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é o direito internacional que determina quais são os sujeitos, não havendo, pois em princípio, sujeitos de direito próprio.

é também o direito internacional que estabelece a forma pela qual nasce a personalidade jurídica internacional: O processo
pelo qual ela surge pode ser automático (como acontece com o Estado); ou implicar actos especiais de reconhecimento
(como sucede com a generalidade dos outros sujeitos);

É sujeito de DI quem for suceptível de ser titular de Só são sujeitos do direito internacional aqueles que estejam em relação directa e imediata com a norma internacional, e que
direitos ou suporte de obrigações resultantes directa e não necessitem, para que os efeitos da norma se projectem na sua esfera jurídica da intervenção de outra pessoa
imediatamente de uma norma de direito internacional.

A personalidade jurídica internacional pode abranger uma esfera de capacidade mais ou menos ampla, conforme os interesses
que visa satisfazer
A teoria da Responsabilidade: Para afirmar a
personalidade jurídica internacional, e segundo a qual
para se ser sujeito de direito internacional não bastava a
susceptibilidade da titularidade de direitos mas era A personalidade jurídica internacional pode não coincidir com o direito interno: assim há pessoas jurídicas de direito interno
necessária também a possibilidade de os fazer valer que não têm, ou podem não ter, personalidade internacional. Ou pelo menos, cuja capacidade jurídica internacional pode não
directamente através de "reclamação internacional" coincidir com a capacidade que o Direito Interno lhes reconhece (é o caso dos indivíduos). E, inversamente, há pessoas
jurídicas internacionais que não têm personalidade no Direito Interno. Por exemplo: movimentos de libertação nacional são
mais facilmente reconhecidos pela comunidade internacional do que pelo o direito interno.

As classificações representam separações estanques na realidade em que cada sujeito se insere com recurso a noções
conceptuais-abstractas:1) sujeitos estaduais e sujeitos não estaduais; 2) sujeitos comuns e sujeitos particulares; sujeitos de
base territurial e sujeitos sem base territorial; 3) sujeitos originários e sujeitos supervenientes; sujeitos permanentes e sujeitos
transitórios; 4) sujeitos totais e sujeitos parciais; 5) sujeitos de direitos e sujeitos de deveres; 6) sujeitos activos e sujeitos
passivos; 7) sujeitos de suporte costumeiro e sujeitos de suporte convencional.
Sujeito de DIP

Modalidades dos sujeitos internacionais: Existem dois


caminhos para diversificar as modalidades dos sujeitos
internacionais, a saber, através da classificação ou da As tipologias descrevem parcelas dessas realidades, sem concorer a métodos abstractos conceptuais. No quadro da
tipologia distinção encontra-se dois critérios, designadamente, critérios estruturais e funcionais. Os primeiros são marcados pelos
Estados, enquanto, os segundos são motivados por representações não estaduais, sendo-lhes indiferentes ou paralelas as
influências estaduais. Assim, encontram-se seguintes tipologias dos sujeitos do DI: 1) Estado, nas suas múltiplas variantes; 2)
Entidades para-estaduais, pelas suas fortes semelhanças em relação à estrutura estadual; 3) as estruturas inter-estaduais,
agrupando realidades estaduais mais simples; 4) as colectividades estaduais, sujeitos de natureza institucional, que
correspondem a entidades colectivas que não têm base estadual; 5) pessoa humana.

1) Critério do objecto: o reconhecimento pode ser de uma situação ou de um evento internacional;

2) Critério do modo: o reconhecimento pode ser expresso, através de um acto solene, ou implicito, quando se deduz de
outros actos ou certos comportamentos;

3) Critério da autoria: o reconhecimento pode ser individual, se da autoria de uma entidade, ou colectivvo, quando
protagonizado por vários sujeitos internacionais;

O reconhecimento da subjectividade internacional: É 4) Critério da existência ou não de cláusulas acessórias: separa-se o reconhecimento simples do reconhecimento
variada a fenomenologia do acto de reconhecimento, pois condicional;
que o mesmo se mostra susceptivel de várias
contraposições, que ilustram bem as diferentes hipóteses
a levar em consideração no estudo desta problemática: 5) Critério de natureza definitiva ou provisória: pode ser um reconhecimento de iure, quando se projecta irrevogavelmente
sobre a situação em questão, ou um reconhecimento de facto, quando adquire um sentido precário, havendo o
desconhecimento de todos os contornos da situação em apreço:

RECONHECIMENTO CONSTITUTIVO: Mais


empenhativo, implicita que a emergência de um novo
sujeito internacional está sempre dependente da
formulação de uma vontade positiva por parte dos
sujeitos que alcançaram essa mesma sociedade
internacional, sem o qual tal subjectividade jamais
pode desenvolver-se, fundando-se numa clara visão
6) Critério dos efeitos: o reconhecimento pode subjectivista das relações internacionais.
ser constitutivo ou declarativo.

RECONHECIMENTO DECLARATIVO: Menos


exigente, é um acto de mera certificação formal quanto
ao prévio aparecimento de um novo ente de Direito
Internacional, cuja emissão nada lhe acrescenta, ainda
que possa ser pragmaticamente útil.

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