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HISTÓRIA – 8º ANO

ANTIGO REGIME

1. Definir Antigo Regime.


Período histórico na Europa, entre os séculos XVI e XVIII, que se caraterizou, na política, pelo absolutismo, na
economia, pelo mercantilismo e na sociedade, pela divisão em ordens. Esta designação foi atribuída pelos
historiadores, após as revoluções liberais do século XVIII, para designar o período anterior a estas revoluções.

2. Explicar em que consistiu o Absolutismo Régio.


O rei tinha recebido o seu poder de Deus e era o seu representante na terra para poder governar sem contestação –
Concentra em si todo o poder. O rei centralizava em si os três poderes políticos: Poder legislativo – faz as leis; Poder
executivo – executa as leis; Poder Judicial - julga.

3. Conhecer os instrumentos do poder absoluto.

4. Mostrar a organização e as características da sociedade de Antigo Regime.


A sociedade de Antigo é uma sociedade estratificada em ordens ou estados. É Hierarquizada. Uma ordem social é um
grupo social fechado a que se pertence pelo nascimento. Cada ordem social tem uma função e um estatuto jurídico
próprio. Na sociedade de Antigo Regime existem 3 ordens sociais: o clero, a nobreza e o terceiro estado.

5. Mostrar a importância da burguesia na sociedade de Antigo Regime.


 No terceiro estado destacou-se um grupo social a Burguesia.
 Olhada com desconfiança pelo clero e pela nobreza, foi-se afirmando pelo seu poder económico.
 Os reis recorreram muitas vezes aos grandes burgueses para a obtenção de empréstimos.

6. Caracterizar a economia de Antigo Regime.


A economia de Antigo Regime foi uma economia predominantemente agrícola. A grande maioria da população vive
da agricultura e foram essencialmente os produtos agrícolas que alimentaram a atividade mercantil que então se
desenvolvia.

7. Conhecer o mercantilismo e explicar a sua aplicação


Mercantilismo (também conhecido por colbertismo) – Doutrina económica desenvolvida por Colbert, ministro do rei
francês Luís XIV, Política Mercantilista. Destinada a resolver a crise económica europeia do século XVII O objetivo era
equilibrar a balança comercial para que os metais preciosos não saíssem do país, aumentando as exportações e
diminuindo as importações. Desenvolve-se a indústria manufatureira, o comércio colonial e as companhias de
comércio.
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8. Conhecer os principais contributos para a revolução científica do século XVII (dezassete).


No século XVII e XVIII verificou-se, na Europa, um tão grande e importante desenvolvimento científico, sobretudo
nos domínios da Matemática, da Astronomia, da Física, da Química e da Medicina, que se pode falar de uma
verdadeira Revolução Científica. Na origem desta revolução encontra-se o chamado Método Experimental ou
Científico que se baseia em cinco etapas:
 observação;
 levantamento de um problema;
 formulação de uma hipótese;
 experimentação;
 conclusão e generalização (leis gerais).

9. Conhecer os principais avanços técnicos


que permitiram o alargamento do
conhecimento científico.
A Revolução Científica tornou o conhecimento mais
estruturado e mais prático, absorvendo o
empirismo como mecanismo para se consolidar as
constatações. Esse período marcou uma rutura
com as práticas ditas científicas da Idade Média,
fase em que a Igreja Católica ditava o
conhecimento de acordo com os preceitos
religiosos. Embora na época tenha havido grande
movimentação com a divulgação de novos
conhecimentos e novas abordagens sobre a
natureza e o mundo

10. Conhecer as áreas científicas onde


aconteceram os avanços mais
significativos dos séculos XVII e XVIII
(dezassete e dezoito).

11. Mostrar as razões política, social e


económica que fizeram das Províncias
Unidas (Holanda) e Inglaterra, exceções
ao Antigo Regime.
A Holanda e a Inglaterra não adotaram as medidas
económicas protecionistas, uma vez que
dispunham de uma poderosa frota mercante que
assegurava o domínio dos mares e a exploração das
grandes rotas oceânicas, fazendo uma forte
concorrência aos Impérios peninsulares.
Existia uma burguesia rica e empreendedora, de
religião protestante, de elevada instrução e com
espírito de iniciativa, que não tinha medo de se
aventurar em negócios arriscados, e que
desempenhava importantes cargo na governação.

12. Conhecer o absolutismo régio de D. João


V.
O reinado de D. João V coincidiu com um período de grande abundância impulsionada pela descoberta de ouro e
diamantes no Brasil. Graças a este achado, D. João procurou construir um reinado à imagem de Luís XIV de França,
com opulência, luxo e gastos desmesurados.

13. Caracterizar a sociedade portuguesa de Antigo Regime.


A sociedade portuguesa de Antigo Regime era constituída por três grupos sociais: clero, nobreza e povo. Era
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fortemente estratificada e hierarquizada, e a ascensão social era muito reduzida e demorada.

14. Caracterizar a economia portuguesa de Antigo Regime (reinados de D. Pedro II e D. João V).
 agricultura era a principal atividade económica
 agricultura atrasada e pouco produtiva porque:
- utilizava técnicas e instrumentos agrícolas arcaica
- a maior parte das terras não eram convenientemente exploradas (pertenciam ao rei, nobreza e clero)
 as cidades cresceram e havia maior prosperidade devido ao comércio
 desenvolveu-se o comércio triangular (comércio feito pelos Portugueses entre a África, América e
Europa)
Na segunda metade do século XVII a economia portuguesa atravessa uma crise devido:
- guerras da Restauração com a Espanha (1640 a 1668)
- queda do comércio do açúcar e tabaco brasileiro
- diminuição das exportações de vinho e sal

15. Explicar a razão da realização do Tratado de Methuen.


Portugal encontrava-se em decadência econômica, após o malfadado período da União Ibérica (até 1640) e o
rompimento das relações com os holandeses.

16. Conhecer os termos do Tratado de Methuen


O tratado de Methuen definia que:
 lanifícios ingleses entrariam livremente em Portugal
 os vinhos portugueses pagariam taxas alfandegárias inferiores às que os vinhos franceses pagavam para
entrar em Inglaterra.

17. Conhecer os princípios do Iluminismo e seus pensadores.


Iluminismo era um movimento cultural, que surgiu no século XVIII, e que valorizava o Homem como ser racional e
esclarecido. Defendia a Liberdade Económica, o liberalismo Politico e que o Homem devia ser iluminado pelo
conhecimento baseado na razão para assim sair da obscuridade da ignorância e ser livre
Principais iluministas:
 John Locke (pai do Iluminismo)
 François Marie Arouet Voltaire (defendia a tolerância religiosa)
 ImmanuelKant (filosofo que enaltecia o poder da razão)
 Marquês de Condorcet (defendia a instrução para todos)
 Montesquieu (defendia a separação dos poderes)
 Jean Jacques Rousseau (defendia a soberania popular)

18. Conhecer os principais meios de difusão do Iluminismo.


A difusão das ideias iluministas foi rápida graças:
 à invenção da Enciclopédia
 aos jornais
 aos cafés
 ás academias
 ás lojas da Maçonaria

19. Mostrar em que consistiu o Despotismo Esclarecido.


O despotismo esclarecido é, no fundo, a junção do absolutismo com as ideias iluministas (progresso, modernização,
liberdade, igualdade) OU SEJA o rei continua a ter um poder absoluto mas a sua governação destina-se a trazer o
progresso da nação e o bem estar dos seus súbditos
Para que o monarca governasse bem a favor do progresso da nação e bem-estar dos seus súbditos era necessário
deter o máximo de poder possível.
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20. Mostrar a ação económica do Conde de Oeiras (futuro Marquês de Pombal), no reinado de D. José.
No reinado de D. José I houve a necessidade de se regressar ao mercantilismo, devido a diversos fatores como a
redução de remessas de ouro provenientes do Brasil e o enfraquecimento das manufaturas portuguesas, debilitadas,
em parte, pela assinatura do Tratado de Methuen. Deste modo, procurou-se fomentar o comércio, com a criação da
Junta do Comércio e a fundação de companhias comerciais monopolistas; e apoiar as manufaturas, nomeadamente
a partir da criação e reorganização de muitas oficinas e fábricas, publicação de pragmáticas, aquisição de maquinaria
moderna e contratação de técnicos especializados.

21. Conhecer as medidas tomadas pelo futuro Marquês de Pombal para reforçar o poder do rei e melhorar
a administração do Estado português.
 reorganização da administração central (com a criação do Erário Régio para controlar as finanças públicas)
 reforma dos tribunais
 reforma do ensino
 criação da Intendência Geral da Polícia de Lisboa
 Criação da Real Mesa Censória (para censurar livros contra o regime e diminuir o poder da Inquisição)

22. Mostrar como é que o futuro Marquês de Pombal submeteu os grupos privilegiados.
O plano de reforço do poder do Estado empreendido pelo Marquês de Pombal passou também por retirar
poder aos privilegiados: clero e nobreza. Em 1758, o rei D. José sofreu um atentado. A ocasião foi aproveitada
para implicar poderosas famílias nobres e também membros do clero – os jesuítas. Os jesuítas dominavam a
cultura e o ensino em Portugal e nas colónias. Após terem sido implicados no atentado, foram expulsos de
Portugal em 1759 e os seus bens foram confiscados pela Coroa.
  
23. Mostrar de que forma a reconstrução de Lisboa demonstra os princípios racionalistas do Iluminismo
e o Despotismo Esclarecido.
A reconstrução da cidade de Lisboa reforçou o papel de liderança e iniciativa desempenhado pelo Marquês de
Pombal. Na verdade, o plano urbanístico concebido por Carvalho e Melo e pela equipa que com ele trabalhou é
inovador e reflete o poder absoluto do rei, visível na estátua equestre de D. José I situada na Praça do Comércio e na
uniformização arquitetónica dos edifícios que não permite a distinção social.

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