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GOIÂNIA – GO
2011
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GOIÂNIA – GO
2011
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IFG – GO
v
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AGRADECIMENTOS
Primeiramente a Deus pelo seu amor, sabedoria, saúde e paz tão necessários para a
realização deste trabalho.
À FAPEG – GO, pelos oito meses de bolsa de estudos e pelo apoio financeiro.
A equipe do Laboratório de Enzimologia e Biocatálise da Faculdade de Farmácia da
UFG;
A equipe do laboratório de Controle de qualidade de medicamentos da faculdade de
farmácia da UFG– LCQM, em especial a Viviane e ao Elvis pela grande colaboração
nas análises;
Ao professor José Realino, pela colaboração e ajuda;
A minha orientadora, professora Mariângela, pela motivação e ensinamentos;
A Vilma e Luciana pelo apoio nos ensaios realizados na SANEAGO;
Aos amigos e colegas de mestrado, em especial a amiga Karina, pelas maravilhosas
horas de descontração e companherismo;
Aos professores do programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Engenharia do Meio
Ambiente (PPGEMA).
Aos meus familiares, meu pai Afonso Campos, minha mãe Luzia Helena, minhas irmãs,
Rykeny, Rykeyla, Reylla, meus sobrinhos lindos e ao meu namorado e amigo
Guilherme Rodrigues pelo amor, dedicação e paciência.
vii
RESUMO
viii
ABSTRACT
The humic substance (SHs), organic matter in different stages of degradation are formed
during the decomposition of plant and animal residues in the environment, it is
important to remove them, as they can give undesirable characteristics to the water
distributed. The use of microorganisms such as fungi, for this removal are extremely
important, since their role in sanitation is to act on processing organic waste, where they
function as recyclers of matter in different ecosystems. This work aimed to study the
production of phenol oxidase enzymes, peroxidases white decomposition by fungi
(Trametes villosa and Pycnoporus sanguineus) for the removal of HSs in the water. The
work was divided into parts: extracted, purified and characterized the humic and fulvic
acids, was placed just after the HSs in water and we used the fungal enzymes for their
removal, tests were also performed in the Jar Test. Analysis of the composition of HSs
(characterization) and verification of degradation was performed by spectrophotometry
in the ultraviolet and visible region, and infrared spectroscopy, by determining the
enzyme production. The extraction method used was effective in the separation of
humic and fulvic acids, the spectra of extracted humic acids showed carboxylic groups,
alkyl, aromatic, alcohol, phenol and carbohydrates. The predominant enzyme in all
fungal species used was laccase (Lcc); analyzed samples of Trametes villosa showed the
largest decrease in absorbance at several wavelengths in the ultraviolet / visible (UV-
Vis) spectra, an indirect measure of degradation. The samples containing the fungus
Trametes villosa were also those that had a higher laccase enzyme production in most
trials, reaching a production of 3.48 mL-1 with humic acid from Sigma-Aldrich® brand
and 2.61 U.mL-1 for humic acid extracted and getting a percentage rate of removal of
56% and 42% respectively of these acids. In tests with fulvic acid and fungi at different
pHs (3.0, 5.0 and 7.0), all has decreased range of UV/Vis with percentage removal rates
of 92%. T villosa showed the higher rates of adsorption evidenced byUV-Vis spectrum,
albeit to a lesser extent than those treated withenzymes, their highest percentage
of adsorption was 86%. Fungi in this study have great potential for degradation and
adsorption of humic substances present in water.
ix
LISTA DE FIGURAS
x
xi
xii
xiii
xiv
LISTA DE QUADROS
xv
Quadro A – 12: Análise estatística descritiva de Trametes villosa com ácido fúlvico no
reator estático (Jar Test) ------------------------------------------------------------------------133
Quadro A – 13: Análise estatística descritiva de Pycnoporus sanguineus com ácido
húmico no reator estático (Jar Test) ----------------------------------------------------------133
Quadro A – 14: Análise estatística descritiva de Trametes villosa com ácido húmico
nos ensaios no reator estático (Jar Test) -----------------------------------------------------133
Quadro A – 15: Análise estatística descritiva de Trametes villosa com ácido húmico
Sigma-Aldrich®ͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲͲ134
Quadro A – 16: Análise estatística descritiva de Trametes villosa com ácido húmico
Extraído-------------------------------------------------------------------------------------------134
Quadro A – 17: Análise estatística descritiva de Trametes villosa com ácido Húmico
Sigma-Aldrich®---------------------------------------------------------------------------------134
Quadro A – 18: Análise estatística descritiva de Trametes villosa com ácido húmico
extraído--------------------------------------------------------------------------------------------134
Quadro A – 19: Análise estatística descritiva de Trametes villosa com ácido húmico
Sigma-Aldrich®---------------------------------------------------------------------------------135
Quadro A – 20: Análise estatística descritiva de Trametes villosa com ácido húmico
extraído -------------------------------------------------------------------------------------------135
Quadro A – 21: Análise estatística descritiva de Pycnoporus sanguineus com ácido
húmico Sigma-Aldrich®------------------------------------------------------------------------135
Quadro A – 22: Análise estatística descritiva de Pycnoporus sanguineus com ácido
húmico extraído----------------------------------------------------------------------------------135
Quadro A – 23: Análise estatística descritiva de Pycnoporus sanguineus com ácido
húmico Sigma-Aldrich®------------------------------------------------------------------------136
Quadro A – 24: Análise estatística descritiva de Pycnoporus sanguineus com ácido
húmico extraído----------------------------------------------------------------------------------136
Quadro A – 25: Análise estatística descritiva de do Pycnoporus sanguineus com ácido
húmico Sigma-Aldrich®------------------------------------------------------------------------136
Quadro A – 26: Análise estatística descritiva de Pycnoporus sanguineus com ácido
Húmico Extraído---------------------------------------------------------------------------------136
xvi
17
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO--------------------------------------------------------------------------------20
2 JUSTIFICATIVA-----------------------------------------------------------------------------23
3 OBJETIVOS-----------------------------------------------------------------------------------25
3.1 OBJETIVO GERAL-------------------------------------------------------------------------25
3.1.1 Objetivos específicos-------------------------------------------------------------------25
4 REVISÃO DE LITERATURA-------------------------------------------------------------26
4.1 SUBSTÂNCIAS HÚMICAS---------------------------------------------------------------26
4.1.1 Composição das substâncias húmicas-------------------------------------------------27
4.1.2 Fracionamento das substâncias húmicas---------------------------------------------30
4.1.3 Medidas indicadoras de substâncias húmicas na água----------------------------30
4.1.4 Extração e purificação das substâncias húmicas-----------------------------------32
4.1.5 Remoção de substâncias húmicas------------------------------------------------------33
4.1.6 Interação das substâncias húmicas com metais-------------------------------------34
4.1.7 Relação da cor nas águas de abastecimento e as substâncias húmicas---------36
4.2 FUNGOS--------------------------------------------------------------------------------------38
4.2.1 Fungos Basidiomicetos-------------------------------------------------------------------38
4.2.1.1 Sistemas enzimáticos encontrados em fungos basidiomicetos---------------------40
4.2.1.1.1 Enzima lignina peroxidase (LiPs)---------------------------------------------------41
4.2.1.1.2 Enzima manganês peroxidase (MnPs)----------------------------------------------42
4.2.1.1.3 Enzima lacase --------------------------------------------------------------------------43
4.2.1.2 Utilização de fungos de decomposição branca---------------------------------------44
5 MATERIAIS E MÉTODOS----------------------------------------------------------------48
5.1 CARACTERÍSTICAS DO LOCAL DA COLETA DAS AMOSTRAS--------------48
5.2 MÉTODO DE COLETA E PREPARAÇÃO DAS AMOSTRAS --------------------48
5.3 EXTRAÇÃO E PURIFICAÇÃO DOS ÁCIDOS HÚMICOS E FÙLVICOS-------49
5.3.1 Extração dos ácidos húmicos e fúlvicos-----------------------------------------------49
5.3.2 Purificação em cromatografia de trocas iônicas utilizando colunas
cromatográficas----------------------------------------------------------------------------------49
5.3.2.1 Tratamento da resina de troca iônica na purificação dos ácidos húmicos--------49
5.3.3 Teste de purificação do ácido húmico-------------------------------------------------50
5.4 CARACTERIZAÇÃO DAS SUBSTÂNCIAS HÚMICAS----------------------------50
5.4.1 Espectroscopia na região do ultravioleta e visível----------------------------------50
5.4.2 Espectroscopia na região do infravermelho-----------------------------------------51
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20
1 INTRODUÇÃO
21
22
23
2 JUSTIFICATIVA
24
25
3 OBJETIVOS
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4 REVISÃO DE LITERATURA
A água para abastecimento humano requer tratamento, este por sua vez
depende de fatores bióticos e abióticos que regem o funcionamento dos ecossistemas
aquáticos, que influenciam diretamente na qualidade do corpo d’água. Um composto
que pode influenciar na qualidade das águas após tratamento é oriundo da degradação
biológica do material orgânico tanto de origem vegetal ou animal depositado nos solos e
nas águas que são conhecidas como SHs (SANTOS et al., 2008).
A matéria orgânica natural (MON) é formada por processos biológicos
naturais e provém de reações químicas, biológicas e fotoquímicas, que ocorrem devido à
presença de subprodutos da decomposição de animais e vegetais. Muitos constituintes
da água natural constituem uma coleção de ácidos orgânicos polimerizados, chamados
de substâncias húmicas, e outros tipos de compostos como ácidos carboxílicos,
aminoácidos e carboidratos (TANGERINO E DI BERNARDO, 2002).
Em termos de propriedades químicas e implicações para o tratamento de
água, a fração da MON designada como substância húmica é considerada mais
importante (WIECHETECK et al., 2004). SHs são formadas pela transformação de
biomoléculas, durante o processo de decomposição de resíduos vegetais e animais
presentes no ambiente (SARGENTINI JUNIOR et al., 2001).
Nos últimos anos, o estudo da matéria orgânica do solo tem ganhado
destaque devido à crescente preocupação existente com a qualidade do meio ambiente e
que incentiva o estudo da matéria orgânica devido ao seu papel decisivo em diversos
aspectos relacionados ao solo e à água (LOSS et al., 2006). Ela é naturalmente
decomposta por processos bioquímicos e de biossíntese, envolvendo microrganismos
diversos. Desta decomposição, resultam dois tipos de substâncias: substâncias não
húmicas (proteínas, aminoácidos, polissacarídeos, etc.) e as SHs que são divididas em
ácidos húmicos (AHs), ácidos fúlvicos (AFs) e huminas (SIMÕES et al., 2006;
MEDEIROS E BROCCHI, 2007).
A MON em sistemas aquáticos também é constituída principalmente por
substâncias húmicas (SHs), que também são formadas através da decomposição
microbiológica de resíduos de plantas e animais e de sua interação com argila e demais
constituintes do solo, como também pela atividade biológica de algas e outros
27
28
29
Figu
ura 1 (A): Estado
E da arte
a do concceito estrutu
ural de um ácido húmiico (A) (BR
RUM,
20055).
Figu
ura 1 (B): Estrutura
E pro
oposta de um
m ácido fúlv
vico (B) (ST
TEFFEN, 22003).
As SHs
S interagem facilmeente com esp
pécies metáálicas e alguumas espéciies de
comppostos orgâânicos. Entrretanto, essaas interaçõees são fortemente depeendentes dee suas
caraccterísticas estruturais e dos tamanhhos molecullares. Por issto, para trab
abalhar com
m SHs,
proceedimentos adequadoss para exttração e fracionameento são dde fundam
mental
impoortância paraa o seu enteendimento ((MOREIRA
A et al., 2008
8).
30
31
32
33
34
35
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4.2 FUNGOS
39
40
Enzimas são proteínas com atividade catalítica, constituídas por uma parte
protéica, porém podem estar integradas a outras moléculas, como carboidratos e
lipídeos. Existe uma grande variedade de enzimas, sendo a maioria encontrada em
pequenas quantidades. Algumas enzimas extracelulares são produzidas em grandes
quantidades por certos organismos e são capazes de digerir materiais nutritivos
insolúveis, como celulose, proteínas e amido. Sua utilização é feita em processos
biotecnológicos industriais, ajudando a reduzir a poluição do meio ambiente (SOUZA E
ROSADO, 2009). As enzimas estudadas neste trabalho encontram-se resumidas no
quadro 1, a seguir.
41
A descoberta desta enzima se deu em 1983, quando foi descrita como uma
glicoproteína contendo ferro como grupo prostético, necessitando de peróxido de
hidrogênio (H2O2) para sua atividade. O H2O2 primeiramente oxida a enzima e o
intermediário oxidado, retira um elétron, de núcleos aromáticos formando radicais aril,
que se decompõem espontaneamente via reação de caráter radicalar (SOUZA E
ROSADO, 2009).
Acredita-se que a LiPs pode ter sido formada durante a evolução dos fungos
degradadores de lignina, promovendo reações de desaminação de produtos de ácidos
aminoaromáticos, posteriormente o mecanismo extracelular, com a presença da LiPs,
possibilitou a degradação da lignina (MOREIRA NETO, 2006).
Lignina peroxidase tem a capacidade de degradar diversos compostos
fenólicos e não fenólicos, metoxiladas, que as demais enzimas como lacase e Manganês
peroxidase não são capazes de oxidar como também alcoóis benzílicos e dimetila, e
provoca rearranjos intramoleculares. Avalia-se que o melhor pH para a remoção de
fenóis desta enzima seja 4, sendo controlado preferencialmente pelo H2O2 (SOUZA E
ROSADO, 2009).
42
43
Elas podem ser consideradas uma oxidase que catalisa reações de oxidação,
na ausência de H2O2, utilizando O2 como oxidante, sendo reduzido a H2O em um
processo de oxidação, envolvendo quatro elétrons. As lacases são enzimas que não
apresentam especificidade restrita quanto à estrutura do substrato, podendo catalisar a
oxidação de várias estruturas aromática, como as fenólicas (mono, di e polifenóis).
Alguns estudos recentes também mostram que a lacase também pode degradar
compostos não fenólicos na presença de mediadores específicos (SOUZA E ROSADO,
2009).
Lacases e peroxidases oxidam uma ampla série de fenóis substituídos
transformando radicais fenólicos em radicais aril-oxi, que se polimerizam
espontaneamente e formam complexos insolúveis; estes podem ser removidos por
precipitação, filtração ou centrifugação (MUNARI et al., 2003).
A aplicação de lacases em sistemas de tratamento de efluentes pode ser de
interesse, visto que apenas o oxigênio molecular é necessário como aceptor de elétrons
para a reação enzimática (MUNARI et al., 2003). A lacase é uma polifenoloxidase
produzida por diversos fungos, plantas e bactérias (BARBOSA E SANTIAGO, 2005).
44
45
46
da podridão branca, vem crescendo grandemente nos últimos tempos, no que se refere à
utilização de sistemas enzimáticos, devido às suas vantagens. Entre essas vantagens
pode-se destacar a diminuição de compostos tóxicos durante o processo de
descontaminação, uma vez que se trata de um processo natural, não necessitando de
substâncias químicas e que podem ser utilizados em processos de tratamento biológico
de efluentes líquidos e de resíduos sólidos (MACEDO et al., 2002; SOUZA E
ROSADO, 2009).
Vários estudos têm sido realizados com fungos com capacidade de degradar
corantes têxteis. As principais vantagens da utilização de sistemas enzimáticos em vez
de tratamentos convencionais em efluentes têxteis são a sua aplicação em materiais
recalcitrantes, atuação em altas e baixas concentrações de compostos tóxicos
contaminantes, atuação em amplo espectro de pH, temperatura e salinidade, fácil
processo de controle, entre outros. A crescente utilização de enzimas em tratamento de
poluentes específicos tem possibilitado a produção de enzimas mais baratas e facilmente
disponíveis (SOUZA E ROSADO, 2009). Os fungos suportam grandes variações de pH,
luz, umidade e oxigênio, além da grande capacidade de produção de enzimas
extracelulares que atuam rompendo ligações químicas de moléculas grandes,
transformando-as em moléculas menores fáceis de serem absorvidas e metabolizadas
(SILVA et al., 2008).
Outro mecanismo que melhora a eficiência de remoção de compostos
tóxicos por fungos é a aplicação deste com células imobilizadas. Pesquisas
desenvolvidas com fungos e a utilização de reatores com biofilme aderido têm mostrado
que esta configuração oferece grande eficiência e estabilidade, principalmente quando
da necessidade de alta taxa de degradação (FREITAS NETO et al., 2007).
A vantagem de se trabalhar com tratamentos biológicos na remoção de
produtos na água é relevante já que na remoção de efluentes o conteúdo pode ser
altamente variável quanto às características químicas e físicas, o que torna o processo de
tratamento biológico bastante restrito. Fungos como o Trametes versicolor, Pycnoporus
sanguineus mostraram-se eficientes em processos de biodegradação e descoloração de
efluentes têxteis, porém estudos complementares devem ser realizados para melhor
entendimento da reação das enzimas ligninolíticas em compostos presentes em efluentes
têxteis, bem como estudos de outros fungos degradadores da podridão branca, a fim de
encontrar o organismo com maior adaptação e, conseqüentemente, maior produção de
enzimas ligninolíticas capazes de degradar estes tipos de resíduo. Isto se deve à
47
48
5 MATERIAIS E MÉTODOS
Foram perfuradas três aberturas na área com 0,5 m2 cada, onde foram
coletados solos de uma profundidade a partir de 20 cm (figura 2), foi coletada uma
alíquota de 1 kg de solo da área de cada abertura. Sendo três amostras de aberturas
diferentes.
As amostras foram armazenadas em sacos de polietileno até a chegada ao
Laboratório de Enzimologia e Biocatálise Ambiental na Faculdade de Farmácia da
UFG. O solo foi secado ao ar até que não houvesse nenhum indício de água no mesmo,
foi desagregado com almofariz e passado em tamiz de malha 60. O restante foi
armazenado em sacos de polietileno por 60 dias como fonte reserva caso ocorresse
algum evento desfavorável durante o período de extração. Após o uso na extração dos
ácidos o restante da amostra do solo foi descartado.
49
Para ativação da IR 120 a mesma foi agitada por uma hora em ácido
clorídrico 2 mol/L.
50
Para tratar a IR 120 a mesma foi lavada com NaOH a 1 mol/L sob agitação
por uma hora e depois foi trocada a solução e aquecida até 50º C por mais uma hora, no
final foi colocado 5 mL de água oxigenada (para 500 mL de resina).
Depois de lavada novamente com água destilada a resina foi deixada sob
agitação por mais uma hora em ácido clorídrico a 2 mol/L, após esse procedimento foi
lavada até pH quase neutro. A resina foi empacotada em colunas de vidro A resina foi
utilizada até que se percebeu que parte dos grânulos da resina foram destruídos, quando
a resina foi utilizada várias vezes e não apresentava o mesmo rendimento quanto ao
inicialmente. Observando isso a resina foi descartada.
O teste para verificação da pureza do acido húmico que foi eluido nas
colunas cromatográficas foi feito através da verificação do teor de cinzas e com teste
com o reagente de nitrato de prata (AgNO3) a 0,1 mol/L.
Logo após a cromatografia de trocas iônicas o ácido húmico e o fúlvico
foram congelados. O ácido húmico purificado foi colocado em mufla a 500 oC por 2
horas para assim verificar o teor de cinzas como indicativo do grau de pureza do
material em relação aos constituintes inorgânicos e ao processo de extração e
purificação da amostra. A seguir foi feito o teste como o nitrato de prata para
verificação do teor de metais do ácido húmico.
51
52
53
O meio de cultura do tipo BGA (Batata, Glicose, Ágar) foi utilizado como meio
para o desenvolvimento dos cultivados fúngicos para a manutenção das cepas, este
sendo um meio sólido. Já o meio de cultura BGC (Batata, Glicose, Caldo) foi utilizado
como meio para o desenvolvimento dos cultivados fúngicos dos experimentos, este
sendo um meio líquido. Sendo dados de Melo e Sanhueza (1995) os componentes dos
meios sólidos e líquidos encontram-se no quadro 3.
54
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57
min. e por mais 24h. O mesmo procedimento foi feito com o acido fúlvico que foi
adicionado em solução com as mesmas proporções em pH 4,0. A temperatura e o pH foi
monitorada antes e após o termino do ensaio.
vermelho de fenol. A absorbância para leitura foi 610nm e a atividade de MnP expressa
como 'Abs/mL.min. (KUWAHARA et al., 1984).
A atividade enzimática de lignina peroxidase, onde os componentes para a
mistura da reação foram: 0,6 do extrato bruto do caldo de fungos, 0,2 mL de H2O2, 2,0
mmolL-1 de solução de álcool veratrílico (H310nm = 93000 mmol.L-1.cm-1), 2,0 mmolL-1
em tampão de tartarato de sódio 0,4 molL-1 (pH 3,0). A reação foi iniciada pela adição
de H2O2 e a leitura foi feita a partir do aldeído formado dessa reação medindo a 310
nm. A atividade de LiP é expressa em U/mL Uma unidade de atividade enzimática (U) é
a quantidade de enzima capaz de oxidar 1 µmol de substrato por minuto em 1 mL de
mistura de reação. (TIEN e KIRK, 1984 – modificado).
Para determinação do cálculo enzimático utilizou-se a equação conforme a metodologia
de Leonowick e Grzywnowick, (1881).
A atividade enzimática foi calculada de acordo com a seguinte fórmula:
U = 106 x'( /HxRx't
Onde:
Hcoeficiente de extinção molar de cada substrato, conforme dados da literatura;
'(: Absorbância em comprimento de onda específico;
't: Tempo de reação em minutos;
R: Quantidade de caldo enzimático em mL;
Uma unidade U é definida como a quantidade de enzima necessária para oxidar 1 µmol
de substrato por minuto. O resultado é expresso em U. mL-1.
5. 7 ANÁLISE ESTATÍSTICA
59
60
R3-100%= In%
Onde:
E1= Espectro do 10º dia da solução sem o ácido em estudo;
E2= Espectro do 10º dia da solução com o ácido em estudo;
E3= Espectro do 15º dia da solução com o ácido em estudo;
R1= Resultado 1 (diferença entre o espectro do 10º dia da solução com o
ácido em estudo e o espectro do 10º dia da solução sem o ácido em estudo);
R2= Resultado 2 (diferença entre o espectro do 15º dia da solução com o
ácido em estudo e o espectro do 10º dia da solução sem o ácido em estudo);
R3= Resultado 3;
In%= porcentagem do índice de remoção.
E1:100= R1
R1x E3= R3
(100% - R3)= In2%
Onde:
61
Coleta da
amostra
do solo
Análises Análises
espectrofotométricas/UV- Correlação entre estatísticas
Vis e em infravermelho atividade enzimática X
degradação das SHs
62
6 RESULTADOS E DISCUSSÃO
63
A B C
Figu
ura 3: Solo sendo trataado como ssolução de HCl a 0,5 mol/L paraa eliminação dos
carboonatos e íonns metálicoss fracamentte ligados, deixado
d em decantaçãoo (A), o conteúdo
do B
Becker, conttendo o sollo foi transsferido paraa um Beckeer de materrial plástico
o para
recebber tratamennto com o líquido
l extrrator, soluçãão de NaOH
H 0,5 mol/L
L (B) e ao lado a
mesm
ma solução com NaOH
H a 0,5 mol/L
L, após 24 horas
h (C).
Deppois de 24 horas
h o líquuido sobren
nadante foi transferido
t para um Becker
sem que se deixxasse passarr a interfacee que foi deescartada jun
ntamente coom o restan
nte do
decanntado. Postteriormente o líquido foi acidificcado com solução
s de HCl a 6 mol/L
m
(figuura 4(A)), paara a separaação dos áciidos húmico
os e fúlvicoss (figura 4 ((B)).
A B
Figu
ura 4: Soluçção no instaante que reccebeu o áciido HCl a 6 mol/L (A)
A) e depois de
d 48
horass de decantaação (B).
Perccebeu-se a precipitação
p o do ácido húmico
h umaa cor marroom a preto e uma
soluçção contenddo o ácido fúlvico
f de coor amarelad
da e marrom
m. Campos et al., (2007
7) em
um de seus esstudos lemb
bra que ass cores maarrom e am
marela, sãoo resultadoss que
firmam a presença
confi p dee ácidos fúúlvicos; e conforme
c estudos
e de Brum (200
05) a
64
coloração da solução contendo ácido húmico (AH) varia de amarelo escuro a preto em
função da concentração.
65
66
Figu
ura 5 (B B): Especttroscopia do ácido húmico da Sigm
ma-Aldrich®
® no
especctrofotômettro de Infrav
vermelho.
67
Na Figura
F 6, ob
bserva-se o espectro do
d ácido hú
úmico extraíído na regiãão do
UV-V
Vis obtido entre
e 200 e 900 nm atraavés de uma cubeta de quartzo. Obbserva-se que
q no
compprimento de
d onda em
m torno dee 250 nm o ácido húmico
h aprresenta picco de
absorrbância, esttando de acordo com o estudo de Brum (200
05). Segunddo Wiecheteeck et
al. (22004) a capaacidade de absorbância
a a UV 254 nm
m são mediidas indiretaas indicadorras da
preseença de subbstâncias hú
úmicas na áágua. Este fenômeno
f é devido à ppresença dee uma
varieedade de gruupamentos que mascarram a contrribuição de um compossto único (B
Brum,
20055).
Figu
ura 6: Especctro do ácid
do húmico eextraído na região
r do ulltravioleta e visível
6. 2 A
ANÁLISES
S DAS ATIIVIDADES
S ENZIMÁ
ÁTICAS
68
2,50
1,79 1,61
2,00
Atividade Enzimática (U.mL-1)
1,34
1,50
10 dias
15 dias
Lcc
1,00
0,50
0,10 0,04 0,05
0,00
pH 3,0 pH 5,0 pH 7,0
pH das amostras
69
0,45
0,32 0,38 0,32
Atividade Enzimática (U.mL-1)
0,40
0,35
0,30
0,25
10 dias
0,20
LiP
0,15
0,10
0,05
0,00
pH 3,0 pH 5,0 pH 7,0
Amostras Analisadas
70
0,34
0,50
0,20
0,15
0,10
0,05
0,00
pH 3,0 pH 5,0 pH 7,0
amostras analisadas
A produção da MnP ficou em 0,3 U.mL-1, no 10º dia e 0 U.mL-1 no 15º dia,
sendo a maior atividade encontrada em pH 3,0 no 10º dia.
No Teste de ANOVA para a produção enzimática de MnP do P. sanguineus
entre as amostras analisadas do 10º dia não apresentaram significância estatística, já que
p foi maior que 0,05. O mesmo ocorreu entre as amostras analisadas do 15º dia.
Nos ensaios para verificação da produção enzimática a enzima Lcc
apresentou uma produção maior que as outras enzimas analisadas, confirmando a
observação de Garcia (2007), de que o gênero Pycnoporus é capaz de produzir várias
enzimas com aplicação industrial, mas a característica mais relevante do gênero e
produzir Lcc.
71
2,35
3,00
2,30
1,99
Atividades Enzimáticas (U.mL-1)
2,50
2,00
Lcc
1,50 10 dias
1,00
0,50
0,00
pH 3,0 pH 5,0 pH 7,0
Amostras Analisadas A
0,024
0,040 0,029
)
0,028
-1
0,035
Atividade Enzimática (U.mL
0,030
0,025
Lcc
0,020 15 dias
0,015
0,010
0,005
0,000
pH 3,0 pH 5,0 pH 7,0
Amostras Analisadas
B
72
0,16 0,14
0,12
0,10
0,08
LiP
10 dias
0,06
0,04
0,02
0,00
pH 3,0 pH 5,0 pH 7,0
Amostras Analisadas
73
Quadro 4: Teste de Tukey para amostras das atividades enzimáticas de LiP por
Trametes villosa no 10º dia.
LiP
10 dias p
pH 3,0 pH 5,0 0,117
pH 3,0 pH 7,0 0,551
pH 5,0 pH 7,0 0,030
74
de pH 5,0 para as de pH 7,0 onde o pH 5,0 obteve uma produção enzimática de 0,14
U.mL-1 enquanto a amostra chamada de pH 7,0 obteve no 10º dia uma produção de 0,10
U.mL-1.
Essa diferença nas médias foi que deixou o valor de p menor que 0,05
provocando a significância estatística.
Se fizermos uma comparação da produção enzimática com os pHs podemos
perceber que amostras chamadas de pH 3,0 e 5,0 obtiveram uma maior produção, sem
diferenças significativas entre eles e uma menor produção ocorreu em pH 7,0. Apesar
de que todas as amostras dos diferentes pHs obtiveram produção de Lcc. O que
corrobora com resultados de Garcia (2005) que mostrou atividade de Lcc entre 3,0 e
7,0.
75
que provocou um valor de p maior que 0,05, não provocando assim a significância
estatística.
3,48
4,50
Atividade Enzimática (U.mL-1)
4,00
2,61
3,50
3,00
2,50 10 dias
2,00 15 dias
Lcc
1,50
1,00
0,50
0,00
Ácido Húmico Sigma Ácido Húmico
Extraído
Amostras Analisadas
Figura 12: Determinação das atividades enzimáticas (U.mL-1) da Lacase de Trametes
villosa em todas as amostras do 10º e 15º dia.
76
0,15
0,25 0,13
0,15
10 dias
LiP
0,10
0,05
0,00
Ácido Húmico Sigma Ácido Húmico Extraído
Amostras Analisadas
0,35 0,21
-1
)
0,30
Atividade Enzimática (U.mL
0,25 0,14
0,20
MnP
10 dias
0,15
0,10
0,05
0,00
Ácido Húmico Sigma Ácido Húmico Extraído
Amostras Analisadas
T. villosa foi quem obteve uma maior produção de Lcc de 3,48 U.mL-1 na
produção para os ensaios com ácido húmico Sigma-Aldrich® e 2,61 U.mL-1 na
produção para os ensaios com o ácido húmico extraído se comparado com a produção
de P. sanguineus (figura 15) que produziu 3,28 U.mL-1 para o ensaio com o ácido
húmico da Sigma-Aldrich® e 2,41 U.mL-1 produzido para o ensaio com ácido húmico
extraído. De acordo com estudos realizados por Duarte (2009) a cepa de P. sanguineus
– CCT- 4518 e muito conhecida pela grande produção de Lcc.
77
4,50
3,28
-1
)
4,00
Atividade Enzimática (U.mL
3,50 2,41
3,00
2,50 10 dias
Lcc
2,00 15 dias
1,50
0,43
1,00 0,12
0,50
0,00
Ácido Húmico Sigma Ácido Húmico Extraído
Amostras Analisadas
78
0,40 0,34
0,35
0,34
0,33
0,32
0,31
Ácido Húmico Sigma Ácido Húmico Extraído
Amostras Analisadas
0,35 0,21
-1
)
0,30
Atividade Enzimática (U.mL
0,25 0,14
0,20
MnP
10 dias
0,15
0,10
0,05
0,00
Ácido Húmico Sigma Ácido Húmico Extraído
Amostras Analisadas
79
80
A
A B C
Figu
ura 18: Fotoografias doss erlenmeyeers contendo
o as amostrras de Tram a com
metes villosa
ácidoo fúlvico dee pH 3,0 (A)), pH 5,0 (B
B), pH 7,0 (C
C) no 15º, após
a os ensaaios no Shak
ker.
A
A B
C
Figuura 19: Footografias dos erlenm meyers con ntendo as amostras de Pycnop porus
sangguineus comm ácido fúlv
vico de pH 3,0 (A), pH
H 5,0 (B), pH
p 7,0 (C) no 15º, ap
pós os
ensaiios no Shakker.
A B
Figu
ura 20: Fotoografias doss erlenmeyeers contendo
o as amostrras de Tram a com
metes villosa
ácidoo húmico exxtraído (A),, Pycnoporuus sanguineeus com áciido húmico extraído (B
B), no
15º, aapós os ensaios no Shaaker.
81
82
descooloração muuito grande sendo usadda em certoss processos para melhoorar ou mod
dificar
a apaarência de cor de alim
mento ou bbebida para a eliminaçção de com
mpostos fenó
ólicos
indessejáveis, reesponsável pelo escurrecimento da cerveja,, a formaçção de név
voa e
turbiidez em suco de fruta claro, e vinhho.
Figu
ura 21: Esppectros de ultravioleta
u e visível (UV-vis)
( daas amostrass de Pycnop
porus
sangguineus paraa controle no
n 10º dia anntes de colo
ocar água destilada
d e aautoclavada (A) ,
om água autoclavada no 15º(C) dia
com água autooclavada no 10º dia (B) e co
respeectivamentee.
83
Figu
ura 22: Esppectros de ultravioleta
u e visível (UV-vis)
( daas amostrass de Pycnop
porus
m o ácido fúlvico em pH
sangguineus sem H 3,0 no 10
0 º dia (A) o com ácido
do fúlvico em
m pH
3,0 nno 10º dia (B
B) e com a presença
p dee ácido fúlviico em pH 3,0
3 no 15º ddia (C).
84
Figu
ura 23: Esppectros de ultravioleta
u e visível (UV-vis)
( daas amostrass de Pycnop
porus
sangguineus sem
m o ácido fúllvico em pH
H 5,0 no 10 º dia (A) co
om ácido fúúlvico em pH 5,0
no 100 º dia (B) e com a pressença de ác ido fúlvico em pH 5,0 no 15º dia ((C).
85
Figu
ura 24: Esppectros de ultravioleta
u e visível (UV-vis)
( daas amostrass de Pycnop
porus
sangguineus sem
m o ácido fúllvico em pH
H 7,0 no 10 º dia (A) co
om ácido fúúlvico em pH 7,0
no 100 º dia (B) e com a pressença de ác ido fúlvico em pH 7,0 no 15º dia ((C).
As análises
a reaalizadas nass amostras de controle de T. villlosa (figurra 25)
mosttraram um aumento da
d absorbânncia em reelação ao compriment
c nto de ondaa das
amosstras do 15ºº dia, se com
mparadas coom aquelas amostras obtidas no 1 0º dia. Isso pode
ter oocorrido devido a algu
uma substâância produ
uzida pelo fungo com
mo pigmento
os ou
outroos resíduos derivado do
o fungo.
Os resultados
r com
c o T .v illosa em presença
p de acido fúlvvico com pH
H 3,0
(figuura 26) paraa teste de degradaçãoo foram exttremamente favoráveiss, Minussi et al.
(2001) encontroou resultados semelhanttes com T. villosa
v ondee observou se a atividaade de
Lcc eem placas para
p descolo
oração.
86
87
Figu
ura 25: Esppectros de ultravioletaa e visível (UV-Vis) das amostrras de Tram
metes
villossa para conntrole sem água
á no 10 º dia (A) com
c água autoclavada
a a no 10 º diia (B)
com água autocllavada 15º dia
d (C).
88
Figu
ura 26: Esppectros de ultravioletaa e visível (UV-Vis) das amostrras de Tram
metes
villossa sem o áccido fúlvico
o em pH 3,00 no 10 º diia (A) com ácido fúlvicco em pH 3,0
3 no
10 º ddia (B) e coom a presença de ácidoo fúlvico em
m pH 3,0 no 15º dia (C) .
89
Figu
ura 27: Esppectros de ultravioletaa e visível (UV-Vis) das amostrras de Tram
metes
villossa sem o áccido fúlvico
o em pH 5,00 no 10 º diia (A) com ácido fúlvicco em pH 5,0
5 no
10 º ddia (B) e coom a presença de ácidoo fúlvico em
m pH 5,0 no 15º dia (C) .
90
Figu
ura 28: Esppectros de ultravioletaa e visível (UV-Vis) das amostrras de Tram
metes
villossa sem o áccido fúlvico
o em pH 7,00 no 10 º diia (A) com ácido fúlvicco em pH 7,0
7 no
10 º ddia (B) e coom a presença de ácidoo fúlvico em
m pH 7,0 no 15º dia (C) .
Os fungoos de decom
mposição braanca poderiiam aumentar sua produução enzim
mática,
caso ficassem em
m um maio m contado com as SHss, pois seriia permitido
or período em o uma
maioor adaptabiliidade destes fungos aoo substrato. Segundo Onneby,
O Jonnsson e Sten
nstron
(20100), provaraam em seu
us estudos que a degradação pode
p ser tootal, quand
do os
microorganismoss estão adaaptado ao aambiente, daí
d a impo
ortância do isolamento
o dos
microorganismoss de locais contaminado
c os, com as substâncias
s que se preteende estudaar.
91
92
Peloos resultado
os estatístic os fica clarro que tantto a LiP coomo a MnP
P não
interfferiram nesstes resultad
dos, já que sua produção foi muitto baixa em
m todos os testes,
t
princcipalmente nos
n ensaios com os áciidos húmico
os.
Figu
ura 29: Esppectros de ultravioleta
u e visível (UV-Vis) daas amostrass de Pycnop
porus
sangguineus sem
m o ácido hú
úmico da Siigma-Aldricch® no 10 º dia (A) coom ácido hú
úmico
da Siigma-Aldricch® no 10 º dia (B) ccom ácido húmico
h da Sigma-Aldr
S rich® no 15
5º dia
(C).
93
Figu
ura 30: Esppectros de ultravioleta
u e visível (UV-Vis) daas amostrass de Pycnop
porus
sangguineus sem
m ácido húmico extraídoo no 10 º diaa (A) com ácido
á húmicco extraído no
n 10
º dia (B) com áccido húmico
o extraído noo 15º dia (C
C).
94
As amostras de
d T. villoosa com o ácido húm
mico extraaído (figuraa 32)
obtivveram uma diminuição
o notável daa absorbância nos espectros do 100º para o 15
5º dia.
E coomo o relattado com o ácido húm
mico da Sig
gma-Aldrich
h®, houve uma dimin
nuição
consiiderável noo segundo trecho m
maior que no primeiro. Os Reesultados foram
f
comppatíveis com
m à produçãão enzimátiica da Lcc obtidas
o na produção
p ennzimática do
d 10º
dia. O índice dee percentuaal de remoçção no prim
meiro trecho % e de 42% no
o foi de 33%
segunndo trecho.
Figu
ura 31: Esppectros de ultravioletaa e visível (UV-Vis) das amostrras de Tram
metes
villossa sem o áccido húmico da Sigmaa-Aldrich® no 10 º diaa (A) com áácido húmico da
Sigm
ma-Aldrich®
® no 10 º dia (B) com áácido húmicco da Sigmaa-Aldrich® no 15º dia (C).
(
95
Figu
ura 32: Esppectros de ultravioletaa e visível (UV-Vis) das amostrras de Tram
metes
villossa sem o áccido húmico
o extraído nno 10 º dia (A)
( com áciido húmico extraído no
o 10 º
dia (B
B) com áciddo húmico extraído
e no 15º dia (C)).
Os testes
t de adsorção foram
m realizado
os com intuiito de verifi
ficar se os fu
ungos
m os ácidos húmicos e fúlvicos duurante os ensaios,
em eestudos degrradaram ou adsorveram
pois conforme estudos
e de Silva e Fayy (2004), o processo de
d degradaçção depend
de dos
microorganismoss envolvidoss e são diferrentes as reeações e tran
nsformaçõees catalisadaas por
estess. Com o processo de
d autoclavaação realizaados nos en
nsaios foi ppossível parralisar
essass reações que
q promov
vem a degrradação e por
p isso seendo necesssário o tesste de
96
Figu
ura 33: Esppectros de ultravioleta
u e visível (UV-Vis) daas amostrass de Pycnop
porus
sangguineus auttoclavado com
c ácido fúlvico em A) e 15º(B) dia
m pH 3,0 no 10º(A
respeectivamentee.
97
Figu
ura 34: Esppectros de ultravioletaa e visível (UV-Vis) das amostrras de Tram
metes
villossa autoclavvado e adiicionado o ácido fúlv
vico em pH
p 3,0, noo 10º e 15
5º dia
respeectivamentee.
Difeerente do qu
ue aconteceuu as amostrras de P. sanguineus coom ácido fú
úlvico
em ppH 3,0 para o teste de adsorção
a ass amostras de
d P. sanguineus com áácido fúlvicco em
pH 55,0 apresenttaram uma redução
r da absorbânciaa em relaçãão ao comprrimento de onda,
mas somente no
n primeiro
o trecho, cconforme fiigura 35. O índice dde percentual de
adsorrção no prim
meiro trecho
o foi de 40%
%.
Figu
ura 35: Esppectros de ultravioleta
u e visível (UV-Vis) daas amostrass de Pycnop
porus
sangguineus autooclavado e adicionado
a o ácido fúlv
vico em pH 5,0, no 10ºº(A) e 15º(B
B) dia
respeectivamentee.
98
Figu
ura 36: Esppectros de ultravioletaa e visível (UV-Vis) das amostrras de Tram
metes
villossa autoclaavado com ácido fúúlvico em pH 5,0 no
n 10º(A) e 15º(B)) dia
respeectivamentee.
99
Figu
ura 37: Esppectros de ultravioleta
u e visível (UV-Vis) daas amostrass de Pycnop
porus
sangguineus autooclavado e adicionadoo o ácido fúlvico em pH 7,0 noo 10º e 15
5º dia
respeectivamentee.
A figura
f 38, mostra
m gráfiicos de espeectro de T. villosa autooclavado em
m pH
7,0, oonde a dimiinuição do espectro
e da absorbânciia em relaçãão ao comprrimento de onda,
dsorção de ssomente 15
foi baixa, onde foi encontraado um índiice de perceentual de ad 5% no
prim
meiro trecho foi de 13% no segundoo trecho.
Figu
ura 38: Esppectros de ultravioletaa e visível (UV-Vis) das amostrras de Tram
metes
villossa autoclavvado e adicionado o áácido fúlvicco em pH 7,0
7 no 10º((A) e 15º(B
B) dia
respeectivamentee
Os resultados
r conforme
c m
mostram as figuras 35 e 36, ondee o ácido fú
úlvico
em ppH 5,0 tantoo em presença do P. ssanguineus como de T.
T villosa é mais facilm
mente
adsorrvido pela massa
m fúngiica.
100
101
102
Figu
ura 41: Esppectros de ultravioleta
u e visível (UV-Vis) daas amostrass de Pycnop
porus
sangguineus autooclavado com
m ácido húm
mico extraído no 10º(A
A) e 15º(B).
Figu
ura 42: Esppectros de ultravioletaa e visível (UV-Vis) das amostrras de Tram
metes
villossa autoclavaado com ácido húmicoo extraído no
o 10º(A) e 15º(B).
1
6.3 P
PRODUÇÃ
ÃO ENZIMÁ
ÁTICA E A UTILIAÇ
ÇÃO DO REATOR
R E STÁTICO (JAR
TEST
T)
103
2,50
1,84
)
-1
Atividade Enzimática (U.mL
2,00
1,21
1,50
10 dias
24h
1,00
0,32
0,50 0,13
0,00 0,00
0,00
Lcc LiP MnP
Enzimas Analisadas
3,50
3,00
2,50
1,26 10 dias
2,00
24h
1,50
1,00
0,50 0,10 0,09
0,01 0,00
0,00
Lcc LiP MnP
Enzimas Analisadas
3,00
2,12
Atividade Enzimática (U.mL-1)
2,50
2,00
10 dias
1,50 24h
0,67
1,00
0,50
0,07 0,00 0,09 0,00
0,00
Lcc LiP MnP
Enzimas Analisadas
3,00
2,02
Atividade Enzimática (U.mL-1)
2,50
2,00
1,01 10 dias
1,50
24h
1,00
0,50
0,06 0,01 0,07 0,00
0,00
Lcc LiP MnP
Enzimas Analisadas
105
106
B
A
Figu
ura 47: Fottografias daa utilizaçãoo do Jar Teest contendo
o as amostr
tras de Tram
metes
villossa com áciddo fúlvico e Pycnoporuus sanguineeus; (A) os dois primeiiros jarros são
s de
metes villossa, e os do
Tram ois últimos de Pycnop uineus (A) – fotograffia da
porus sangu
utilizzação do Jaar Test (B) fotografiass do final do
d uso do Jar Test (300 min. depo
ois do
inícioo do experrimento) o primeiro j arro com as
a amostras de Trameetes villosa
a e o
segunndo com am
mostras conttendo Pycnooporus sang
guineus.
107
Figu
ura 48: Esppectros de ultravioleta
u e visível (UV-Vis) daas amostrass de Pycnop
porus
sangguineus com
m ácido fúlv
vico no 10º dia, após a utilização do reator esstático (Jar Test)
(A), após 10 minn. da finalizzação dos exxperimento
os (B) e 24 horas
h após o finalizaçãão dos
experimentos coom o reator estático (Jaar Test) (C)..
As amostras de
d T. villossa com o ácido fúlv
vico, obtiveeram um índice
í
perceentual de reemoção no primeiro ttrecho de 44%
4 em com
mparação ccom as amo
ostras
apressentadas no final dos experimentoos e as amosstras apresen
ntadas depoois de 10 min. de
decanntação, tam
mbém foi encontrado
e um índicee percentuaal de remoçção de 67%
% no
prim
meiro trechoo em relação as amoostras obtid
das depois de 24h daa finalizaçãão do
experimento. Já no segu
undo trechoo os índices de rem
moção foram
m de 43%
% em
compparação com
m as amostras apresenntadas no final dos experimentoos e as amo
ostras
apressentadas deppois de 10 min.
m de deccantação, e de remoção
o de 71% noo segundo trecho
em reelação as am
mostras obtiidas depois de 24h da finalização
f do experim
mento. Resulltados
apressentados naa figura 48.
108
Figu
ura 49: Esppectros de ultravioletaa e visível (UV-Vis) das amostrras de Tram
metes
villossa com áciddo fúlvico no
n 10º dia (A), após a utilização do reator eestático (B)) e 24
horass após a utillização do reator
r estáticco (C).
A produção
p en
nzimática ppara os testtes com o ácido húm
mico tanto de
d P.
sangguineus com
mo de T. villosa foram
m promissorras, mas nitidamente ppelas fotografias
(figuura 50) e pelos espectro
os (figura 5 1, 52) a dim
minuição daa absorbânccia em função do
compprimento de onda foi maior em
m T. villosa
a em presen
nça de áciddo húmico,, isso
tambbém pode seer visto a olh
ho nu durannte os experrimentos.
109
A
B
Figu
ura 50: Fottografias do
os experim
mentos em reator
r estático (Jar Teest) contend
do as
amosstras de Traametes villo
osa com áciido húmico e Pycnopo
orus sanguinneus; (A) os
o três
prim ametes villossa, e os trêss últimos Pyycnoporus ssanguineus (A) –
meiros jarros são de Tra
fotoggrafia no momento
m do
o experimennto, (B) fo o final do experimentto em
otografia do
reatoor estático (JJar Test) (30 min. depoois do início
o do ensaio)) (C) fotogra
rafia comparrando
o priimeiro jarrro com as amostras dde Trametess villosa e o segundoo com amo
ostras
conteendo Pycnooporus sang
guineus no ffinal do exp e reator esstático (Jar Test)
perimento em
(30 m
min. depois do início do
o experimennto).
As amostras
a dee P. sanguinneus em exp
perimentos com ácido húmico exttraído
obtivveram um ínndice percen
ntual de rem
moção no primeiro treccho de 68%
% em compaaração
s na final dos experrimentos em
das amostras apresentadas
a m Jar Testt e as amo
ostras
apressentadas deepois de 10 min. de deecantação e um índicee percentuall de remoção de
77% no primeiro trecho em
m relação ass amostras obtidas
o depo
ois de 24h dda finalização do
experimento. Já no segu
undo trechoo os índices de rem
moção foram
m de 71%
% em
compparação com
m as amostras apresenntadas no final dos experimentoos e as amo
ostras
apressentadas deppois de 10 min.
m de deccantação, e de remoção
o de 86% noo segundo trecho
em reelação as am
mostras obtiidas depois de 24h da finalização
f do experim
mento. Resulltados
apressentados naa figura 51.
110
Figu
ura 51: Esppectros de ultravioletaa e visível (UV-Vis) das amostrras de Tram
metes
villossa com áciddo húmico extraído noo 10º dia ap
pós experim
mento em reaator estático
o (Jar
Test)) (A), 10 min.
m após o final doo experimen
nto (B) e 24 horas aapós o final do
experimento (C)) em Jar Tesst respectivvamente.
As amostras de
d P. sanguuineus em ácido
á húmiico extraídoo obtiveram
m um
índicce percentuaal de remoçção no prim
meiro trecho
o de 48% em
m comparaçção das amo
ostras
apressentadas no final dos experimentoos com as am
mostras apreesentadas ddepois de 10
0 min.
de decantação, também fo ual de remooção de 57% no
oi encontraddo um índicce percentu
prim
meiro trechoo em relação as amoostras obtid
das depois de 24h daa finalizaçãão do
experimento. Já no segu
undo trechoo os índices de rem
moção foram
m de 22%
% em
compparação daas amostrass apresentaadas no fin
nal dos experimentos e as amo
ostras
apressentadas deepois de 10 min. de de cantação e um percenttual de rem
moção de 56
6% no
111
Figu
ura 52: Esppectros de ultravioleta
u e visível (UV-Vis) daas amostrass de Pycnop
porus
sangguineus com
m ácido húm
mico extraíddo no 10º diia após experimento em
m reator estático
(Jar T
Test) (A), após
a 10 min
n. da finalizaação dos ex
xperimentoss (B) e 24 hhoras após o final
do exxperimento em reator estático
e (C) respectivam
mente.
112
7 CONCLUSÕES E RECOMENDAÇÕES
2. O método de extração utilizado foi eficaz nas extrações dos ácidos húmicos e
fúlvicos;
7. T. villosa foi também o fungo que apresentou maior adsorção em comparação com
P. sanguineus, o que foi visivelmente comprovado pelos espectros de UV-vis e
chegou a obter um índice percentual de adsorção nos experimentos em Incubadora
Shaker para Teste de Adsorção obtendo um índice percentual de 68% de adsorção;
113
10. Os fungos nos ensaios feitos no Jar Test funcionaram como um agente coagulante.
114
REFERÊNCIAS
115
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KUWAHARA, M.; GLENN, J.K.; MORGAN, M.A & GOLD, M.H. Separation and
characterization of two extracellular H2O2 dependent oxidases from ligninolytic
cultures of Phanerochaete chrysosporium. FEBS Left., n. 169, p. 247-250, 1984.
117
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ROSA, A. H., ROCHA; J. C.; FURLAN M.. Substâncias húmicas de turfa: estudo dos
parâmetros que influenciam no processo de extração alcalina. Química nova, v. 23, n.
4, p. 472-476, 2000.
SARGENTINI JUNIOR, É.; ROCHA J. C.; ROSA, A. H.; ZARA, L. F.; SANTOS, A.
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2001.
TEIXEIRA, M. R.; LUCAS, H.; ROSA, M. J. Remoção de matéria orgânica natural por
ultrafiltração. caso de estudo: ETA de alcantarilha. Actas do 2º Encontro Nacional de
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waters by fungal biomass biosorption. Chemosphere, v. 27, n. 4, p. 607-620, 1993.
121
APÊNDICE – A
Atividades Enzimáticas
122
123
124
125
126
127
Quadro A – 04: Atividade enzimática do Pycnoporus sanguineus com ácido húmico extraído
128
Quadro A – 05: Atividade enzimática do Trametes villosa com ácido húmico Sigma-Aldrich®
129
Quadro A – 06: Atividade enzimática do Trametes villosa com ácido húmico extraído
130
131
132
LiP (U/mL) p
10 dias
pH 3,0 Ph 5,0 0,117
Ph 7,0
pH 5,0 Ph 7,0 0,030
Fator n Média DP p
Lcc (U/mL)
10 dias 9 1,578 0,330
15 dias 9 0,061 0,045 <0,001
LiP (U/mL)
10 dias 9 0,339 0,046
15 dias 9 0,001 0,001 <0,001
MnP (U/ml)
10 dias 9 0,296 0,086
15 dias 9 0,000 0,000 <0,001
Fator n Média DP p
Lcc (U/mL)
10 dias 9 2,215 0,369
15 dias 9 0,027 0,008 <0,001
LiP (U/mL)
10 dias 9 0,118 0,020
15 dias 9 0,00011 0,00022 <0,001
MnP (U/mL)
10 dias 9 0,035 0,064
15 dias 9 0,0039 0,0086 0,130
133
134
Quadro A – 15: Análise estatística descritiva de do Trametes villosa com ácido húmico
Sigma-Aldrich®
Lcc (U/mL) n Média DP Min Max
3,48 0,67 2,71 3,95
10º dia 3
0,11 0,14 0,02 0,27
15º dia 3
1,80 0,02 3,95
Total 6
Quadro A – 16: Análise estatística descritiva de Trametes villosa com ácido húmico
extraído
Lcc (U/mL) n Média DP Min Max
2,61 0,26 2,44 2,90
10º dia 3
0,19 0,03 0,15 0,21
15º dia 3
1,40 0,15 2,90
Total 6
Quadro A – 17: Análise estatística descritiva de Trametes villosa com ácido húmico
Sigma-Aldrich®
LiP (U/mL) n Média DP Min Max
0,15 0,09 0,09 0,25
10º dia 3
0,00 0,00 0,00 0,00
15º dia 3
0,07 0,00 0,25
Total 6
Quadro A – 18: Análise estatística descritiva de Trametes villosa com ácido húmico
extraído
LiP (U/mL) n Média DP Min Max
0,13 0,03 0,10 0,16
10º dia 3
0,00 0,00 0,00 0,00
15º dia 3
0,06 0,00 0,16
Total 6
135
Quadro A – 19: Análise estatística descritiva de Trametes villosa com ácido húmico
Sigma-Aldrich®
MnP (U/mL) n Média DP Min Max
0,14 0,04 0,12 0,20
10º dia 3
0,00 0,00 0,00 0,00
15º dia 3
0,07 0,12 0,20
Total 6
Quadro A – 20: Análise estatística descritiva de Trametes villosa com ácido húmico
extraído
MnP (U/mL) n Média DP Min Max
0,21 0,08 0,13 0,29
10º dia 3
0,00 0,00 0,00 0,00
15º dia 3
0,11 0,00 0,29
Total 6
136