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Tópicos Integradores II

Letras - Português
UNIDADE III
Sumário

Para início de conversa....................................................................................... 5


COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE...................................................... 6
Ainda sobre Paulo Freire e a comunicação.......................................................................... 7
EDUCAÇÃO, MÍDIA E COMUNICAÇÃO...................................................................... 8
“E A ESCOLA SE FEZ BYTE”......................................................................................... 9

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TÓPICOS INTEGRADORES II
UNIDADE 3

Para início de conversa

Estimado (a) estudante, como vai?

Começaremos a unidade 3 destacando as novas tecnologias da comunicação e


informação, bem como elas estão sendo aplicadas na educação, através da formação
de professores mais capacitados e expostos a novos meios de ensinar.

Lembre-se que é imprescindível ter estudado bastante as unidades anteriores e que


todas as atividades tenham sido executadas de maneira produtiva. Ok?

Orientações da Disciplina

Nesta unidade daremos continuidade ao nosso conhecimento sobre as definições necessárias para
seguirmos com o entendimento de integração que acontecem no decorrer do seu curso de maneira
construtiva e complementar. O foco será a tecnologia e suas possibilidades para a educação.

É necessário acompanhar e integrar todo o material disponibilizado. Todo o conteúdo está relacionado
nos materiais que se completam de forma independente, porque afinal de contas quanto mais fontes de
informações pudermos consultar, melhor! Não é verdade?

Recomendamos que o guia de estudo seja lido na íntegra e após a finalização, sugerimos uma breve
reflexão e análise do conteúdo estudado para sua própria interpretação.

Ao longo dos seus estudos teremos alguns links, indicações e vídeos que servirão como apoio para
detenção do conteúdo e desenvolvimento das atividades. Você também deverá acessar o nosso ambiente
virtual para responder as atividades, pois elas possuem critério avaliativo.

Caso surja (m) dúvida (s), fale com o (a) tutor (a) porque ele (a) sempre está apto (a) para esclarecê-las.

Teremos os seguintes materiais de apoio para que possamos seguir com a disciplina de maneira completa:

• Links
• Vídeos
• Bibliografia indicada

É preciso que você apreenda o maior número de informações possíveis nessa unidade, pois servirá de
base para todo o resto da disciplina, assim como também do seu curso como um todo.

Desejamos que a disciplina seja bastante proveitosa e que você perceba o quão importante é aprender
entendendo e aproveitando cada conteúdo disponibilizado.
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Palavras do Professor

Caro aluno (a), vamos em frente com nossa disciplina. Espero que a disciplina esteja
sendo produtiva e de fácil compreensão. Trata-se muito mais de um discursão sobre
como temos ferramentas para que nosso trabalho enquanto docentes seja mais
qualitativo e produtivo.

Esperamos que a leitura seja agradável e produtiva. Conte com toda a equipe para
esclarecer dúvidas e opinar a qualquer momento.

Preparado (a)?

COMUNICAÇÃO E EDUCAÇÃO NA SOCIEDADE

No texto abaixo é importante observar como Paulo Freire já pensava a respeito da comunicação na
educação com tanta seriedade. Atualmente temos um agravante que é o alcance extremante ilimitado e
acessível, pronto para ajudar ou atrapalhar no processo educativo. Trata-se de ferramentas que precisam
de um bom e capacitado “piloto”.

“Comunicação e Educação: interdisciplinaridade a partir de Paulo Freire Se ainda é possível formular


alguma teoria de comunicação, esta terá que ter certamente a feição de uma comunicação que inclua as
pessoas e não apenas as distraia de suas mazelas quotidianas e do forte processo de exclusão social a que
estão submetidas. (PAIVA, 2001) Um dos objetivos deste estudo é trilhar alguns caminhos para atualizar
a interconexão teórica entre os campos da Comunicação e Educação a partir do educador Paulo Freire. O
campo acadêmico comunicacional constitui-se de teorias da comunicação que, mesmo caminhando para
uma certa autonomia, se apropriam e dialogam com o saber oriundo de outras áreas do conhecimento,
como a filosofia, a sociologia, a antropologia e a psicologia. Nas palavras do professor e comunicólogo
José Marques de Melo, “a comunicação é um campo genuinamente interdisciplinar” (MELO, 2008, p.13)
Nos ciclos teóricos das faculdades de comunicação no Brasil são oferecidas disciplinas obrigatórias como
Sociologia da Comunicação; Psicologia da Comunicação; Antropologia. A Comunicação e a Educação,
enquanto áreas do pensamento e práticas sociais, também estão intrinsecamente interligadas. Mas, em
geral, não é oferecida de forma obrigatória nas universidades uma disciplina que englobe a intercessão
desse campo, estudando sistematicamente autores como Paulo Freire, por exemplo. Como sintetiza a
professora e pesquisadora Cicilia Peruzzo, os estudos sobre Comunicação e Educação tendem a enfocar
as relações entre os dois campos do conhecimento, principalmente: 1) a questão da ensino-aprendizagem
enquanto mediada por um processo comunicativo; 2) a utilização de meios de comunicação na educação
presencial, nas instituições de ensino; 3) o papel da mídia no processo de educação; 4) a educação para
a recepção crítica das mensagens transmitidas através dos meios massivos, especialmente a televisão
(PERUZZO, 2002). Englobando todos esses aspectos, surge atualmente um novo campo. O professor da USP
e especialista nesta área Ismar de Oliveira Soares aponta que “a educação para a comunicação, o uso das
tecnologias na educação e a gestão comunicativa transformam-se em objeto de políticas educacionais,
sob a denominação comum de Educomunicação” (PAIVA, 2002, p.16). A constituição desse campo é

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tarefa complexa, pois “exige o reconhecimento da mídia como um outro lugar do saber, que condiciona
e influência, juntamente com a escola e outras agências de socialização, o processo de formação dos
indivíduos” (MELO, 2008, p.49). O foco deste estudo não é o campo da Educomunicação no âmbito do
uso de tecnologias na educação ou na área de educação para os meios. Pretende-se, aqui, retomar as
contribuições das teorias e práticas do educador Paulo Freire aplicando-as ao campo da comunicação –
em especial dentro dos movimentos populares onde pode-se encontrar maior abertura- Rizoma, Santa
Cruz do Sul, v. 1, n. 2, p. 81, dezembro, 2013 para esta possibilidade, já que a mídia comercial de massas é
atrelada e vinculada aos interesses mercadológicos e visa em grande parte ao entretenimento. Pretende-
se, ainda, apontar a importância de englobar Paulo Freire no estudo das teorias da comunicação e,
sobretudo, na formação do comunicador. ”

Visite a Página

Para ler o trabalho completo, acesse ao LINK.

Ainda sobre Paulo Freire e a comunicação

“O pensamento pedagógico de Paulo Freire contribuiu de maneira decisiva para a formulação de um


modelo de comunicação horizontal e democrático. Ainda que a única oportunidade em que Freire se
referiu explicitamente à comunicação foi em seu livro Extensão e Comunicação, no qual realizou uma
crítica radical ao modelo “extensionista”, suas propostas formuladas a partir da educação tiveram,
especialmente na América Latina, impacto significativo sobre a teoria da comunicação em geral.

Freire partiu do princípio de que a comunicação é a que transforma essencialmente os homens em sujeitos.
Com esta base formulou sua proposição fundamental de que a educação, como construção compartilhada
de conhecimentos, constitui um processo de comunicação porque se gera através de relações dialéticas
entre os seres humanos e com o mundo. A educação como prática da liberdade é sobretudo e antes de
tudo uma situação de conhecimento que não termina no objeto estudado, já que se comunica a outros
sujeitos também abertos ao conhecimento.

Um processo interativo e co-participado de criação entre sujeitos necessita estar baseado numa relação
de diálogo que, como processo significativo, compartilhado por sujeitos iguais em uma relação também
de igualdade, constitui a “essência”, a “estrutura fundamental” e o campo social da educação.

A comunicação adquiriu em Freire uma dimensão política, em vista do caráter problematizador, gerador
de reflexão (consciência crítica) e de transformação da realidade que possui o diálogo. Este não é possível
sem um “compromisso com seu processo”.

O caráter problematizador do diálogo em torno das situações ou conteúdos reais, concretos, existenciais,
implica necessariamente um “retorno crítico à ação” transformadora.

A reflexão e a ação constituem para Freire as duas dimensões necessárias da essência da comunicação,

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mediadas pela “palavra” ou “linguagem-pensamento”. Daí que somente se pode falar da “palavra
verdadeira” como práxis, no sentido de “dar nome ao mundo”, “de compreender o processo sócio-histórico
em que são gerados o pensamento e a linguagem” e de “transformar o mundo”.

Como proposta de “ação cultural” libertadora, Freire finalmente defendeu que o desafio fundamental
para os oprimidos do Terceiro Mundo, consistia em “seu direito à voz”, ou seu “direito de pronunciar sua
palavra”, “direito de auto expressão e expressão do mundo”, de participar, em definitivo, do processo
histórico da sociedade.

Seguindo esta matriz de pensamento, diversos comunicadores e grupos latino-americanos contribuíram,


durante a década de 70, para configurar melhor proposta de um modelo de comunicação horizontal,
democrático e participativo do qual somos herdeiros. Nossas novas propostas democráticas para esta
década não podem esquecer de onde provém sua inspiração fundamental.

Comparando-se e complementando-se à todas as demais informações já discutidas em sala de aula, por


tanto estudiosos, devemos atentar aos fatos de que a comunicação pode “salvar” a educação. Portanto,
é importante atentar aos princípios básicos para que o foco da comunicação enquanto reforço para a
educação sejam de fato bem aproveitados e incentivados para o propósito final da comunicação no âmbito
educacional.”

Fonte: LINK.

EDUCAÇÃO, MÍDIA E COMUNICAÇÃO

Todos sabemos como a mídia, contendo as redes sociais, atualmente fazem parte do nosso cotidiano.
Todas as classes sociais e faixas etárias têm acesso ao que chamamos de “redes sociais” e basicamente
grande parte da população já tem domínio sobre o que é e como pode se aproveitar desse acesso.

“Por mais que se fale que as atuais gerações de crianças e de jovens cresceram/crescem com TV, DVD,
controle remoto, videogame, computador, Internet, celular, redes sociais, podemos nos perguntar o que
isso significa, pois, o entendimento das mudanças propiciadas pelas mídias e suas tecnologias ainda está
longe de ser suficientemente problematizado, o que implica a necessidade de mediações pedagógicas. ”

Fonte: LINK.

Para o texto acima, fica a pergunta: Como você vê esse ponto de percepção?

É importante ter uma opinião para que possa se formar enquanto profissional e fazer o melhor pela
comunidade escolar, da maneira mais clara e verdadeira para você. Você precisa ser um professor incrível.

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“E A ESCOLA SE FEZ BYTE”

“E A ESCOLA SE FEZ BYTE Neste trabalho, apresento algumas reflexões sobre a forma como as
Tecnologias de Informação e Comunicação - TIC vem sendo apropriadas pela educação. Reflito sobre
as práxis disciplinarizante que embasam a forma como muitas escolas, políticas públicas e/ou ações de
governo concebem o uso das tecnologias no processo de ensino/aprendizagem. Neção que permeiam o
uso das TIC pela escola pública no Brasil, fazendo referência a alguns contextos em que são utilizadas.
Recentes avanços técnicos, diminuição de preços, somados às facilidades operacionais dos computadores,
filmadoras, câmeras digitais e outros equipamentos digitais, disponíveis atualmente, fazem com que
sejam cada vez mais utilizados por empresas, governos, escolas e aumentam sua presença nos lares
brasileiros. Muitas vezes, tais recursos são tratados como panacéia para os problemas da educação.
Esses avanços técnicos e o aumento de disponibilidade ocorrem em meio à ausência de políticas e/ou
ações governamentais capazes de garantir uma escola pública laica e universal de qualidade, que seja
percebida pela sociedade como um direito inalienável e fundamental ao desenvolvimento econômico e
social do país.”

Fonte: LINK.

Quando li essa frase, achei que ela merecia ser título em nossa disciplina. Para cada verdade ou colocação
exposta no texto, principalmente quando lido por completo, nos reforça como a história tem exigido de
nós professores e buscando nossa responsabilidade enquanto multiplicador. Não é fácil, mas é possível.

“Na contra-corrente dessas tendências, observamos que mesmo com o avanço das possibilidades
de conexão por meio de redes sem fio e o surgimento de um sem número de apetrechos digitais que
apontam para universos comunicacionais cada vez mais intensos e interconectados, onde as barreiras
espaçotemporais são superadas a cada dia, não é fácil romper a forma tradicional como esses espaços
foram e ainda são pensados e apropriados pela escola. Formular estratégias capazes de estimular e
encorajar o espraiamento10 das tecnologias para todos os ambientes da escola é mais um desafio que
se impõe aos pedagogos e professores contemporâneos. Essa espécie de arrebatação11 da escola pelos
universos digitais, conduzem-na para um mundo onde as interações sociais ocorrerão cada vez mais
nesses universos complexos, mas, que ainda não são percebidos e apropriados de forma adequada pela
escola, onde as TIC, salvo poucas exceções continuam sendo utilizadas de forma finalística e apartada
das questões culturais, sociais e políticas que as permeiam. Professores, pedagogos e outros atores
sociais que interferem nas questões educacionais devem estar atentos aos contextos em que ocorrem as
inovações metodológicas e tecnológicas de hardware, software e, às formas contemporâneas pelas quais
a comunicação descentralizada e em rede interfere nas questões relacionadas à cultura e a sociedade.
Acredito que esse é um dos caminhos para a construção de formas de intervenções capazes de favorecer
as apropriações mais críticas, onde as TIC possam ser compreendidas enquanto meios para estratégias
inovadoras de relacionar-se com a informação e o conhecimento. TECNOLOGIAS, IDEIAS E PRÁXIS EM
MUTAÇÃO Tais quais as tecnologias, as formas como as incorporamos em nosso cotidiano e a práxis
pedagógica avançam. Esses avanços são, em 10 Espraiamento no contexto que proponho significa
permitir que as TIC sejam incorporadas tanto aos espaços físicos quanto aos currículos escolares. 11
O termo arrebatar é empregado nesse contexto para significar a forma instantânea como a escola é
atingida pelas TIC, utilizando-se ou não das mesmas. Muitos casos, fruto da própria tensão cotidiana
que se estabelece entre as formas de apropriação preconizadas pelos currículos escolares e as práxis

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juvenis que caminham em sentidos opostos. Considero que apesar dessa aparente divergência entre os
modos de apropriação escolar e dos jovens, com o passar do tempo torna-se inevitável uma simbiose
decorrente do que denomino contaminação/impregnação invisível e irreversível que a escola sofre a
partir do relacionamento estabelecido com as diferentes formas de aprendizados e apropriações das
TIC, vivenciadas pelos alunos, ocorridos em diferentes espaços para além de seus muros. No universo
da escola formal, o que observo é uma apropriação das diferentes interfaces e estéticas das TIC de uma
forma um tanto fetichizada, sem maiores reflexões sobre as transformações e efeitos que diferentes
formas e possibilidades de apropriação, ou, a ausência dessa apropriação, pode provocar nos processos
sociais e culturais em que os alunos estão inseridos.”

Ainda sobre a mesma fonte este trecho nos relembra como é importante manter o conhecimento adquirido
e não deixar que se torne obsoleto o dom de ensinar e as metodologias de valor histórico.

Fonte: LINK.

Leitura complementar

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Para Pesquisar

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Veja o vídeo!

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Visite a Página

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Guarde essa ideia!

Temos atualmente tantas, mas tantas opções de meios


de comunicação que podemos dar aulas e mais aulas
com exemplos e práticas sem repetir constantemente as
ferramentas de aplicação.

Pense nisso e faça de sua aula uma experiência.

LINK.

Praticando

Gostaria que você assistisse ao documentário “Muito além


do peso” a fim de refletir sobre o poder da comunicação na
educação, neste caso, especificamente alimentar, e sua
responsabilidade para com a sociedade. Se possível, exercite:
escreva um pequeno resumo sobre o que você entendeu e
como pode contribuir para mudar essa história. O vídeo tem
aproximadamente uma hora e vinte e quatro minutos de
duração.

LINK para assistir ao vídeo.

Compartilhe com seus amigos e veja como pode ser interessante


ver outros olhares, não é verdade?

Para Pesquisar

Pesquise sobre o tratado dos direitos humanos e entenda melhor seu papel na
comunidade mundial e seus direitos enquanto um ser humano.

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Palavras Finais do Professor

Querido (a) aluno (a), espero que esta unidade tenha sido entre outras coisas divertida
e prazerosa. Te aguardo na próxima unidade para fecharmos esse ciclo num “debate”
bastante racional.

Agradeço-lhe por mais uma unidade concluída e solicito que esteja sempre em dia com
suas atividades obrigatórias para o seu melhor desempenho.

Nos vemos na unidade 4!

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