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..
Análise de Circuitos
e1n Corrente Alternada
Dados de Catalogação na Publicação (CIP) Internacional
(Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil)
CDD-621.3192
88-2396 -621.31913
Análise de Circ11itos
em Corrente Alternada
Ano: 1993 92 91 90 89
Edição: I 0 9 8 7 6 5 4 3 2 1
Dedico esta obra aos meus pais José e Maria e aos meus irmãos
Cleveland, Vinicius, Arécia e Heráclito (em memória).
PREFÁCIO
O Autor
SUMÁRIO
1. Grandezas Senoidais . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1.1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 11
1. 2 Diagrama Fasorial .. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
1. 3 Valor Eficaz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .. . . . . . . . . . 14
2. Eletromagnetismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . , . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . • 22
2. 1 Magnetismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 22
2.2 Campo Magnético de uma Corrente Elétrica ... 23
2. 2 .1 Campo de um Condutor Retilíneo . . . . . . . . . . . . . . 23
2. 2. 2 Campo de uma Espira Circular . . . . . . . . . . . . . . . 24
2.2.3 Campo Magnético de um Solenóide . . . . . . . . . . . . 24
2.3 Força Eletromotriz Induzida . . . . . . . . . . . . . . . . 25
2.4 Transformador . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
3. 1 Indutor e Indutância . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 32
3.2 Circuito em C . A. com Indutância Pura . . . . . . . 33
3.3 Circuito RL Série . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 36
3.4 Fator de Potência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 40
3.5 Circuito RL Paralelo .... . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 45
3.6 Capacitor - Capacitância ..... .. . . . . . . . . . . . . 49
3.7 Circuito C.A. com Capacitância Pura . . . . . . . . 52
3.8 Circuito RC Série . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 55
3.9 Circuito RC Paralelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 60
3.10 Circuito RLC Série . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 63
3 .10 .1 Largura de Faixa - Fator de Qualidade ..... . 65
3 .11 Circuito RLC Paralelo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 69
3.12 Correção do Fator de Potência . . . . . . . . . . . . . . 73
3.13 Circuitos Mistos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 79
5. 1 Introdução . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
5.2 Sistema Trifásico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 104
5 . 2 .1 Ligação Estrela . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1 07
5. 2. 2 Ligação em Triângulo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 111
5.3 Potência em Sistemas Trifásicos . . . . . . . . . . . . 115
AP~NDICE A - Decibel 121
i(mA) ilmAI
10 \O
1
1
1
1
t
: : : :
1 1 1 1
~
1
- 10 - - J. __ l. -10 ____ L __ _:_ ___ 1 ___ l __ ..i.
-IC~ •.
Figura 1.1
w = _g_ ou a = w. t ( 1)
t
11
Para sabermos qual a relação em frequência e período, pQ
demos montar uma regra de três:
de ciclos tempo (s)
1 T
f 1
portanto f . T 1 ou f = .!. e T .!. ( 3)
T f
substituindo em (2) resulta:
w = 2n f ( 4)
-Vm
........
~ ~...:--- - - -- --· -- -- - -- ------ -- ---
---~--
m
:'
270°
Figura 1. 3
12
O diagrama fasorial é importante, pois nos permite somar
grandezas senoidais sem usar a equação ou a fo r ma de onda .
Se o vetor no instante t = O forma um ângulo 0 com o ei
xo horizontal, o valor instantâneo da grandeza será dada por :
b = Vm sen ( wt + 0) (6)
Figura 1. 4
Suponha dois vetores de amplitudes Vm1 e Vm 2 e tendo a
mesma fase. o diagrama fasorial e as formas de onda estão indi
cados na figura 1 . 5 .
Figura 1.5
b = Vm 1 sen wt b 2 = Vm 2 . sen wt
Na figura 1 . 5, os dois vetores estão em fase . Se os dois
vetores estiverem defasados de um ângulo 0, as suas formas de on
da também estarão defasadas do mesmo ângulo 0 .
Na figura 1 . 6, as duas formas de onda estão defásadas de
90º (estão em quadratura), sendo que b 1 está adiantada em rel~
çao a b z .
b
'' b2
'
- - - 1---
:' / ~; --:.!- -- - ----------
,,·-' : ......... .... o<.= wt
:' ', '1
'
---r--- -.J. - - - - -
'
''
Figura 1.6
13
As equaçoes das duas grandezas sao :
b1 = Vm 1 . senwt b2 = Vm 2 sen ( wt - ~)
2
O ângulo de fase inicial de b 2 é - .1!. (observe que pod~
ria ser também 1!!...) . 2
' 2 . .
Os calculos em circuitos e . a às vezes o evoluem somas
e subtrações de grandezas senoidais (tensões, correntes ).
Considerem os duas grandezas senoidais cujas equações
sao:
b 1 = Vm 1 . sen ( wt + 0 ) b 2 = Vm 2 • sen ( wt + 0?)
A sua soma se r a:
b = b1 + b2 = Vm1-sen (wt + 01) + Vm2.sen (wt + 0 2)
Para obter a soma poderíamos usar certas propriedad es da
trigonome tria, ao invés disso façamos uso do diagrama fasorial .
o<.=w1
(a) (b)
Figura 1. 7
Vm1 sen 0 1
Vm2 sen 0 2
X = X1 + X2 YI + Y2
x2 + y2 ou ~ + y2
tg0 _L_
X
1 .3 Va l o r Eficaz
14
v = Vm.senwt
Pela 10 Lei de OHM o valor instantª-
neo da corrente será:
i = V
Vm.senwt
= Im.sen wt
R R
Figura 1. B onde Im Vm
-R-
v,1,p P
wt
Figura 1.9
(a} (b}
v = Vm.senwt
i Im . se nwt
Figura 1.10
15
ou VEF = 0,707 . Vm ( 7)
-Vm
Exercícios Resolvidos
Solução :
a) Vm = Vp = SV f = lKHz = 10 3 Hz
A expressão matemática genérica de uma tensão senoidal e:
v = Vm . senwt = Vm. sen 2rr . f . t
16
logo: v = 5sen . 2n . 10 3 . t (v)
b)
Vm 5 3,53v .1 _l_ lms
VEF \[2' = \[2' = T
f 10 3
c) v(V)
5
- 5
p VEF = (3,53)> = 1 24 W
R 10 '
3 - Dado o gráfico de uma corrente em função do tempo,
pede-se:
a) frequência e período
b) valor de pico-a-pico (Ipp) e valor eficaz (IEF)
c) potência dissipada ao passar em um resistor de lK íl.
d) expressão matemática
i(mA)
10
- 10 ---------
Solução:
a) Do gráfico tiramos T 200µs ~ 200 x l0- 6 s
f = .1 l 5000Hz 5KHz
T 2oox10- 5
b) Im = lOmA Ipp 2xlm = 2xl0 2 0mA
lEF = Im = lO = 7 07mA
V2' V2' '
c) P R.l~F = 10 3 X (7,07xl0- 3 )
2
50 x 10- 3 w = 50mW
17
Solução: b)
a) v(VJ
----------- ------ -0
V2 'Ir '\ w
2
w.t.
-10
=V(lo)2 + (10)
21
=V20õ' = 10 V2'v
considerando as amplitudes do vetor igual ao valor de pico.
A fase de v será: tg(I) Vi 10
V2 =lo = 1
11
45° = -4
V = 10.\[2.sen( wt + ~)
4
5 - Dadas as tensões: Vi= 15.sen(wt + ~) e V 2 10.sen
(wt - 11 ), obter: 2
2 a) Vi + V2
b) Vi - V2
Solução :
a) representemos as duas tensões no diagrama fasorial
v,
(15V)
V2
(IOVJ
18
11
V= Vj + Vz 5. sen ( wt + 2)
b) Para obtermos v 1 - v 2 devemos efetuar a operação v 1 + ( -v 2)
V1 V1+{-Vzl
-Vz 11
2
v = v +(-v ) = 25.sen(wt + ~)
1 2 2
a) v3 = v1 + vz
b) desenhar as formas de onda de v1,v2 e v3
Solução:
a)
X x1 + x2 10 + 34,6 44,6v
y Y1 + Y2 17,3 + 20 37,3v
(37,3~
1
v3 =\./x 2 + y 2
= \j(44,6) 2
+ 58,lv
19
tg~ X
X
= l.L..l.
44, 6
= o ' 836 39, 9 - 4 0°
b)
58 .I V
5
t msl
-50
O(= w.t
-5 - - - - - - - - - - - - - - -
20
5 - Dadas as expressoes de duas tensões V 1 10.sen(wt +
'.:.) (v) e v2 10.sen(wt + 11) (v) pede-se:
4
a) Vj + v 2
b) Vj - v2
2) a) T 4ms f = 250 Hz
b) Ipp = lOOmA IEF = 35,46mA
c) i(t) = 50.sen 1570.t(mA)
6) a) VEF 5v Vp 7v
b) IEF 50mA Ip 70mA
21
CAP. 2
ELETROMAGNETISMO
2 . 1 Magne tismo
22
(a) (b) (e)
Figura 2.2
Figura 2.3
23
regra da mão direita .
"Segurando o fio com a mão direita , com o polegar no
sentido da corrente, os outros dedos indicarão o sentido d a s li
nhas de campo" .
Obs . : Para representar uma cor r ente saindo do plano do papel , usª
remos f.) e para representar a corrente entrando no plano
do papel, usaremos ~ .
No caso de uma espi r a circular, as linhas de campo têm a
forma indicada na figura 2 . 4
l/if\
\i-~
(a) (b)
Figura 2. 4
Figura 2.5
24
Observe na figura 2.Sb, que as linhas de campo se aju~
tam de forma tal, que nenhuma das regras é contrariada . Veja ta~
bém que o campo é mais intenso no eixo do solenÓide . A intensi
dade do campo depe nde das dimensões da bobina (número de espiras
e compri mento), do material de que é feito o núcleo (ar, ferro)
e da inte n sidade da corrente .
Se o núcleo for de ferro, o campo será mais intenso (a
concentração de linhas no interior da bobina é maior) do que se
o núcleo for de ar.
Eletroímã
-
I I=O
MATERIAL
FERROSO
Figura 2.6
25
B intensidade do vetor indução magnética
s área da superfície
a ângulo fo r mado entre a perpendicula~ à superfície e o vetor
indução magnética.
1.__ _.J--_.:.;
n,::;
ormo 1
e(= Oº
\
-----1~----
s
0máx 0 = o
Da equação que dá o fluxo, podemos verificar que o fluxo
também pode variar se a intensidade de B variar .
Na prática, podemos ter os seguintes casos de variação
do fluxo magnético, induzindo uma tensão.
26
R -+ Aumentando .... I -+ diminuindo
Lei de Lenz: "O sentido da corrente induzida é tal, que· el<: ori
gina um campo magnético que se oporá à variaçao do
fluxo magnético que a produziu".
I
::::---.....
s
----
2.4 Transformador
27
(a) (b)
Figura 2. 7
~ ~ ou Us =
Ns
Up ( 11)
Us Ns Np
IS ~ Ip ( 12)
Ns
28
Um transformador só pode ser usado com corrente alterna
da, uma vez que nenhuma tensão será induzida no secundário, se
nao houver variação do fluxo de indução magnética.
Se uma tensão contínua é aplicada ao primário, uma ten
são será induzida no secundário, somente no instante do fechamen
to ou abertura do circuito primário, pois é somente nestes ins
tantes que a intensidade do campo magnético (portanto o fluxo)
varia .
Uma das principais vantagens de um transformador, além
de transformar uma tensão, é acoplar dois circuitos, sem i nt erli
gá-los eletricamente.
Exercícios Resolvidos
si
Solução:
Os dois ímãs se repelirão, o mesmo ocorrendo com as suas
linhas de campo
N s s N
Solução:
a)
Up= IOV
Us 800 10 40V
200
29
b) Is = RUs = 40V 0,4A
lOOíl
Up.Ip = Us.Is
Ip = Us.Is 40.0,4
l,6A
Up 10
Exercícios Propostos
30
Resolução dos Exercícios Propostos
6) !!12 = 4 6 Ip = 0,22A
Ns '
31
CAP. 3
CIRCUITO EM C.A. ANÁLISE
FASORIAL
3.1 Indutor e Indutânc ia
~li =3 ,,"
11
;
li
Figura 3.1
!(A)
2
? t (ms)
Figura 3. 2
t(ms)
2
Figura 3 . 3
2 3 t(ms)
(a) (b)
Figura 3.4
Quanào colocamos um núcleo de ferro na bobina, nos alt~
ramos a sua indutância (L), no caso, aumentamos .
Toda bobina ou indutor possui uma indutância. A iQdutân
eia só depende das dimensões da bobina (número de espiras, com
primentos, diâmetro do núcleo) e do material de que é feito o n~
cleo.
A indutância de uma bobina é uma medida do quanto de
energia pode ser armazenada em um campo magnético.
A unidade de indutância é chamada de Henry (H).
33
No caso da tensão aplicada ser senoidal, a corrente (tam
bém senoidal) estará 90° atrasada em relação à tensão.
Como já vimos, um indutor oferece uma oposição a uma v~
riação de corrente. A medida desta oposição é dada pela reatân
eia indutiva (XL) do circuito.
A reatância indutiva depende da indutância do indutor
e da frequência da corrente, sendo dada pela fórmula:
XL = w • L = 2 11. f . L ( 12)
onde L indutância da bobina em Henry
f frequência da e.a em Hz
XL reatância da bobina em íl
-i
l wt
Figura 3.6
Durante o primeiro quarto de ciclo, o circuito absorve
energia, a qual e usada para aumentar a energia do campo magn~
34
tico (a potência é positiva, e a energia é representada pela área
entre a curva p e o eixo t).
No segundo quarto de ciclo, a corrente diminui. A f . e.m
de auto-indução tenderá a se opor a essa diminuição.
A bobina comporta-se como um gerador, devolvendo a eneL
gia (que estava armazenada no campo magnético) ao circuito (agQ
ra a potência é negativa).
A sequência se repete no segundo meio ciclo . Desta foL
ma, a potência é continuamente trocada entre o campo magnético
e o circuito, não havendo perdas.
A mesma conclusão pode ser obtida a partir da fórmula:
p = VEF . IEF . cos~ ( 14)
VEF tensão eficaz do circuito
IEF corrente eficaz do circuito
P potência real ou potência ativa
~ ângulo de defasagem entre tensão e corrente
Solução:
a) XL = 2rr .f.L = 2 X 3,14 X 60 X 0,1 37,7 íl
llOV
b) IEF = VEF
XL
= 2,9A
37,7 íl
35
2 TT . f.L ou f ~ 100 ;!! 796 Hz
2 TT.L 6,28x20xl o - 3
l lOV
60Hz L
Im _ lOOmA VEF ll OV
lEF ="\ff'- 70, 7 mA XL l, 55 íl
~ lEF 70, 7mA
logo 1 ,55 6,28 60 L
L 1 55 o, 0041H 4 , lmH
6,28 X 60
3 .3 Circuito RL Sé rie
VR~
1----~
(a) (b)
Figura 3. 7
Na figura 3.7b, diagrama fasorial, observe o atraso de
90° da corrente no indutor (que é a mesma na resistência) em
relação à tensão (VL)· Como a corrente na resistência está em fª
se com a tensão VR, as duas são representadas no mesmo eixo .
Observe na figura 3 . 7b, que a obtenção da tensão do gerE
dor é por soma vetorial .
36
Do triângulo retângulo tiramos:
VG z = VR z + VL z ( 15)
ou VG =\} VR 2
+ VL
2
Figura 3.8
2
Na relação (15), dividindo ambos os membros por I
VG2
I2
VR2
I2
+
VL2
I2
ou (~Gr =
(~Rr + GLr
onde: VR
r R = resistência Ôhmica do circuito
VL
XL = reatância indutiva da bobina
I
VG z = impedância do circuito
1
A impedância é o efeito combinado de uma resistência com
uma indutância.
Desta forma, podemos escrever :
z2 = Rz + XL2 ( 16)
ou z =VR 2
+ XL 2
~~} VR
~ ldvL
VR
-l ~ A]xL R
-1-
37
Solução:
--
!=5A
----
I=5A
'"''lVºZ'IOfi
2 - Uma bobina quando ligada a uma fonte e . e de 12V con
some 3A, e consome 4A quando ligada a uma fonte de 20V/60Hz. cai
cular:
a) resistência da bobina
b) reatância indutiva e indutância
e) impedância do circuito
d) ângulo de defasagem entre V e I
e) potência dissipada no circuito
f) desenhe o diagrama fasorial
Solução :
a) Quando a bobina é ligada a uma fonte e.e so existe o efeito
de resistência (a reatância é nula).
R 4 11
38
20V
60Hz
z __:!___
l
_1_Qy_ = 5 íl
4A
20V
60Hz
LJ z
~ 3
L
2 TT. f - 8mH
376,8
e) já calculado z = 5 íl
d) Da figura 3 . 9c
1 ') w
1
1
1
1
1
ij>= 37º l
1
39
As expressoes matemáticas da tensão e corrente no ci.r_
cuito sao :
V 20 .\(21 . sen (wt + 37°) (V)
i 4 .\[2'. sen (wt) (A)
Figura 3.10
ou PAp =~+ Pr 2
A relação entre a potência real (P) e a potência aparen
te (P~p) é c~am~da de f~tor de p o tên cia iF - ~) . No caso mais
geral, a potencia real e menor que a potencia aparente, desta
forma, o fator de potência é menos que a unidade .
40
Do triângulo de potência tiramos que:
Exercícios Resolvidos
120V
60Hz
Solução:
a) A impedância do circuito sera
2 2
z =\)(18) + (24) =\/324 + 576 ='J900' 3on
120V z= 30..n.
I = 4A corrente no amperímetro A
V1 18 4 72V
V2 24 4 96V
b) p = VR . I 72.4 = 288W
c) Pr = VL.I = 96.4 = 384 V.Ari
obs.: r + reativa
i + indutiva
21 1
2
PAp =IÍPr 2 + P =\)(384) 2
+ (288) =\}230.400
PAp = 480 V.A
41
Desta forma, de toda a potência entregue pelo gerador
C.A à carga, somente uma parte é rea l mente consumida (288W). A
outra parte (reativa) não é usada para realizar trabalho útil,
sendo constantemente trocada entre gerador e carga.
Um wattômetro (aparelho que mede potência) conectado no
circuito mediria 288W.
Disso tudo, tiramos uma conclusão importantíssima: Se
aumentarmos a potencia reativa, sem aumento da potência real, e~
taremos aumentando a potência aparente (o que aumenta I) sem
conseguir energia transformada adicional.
Observe que aumentar PAp sem aumentar P, implica numa di
rninuição do cos~. A concessionária de força e luz controla o
cos~ do usuário, e para tanto estipula que o mínimo valor para
cos~ é 0,85. Por isso é importante que o usuário controle o F.P
de sua instalação, principalmente quando houver variação da ca~
ga (entrada de motores, eletroímãs ou outros elementos induti
vos) .
Quando o F.P cair abaixo de 0,8, é possível fazer a co~
reçao introduzindo-se capacitores (capítulo 3 .1 2) .
I= 4 A VR= 72V
I
= PAp 24000 200 A
V = ~ =
42
Agora, o gerador fornece menos potência Útil, embora a
corre nte consumida seja a mesma 200A. Se quisermos obter a me~
ma potência real do item a, porém com cos~ = 0,8, deveremos ag
mentar a corre nte.
c) cos~ = 0,5
P = 120 X 200 X 0,5 = 12000W
Solução:
a) Com F.P = 0,9
p ~ .... 1000 5,05A
= Vxlxcos I
220 X 0,9
= 1000
I = 7,5A
220 X 0,6
Desta forma, com a mesma potência consumida, mais COL
rente é solicitada pela carga.
t por esta razão que a tarifa paga pelo consumo em C . A,
leva em conta tanto a potência real como a potência reativa, e
as respectivas energias podem ser calculadas pelas equações:
T p . t (KW .h) ( 23)
Pr . t (KVArh) (24)
Exercícios Propostos
43
2 - Um motor C.A, que pode ser representado por uma r~
sistência em série com uma indutância, é ligado em 220V, consg
mindo uma corrente de lOA. O F.P é 0,9, determinar:
a) potência aparente
b) potência real
c) potência reativa
3 - No circuito, calcular:
a) impedância e corrente
b) frequência do gerador
c) F.P do circuito
R=IOO.O.
IOV
f L= IOOmH
44
3 . 5 Cir c u ito RL Para l e l o
Figura 3.11
Figura 3 . 12
Figura 3 . 13
ou I ="\f IR 2 + IL 2
*~~
==> L_JvG ~~
lL I
VG XL
(a) (b) ( c)
Fi g ur a 3.14
45
Da figura 3.14c tiramos:
daí tiramos:
z (26)
\jR2 + XL2
O ângulo de defasagem entre \(;e I pode ser calculado
por:
.!
cos 4' R _z_ (27)
.! R
z
1
XL _R_
ou tg 4' (28)
.! XL
R
Exercícios Resolvidos
1 - No circuito, determinar:
a) impedância
b) correntes I, IR e IL
c) potência aparente, potência real e potência reativa
d) fator de potência do circuito
e) desenhar o diagrama fasorial
Solução:
a) z = R · XL 80 60 4800 48 íl
21
=\jR 2 + XL =-\/eo 2 + 60 21
b)
I = 120V = 2,5A
48íl
VR 120V
IR l, 5A
R 80 íl
VL 120V 2A
lL
XL 60 íl
46
c) PAp VG I = 120 2,5 = 300 V.A
p VR IR 120 1 , 5 = 180W
e) Diagrama fasorial
IR VG
(l , 5A)
'Iw
37°
IL (2A)
12.16 =~
z 0,96K
\)0,2) 2
+ (1,6)
21
\[t:1
VG = Z . I = 0,96Kíl x lOmA = 9,6V
Solução :
a) t4mA
5V
IKH z R
47
Pod e mos determinar IL com o auxílio do diagrama fasori
alou usando diretamente a equaçao (23).
I 2 IR2 + IL2 .... IL =\) I 2 - IR2 ' = \) 52 - 42
1
= 3mA
lL=(3mA)
Exercícios Propostos
1 - No circuito, determinar:
a) impedância
b) corrente no indutor e no resistor
c) valor da indutância
d) fator de potência
e) expressão matemática da corrente no circuito (i) , no
indutor (iL) e no resistor (iR)
5V R R 300 íl
60Hz
XL 400 íl
48
a) valor da tensão do gerador (VG)
b) valor de IR e valor de R
c) potência aparente e real
d) fator de potência
CAPACITOR
TERMINAL
ARMADURAS
I
T
SIMBOLO
(b)
(a)
Figura 3.15
e = ~ (29)
d
49
Figura 3.16
Q u . e
~~
R
''º
E
-1 J' ~
E
Fm
-l~ T vc
( e
(a) (b)
V~ R
~VC
E
-11 e- rr> E
~
T Te Vc=E
(c) (d)
Figura 3.17
50
te está aplicada na resistência.
t = O ~ VR (t=O) + VC (t=O) = E (2Q Lei de Kirchhoff)
como Vc (t=O) o (capacitor inicialmente descarregado)
0,63.E
t =0
(a) (b)
Figura 3 . 18
51
Estas expressões são chamadas de exponenciais, e a sua
representação gráfica é dada na figura 3 . 18b.
Na expressão (32), consideremos o tempo dado em con2
tantes de tempo e calculemos a tensão em função de E .
Vc(r)
tE
~
0 .9E ,_/'
O.BE /
V
0 .7 E
/
0.63E ··-
O.GE
--,V
O.SE
/
/
0.4E
0.3 E
/
0 .2E /
O.tE
/
t(RC)
o 0 .5 2 3 4 5 6
Figur a 3.19
52
~----1AI----
e
+ + +
Figura 3.20
Xc = 1 (34)
2n.f .C
sendo e em Farads (F)
f em Hertz (Hz)
Xc em Ohms ( íl )
+
----
i V, Í
e wt
(a) (b)
Ic
90°
Vc
Figura 3.21
A primeira lei de OHM para este caso e:
I _V_
Xc
53
V tensão eficaz
I corrente eficaz
v,i.p p p
wt
Figura 3.22
Exercícios Resolvidos
Solução:
f 60Hz Xc 1 1
"' 5 30 íl
2n.f .C 6,28 . 60.5.10- 6
f 400Hz Xc 1
6,28 . 400.5.10- 6
= 80 íl
2 - Um capacitor de 5µF é ligado a uma tensão de llOV/
60Hz. Qual a intensidade da corrente no circuito?
Solução:
Xc 530íl I =_V_ llOV 0,2A
Xc 530 íl
54
Solução:
1 1
Xc 100 -+ f
6,28 .f.C 6, 28.100.100.10- 9
f = 15.923Hz
VR~
--- l
(a) (b)
Figura 3.23
,vG" w
1
I
I
I
I
I
wt
VR 1
90-tl
Vc
(a) (b)
Figura 3.24
VC Vmc senwt
i Im . sen ( wt + 90)
VR VmR sen ( wt + 90)
Vg Vm sen ( wt + 90 - tf>)
55
Os triângulos de tensão, impedância e potência sao :
2] ~ Vc
VR
Vc
-1-
vf z~J.I
Vc.I
(a) (b) (e)
Figura 3.25
ou VG =\)vR2 + Vc2
cos 4' = VR
V
Exercícios Resolvidos
1 - No circuito, determinar:
a) impedância
b) corrente, VR e Vc
c) valor da capacitânc ia
56
VR~
IOV
(VG) ----
I
t=IOOHz
Solução :
R I = 4 . 2 = 8V
Vc Xc I = 3 . 2 = 6V
c) Xc 3íl 1
6, 28 .100 .e
e 1 = 530 JJF
6,28.100 . 3
C=47µF
Solução:
a) Xc 1 1 - 56 íl
21T . f. e 6' 28. 60. 4 7 . 10 - 6
z =VR2 + Xc 2 = 'V60 2 + 56 2 82 Õ
VG llOV
I
z 82íl
l,34A
b) VR ~ I = 60 1,34 = 80,5V
Vc Xc I = 56 1,34 = 75V
57
c) cos 4> = -1L _§Q_=0,73 _,. 4>= 43°
z 82
d) Com referência à figura 3 . 24, cons iderando que no instante
t = O, os fasores que representam a tensão e a corr ente estão
como mostra a figura, teremos:
Vc=(75V)
21
Vc =\}220 2 - 110 = 190V
A corrente no circuito é igual à corrente na lâmpada.
I _ I = 60W 0,545A
- L llOV
logo a reatância do capacitor deve ser
Xc = Vc 190V 348 Q
r 0,545
e 1 1 7,6 i.F
6,28.f.Xc 6,28 . 60 . 348
58
Ex ercícios Pr opostos
llOV e
60Hz
llOV
60 Hz
e
59
6 - Em um circuito RC série, o fator de potência é 0,85.
A corrente consumida é 8A. A tensão de alimentação é 110V/60Hz.
Calcular:
a) potência aparente
b) potência real
c) potência reativa
~rc
R e
Figura 3.25
rc
l ---- wt
(a) ( b)
Figura 3.26
Vg Vm sen wt
i Im sen ( wt + cp)
iR IRm sen wt
ic Icm sen ( wt + 90)
60
Lllc
(a) (b) (c)
Figura 3.27
I2 ( 37)
L .l Ic .L IR .l
VG z V Xc VG R
.L _l_ .L
+ e resolvendo obtemos
z> Xc 2 R,
Xc R
z
~ + R2'
1 - No circuito, determinar:
a) impedância
b) corrente fornecida pelo gerador, corrente no resistor
e no capacitar
c) ângulo de defasagem
d) diagrama fasorial
e) potência aparente, real e reativa
61
---
1
(VG)
llOV R= 150.0. C=IOµF
60Hz
Solução:
Xc.R
a) z
\}xc 2 + R2 '
Xc = l
6,28.60 . 10.10-6
= 265íl
z 265 . 1 50
"' l 30íl
\[(26s> 2 + (150) 2
b)
(VG)
--- I
llOV z = 130Il
60Hz
VG llOV VG llOV
I 0 ,84A IR 0,73A
z 130íl R 150 íl
Ic =\) I2 - IR 2 =\j(0,84) 2
1
(o' 73) 2 = 0,41A
d)
l------~1)~(0,84A)
IC
(0,41A)
IR VG
(0,73A)
e) PAp VG I 110 0 , 84 = 92 ,4 V . A
p VG I cos<P 92 ,4 0,87 8Ó,4W
Exercício s Propostos
1 - No circuito , determinar :
a) impedância
b) ângulo de defasagem
e) corrente total, no resistor e capacitor
62
---
Ic
R=IK xc=5Kfl.
(a) (b)
Figura 3.28
63
A partir do diagrama da figura 3.28b, obtemos o diagr-ª-
ma de tensões na figura 3.29a e o diagrama de impedância da
figura 3 . 29b .
vc
(a) (b)
Figura 3.29
Na figura 3.29b:
VG = z = impedância
I
VR resistência do circuito R
I
VL - Vc VL Vc
I I
- I
XL - Xc
XL reatância indutiva
Xc reatância capacitiva
e finalmente
- 1 ( 41)
wo-~
64
sendo que w0 = 2n. f 0
fo = 1
2n\(L:C'
Z = \J R 2
+ (X L - Xc) 2 I Y.
z
V
\)R 2 + ( XL - Xc) 2'
z I
V
R
R -------
fo to
(a) (b)
Figura 3.30
65
fci fo fcs
Figura 3.31
(44)
L . F fo (45)
Q'
Donde concluímos que, quanto maior o fator de qualid~
de do circuito, menor a largura de faixa (mais aguda é a curva
da figura 3 . 31).
Exercícios Resolvidos
66
L- R= 15011
1--- - - ,
15V
1
C: IOOnF
Solução :
a ) fo = 1 1
3 7 1 15. 923 Hz
2rr-yr::c' 6 ' 28-V10- • 10-
Z =~ + ( XL - Xc) 2
= R = 150 íl
I = I máx = i 5v O, lA lOOmA
150 íl
d) se [ = 20KHz
6,28 2 10 4 io- 3
XL 125,6 íl
Xc 1 79' 6 íl
6,28 2 10 4 10- 7
--,
z =\[R2 + (XL - Xc) 2 =\}(150) 2 + (125,6 - 79,6) 2 :! 15 7 íl
z - 15 7 íl = 15 Vlogo I 95 , 5 mA
15 7 íl
Da figura 3 .29b tiramos :
e) se f = lOK ll z
4 10- 3
XL 6 , 28 10 62' 8 íl
Xc 1 1 59 ' 2 íl
6,28 10 4 10- 7
67
A impedância do circuito nesta frequência sera:
Solução:
a) --
1=O.OIA R
(
VC =20V
e
z VG --1.QY_
b) lOOOíl
I 0,0lA
c)
VL = 12V
VR-6V !
1
cj>:
1
1
----- VG
Vc =20V
68
d) tgl
ª6
1,33 <P - 53°
Exercícios Propostos
---
I
Figura 3 . 32
ic
IR V VG
(a) (b)
Figura 3.33
69
Da figura 3.33b obtemos:
(46)
L IR
v
Figura 3.34
Na figura 3.34:
_ l_ _l_
z R
.L _l_
Xc XL
_l_
z2
desenvolvendo a expressão acima chegamos a :
z (47)
70
z r
R -------
V
R
to lo
(a) (b)
Figura 3.35
Exercícios Resolvidos
Solução:
a)
(VG)
trc
Xc = 500.0.
IOV
f
21
2
50) ='\/10 2 +( - 30)
I 31,6mA
71
d)
rc= 20mA
VG IR= IOmA
IR= IOmA
Solução :
a) No circuito, a corrente de 3A é o resultado da soma vetorial
de Ic com IL. Sabendo - se que o circuito é capacitivo Ic > IL
ou ainda Ic - IL = 3A.
l
Tiramos IR
------ (5A)
IR =\} 52 - 32 4A
Ic-IL
(3A)
4>
IR VG
b) VG R IR = 5 4 = 20V
c) Ic ~ 20V
SA
Xc ~
d) I c - IL = 3A -+ IL = 2A
VG 20V lOíl
XL
---rL ---V:-
cos 4> -2.!L 4A 0,8 _,. 4>"' 37°
I SA
72
Exercícios Propostos
xc = en.
R=sn
3 - No circuito, determinar:
a) R, XL, Xc, z, I
b) represente o diagrama fasorial
c) ângulo de defasagem
73
No caso de circuito contendo resistência e i ndutância e
sendo o F.P = 0,5, a potência real será :
p VG . I . cos .P = 600 200 . 0,5 = 60KW
A potência real diminui com a diminuição do F.P, enquan
to a potência reativa aumenta. Se quizermos manter a mesma PQ
tência real, com um F.P menor, a potência aparente deve aumentar
para
PAp = _P_ = 120 . 000 240KVA.
cos <P o, 5
enquanto a corrente consumida aumentará para:
I = _P_ 240.000 = 4 00A
VG 600
Neste caso, algumas alterações devem ser processadas.
Se houver transformado r, no caso de F.P 0,5, o transformado r
deve ser bem maior .
Como a corrente aumenta (dobra), há necessidade de tro
cara fiação por outra mais grossa, evitando as perdas (R.! 2 ) e
a queda de tensão na linha.
Com tudo isso, concluímos que é importante controlar o
F.P de uma instalação, procurando sempre manter o mais próximo
possível de 1.
A diminuição do F.P de uma instalação se deve a vários
fatores, entre os quais citamos:
a) Motores C . A operando em vazio ou com pequena carga.
b) Transformado res operando em vazio .
c) Reatores de lâmpadas fluorescente s.
74
0
(a) (b)
Figura 3 .36
A colocaçã o do capacito r em paralelo com a carga, reduz
o ângulo de fase de 4>i para 4>, o que equivale a dizer que o F . P
aumenta.
i__
D
Ic \
\
e z \
e
o \IR
(a)
(b)
Figura 3.37
Observe que a colocaçã o do capacito r não deve alterar a
potência real (ativa) do circuito , só a potência aparente . Por
v~
isso mesmo que a colocaçã o do capacito r deve ser tal, que o
lor da corrente IR responsá vel pela parcela na potência real nao
mude. O valor desta corrente é dado pelo vetor OC.
OC = I 1 . cos 4> 1 = OA . cos 4> 1
cos ~1
_P_
OC = I 1 •
VG
A corre n te total, no circuito corrigid o, e a soma vetQ
rial (regra do paralelog rama) de Ic com I l·
Dos triângul os OAC e OBC tiramos:
AC oc
BC oc
Ainda nos diagrama s, temos que:
Como OC _P_ e AB = OD = Ic
VG
_P_ ( tg 4>1 - tg qi)
Ic
VG
75
Por outro lado Ic = VG . w . C, comparando as duas e~
pressões obtemos:
c = P . ( tg cp 1 - tg cp)
w • VG 2
Exercícios Resolvidos
c 62,6 µF
Solução:
a) sit u ação antes da correção
-
I1 =SOA
IR VG
76
apos a correçao:
-
I I1 =SOA
~
Ic
(VG)
440V
I ___!E_ = 25 A = 29 lA
cos<j> 0,85 '
observe que a corrente fornecida pelo gerador diminui de SOA p~
ra 29,lA, sem diminuir a potência real .
A componente reativa da corrente fornecida pelo gerador
é I', valendo:
I' = I . sen<j>= 29,1. 0,515 = 15A
Ainda do diagrama tiramos:
I I'1 - I' 43,3 - 15 = 28,3A
Como VG . w • C e 28 3 170,6 µF
440 . 377
evidentemente poderíamos ter usado a fórmula direta
p V. IR
e = (tg <P1 - tg <j>) = ( tg <PI - tg <j>)
w.VG 2 w.vG2
C = 170,6 µF
77
c) A potência aparente, apos a correçao, sera :
PAp = VG . I = 440 . 29,1 = 12.804 V. A
Exercícios Propostos
R=lüfl
Xc= 25fl
3 - No circuito, calcular:
a) valor de Rv para o qual o F.P é igual a 0,85. Valor
de IR, IL e IT para essa condição
b) qual o valor do F.P se Rv = Oíl? há necessidade da
correção do F.P (F.P > 0,85)? se há, qual deve ser o
valor do capacitor?
c) se Rv = lOOn, há necessidade de correção do F.P? se
há , qual deve ser o valor de e para que F.P > 0,85?
220V
- 1 Ir
60Hz
j L=200mH
lL
IR
j
4 - Uma instalação elétrica alimentada por um gerador de
220V/60Hz tem uma potência de 20KVA. Calcule a potência real con
sumida pela instalação para os seguintes valores de F .P.: 1;0,8;
0,6; 0,4 e 0,2.
78
5 - As características de um motor monofásico sao:
U 120V; I = lOA; F.P = 0,8. Calcular:
a) sua resistência
b) sua reatância indutiva
c) impedância do seu enrolamento
Z2 ="\) R 2
+ ( wL 2 ) 2
79
- I
VG
VG
f
11 i R1
12i R2
ly
L1 L2 Iyl '12
(a) Ix 2
-lix .. I
(b)
Figura 3. 38
Ix Ix 1 + Ix 2 Iy Iy 1 + Iy 2
Solução:
a) Cálculo da impedância de cada ramo
w = 2ir . f = 2ir.60 = 377 rd/s
80
I 2 = ....Ysi_ llOV 7,94A
Z2 13,85
R2 _8_
cos IP2 =
Z2
o, 577 -+ IP2 ~
54°
13,85
d) z ~ llOV = 6,66íl
I 16,5A
f)
-
16.5A
Rt
16,5A
--- VR ( R
+ +
8,78A 7,94A VL ( L
78 , 54V
4' 76 íl
16,54A
VR
R ~ _IDL 4' 66 íl
I 16,SA
81
Na figura 3.39, a associação é de um RC série em paralg
lo com um RL série. A análise é feita de maneira análoga ao ci~
cuito da figura 3.38.
A impedância de cada ramo é
Z2 =VR22 + (-1-) 2
w.C 2
cos 'h
---
I
VG
f
I1 i Iy
t
lyl
I1
L1 C2
(a) (b)
Figura 3 . 39
Exemplo:
Na figura 3.39a, são dados R 1 = 4n XL1 3 n, Rz 3 íl,
Xc 2 = 4 íl , VG = llOV f = 60Hz, calcular:
a) valores de I 1 e I 2
b) valor de I
c) fator je potência do circuito
82
d) impedância no circuito
e) potência aparente, real e reativa
Solução:
a) Z1 =\/R1 2 + XL1 2 =V 42 + 32 50
VG llOV 22A
I2 50
Z2
b) I =\/Ix2 + Iy 2
d) z VG llOV 3, 53 n
=
! 31, llA
83
Exercícios Propostos
220V
60Hz
2 - No circuito, calcular:
a) valor de I l• I 2 e IT
b) tensão em cada componente
c) impedância do circuito e ângulo de defasagem
d) potência real, aparente e reativa do circuito
xc: 4011.
220.Cl.
60Hz
llOV
60Hz R rei e
84
Solução dos Exercícios Propostos
Item 3.4
VG (ISOV)
l) a) z = 36íl d)
b) VG = 180V
e) 4' = 56 , 2°
p ](5A)
e) = 500W
PAp = 900VA
f)
746 VAri
3) a) z = 166,7íl I 60mA
b) f = 212 Hz
e) cos 4' = 0,6
4) a) z 2 5 íl
b) R 20 íl XL 15 íl
e) F.P 0,8
6) I = 22,7A
7) a) L = 477 mH
b) VR = 4V
e) z = 5K íl
d) F.P = 0,8
e) Vl(3V)
VG(5V)
85
Item 3 . 5
1) a) z = 240íl
b) IL = 12,5mA IR 16,66mA
e) L = l,06H
d) F.P = 0,8
e) i(t) = 29,36 sen ( Wt + 53,13°) (mA)
iL(t)= 17,62 senwt (mA)
iR(t) = 23,5 sen ( wt + 90°) (mA)
2) a) VG 3, 14V
b) IR 300mA R = 10, 46 íl
e) PAp l, 13VA p = 0,942W
d) F.P 0,83
3) R = 200íl L 18,4mH
Item 3 . 8
1) a) I = 26,6mA
b) VR = 2,66V vc 4,23V
e) 'I' = 57,8°
2) R = lOOíl e 15, 3 µF
3) a) VG 112,8V
b) VG 159 sen wt Vc = 112, 8 sen (wt - 45,2°)
i 282 sen(wt + 44,8º)
e)
'
''
''
''
' VG
/
/
/
/
/
/
Vc \
d) 4> = 44,8°
4) e = 23, 57µ F
5) a) VR = 98 ,38V vc 49,19V
b) e 265µ F
e) 4> 26,5°
86
6) a) PAp = 880VA
b) p = 748W
e) Pr = 463 VArc
Item 3.9
1) a) z 98011
b) 4> 11,3°
e) I 10,2mA IR lOmA Ic 2mA
2) a) R 282, 811
b) e = 9, 38 UF
3) a) IR 2,64mA
b) VG 26,4V
e) 4> 48,7°
d) e = O, 3 µF
Item 3.10
2) a) fo = 3,18 MHz
b) I 6,6mA
3) a) R 100 11
b) Xc 346 íl
e) XL 173 íl
Item 3.11
1) a) IR 4A IL SA Ic 25A
b) IT 3,12A
e) z 6' 4 íl
d) 4> - 38°
2) a) L 2,SmH
b) z 1020 11
3) a) z 28,2 !1 R 44 íl XL 22 íl Xc 5 Síl
87
b)
lc(4A)
Il (IOA)
c) • = 50,2°
Item 3.12
1) a) I 4 5, 4 5A
b) p5000W
c) Pr = 8 . 666 VAri
d) e 305µF
e) I 26, 77A
f) PAp = 5 . 889VA Pr 3.101 VAri
2) a) I 11, 22A
b) z 19,6A
c) <I> 11,3°
5) a) R 9' 6 íl
b) XL = 7' 2 íl
c) z 12 íl
6) a) p lKW d) z = 22 n
b) PAp 2,2KVA e) F.P = 0,45
c) Pri l,96KVA f) e = 74, 5 µF
88
Item 3 . 13
b)
220V
220V
Z'(cos4>'= 0.85)
60Hz
220V e
60Hz
e 78,SµF
89
CAP. 4
CIRCUITOS EM C.A. ANÁLISE COM
NÚMEROS COMPLEXOS
A análise de circuitos feita nos capítulos anteriores ,
consideran do tensão, corrente e impedâ n cia como um fasor, permi
te uma solução gráfica. Através dos n úmeros complexos e suas
propriedad es é possível fazer a mesma análise .
4 . 1 Números Complexos
Figura 4.1
-----,
z + y>
e are tg y_
X
Figura 4.2
90
Na figura 4 . 2, podemos escrever: Z = r(cos9 + jsen9) que
e a forma trigonométri ca . Uma maneira de representar um número
complexo, muito usada na solução de circuitos, é a forma polar:
Z r ~
Exemplo 1:
Representar os números Z1 = 3 + j4, Z2 3 - j4, z 3 j5
z 4 = 10, z 5 = -10, ZG = -j5 na forma polar.
lm Im
j4 Z1
3
R
1
r1
1
1 02
1
1
e1
1
1
'2
R
3 -J4 z2
----,
r l =\/ti 2 + 32 = 5 r 2 = \Í( 4) 2
+ 32 5
zl 5 ~ Z2 5 -53°
lm lm
Z3 j5
r3=5
93=90º
r4 Z4
R ~~~~+-~~---.1----~-----R
10
Z3 5~ 8 .. 10
z"
lm
Z5
~~-+-.....L~~~----'~~~~ R
-10 r5 r5 85
-is Z6
rs 10 85 180° rs 5 95 -90°
10 ~0° ZG 5 -90º
Exemplo 2 :
91
yl Z1 y l 10 sen45º 7,07
X l 10 cos45º 7,07
zl 7,07 + j7,07
•1
-------- Zz
y 2 5 sen30° 2' 5
Y2
5 i1
1 X2 5 cos30° 4,33
30º 1
•2 z2 4,33 + j2,5
Z3 3,76 - j l, 37
Exemplo 3:
SejamZ 1 =4+j3 e z2 =5+j4
z3 (4+5) + j(3+4) 9 + j7
z I; (4-5) + j(3-4) -1 - jl
z5 (5-4) + J(4-3) 1 + jl
4 .2 .2 Multiplicação e Divisão
z5 z1 • Z3 = 5 ~ . 5 ~ = 25
z I; 15 '{2' ~
z6 5~
Z2 3\[2' ~
92
na di v i são, di vide m-se os mó dulos e s ubt r aem-se os ar gu me n tos .
2i 5
5~
~ = 1 1-
~--
37º
Exercícios Propostos
e) 21 + 22
Z3
4 . 3 Impedância Complexa
4.3.1 Circuitos RL
(a) (b)
Figura 4 . 3
93
Como é válida a 1 <! Lei de OHM em C.A, para o indutor tg
remos:
~ lvLI ~
XL
í
lxLI ~
1I1 ~
como lxLI = wL a reatância indutiva é representada como um numg
ro complexo puro.
XL = jwL
De maneira análoga para o resistor
lvRI ~
~
lvRI
R = VR
r- ~ 1I1 1I1
lvRI
= R
1I1
isto e, um resistor é uma impedância com parte imaginária nula.
A impedância do circuito RL série na sua representação
complexa é:
wL
z R + jwL are tg r 1z1
Exemplo 5:
VG 20~
xL =3.n.
nos cálculos usamos o valor efi
caz (VG)
z 4 + jJ = 5 ~
I VG 20 ~ = 4 1 _..,3..,7º
z z 5 ~ ~
94
Observe que as expressões da tensão do gerador e da co~
rente poderiam ser:
vg 20 .\[2 . sen(wt + 37º) (V)
i 4 ."\[2' . senw t (A)
O diagrama fasorial e:
- l
Solução:
i R // XL onde R = 80 ~
R XL 80 ~ 60~
z
R + XL 80 + j60
z 48 L2l..:
I
4.3.2 Circuitos RC
95
1
vG ~w
1
1
1
1
Vç
(a) (b)
Figura <:.4
i = Jrl ~ Vc = lvcl
Figura 4.5
VR
R resistência do circuito
I
Xc = 3.0. z
Solução:
a) i = 4 - j3 5~
-j3 z
10 ~
b) I
5 l -37°
i 2 . \[2'. sen (wt + 37°)
97
c) H2Al
'
''
37° ''
VG(IOV)
I = 3 1 -90° . 2 ~ = 6 ~
Exemplo 8:
No circuito, determinar:
a) impedância complexa
b) expressão matemática da corrente do gerador
c) desenhar o diagrama fasorial
11o[Q:_
60Hz
R e z
Solução:
a) lxcl = - -
1
wC 377 .
1
i o- s = 265 Q
z R // Xc
150 ~ . 265 39750 ~
jl50 - j265 304,5 ~
z 130,5 -30°
110~
~
b)
VG
---.-- 0,84
IG
z 130, 5 1 -30°
c)
~w
I c(0.41A) --- - - - - - -- - , lG(0 ,84A)
VG=(llOV)
1R (0,73A)
98
4.3.3 Circuitos Mistos
Exemplo 9 :
Para o circuito determinar:
a) impedância complexa
b) corrente do gerador e em cada ramo
c) diagrama fasorial
.!Q__
R1 5on XL J 20 n
!
11 Rz
R2 50n XL 2 80íl
VG 110 ~
Sol ução:
a) ~ h
110~-v
11 t Z1
i2t
Z2 z
Z2 50 + j80 = 94,3 ~
z 53' 3 12 1 ,8° 94,3~ 5026 / 19' 8° 5026 179, 8º
(50+j20) + (50+j80) 100 + jlOO 141 ~
z 35,6 3 4, 8°
b) lG VG 110 ~ = 3,091-34,8°
z 35,6 1 34, 8°
~ 110 ~
Í2
i2 94,3 ~
= 1, 16 ~
99
c)
Exemplo 10 :
No circuito, determinar :
a) ~mpe9ânc~a do circuito
b) Iç;, I1 , I2
c) diagrama fasorial
----IG
VG 110 ~
R l 4Q XL l 3 n
Xc1 R2 3íl Xc 2 4íl
Solução:
a) ---
IG ~
VG
i1 ~ Z1 i2~ z2 VG z
Z1 4 + j3 5 136 , 8°
Z2 3 j4 5 1-53,1°
z Zl z2 5 1 36' 8º 5 1-53,lº 25 1 -1 6, 3º
Z1 l i Z2
zl + Z2 (4+j3) + (3-j4) 7 - j .1
25 l - 16,3º
z 3,53 1 -8, 2° = 3,49 - j0,5 ( n)
7,07 1 -8,1°
b) ÍG
VG 110 ~
31, 11 198,2° (A)
i 3,53 1-8,2°
~G =
110 ~= 22 (A)
I z 1143,1°
Zz 5 l -53,1 °
i 22 ·V2' . sen ( wt + 143,1°) (A)
100
c) 1G=(31,llA) VG:(llOV)
'
Exemplo 11:
Determinar no circuito, a impedância e todas as corren.
tes.
'---.------=ii 1'3
-j5
j!O
Solução: Zt = 10+ j5
Z1 11,2 l 26,5°
Z3= i5 Z2 9,4 ~
Z3 5~
Z2 / / Z3
9,4~ . 5~ 47 ~
8 - j5 + j5 8
101
110 ~
I l 6,68 /-37,2° (A)
l
16,47 37' 2°
Exercícios Propostos
-jlO
valores em ohms
2 - Determinar VG no circuito.
valores em ohms
3 - No circuito, determinar I 1 e VG
5 1-50° (A)
valores em ohms
102
4 - Dar a expressao de vx(t) no circuito .
Item 4.2
1) a) z 22,3 1-63,4°
b) z 180,3 1 56, 3°
c) z 583,1 1-31 o
2) a) z 1294 + j4829
b) z 125 - j216
Item 4.3.3
I 3 0,69 123,7°
p 48W
5) p = 600W
103
CAP. 5
CIRCUITOS TRIFÁSICOS
5 . 1 I n trodução
5 . 2 Sistema Trifásico
s
Fi g ura 5.la
104
Figura 5.lb
CARGA
Figura 5.2
105
Num gerador trifásico, são três os enrolamen tos com uma
separação de 120° entre eles. As tensões induzidas serão também
defasadas de 120°. A figura 5.3 mostra esquematic amente um gerª
dor trifásico. No estator, estão os três enrolamen tos com um meâ
mo número de espiras e separados fisicament e de 120°. Os pontos
A, B e C representa m uma das extremidad es e os pontos X, Y e Z
respectiva mente a outra extremidad e.
z y
X y z
wt
B e
Figura 5.3
106
II m
wl
Figura 5.4
Se cada fase do gerador é conectada a circuitos separ~
dos, teremos um sistema trifásico não interligado, o qual nece2
sita de seis fios para as ligações com a carga trifásica .
A ~
z t
y
---
12
~,, CARGA
e
B ----
Figura 5. 5
--
13
5 . 2 . 1 Ligação Estre l a
107
A
-
IA= It
----
Ic
Figura 5.6
A corrente no fio neutro é igual à soma vetorial das três
correntes de fase (IA, IB e Ic) isto é: ÍN = ÍA + ÍB + íc
O ponto em cima da letra indicadora da corrente signifi
ca que a grandeza em questão é vetorial (tem módulo e fase) .
As tensões medidas entre os terminais do gerador (pontos
A, B e C) e o neutro (O) são chamadas de tensão de fase (VA, VB
ou Vc), genericamente Vf.
As tensões medidas entre os terminais são chamadas de
tensão d e linha (VAB• VBC• VcA), genericamente V ~ . Na figura
5 . 6, as setas das tensões dão a orientação positiva (arbitrária)
logo podemos escrever:
VBC Vc
Vc= Vt V9=Vt
30º 30°
e 8
e B Vt = Vsc
VBC
IA
(a) (b)
Ic
Figura 5. 7 ( c)
108
Com auxílio da figura 5 . 7b , podemos determinar a relação
existente entre tens'io de fase (Vf} e tensão de linha (V 9) . De
acordo com a trigonometria, no triângulo COB ternos:
Vg, Vf se n 120°
ou V R, Vf
senl20º sen30º se n 30°
resultando:
Vt =V3 Vf (48)
na ligação estrela bala nceada .
Na figura 5. 7c, <1>1 . <1>2 e <f>3 são res p ectivamente os angg
los de defasagem entre te n são e corrente nas fases 1, 2 e 3 . No
caso de carga balanceada <1>1 = <112 = <f>3 = <j> •
Na figura 5 . 6, a corrente que perco r re cada fase é chama
da de cor rente d e fase, designaremos genericamente por If . À co~
rente, passando na linha que liga o gerador com a carga, charn2_
remos de corre nte d e linha , genericamente Ig, .
De acordo com a figura 5 . 6 em uma ligação em estrela
Ig, = lf .
A carga será balanceada qua ndo Z1, Z2 e Z3 forem iguais
em módulo e fase . Se po r e x e mp l o Z 1 = R 1 = 50 íl, Z 2 = wL 2 = 50 íl e
Z3 l/wC3 = SOíl o módu l o será i gual mas as fases serão diferen
tes, a carga será desbalanceada .
Em um sistema balanceado, a corrente no fio neutro e ng
la, isto pode ser demonstrado lembrando que I N = iA + iB + ic e
que
Vf
Ic z
Figura 5.8
No instante t 1 Ic = O. O valor de I A é igual ao de IB
mas com fase oposta, desta forma um anula o outro. No instante
t3 temos situação análoga . No instante t2 a fase A está no rnáxi
mo valor positivo . No mesmo instante as correntes nas fases B e
C são iguais e negativas e sornadas resulta um valor igual a IA .
Novamente, a corrente total no neutro é zero . Se repetirmos o
mesmo raciocínio para qualquer instante, obteremos o mesmo resu_l
tado. Concluímos que, se a carga for balanceada não haverá nece~
sidade do fio neutro.
109
A importância do fio de retorno é melhor compreendida
considerando os seguintes exemplos :
Exemplo 1:
Seja uma carga trifásica em Y nao balanceada com
Rs = 2on e Rc 30íl sem fio de retorno.
A A
e B
carga balanceada carga desbalanceada
qvc· O'
N
R9
V9'
e 8
llO
No caso de RA igual a infinito (circuito aberto) as rg
sistências Rs e Rc serão conectadas em série entre B e e, o pon
to neutro (O') coincidirá com o ponto D.
Vo
e B
~.
_ _ _ _ __i_-=-- B
C vc· o'= o
111
z A
e X C' Y'
X'
Figura 5. 9
ÍA I 2 - I l ' IB = I 3 - I 2 Ic I l - I 3
A ---
IA= it
V?# ~8
---
B
r e B
"-..._ _ /
V9ç
-- ---
Ic =It
19= I t
13
Figura ::,.10
112
(b)
(a)
Figura 5. 11
Na figura 5. l la, ~ , <li2 e "'3 são os ângulos de defasagem
en~re a tensão e a corrente em cada fase. No caso de carga balan
ceada
<P = <ti, I 1 = I 2 = I 3 = If
e Ic = I 9.
A relação entre a corrente de fase (If) e a corre nte de
linha (Ii) pode ser determinado no triângulo da figura 5.llb, de
maneira análoga ao que foi feito com a tensão de linha e tensão
de fase na ligação em estrela, re sultando :
It =VJ'. If (49)
Exercícios Resolvidos
12~
e 12~ B
---
19
113
Solução:
Como as cargas são resistivas, as correntes de lin ha e2
tarão defasadas de 120°, valendo:
IA = 120V = 12A, lOA, Ic = 120V 6A
lOíl 20 n
y
l9(IOA)
lBy
ly ln (5,3A)
IA (12A)
(3.46A)
I,(4A) X
I Ay o, IAx = IA 12A
Ix 12 - ( 5 + 3) Iy 8,66 - 5,2
4A 3,46A
iN iA + ís + ic =\[(3:46) 2 + 42 = 5,3A
..
2 - A tensão de linha ~plicada a um motor cujos enrolª
mentos têm 20 íl de impedância e 220V. Calcule as correntes de
linha e as correntes de fase se o motor é ligado em triângulo.
Solução:
I-.L._ Vf 220V llA
If z 20Q
220Vl Vf V '1,
114
Como na ligação estrela
Vf = Vt = 380V = 220V e If = llA
\[3 \j3'
os enrolamentos trabalharão nas mesmas cond i ções quando ligados
em triângulo .
Por tudo o que foi visto anteriormente , é que a maio r ia
dos motores permitem o acesso aos seis terminais dos enrol am err
tos . Assim , se na placa do mo t or estiver escrito 220/380V, sig
nifica que os enrolamentos devem ser ligados em triângulo se a
tensão de linha é 220V e ligados em estrela pa r a 380V .
X Y Z X y z
0 >----0 - ---<0
B e A B e A
A B e
11 5
A potência é a mesma nas duas ligações .
A potência aparente das três fases é :
(53)
220V
220;;;;;,
Solução:
I l I f 220V = 22A
10 íl
p =\[3' . 381 . 22 = 14.520 w
2 - Um motor trifásico tem uma potência de 5KW quando
ligado a uma tensão de linha de 220V. Calcule a corrente de li
nha se o fator de potência é 0,85.
Solução:
P = 5000W V l = 220V
I g_ = 15, 43A
11 6
3 - Um aquecedor trifásico é constituído de três resi.§.
tências de 20n ligadas em estrela. Calcule a corrente de linha
e a potência total se a tensão de linha é 220V .
lL.._
220V 220V
Solução:
V .e, = 220V cos 4> 1
220V 220V
117
cos <P = _ R_ _8_ 0, 8
z 10
120V
120V
Soluç ão:
Z1 = \ R1 2- + XL12 =V 82 + 52' 9,43 n
Vf _ l20V
If1 = Zl - 9 , 43 íl = 12, 72A
cos t 1 = ~ = - 8- = O 85
z1 9. 43 '
Z3 = V32 +4i"' = 5 íl
l20V
If 3 = = 24A
5n
118
6 - O circuito mostra o secundário de um transformador,
ligado em triângulo com uma tensão de linha de 127V. A carga é
constituída de um motor trifásico de 5KW e fator de potência
0,85, de três motores monofásicos de 2KW e F.P = 0,8 cada um
ligado a uma fase. Determinar:
a) corrente total de linha
b) potência real, aparente e reativa da instalação
c) fator de potência da instalação
lt____
!"" 127V
M
!127V
Solução :
Motor trifásico: _P_ 5000 PAp 5882 VA,
cos 4> 0,85
4> 31, 8°
=\[3'. -+ 13000
=\[3' 59,5A
PAp Vi I 9.. I 9..
. 127
11000
PT = PApT cos 4> cos 4>
13000
0,846
119
Exercícios Propostos
1) lf I Q = 15,75A
2) I 9 23,62A
3) n = 120 lâmpadas
4) PMEC = 3,67 H.P
5) n = 138 lâmpadas (46 por fase)
120
APÊNDICE A
DECIBEL
O conceito de decibel (dB) está ligado aos nossos senti
dos, em especial à audição. O ouvido humano não responde de fo~
ma linear mas logarilmicamente aos estímulos (potência sonora)
que lhe são impostos, isto é, uma variação na potência de lW p~
ra 2W não dobra a sensação sonora. Para que a sensação sonora
dobre a potência associada deve ser multiplicada por dez.
O bel (B) relaciona dois níveis de potência P 1 e P 2,
através da expressão:
Ap = log !'...?_ (B)
P1
V;
Pi potência de entrada
P0 potência de saída
V.,
Ap log Po
~ Pi _J._
e Po
10 p·J.
2
Vo
10 log l<L 10
Vi'
Ri
R·
Ap + 10 . log ----±. 20 . log Vo +lOlogRi
RL Vi RL
121
O ganho de tensão do quadrípolo é:
Exercícios Resolvidos
Solução :
Av(dB) 20 . log Vo 10 20 . log Vo
Vi Vi
Po (3,162) 2
100 mW
100
1 22
Os rPsultados obtidos permitem concluir que, se o ganho
de potência variar de um fator igual a 2, o ganho de potência em
dB varia de 3dB .
123
.....
APENDICE B
FILTROS
Filtros são c irc uito s que deixam passar só s inai s de d~
terminadas frequência s, atenuando as outras.
De acordo com as frequência s que desejamos deixar pa~
sa r, podemos ter os segui nt es tipos de filtros:
a) filtro passa altas (F .P.A)
b) filtro passa baixas (F .P.B )
c) filtro passa faixa (F .P.F )
d) filtro rejeita fa ixa (F.R.F)
a) F .P.A b) F.P.B
r----1
c) F.P . F
fc i
• f r
d) F.R.F
fcs
- f
te;
fci
fcs
Av Vo ganho de tensão
v·1
124
Fi ltro Pa s sa Altas
Vo = R . I = R .
l ogo Vo R 1
Vi + __l__ l. .\)R2 + 1
-VR2 (wc)2 R (WC) 2
1
Av
Vo 1 1 = _l_ - L
w = o. 1 wC +
l{;Q;' 10
~~r
Vi \)1 + 100
\)1 + (o,
Vo 1
w = 0,01 WC +
= _l_
Vi
\j 1 +(o,~~wcJ 100
125
Vo
r,
Se w = WC 1 - 1
-\[i' 0,707
~~
Vi
Vi + (
Se ~· >> WC , w lOwc Vo 1 1
"' 1
~ (~f
Vi ------i
--vl + 0,01
lOwc
Concluím os que ac i ma da frequênc i a de cor te nao há atg
nuaçao do sinal de entrada (Vi) .
Abaixo da frequênc ia de corte , o sinal de ent r ada é atg
nuado, e esta atenuaçã o segue um determin ado pad r ão ( h á uma atg
nuaçao de 10 vezes toda vez que a frequênc ia diminui de 10 vezes) .
Os gráficos a seguir, mostram a curva de resposta real
e a aproxima ção por trechos de retas (assínto tas) que é mais usª
da por ser mais simples de desenhar .
Vo\Vi Vo\Vi
~ ~ Wç llC
100 10 WC 100 lã"" u:c w
1 w
0 , 707 :
1
0 ,1 0,1 ·---1''
0,~I 0 ,01
'
Av(dD) 20 . log 1
2 1
WC
\}1 +
w
-~:s:_ Vc
w
100 ·• 0 , 0 1 -+ Av(dB) 20 . log 0,01 -40dB
Vi
w Vo 0 , 707-+
Wç Av(dB) 20 . log 0,707= -3dB
Vi
Vo .... Av(dB)
w >> WC -+ 1 20 . log 1 OdB
Vi
1 26
1
'1
1
1 1
-20 ----+----
'1
1
:
-40 - - -
z =\)R2 + Xc2'
1 Vi Vi
Vo Xc I
w. c \fR2 + Xc2' ...;<WCR) 2+11
Vo 1
Av
~~r
Vi
+ 1
1 27
.L frequê ncia de corte
RC
w = o + Av 1 1
\)(~cr + 1
w = o, 1 WC + Av 1 - 1
\}(º' ~~cr + 1
r
1 1
w WC + Av = = -\121 = 0,707
\/(~~ + 1
w lOwc + Av 1 _l_ .L
2 -
\jlOw c + 1 \[1011 10
wc
w = 100 . WC +
Av 1 1 _l_
=
\}(lº~~cr
1
+ 1 \}1000 1 100
Av(d8) AvldB)
~ WC
o 10 WC 10 UC IOOWC WC IOWC IOOWC
w IO w
-3 ----- --- \
-40
-40 - - - - - - - - - - ---- --
Av (dB) =
vc:r
20 . log --=====l====::::::-
+
1
1 28
APÊNDICE C
DIFERENCIADOR E INTEGRADOR
Diferenciador
e
e.,. f •
A Vi
l
1
r" E
R
19 Semiperíodo
Jn:· -+
• '
Vc,-r_-".
+1-
29 Semiperíodo
r.+CJ
1 Vc~ Vc =E
1
. . . -1- -
1
1
1
1
' 1,,
-E
2E
-2E
129
Durante o 12 semiperíodo , como o capacitor está inicial
mente descarregado, carregar-se-á com a tensão da fonte, E, rª
pidamente (a constante de tempo é pequena).
Quando começar o 22 semiperíodo, o capacitor já estará
carregado com E, a tensão da fonte somar-se - á com a tensão no
capacitor, a tensão no resistor será igual a -2E. O capacitor ca~
regar-se-á com outra polaridade até -E. No começo do 32 semip~
ríodo, a tensão da fonte se soma com a tensão no capacitor, dan
do a tensão no resistor (2E).
O 12 semiperÍodo é transitório, somente a partir do 22
semiperÍodo o circuito entra em regime permanente.
I ntegr ador
T
E
-E --- -
..'
Vc
130
APÊNDICE D
INSTRUMENTOS DE MEDIDA DE
PONTEIRO
A.l Introdução
Con t ro pesos
(b)
Figura A.1
13 1
Os instrumentos elétricos sao classifica dos de acordo
com:
A. 2 I n s t r um e ntos d e Bo bina Mó v el
ponteiro
- - -+--1---t
Figura A. 2
Obs erve que, se o sentido da corrente na bobina for in
vertido, o ponteiro defletirá no sentido oposto, por isso deve-
se ter cuidado ao usar o aparelho, ver i ficando-se antes a polari
dade da corrente.
Em medidas de C.A, esta precisa primeiramente ser retifi
cada. É o instrumento mais usado por causa da sua sensibilidade,
precisão e grande linearidade .
13 2
A.3 Instrumento de Ferro Móvel (~)
Esses instrumentos funcionam baseados na interação do
campo magnético de urna bobina fixa com urna peça de material feL
rornagnético. A figura A. 3a mostra o princípio de operação de um
instrumento de ferro móvel do tipo atração. Quando a bobina e
percorrida por uma corrente (e.e ou C . A), o campo magnético da
bobina imantará a peça de ferro com polaridade tal que ela sera
atraída .
Esse deslocamento, que é proporcional à intensidade da
corrente, também desloca o ponteiro.
ferro
móvel
~o,lo pon teiro
l~. ~
~ ~;oofao
. - - -' '" ' ' '
(a) (b)
Figura A.3
A figura A.3b mostra o aspecto de um instrumento de feL
ro móvel tipo r~pulsão . As duas placas de ferro são envolvidas
pelo campo magnético da bobina, uma é fixa e a outra está pres~
ao eixo o qual desloca o ponteiro. Como elas estão muito prQ
ximas, serão imantadas com mesma polaridade se repelindo em con
sequência.
Esses instrumentos apresentam como vantagens, o fato de
poderem ser usados tanto em e.e como em C. A, apresentam grande
robustez, são relativamente baratos e suportam grandes sobrecaL
gas.
Como desvantagens, apresentam escala não linear, pouca
precisão e consomem mais potência que o de bobina móvel.
133
Bobina móvel
Figura A.4
A. 5 Té rmicos
:\1
polia
Figura A.5
A. 5. 2 Termopar (~ )
Um termopar é constituído de dois metais diferentes , uni
dos em uma e x tremidade por meio de solda . Se esta ext r em i dade
for aquecida , na outra ext r emidade aparece uma f.e . m a qual pode
ser medida, usando-se um instrumento de bobina móvel .
. 13 4
Tf temperatur a da junção fria
Tq temperatur a da junção quente
Figura A. 6
A.6 Amperímet ro
Para simplifica r a análise vamos supor que o galvanômg
tro é de bobina móvel. Do instrument o precisamos conhecer a cor
rente de fundo de escala (lGM) e a resistênci a da bobina (RG).
lGM. ~ d.
--~
(a )
--
IGM
(b)
Figura A. 7
135
~
Ir-IGM
- - R5
LLJ
+
Figura A.8
---
Ir
Exemplo:
0.2mA
20mA
---- <>-~----j
20mA
136
---------
i
Núcleo
Figura A.9
Figura A.1 0
A. 8 Voltímetro
Figura 3.lla
1 37
~
LLJ
+
Ur
Figura 3.llb
Exemplo:
Construir um voltímetro com lOV de fundo de escala, a
partir de um galvanômetro com 200µA de fundo de escala e 150 íl
de resistência interna .
200µA
+
e
IOV
RM ± 150 50 . 000 íl
RM 49 . 850 íl
A.9 Wattímetro
138
Alguns cuidados devem ser tomados . Em circuitos e.e . , é
importante observar a polaridade .
O wattímetro tem um fundo de escala de potência em watts,
mas devemos respeitar os limites de tensão e corrente das bobi
nas. Por exemplo se a máxima tensão é lOOV e a máxima corrente é
5A, a máxima potência será SOOW. O que pode acontecer é que, na
medida de potência em circuitos de baixo F.P, a medição de pQ
tência estar dentro dos limites mas os valores de tensão ou COK
rente estarem fora dos limites . Se usarmos o wattímetro com os
limites dados anteriorm ente, num circuito de F.P = 0,5 com uma
tensão de 80V medindo JOOW, a corrente no circuito será 7,SA o
que e maior que o limite de corrente .
12
!u
(a) (b)
--
12 B.C
B.T
bobina de corrente
bobina de tensão
u1 RL
(e)
Figura A. 12
p Kc Kv Pw
p potência do circuito
Pw potência lida no wattímetro
1-39
CARGA
T.T
02
(a) (b)
Figura A. 14
140
01
02 --~.......;
03..-~--~wL--1-----------t-----
Figura A.15
141
BIBLIO GRAFI A
- Circu itos Elétri cos - Yaro Burian Jr. - Almeid a Neves Edito res
Ltda - Rio de Janeir o .
143
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