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ANIMAIS
PEÇONHENTOS X VENENOSOS
• Peçonhentos- são aqueles que apresentam um aparelho
inoculador de veneno, como: dentes ocos, ferrões,
aguilhões.
“Lagarta de fogo”
Fonte: Google imagens.
ABELHAS
• Picam para se defender;
• Picam apenas uma vez (cada uma);
• Podem atacar em enxames;
• Sintomas: dor local intensa, hiperemia, inchaço, prurido, cefaleia, náusea, vômitos, edema
generalizado, hipertensão, edema de glote, broncoespasmo, insuficiência respiratória,
pode levar a morte.
- Mantenha a calma;
- Em caso de múltiplas picadas levar a vítima rapidamente
para o hospital;
- Remover anéis, relógios ou roupas apertadas ao redor do
local da picada;
- Remova o ferrão usando a técnica de raspagem usando
uma agulha, faca, lâmina (evite usar a pinça, pois pode
espremer o ferrão e liberar mais veneno);
- Após a remoção lavar o local com agua e sabão;
- Não dê bebidas alcoólicas para a vítima;
- Se possível tirar foto ou levar o animal para identificação;
• Sintomas: dor forte, edema e hiperemia no local da picada. Em acidentes com lacraias
grandes pode ocorrer febre, calafrios, tremores, suores, pequena ferida.
• Ações após a ocorrência de um acidente:
- Manter a vítima em repouso;
- Lavar o local com água fria;
- Não ingerir bebidas alcoólicas;
- Encaminhar para atendimento médico as vítimas de lacraias
grandes ou qualquer paciente com reações graves.
• Medidas de prevenção:
- Limpe os ralos semanalmente e os mantenha fechados
quando não estiverem em uso;
- Limpe e mantenha fechada as caixas de esgoto;
- Limpe os jardins, apare a grama e afaste as plantas;
- Não use garagens e quintais como depósito para objetos
fora de uso que possam servir de esconderijo para as
lacraias;
- Cuide dos muros e calçadas para que não apresentem
frestas onde a umidade possa se acumular e os animais
possam se esconder.
• Sintomas: dor imediata, hiperemia, edema, náusea, vômito, tonteira, palidez, cefaleia,
sialorréia, sudorese, febre, sensação de frio, diploplia, bradicardia, irregularidades cardio-
respiratórias, convulsões, choque, coma e pode levar à morte.
• Ações após a ocorrência de um acidente:
- Manter a vítima em repouso e preferencialmente com o
membro afetado elevado;
- Jamais aplicar torniquetes ou realizar corte para sugar o
veneno;
- Afrouxar as roupas e remover anéis e adereços que possam
interromper a circulação;
- Ficar atento para o desenvolvimento de reações sistêmicas;
- Não tente capturar o escorpião;
- Obter assistência médica imediata, pois existe risco de vida;
- Saber que em alguns casos pode ser necessária a aplicação
de soro específico (antiescorpiônico).
• Medidas de prevenção:
- Manter limpos e livre de entulhos, materiais de construção, matos e
folhas secas os quintais, jardins, garagens, terrenos baldios e etc.;
- Acondicionar adequadamente o lixo, a fim de evitar a proliferação de
insetos de que se alimentam os escorpiões;
- Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois os escorpiões podem se
esconder neles e picar ao serem comprimidos contra o corpo;
- Vedar frestas e buracos em paredes, ralos, assoalhos e vãos entre o
forro e paredes para impedir o trânsito de escorpiões pela residência.
ARANHAS
• Os envenenamentos humanos por aranhas são chamados
de araneísmo.
• No Brasil, existem 3 gêneros extremamente venenosas:
Loxosceles (aranha marrom), Phoneutria (aranha armadeira)
e Latrodectus (aranha viúva negra);
• Muitos acidentes ocorrem quando as aranhas são
perturbadas em excesso ou comprimida contra o corpo
(dentro de roupas, toalhas, roupas de cama etc.).
Surucucu
Fonte: Google imagens.
Não se deve tentar capturar o animal. A identificação do animal
envolvido no acidente é na maioria dos casos realizada a partir das
características da lesão e do relato do acidente. Então, na prática por
exemplo, é importante que verifique a coloração do corpo do animal
que lhe mordeu. Os característicos anéis coloridos das cobras corais
são gritantes. Você poderá dizer ao médico se foi ou não uma cobra
Jararaca
coral. Se não for coral, veja bem a cauda da cobra se tem ou não o
chocalho típico da cascavel, pois é fácil reconhecer.
• Cascavel (Crotalus durissus)
É responsável por menos de 10% dos
acidentes. Habita áreas abertas como
campo e cerrado. Se caracteriza por
possuir um chocalho na ponta da cauda.
Fonte: Google imagens.
OBS.:
• Atenção para a segurança de cena.
• Considerar a possibilidade de lesões secundárias devido a cinemática
de toda a situação, como as decorrentes de corrida, queda, etc.
• Nos acidentes por animais peçonhentos, o socorrista não deve perder
tempo no local e nem deve tentar capturar o animal.
• Atenção especial aos extremos de idades, já que são mais susceptíveis
a complicações decorrentes do veneno inoculado.
Caso Clínico
JSS, sexo masculino, 19 anos, deu entrada na Emergência
do Hospital Municipal Lourenço Jorge às 07:00h, picado no
calcâneo direito por uma cobra enquanto estava a beira de um
rio com seus amigos próximo a sua casa. Relatou não ter
conseguido observar as características do animal que fugiu. Foi
admitido e internado no hospital muito agitado e aflito,
apresentando edema discreto na região calcânea direita, dor
intensa no local, equimose, náuseas. FC: 72 bpm; FR: 18 irpm;
P.A: 120x80 mmHg; Temp. Ax.: 37°.Foi feita punção venosa
para hidratação, foi administrado soro antiofídico (soro
universal), instalado CVD para mensuração da diurese, e
elevação do MID. Após 5h o paciente ainda não havia urinado,
sendo administrado mais uma dose do soro e mantido a
observação. Às 20:00h o paciente diurese de 500ml,
encontrava-se em bom estado geral, deambulando com
alguma dificuldade devido a dor que referia ainda sentir em
região calcânea. Recebeu alta na manhã seguinte.
Diagnóstico de Enfermagem
• Integridade da pele prejudicada relacionada a picada de
cobra evidenciada por lesão na região calcânea.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Brasil, Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. FIOCRUZ. Vice Presidência de
Serviços de Referência e Ambiente. Núcleo de Biossegurança. NUBio. Manual de
Primeiros Socorros. Rio de Janeiro. Fundação Oswaldo Cruz, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção
para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da
Saúde, 2016.
Sites:
http://www.vitalbrazil.rj.gov.br
http://www.rio.rj.gov.br/web/sms/exibeConteudo?id=4377127