadamente, tratados como no Lucro Presumido e Lucro Real.

As alíquotas aplicadas mudarão mensalmente, conforme fórmula abaixo:

Fórmula de cálculo dos tributos mensais:

 RBT: Receita Bruta acumulada nos últimos 12 meses - Subtrair os descontos comerciais
descritos na nota fiscal (ex: empresa vende um celular de R$ 1.000 por R$ 900 à vista,
logo desconta-se esses R$ 100 da Receita Bruta) e as devoluções de vendas;
 Alíquota: Alíquota nominal constantes nos anexos I e V;
 PD: Parcela a deduzir constantes nos anexos I a V.

Lucro Presumido
No Lucro Presumido a empresa calcula a tributação baseada na margem de lucro
estipulada, diferente do Lucro Real em que os impostos são calculados com base no
faturamento total da empresa.

 Podem optar por esse regime, empresas que faturam até R$ 78 milhões;
 O parâmetro da apuração é a receita bruta auferida pela empresa;
 O PIS, COFINS, ISS e ICMS são pagos mensalmente;
 Já o IRPJ e a CSLL são apurados trimestralmente, nos dias 31 de março, 30 de
junho, 30 de setembro e 31 de dezembro.

Alíquotas:
 PIS - 0,65% - sem crédito das compras - sobre a Receita Bruta;
 COFINS - 3,00% - Sobre a Receita Bruta;
 ISS - De 2,00% a 5,00% - Sobre a Receita Bruta;
 ICMS - Varia de estado para estado, por exemplo em SP é de 12,00% - Sobre
a Receita Bruta;

No Lucro Presumido, a alíquota do IRPJ será de 15% e a do CSLL de 9% sobre as


seguintes presunções:

Adicional de IRPJ - Quando a Base de Cálculo superar R$ 20 mil em cada mês ou R$


60 mil no trimestre, aplica-se na diferença adicional de 10%.

Exemplo:

A empresa XPTOHY realiza venda de peças e reparo de eletrônicos e apresentou no 2º


trimestre os seguintes resultados:

Receita Bruta

. Mercadorias R$ 50 mil

. Serviços R$ 35 mil

Sabe-se que a presunção para mercadoria é de R$ 8% e de serviços de 32%. Logo:


Lucro Real
O regime de Lucro Real é o único regime que qualquer empresa pode optar,
independente do faturamento.

Esse regime é vantajoso para empresas que dão prejuízo, pois ao longo do período
apurado, a empresa fica isenta do pagamento do IRPJ e CSLL, pois como esses
impostos são sobre o lucro, ele sendo negativo, o valor será zerado.

No entanto, requer uma contabilidade minuciosa, pois através do lucro informado pela
DRE, teremos o instrumento de validação dos impostos e caso esse número esteja
errado, a empresa pode sofrer punições severas.

Estão obrigadas ao Lucro Real:

 Empresas com Receita Bruta superior a R$ 78 milhões por ano (ou proporcional
quando inferior a 12 meses);
 Bancos Comerciais;
 Bancos de Investimentos;
 Bancos de Desenvolvimento;
 Sociedades de Crédito, financiamento e investimento;
 Sociedades de Crédito Imobiliário;
 Sociedades e Corretoras de títulos, valores mobiliários e câmbio;
 Distribuidoras de títulos e valores mobiliários;
 Empresas de arrendamento mercantil;
 Cooperativas de crédito;
 Empresas de seguros privados e de capitalização;
 Entidades de previdência privada aberta;
 Empresas que tiverem lucros, rendimentos ou ganhos de capital oriundos do
exterior (Obs: a atividade de exportação não se caracteriza como lucros
auferidos no exterior, conforme art. 246 do III do IR);
 Empresas que usufruam de benefícios de isenção fiscais ou redução do imposto
(ex: Lei Rouanet);
 Empresas que explorem as atividades de securitização de créditos imobiliários,
financeiros e do agronegócio.

Cálculo do Lucro Real


Prazo e forma de pagamento: A apuração do Lucro Real pode acontecer de forma
trimestral ou anual:

Lucro Real Trimestral: As empresas que se enquadram no Lucro Real trimestral


devem fazer a apuração das bases de cálculo do IRPJ e da CSLL com base nas
operações realizadas nos seguintes períodos:

 1º de janeiro a 31 de março
 1º de abril a 30 de junho
 1º de julho a 30 de setembro
 1º de outubro a 31 de dezembro

Lucro Real Anual

Já as empresas que optam pela apuração anual do Lucro Real realizam esse cálculo
apenas uma vez por ano – na data de 31 de dezembro. O IRPJ e a CSLL, pagos
mensalmente, são considerados como antecipações dos valores apurados no balanço
anual. Se houver saldo positivo ou negativo ao final do ano, ele deve ser pago ou
compensado.

Além disso, o Lucro Real Anual pode ser apurado por Estimativa ou Receita Bruta.

Obrigações acessórias do Lucro Real

Além de saber como calcular o Lucro Real e fazer o recolhimento dos tributos, as
empresas optantes por esse regime tributário também devem cumprir diversas
obrigações acessórias:

 Livros Comerciais e Livros Fiscais: Livro Diário, Livro Razão, Livro de


Registro de Duplicatas, Livro Caixa, Livro Registro de Inventário, Livro
Registro de Entradas, Livro para Registro Permanente de Estoque, Livro de
Apuração do Lucro Real (Lalur), Livro de Movimentação de Combustíveis
 DES – Declaração Eletrônica de Serviços
 DAPI – Declaração de Apuração e Informação do ICMS
 GIA – Guia de Informação e Apuração do ICMS
 SINTEGRA – Sistema Integrado de Informações sobre Operações Interestaduais
com Mercadorias e Serviços
 EFD ICMS/IPI – Escrituração Fiscal Digital
 DCTF – Declaração de Débitos Tributários Federais
 EFD Contribuições
 SEFIP/GFIP: a SEFIP – Sistema Empresa de Recolhimento do FGTS e
Informações à Previdência Social
 CAGED – Cadastro Geral de Empregados e Desempregados
 VAF/DAMEF – Declaração Anual do Movimento Econômico Fiscal
 ECD – Escrituração Contábil Digital
 ECF – Escrituração Contábil Fiscal
 DIRF – Declaração do Imposto sobre a Renda Retido na Fonte
 RAIS – Relação Anual de Informações Sociais
 DIRPF – Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física

Como calcular o Lucro Real?

O Imposto sobre a Renda das Pessoas Jurídicas (IRPJ) é um dos tributos que mais
recebe a influência sobre a decisão pelo Lucro Real. Nesse regime, o valor apurado com
uma alíquota de 15% sobre o lucro líquido do período.

Fórmula: IRPJ = Lucro Real * 15%

Além da aplicação dessa alíquota de 15%, ainda existe a situação em que deve ser pago
um valor adicional – que é uma alíquota de 10% sobre o lucro que exceder
R$20.000,00 por mês.

Fórmula: IR Adicional = (Lucro Real Mensal – 20.000) * 10%

A Contribuição Social sobre Lucro Líquido é outro tributo que deve ser pago sobre o
desempenho da empresa no período. Ele é calculado aplicando uma alíquota de 9%
sobre o lucro real.

Fórmula: CSLL = Lucro Real Mensal * 9%

PIS / COFINS

No Lucro Real o PIS (Programa de Integração Social) e a COFINS (Contribuição para o


Financiamento da Seguridade Social) não são cumulativos, portanto seguem as
seguintes alíquotas:

 PIS não-cumulativo: alíquota de 1,65% aplicada sobre a receita bruta mensal


 COFINS não-cumulativo: alíquota de 7,6% aplicada sobre a receita bruta mensal

Fórmula: PIS e COFINS = (Faturamento – Custos dedutíveis) * 9,25%

ISS / ICMS
O ISS (Imposto sobre Serviços) é um tributo de competência municipal que incide sobre
o faturamento bruto das empresas prestadoras de serviço. As empresas que optam pelo
Lucro Real devem fazer uma consulta no município para descobrir a alíquota a ser
utilizada – que varia de 2% a 5%.

Já o ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços) é de competência


estadual e deve ser pago pelas demais empresas sobre as operações de circulação de
mercadoria e serviços específicos. As particularidades do ICMS devem ser consultados
na legislação do estado em que a empresa está localizada.

Fórmulas:

ISS = Faturamento * Alíquota

ICMS = (Faturamento – Créditos Compras) * Alíquota

Exemplo de Calculo Lucro Real

Finalmente vamos entender exatamente como calcular o Lucro Real. Com todas as
informações que já vimos ao longo deste curso, fica muito simples realizar esse cálculo:
basta aplicar as alíquotas dos tributos sobre a sua base de cálculo.

Para compreender como calcular o Lucro Real, vamos utilizar como exemplo uma
empresa prestadora de serviços que teve uma receita bruta trimestral de R$500.000,00 e
um lucro trimestral apurado em R$300.000,00.

IRPJ

Para calcular o Imposto de Renda devido por essa empresa, vamos multiplicar o seu
lucro líquido pela alíquota (15%):

R$300.000,00 * 15% = R$45.000,00

Porém, essa empresa teve um lucro trimestral que ultrapassou em R$60.000,00 a média
de R$20.000,00 por mês, portanto será necessário recolher um adicional:

Base de calculo: R$300.000,00 – R$ 60.000,00 = R$240.000,00

IR adicional: R$240.000,00 * 10% = R$24.000,00

No total, essa empresa deve recolher R$69.000,00 de IRPJ.

CSLL

Para calcular a CSLL basta aplicar a sua alíquota sobre o lucro:

R$300.000,00 * 9% = R$27.000,00

PIS e COFINS
Para calcular o PIS e a COFINS é possível somar as suas alíquotas para facilitar o
cálculo: 1,65% + 7,6% = 9,25%

Vamos aplicar essa alíquota sobre a receita obtida:

R$500.000,00 * 9,25% = R$46.250,00

Entretanto, é importante considerar que é possível deduzir diversos custos – como


compras de matéria-prima, serviços de terceiros destinados à produção, entre outras.
Supondo que essas despesas somaram R$150.000,00, o cálculo seria:

R$150.000,00 * 9,25% = R$13.875,00

No total, o valor devido de PIS e COFINS seria R$32.375,00

ISS

Se essa empresa foi até a prefeitura do seu município e descobriu que a alíquota de ISS
sobre o faturamento dos seus serviços é de 4%, pode ser feito o cálculo da seguinte
forma:

R$500.000,00 * 4% = R$20.000,00

Casos de prejuízo no período

É importante ressaltar que nos casos em que uma empresa optante pelo Lucro Real tem
prejuízo em vez de lucro, não é necessário recolher IRPJ ou CSLL – o que não acontece
com uma empresa optante pelo Lucro Presumido.

O Prejuízo do período poderá ser compensado com os Lucros apurados posteriormente


pela empresa, porém esta compensação esta limitada a 30% do Lucro Real do período
de compensação.

Lucro Arbitrado
O arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de
renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte. 

É aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as


obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou presumido. Por
exemplo: quando o contribuinte optante pelo lucro real não tem o livro diário ou razão,
quando deixa de escriturar o livro inventário, etc.

Quando conhecida a receita bruta, e, desde que ocorrida qualquer das hipóteses de
arbitramento previstas na legislação fiscal, o contribuinte poderá efetuar o pagamento
do imposto de renda correspondente com base nas regras do lucro arbitrado.

PERÍODO DE APURAÇÃO
A partir de 01.01.1997, a tributação com base no lucro arbitrado ocorrerá
trimestralmente, em períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30
de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.

APLICAÇÃO DO ARBITRAMENTO DE LUCRO

A partir de 01.01.1995, ocorrida qualquer das hipóteses que ensejam o arbitramento de


lucro, previstas na legislação fiscal, poderá o arbitramento:

I) ser aplicado pela autoridade fiscal, em qualquer dos casos previstos na legislação do
imposto de renda.
II) ser adotado pelo próprio contribuinte, quando conhecida a sua receita bruta;
FORMA DE OPÇÃO PELO CONTRIBUINTE

A tributação com base no lucro arbitrado será manifestada mediante o pagamento da


primeira quota ou da quota única do imposto devido, correspondente ao período de
apuração trimestral em que o contribuinte, pelas razões determinantes na legislação, se
encontrar em condições de proceder o arbitramento do seu lucro.

HIPÓTESES DE ARBITRAMENTO

O imposto de renda devido trimestralmente será determinado com base nos critérios do
lucro arbitrado quando:

I) a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de


fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para:

1. identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou


2. determinar o lucro real;

II) o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da


escrituração comercial e fiscal, ou deixar de apresentar o Livro Caixa, no qual deverá
estar escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária, quando optar pelo
lucro presumido e não mantiver escrituração contábil regular;

III) o contribuinte optar indevidamente pelo lucro presumido;

IV) o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e


apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do comitente, residente ou
domiciliado no exterior;

V) o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis


recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizadas para resumir, totalizar, por conta ou
subconta, os lançamentos efetuados no Diário;

VI) o contribuinte não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou
deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, nos
casos em que o mesmo se encontre obrigado ao lucro real.
As pessoas jurídicas, cujas filiais, sucursais ou controladas no exterior não dispuserem
de sistema contábil que permita a apuração de seus resultados, terão os lucros
decorrentes de suas atividades no exterior determinados, por arbitramento, segundo as
disposições da legislação brasileira (IN SRF 213/2002, artigo 5o).

CRITÉRIO DE APURAÇÃO DO LUCRO ARBITRADO

O lucro arbitrado será apurado mediante a aplicação de percentuais:

1. sobre a receita bruta quando conhecida, segundo a natureza da atividade


econômica explorada;
2. quando desconhecida a receita bruta, o lucro arbitrado também será apurado
mediante a aplicação de coeficientes sobre valores (bases) expressamente
fixados pela legislação fiscal.

CÁLCULO DO ARBITRAMENTO QUANDO CONHECIDA A RECEITA


BRUTA

A base de cálculo do lucro arbitrado será o montante determinado pela soma das
seguintes parcelas:

1) o valor resultante da aplicação de percentuais variáveis, conforme o tipo de atividade


operacional exercida pela pessoa jurídica, sobre a receita bruta auferida nos respectivos
trimestres;

2) ao resultado obtido na forma do item 1 deverão ser acrescidos os ganhos de capital,


os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras (renda fixa e
variável), as variações monetárias ativas, as demais receitas e todos os resultados
positivos obtidos pela pessoa jurídica, inclusive os juros recebidos como remuneração
do capital próprio, os descontos financeiros obtidos, os juros ativos não decorrentes de
aplicações e os demais resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas no
item anterior.

Também deverão ser incluídos os valores recuperados correspondentes a custos e


despesas inclusive com perdas no recebimento de créditos, salvo se o contribuinte
comprovar não ter deduzido tais valores em período anterior no qual tenha se submetido
à tributação com base no lucro real, ou que se refiram a período a que tenha se
submetido ao lucro presumido ou arbitrado.

GANHOS NO EXTERIOR

Os lucros, rendimentos e ganhos de capital oriundos do exterior serão adicionados ao


lucro arbitrado para determinação da base de cálculo do imposto.

LUCROS NO EXTERIOR

Os lucros, rendimentos e ganhos de capital oriundos do exterior serão adicionados ao


lucro arbitrado para determinação da base de cálculo do imposto.

DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS
Poderá ser distribuído a título de lucros, sem incidência do imposto de renda (quer na
fonte quer na pessoa física), ao titular, sócio ou acionista da pessoa jurídica, o valor
correspondente ao lucro arbitrado, diminuído de todos os impostos e contribuições
(inclusive adicional do IR, CSLL, Cofins, PIS - ADN Cosit 04/1996) a que estiver
sujeita a pessoa jurídica. Igualmente, a pessoa jurídica poderá distribuir valor maior que
o lucro arbitrado, também sem incidência do imposto de renda, desde que ela
demonstre, via escrituração contábil feita de acordo com as leis comerciais, que o lucro
contábil efetivo é maior que o lucro arbitrado.

Todavia, se houver qualquer distribuição de valor a título de lucros superior àquele


apurado contabilmente, deverá ser imputado à conta de lucros acumulados ou às de
reservas de lucros de exercícios anteriores e estará sujeito à tributação do imposto de
renda com base na legislação específica vigente nos respectivos períodos anteriores,
com acréscimos legais. Inexistindo lucros acumulados ou reservas de lucros em
montantes suficientes, bem assim quando se tratar de lucro que não tenha sido apurado
em balanço, a parcela excedente será submetida à tributação, no caso de pessoa física,
com base na tabela progressiva aplicável aos rendimentos do trabalho assalariado (IN
SRF 93/1997, artigo 48)

A isenção somente abrange os lucros distribuídos, não alcançando valores pagos a


outros títulos, como por exemplo: pro labore, aluguéis e serviços prestados, os quais se
submeterão à tributação conforme a legislação que rege a matéria. No caso desses
rendimentos serem percebidos por pessoas físicas serão submetidos à tributação com
base na tabela progressiva; no caso de beneficiários pessoas jurídicas serão
considerados como receita operacional, sendo passíveis ou não de tributação na fonte,
conforme a hipótese.

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO

No caso de arbitramento, aplicam-se à contribuição social sobre o lucro líquido as


mesmas normas de apuração e de pagamento estabelecidas para pessoas jurídicas
optantes pelo Lucro Presumido.

Observe-se que a alíquota da CSLL é a normal, ou seja, não existe o majoramento como
no Imposto de Renda.

Lucro Arbitrado
O arbitramento de lucro é uma forma de apuração da base de cálculo do imposto de
renda utilizada pela autoridade tributária ou pelo contribuinte. 

É aplicável pela autoridade tributária quando a pessoa jurídica deixar de cumprir as


obrigações acessórias relativas à determinação do lucro real ou presumido. Por
exemplo: quando o contribuinte optante pelo lucro real não tem o livro diário ou razão,
quando deixa de escriturar o livro inventário, etc.

Quando conhecida a receita bruta, e, desde que ocorrida qualquer das hipóteses de
arbitramento previstas na legislação fiscal, o contribuinte poderá efetuar o pagamento
do imposto de renda correspondente com base nas regras do lucro arbitrado.
PERÍODO DE APURAÇÃO

A partir de 01.01.1997, a tributação com base no lucro arbitrado ocorrerá


trimestralmente, em períodos de apuração encerrados em 31 de março, 30 de junho, 30
de setembro e 31 de dezembro de cada ano-calendário.

APLICAÇÃO DO ARBITRAMENTO DE LUCRO

A partir de 01.01.1995, ocorrida qualquer das hipóteses que ensejam o arbitramento de


lucro, previstas na legislação fiscal, poderá o arbitramento:

I) ser aplicado pela autoridade fiscal, em qualquer dos casos previstos na legislação do
imposto de renda.
II) ser adotado pelo próprio contribuinte, quando conhecida a sua receita bruta;
FORMA DE OPÇÃO PELO CONTRIBUINTE

A tributação com base no lucro arbitrado será manifestada mediante o pagamento da


primeira quota ou da quota única do imposto devido, correspondente ao período de
apuração trimestral em que o contribuinte, pelas razões determinantes na legislação, se
encontrar em condições de proceder o arbitramento do seu lucro.

HIPÓTESES DE ARBITRAMENTO

O imposto de renda devido trimestralmente será determinado com base nos critérios do
lucro arbitrado quando:

I) a escrituração a que estiver obrigado o contribuinte revelar evidentes indícios de


fraudes ou contiver vícios, erros ou deficiências que a tornem imprestável para:

1. identificar a efetiva movimentação financeira, inclusive bancária; ou


2. determinar o lucro real;

II) o contribuinte deixar de apresentar à autoridade tributária os livros e documentos da


escrituração comercial e fiscal, ou deixar de apresentar o Livro Caixa, no qual deverá
estar escriturada toda a movimentação financeira, inclusive bancária, quando optar pelo
lucro presumido e não mantiver escrituração contábil regular;

III) o contribuinte optar indevidamente pelo lucro presumido;

IV) o comissário ou representante da pessoa jurídica estrangeira deixar de escriturar e


apurar o lucro da sua atividade separadamente do lucro do comitente, residente ou
domiciliado no exterior;

V) o contribuinte não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis


recomendadas, Livro Razão ou fichas utilizadas para resumir, totalizar, por conta ou
subconta, os lançamentos efetuados no Diário;
VI) o contribuinte não mantiver escrituração na forma das leis comerciais e fiscais, ou
deixar de elaborar as demonstrações financeiras exigidas pela legislação fiscal, nos
casos em que o mesmo se encontre obrigado ao lucro real.

As pessoas jurídicas, cujas filiais, sucursais ou controladas no exterior não dispuserem


de sistema contábil que permita a apuração de seus resultados, terão os lucros
decorrentes de suas atividades no exterior determinados, por arbitramento, segundo as
disposições da legislação brasileira (IN SRF 213/2002, artigo 5o).

CRITÉRIO DE APURAÇÃO DO LUCRO ARBITRADO

O lucro arbitrado será apurado mediante a aplicação de percentuais:

1. sobre a receita bruta quando conhecida, segundo a natureza da atividade


econômica explorada;
2. quando desconhecida a receita bruta, o lucro arbitrado também será apurado
mediante a aplicação de coeficientes sobre valores (bases) expressamente
fixados pela legislação fiscal.

CÁLCULO DO ARBITRAMENTO QUANDO CONHECIDA A RECEITA


BRUTA

A base de cálculo do lucro arbitrado será o montante determinado pela soma das
seguintes parcelas:

1) o valor resultante da aplicação de percentuais variáveis, conforme o tipo de atividade


operacional exercida pela pessoa jurídica, sobre a receita bruta auferida nos respectivos
trimestres;

2) ao resultado obtido na forma do item 1 deverão ser acrescidos os ganhos de capital,


os rendimentos e ganhos líquidos auferidos em aplicações financeiras (renda fixa e
variável), as variações monetárias ativas, as demais receitas e todos os resultados
positivos obtidos pela pessoa jurídica, inclusive os juros recebidos como remuneração
do capital próprio, os descontos financeiros obtidos, os juros ativos não decorrentes de
aplicações e os demais resultados positivos decorrentes de receitas não abrangidas no
item anterior.

Também deverão ser incluídos os valores recuperados correspondentes a custos e


despesas inclusive com perdas no recebimento de créditos, salvo se o contribuinte
comprovar não ter deduzido tais valores em período anterior no qual tenha se submetido
à tributação com base no lucro real, ou que se refiram a período a que tenha se
submetido ao lucro presumido ou arbitrado.

GANHOS NO EXTERIOR

Os lucros, rendimentos e ganhos de capital oriundos do exterior serão adicionados ao


lucro arbitrado para determinação da base de cálculo do imposto.

LUCROS NO EXTERIOR
Os lucros, rendimentos e ganhos de capital oriundos do exterior serão adicionados ao
lucro arbitrado para determinação da base de cálculo do imposto.

DISTRIBUIÇÃO DE LUCROS

Poderá ser distribuído a título de lucros, sem incidência do imposto de renda (quer na
fonte quer na pessoa física), ao titular, sócio ou acionista da pessoa jurídica, o valor
correspondente ao lucro arbitrado, diminuído de todos os impostos e contribuições
(inclusive adicional do IR, CSLL, Cofins, PIS - ADN Cosit 04/1996) a que estiver
sujeita a pessoa jurídica. Igualmente, a pessoa jurídica poderá distribuir valor maior que
o lucro arbitrado, também sem incidência do imposto de renda, desde que ela
demonstre, via escrituração contábil feita de acordo com as leis comerciais, que o lucro
contábil efetivo é maior que o lucro arbitrado.

Todavia, se houver qualquer distribuição de valor a título de lucros superior àquele


apurado contabilmente, deverá ser imputado à conta de lucros acumulados ou às de
reservas de lucros de exercícios anteriores e estará sujeito à tributação do imposto de
renda com base na legislação específica vigente nos respectivos períodos anteriores,
com acréscimos legais. Inexistindo lucros acumulados ou reservas de lucros em
montantes suficientes, bem assim quando se tratar de lucro que não tenha sido apurado
em balanço, a parcela excedente será submetida à tributação, no caso de pessoa física,
com base na tabela progressiva aplicável aos rendimentos do trabalho assalariado (IN
SRF 93/1997, artigo 48)

A isenção somente abrange os lucros distribuídos, não alcançando valores pagos a


outros títulos, como por exemplo: pro labore, aluguéis e serviços prestados, os quais se
submeterão à tributação conforme a legislação que rege a matéria. No caso desses
rendimentos serem percebidos por pessoas físicas serão submetidos à tributação com
base na tabela progressiva; no caso de beneficiários pessoas jurídicas serão
considerados como receita operacional, sendo passíveis ou não de tributação na fonte,
conforme a hipótese.

CONTRIBUIÇÃO SOCIAL SOBRE O LUCRO LÍQUIDO

No caso de arbitramento, aplicam-se à contribuição social sobre o lucro líquido as


mesmas normas de apuração e de pagamento estabelecidas para pessoas jurídicas
optantes pelo Lucro Presumido.

Observe-se que a alíquota da CSLL é a normal, ou seja, não existe o majoramento como
no Imposto de Renda.

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