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Disciplina: Termodinâmica A
Prof. Tárik Linhares Tebchirani
Capítulo 1
Alguns Comentários Preliminares
Exemplo clássico da conversão de calor em trabalho. A usina termoelétrica utiliza o vapor d’água a alta pressão e
temperatura para produzir torque no eixo da turbina. O sistema frequentemente é instalado com pré-aquecedores de água
e ar de combustão para se elevar a eficiência termodinâmica. Para se atenuar o impacto ambiental é necessário o
tratamento dos gases de combustão através de despoeiradores e lavadores de gás. Um problema ambiental ainda muito
discutido é o aumento da temperatura dos rios e lagos sempre vizinhos as usinas. O resfriamento do vapor d’água, oriundo
da turbina, fica a cargo da água destes reservatórios que inevitavelmente é aquecida prejudicando o ecossistema da
localidade.
Capítulo 2
Alguns Conceitos e Definições
A Fig. 2.1 representa um sistema termodinâmico que é definido como uma quantidade de matéria
com massa e identidade fixa. Tudo que é externo ao sistema é denominado vizinhança. O sistema é
separado da vizinhança pela fronteira que pode ser móvel ou fixa. Ex.: o aquecimento do sistema
por um bico de Bunsen, calor e trabalho podem cruzar a fronteira neste processo, porém a matéria
permanece a mesma e pode ser identificada. Um sistema isolado é aquele que não é influenciado
pela vizinhança, ou seja, calor e trabalho não cruzam a fronteira.
Quando pelo menos uma propriedade de um sistema é alterada, dizemos que ocorreu uma
mudança de estado. O caminho percorrido por uma sucessão de estados é definido como
processo.
Quando um sistema, num dado estado inicial passa por um certo número de mudanças de
estado ou processos, e finalmente retorna ao seu estado inicial, dizemos que o sistema executa
um ciclo termodinâmico.
É importante definirmos o conceito de processo quase estático e não quase estático. Quando o processo se desenvolve de
forma que o sistema permaneça infinitesimalmente próximo ao estado de equilíbrio em todos os momentos ele é chamado
de quase estático. Um processo quase estático pode ser visto como um processo suficientemente lento para que o sistema
se ajuste internamente. Desta forma, as propriedades de uma parte do sistema não se alteram mais rapidamente do que
outras partes. Para os processos não quase estáticos, figura (b), forma-se uma zona de choque próximo ao pistão onde a
pressão é maior do que nas demais zonas do sistema. Assim, o sistema não pode ser dito em equilíbrio. Não estaremos
aptos a descrever cada estado que o sistema passa, mas sim, antes do processo iniciar e depois que o equilíbrio é atingido.
É comum para os processos termodinâmicos a representação em diagramas por serem muito úteis para a visualização dos
mesmos.
A fase de uma substância pode ser definida por uma quantidade de matéria
totalmente homogênea. Em cada fase a substância pode existir em várias
pressões e temperaturas, ou em vários estados. Para se identificar um estado
devemos conhecer algumas propriedades macroscópicas como: temperatura,
pressão e massa específica. Mais tarde definiremos a quantidade mínima de
propriedades que deveremos conhecer para se determinar o estado
termodinâmico da substância.
A Lei Zero da Termodinâmica diz a respeito do equilíbrio dos corpos e pode ser escrita como:
dois corpos estão em equilíbrio térmico se ambos estiverem em equilíbrio com um terceiro. Pode parecer
tolice que um fato tão obvio possa ser um umas das leis básicas da termodinâmica, porém não pode ser
concluída a partir de outras leis.
A Lei Zero foi formulada por R. H. Fowler em 1931 mas só foi reconhecida como principio fundamental
mais de meio século depois da formulação da 1ª e 2ª leis da Termodinâmica.
As escalas mais utilizadas para temperatura são: Kelvin, Celsius e Fahrenheit.
Capítulo 3
Propriedades de uma Substância Pura
Substância pura é aquela formada exclusivamente por partículas (moléculas ou átomos) quimicamente
iguais e que possuam composição química invariável e homogênea independente da fase que se encontre.
O exemplo acima demonstra a mudança de fase da água líquida para a fase gasosa, onde constatamos
que a água é uma substância pura, pois sua composição não varia. Notamos que o processo ocorre em
uma pressão (0,1MPa) constante e na Fig. (b) inicia-se a evaporação á temperatura de 99,6°C. Assim,
chamamos que a temperatura de saturação da água é 99,6°C para a pressão de saturação de 0,1MPa.
Para uma substância pura existe uma relação muito bem definida entre pressão e temperatura de
saturação. A Fig. 3.2 é chamada curva de pressão de vapor. Como na Termodinâmica nos
deparamos frequentemente com processos em que as substâncias mudam de fase, é de grande
utilidade representarmos estes processos por diagramas. A Fig. 3.3 representa um diagrama muito
utilizado: pressão x volume. Neste diagrama identificamos alguns conceitos importantes: Ponto
crítico, linha de líquido saturado e linha de vapor saturado.
A Fig. 3.5 representa o diagrama P-T de uma substância pura. Este diagrama é conhecido como
diagrama de fase, uma vez que todas as fases são separadas uma das outras por três linhas. A linha
de sublimação separa as regiões de sólido/vapor, a linha de vaporização separa as regiões de
líquido/vapor e a linha de fusão as regiões de sólido/líquido. As três linhas se encontram no ponto
triplo, onde todas as fases coexistem em equilíbrio.
Outra ferramenta muito útil que ganhou força a partir dos anos 80 são: As tabelas termodinâmicas
computadorizadas. O site da editora do livro texto disponibiliza o programa CATT (Computer
Aided Thermodynamic Tables) para download. O software é auto explicativo e possui no seu banco
de dados vários fluidos e suas respectivas propriedades.
𝑅
𝑅=
𝑀
Onde 𝑅 é a constante universal dos gases e M a massa molar (peso molecular) do gás.
A constante 𝑅 é a mesma para todas as substâncias e seu valor é:
Umas das formas de acúmulo de energia em nível molecular já discutida é a energia potencial
intermolecular, relacionadas com as forças que atuam entre moléculas. Nós afirmamos na ocasião
que estas forças podem ser desprezadas quando a massa específica é muito pequena devido a
grande distância entre as moléculas (gases). Nessa condição as partículas são interdependentes e
o fluido é denominado gás ideal. Experimentalmente observou-se que os gases ideais possuem uma
relação entre p-V-T segundo as equações de estado.
Capítulo 4
Calor e Trabalho
Capítulo 5
Primeira Lei da Termodinâmica
Capítulo 6
Primeira Lei da Termodinâmica
Aplicada a Volumes de Controle
Capítulo 7
Segunda Lei da Termodinâmica
“É impossível para qualquer dispositivo que opere como um ciclo receber calor de um único
reservatório e produzir uma quantidade líquida de trabalho”
A segunda lei afirma que além de quantidade a energia também possui qualidade. Ou
seja, os engenheiro estão preocupados na degradação da energia durante os processos. Este
conceito é um dos pilares da segunda lei e será melhor explicado com o conceito de entropia.
“É impossível para qualquer dispositivo que opere como um ciclo que não produza qualquer outro efeito
que não seja a transferência de calor de um corpo com temperatura mais baixa para um corpo com
temperatura mais alta”
O enunciado de Clasius não impede a construção de um dispositivo cíclico que transfira calor
de um reservatório frio para um reservatório quente. Na verdade, é isso que os refrigeradores fazem.
Simplesmente o enunciado estabelece que um refrigerador não pode funcionar a menos que uma fonte de
trabalho externo seja acionada.
A fig. 7.6 representa um refrigerador que recebe trabalho da vizinhança para promover o fluxo de
calor entre os reservatórios quente e frio. O fluido de trabalho usualmente são fluidos refrigerantes
como R404, R22, R134, etc.
Apesar de termos afirmado que um ciclo não pode ocorrer sem que respeito a 1ª e 2ª Lei da Termodinâmica, isso
não impediu inventores tentar criar um dispositivo moto-contínuo. Um moto-contínuo que viole a 1ª Lei é
chamado de PMM1 (perpetual motion machine of the first kind) e o que viole a 2ª Lei é chamado de PMM2. A
primeira figura representa um PMM1 pois cria energia numa taxa Qsai +Wliq sem receber qualquer energia. Já a
segunda figura é uma PMM2, pois o ciclo opera apenas com um reservatório: a caldeira.
Podemos extrair conclusões valiosas dos enunciados de Kelvin Plank e Clasius. Duas conclusões referentes
a eficiência térmica de máquinas reversíveis e irreversíveis são conhecidas como os Princípios de Carnot:
1. A eficiência de uma máquina térmica irreversível é sempre menor que uma máquina térmica reversível
operando entre os mesmos reservatórios.
2. A eficiência de todas as máquinas térmicas reversíveis operando entre os mesmos dois reservatórios é a
mesma.