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ANIMAIS
PEÇONHENTOS X VENENOSOS
• Peçonhentos- são aqueles que apresentam um aparelho
inoculador de veneno, como: dentes ocos, ferrões,
aguilhões.

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• Venenosos- não apresentam aparelho inoculador, o envenenamento


pode ocorrer por meio de ingestão, contato ou compressão.
Sapo cururu
Peixe Baiacu

“Lagarta de fogo”
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ABELHAS
• Picam para se defender;
• Picam apenas uma vez (cada uma);
• Podem atacar em enxames;

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O acidente pode causar de


desconforto leve a anafilaxia
potencialmente fatal. Outra forma de
acidente, é aquela provocada por
múltiplas picadas (enxame), ocorrência
comum em picadas por abelhas
brasileiras africanizadas.
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• Sintomas: dor local intensa, hiperemia, inchaço, prurido, cefaleia, náusea, vômitos, edema
generalizado, hipertensão, edema de glote, broncoespasmo, insuficiência respiratória,
pode levar a morte.
- Mantenha a calma;
- Em caso de múltiplas picadas levar a vítima rapidamente
para o hospital;
- Remover anéis, relógios ou roupas apertadas ao redor do
local da picada;
- Remova o ferrão usando a técnica de raspagem usando
uma agulha, faca, lâmina (evite usar a pinça, pois pode
espremer o ferrão e liberar mais veneno);
- Após a remoção lavar o local com agua e sabão;
- Não dê bebidas alcoólicas para a vítima;
- Se possível tirar foto ou levar o animal para identificação;

- Remoção das colônias de lugares públicos ou residências. Essa remoção


deve ser feita por profissionais capacitados e equipados;
- Evitar se aproximar de colmeias sem estar com equipamento de
proteção (macacão, luva, máscara, bota, fumigador, etc.);
- Evitar movimentos bruscos não gritar próximo a uma colmeia;
- Não usar perfumes, desodorantes ou qualquer outra coisa que tenha
odor forte;
- Usar roupas claras.
LACRAIAS
• Também chamadas de Centopeias;
• Apresenta ferrões venenosos ;
• São bastante agressivas;
• Podem ser encontradas em locais úmidos (ex.: ralos de
banheiro), buracos, tijolos.

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• Sintomas: dor forte, edema e hiperemia no local da picada. Em acidentes com lacraias
grandes pode ocorrer febre, calafrios, tremores, suores, pequena ferida.
• Ações após a ocorrência de um acidente:
- Manter a vítima em repouso;
- Lavar o local com água fria;
- Não ingerir bebidas alcoólicas;
- Encaminhar para atendimento médico as vítimas de lacraias
grandes ou qualquer paciente com reações graves.

• Medidas de prevenção:
- Limpe os ralos semanalmente e os mantenha fechados
quando não estiverem em uso;
- Limpe e mantenha fechada as caixas de esgoto;
- Limpe os jardins, apare a grama e afaste as plantas;
- Não use garagens e quintais como depósito para objetos
fora de uso que possam servir de esconderijo para as
lacraias;
- Cuide dos muros e calçadas para que não apresentem
frestas onde a umidade possa se acumular e os animais
possam se esconder.

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ESCORPIÕES
• Preferência por ambientes úmidos e com pouca luz;
• Podem ser encontrados geralmente em madeiras
empilhadas, debaixo de cascas de árvore, pedras, entulhos,
muros mal rebocados, tijolos, calçados fechados, etc.;
• Utiliza seu aguilhão venenoso para capturar o alimento e
para se defender;
• Seu veneno é muito potente, sua picada pode provocar
mortes de crianças ou pessoas debilitadas.
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Os principais escorpiões venenosos do


Brasil são o amarelo e o marrom. Pode ser
encontrado com muita frequência no Rio
de Janeiro o "escorpião-amarelo" (Tityus
serrulatus), que é considerado o escorpião
mais perigoso da América do Sul.

• Sintomas: dor imediata, hiperemia, edema, náusea, vômito, tonteira, palidez, cefaleia,
sialorréia, sudorese, febre, sensação de frio, diploplia, bradicardia, irregularidades cardio-
respiratórias, convulsões, choque, coma e pode levar à morte.
• Ações após a ocorrência de um acidente:
- Manter a vítima em repouso e preferencialmente com o
membro afetado elevado;
- Jamais aplicar torniquetes ou realizar corte para sugar o
veneno;
- Afrouxar as roupas e remover anéis e adereços que possam
interromper a circulação;
- Ficar atento para o desenvolvimento de reações sistêmicas;
- Não tente capturar o escorpião;
- Obter assistência médica imediata, pois existe risco de vida;
- Saber que em alguns casos pode ser necessária a aplicação
de soro específico (antiescorpiônico).
• Medidas de prevenção:
- Manter limpos e livre de entulhos, materiais de construção, matos e
folhas secas os quintais, jardins, garagens, terrenos baldios e etc.;
- Acondicionar adequadamente o lixo, a fim de evitar a proliferação de
insetos de que se alimentam os escorpiões;
- Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los, pois os escorpiões podem se
esconder neles e picar ao serem comprimidos contra o corpo;
- Vedar frestas e buracos em paredes, ralos, assoalhos e vãos entre o
forro e paredes para impedir o trânsito de escorpiões pela residência.
ARANHAS
• Os envenenamentos humanos por aranhas são chamados
de araneísmo.
• No Brasil, existem 3 gêneros extremamente venenosas:
Loxosceles (aranha marrom), Phoneutria (aranha armadeira)
e Latrodectus (aranha viúva negra);
• Muitos acidentes ocorrem quando as aranhas são
perturbadas em excesso ou comprimida contra o corpo
(dentro de roupas, toalhas, roupas de cama etc.).

• Aranha Marrom (Gênero Loxosceles)

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São aranhas muito pequenas. Constroem teias
irregulares. Na Natureza, podem ser encontradas em
cascas de árvores, debaixo de pedras, grutas. Nas
residências podem ser vistas atrás de móveis e quadros,
em cantos de parede, pilhas de madeira, materiais de construção.
Sintomas: dor (queimação)*, edema, febre,
lesão, cefaleia, náusea, lesão por equimose,
bolhas que necrosam e ulceram (difícil
cicatrização), hemólise.
*Pode apresentar ou não dor no momento da picada. A ausência de dor
faz com que o acidentado demore a procurar socorro médico, o que pode
complicar o tratamento. Fonte: Google imagens.
• Armadeira (Gênero Phoneutria)
São as aranhas venenosas de maior
tamanho. Não vivem em teias, costumam
abrigar-se em buracos, debaixo de pedras
e madeiras, folhagens, bananeiras, frutas,
legumes, sapatos, roupas. Seu nome é
Armadeira porque quando se sentem
ameaçadas, se apoiam em suas patas
traseiras e erguem as dianteiras,
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preparando-se para atacar.
Sintomas: dor local intensa que pode irradiar-se, sudorese, eri-
tema, edema, agitação, hipertensão arterial. Nos casos graves: sudorese
generalizada, salivação, vômito frequente, choque, enrijecimento
muscular, edema agudo de pulmão.

• Viúva Negra, flamenguinha (Gênero Latrodectus)


É pequena. Constrói teias irregulares. São as fêmeas que causam os
acidentes, os machos não. Pode ser encontrada em cascas de coco,
folhas secas, latas vazias, em vegetações de praias, etc.
Sintomas: dores e contraturas musculares intensas, rigidez muscular,
febre, náuseas, cefaleia, taquicardia que evolui para bradicardia.
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• Ações após a ocorrência de um acidente:
- Lavar o local da picada com água ou água e sabão;
- Tranquilizar o paciente;
- Mantê-lo em repouso, preferencialmente com o membro
afetado elevado;
- Hidratar a vítima com goles de água, não oferecer bebidas
alcoólicas;
- Não fazer torniquete;
- Não sugar o veneno, nem realizar incisão para a extração;
- Levar a vítima para o serviço de saúde e saber que em
alguns casos pode ser necessária a aplicação de soro
específico ou antiaracnídico (Loxosceles e Phoneutria).
• Medidas de prevenção:
- Manter residência, jardins, quintais limpos;
- Evitar o acúmulo de entulhos, folhas secas, lixo doméstico,
Atenção: nem toda aranha
material de construção nas proximidades das casas;
que vive em nossas casas
- Sacudir roupas e sapatos antes de usá-los;
ou que tenha colorido
- Verificar a presença de aranhas em hortifrutigranjeiros,
marrom causam esses
- Vedar frestas e buracos em paredes, ralos, assoalhos e
quadros. A maioria das
vãos entre o forro e paredes.
aranhas "caseiras" não são
animais perigosos.
COBRAS
• No Brasil, o maior número de acidentes é causado pela
Jararaca;
• O envenenamento por cascavel é o mais sério, apresenta
alto índice de mortalidade;
• Filhotes já nascem com peçonhas;
• A característica que deve ser observada é a presença da
fosseta loreal - órgão sensorial - (orifício entre o olho e a
narina) existente em todas as serpentes peçonhentas das
Américas, com exceção das corais verdadeiras.
Cascavel Coral verdadeira

Surucucu
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Não se deve tentar capturar o animal. A identificação do animal
envolvido no acidente é na maioria dos casos realizada a partir das
características da lesão e do relato do acidente. Então, na prática por
exemplo, é importante que verifique a coloração do corpo do animal
que lhe mordeu. Os característicos anéis coloridos das cobras corais
são gritantes. Você poderá dizer ao médico se foi ou não uma cobra
Jararaca
coral. Se não for coral, veja bem a cauda da cobra se tem ou não o
chocalho típico da cascavel, pois é fácil reconhecer.
• Cascavel (Crotalus durissus)
É responsável por menos de 10% dos
acidentes. Habita áreas abertas como
campo e cerrado. Se caracteriza por
possuir um chocalho na ponta da cauda.
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Sintomas: dor no momento da picada mas desaparece, ptose


palpebral, turvação visual, mialgia, oligúria ou anúria,
hematúria, pode ocorrer necrose do mesmo atingido.
• Coral Verdadeira (Micrurus sp)
Normalmente pequenas, causam poucos acidente (1%).
Pode ser encontrada em todo território brasileiro, habitando
matas úmidas, campos, regiões secas. Possuem escamas
vermelhas pretas e brancas ou amarelada em sequencias
diversas que formam anéis completos pelo corpo, sendo essa
diferença das corais falsas, que possuem anéis apenas na parte
de superior do corpo. A peçonha se espalha de forma muito
rápida, podendo matar em poucas horas.
Sintomas: dor ou dormência, ptose bilateral palpebral,
turvação visual, sialorréia, insuficiência respiratória.
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• Jararaca (Bothrops jararaca) e Jararacuçu
(Bothrops jararacussu)
Pertencem ao mesmo gênero. As Jararacas são
responsáveis pelo maior número de acidentes (90%), são muito
agressivas. A Jararacuçu tem a capacidade de dar botes longos
e injetar grande quantidade de veneno. Vivem em ambientes
úmidos (beiras de rios e córregos), áreas de mata, porém a
Jararaca se adapta muito bem em áreas urbanas e próximo à
cidades.
Sintomas: dor, edema local, equimose, bolhas, necrose, oligúria
ou anúria, hipotensão, aumento do tempo de coagulação,
hemorragia. Jararaca

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Jararacuçu
• Surucucu (Lachesis)
Os acidentes são raros (1%). É a maior cobra peçonhenta
das Américas. Vive em florestas úmidas tropicais ou montanhas.
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Sintomas*: dor, edema, bolhas, hemorragias, diarreia,


bradicardia, hipotensão arterial.
* As manifestações clínicas são parecidas com a do gênero Bothrops, a diferenciação de dá pelas
alterações vagais presentes (bradicardia, hipotensão e diarreia).
• Ações após a ocorrência de um acidente:
- Lavar o local da picada com água ou água e sabão;
- Tranquilizar o paciente;
- Mantê-lo em repouso, preferencialmente com o membro
afetado elevado;
- Hidratar a vítima com goles de água, não oferecer bebidas
alcoólicas;
- Não fazer torniquete;
- Não sugar o veneno, nem realizar incisão para a extração;
- Levar a vítima para o serviço de saúde e saber que pode ser
necessária a aplicação de soro específico ou universal.
• Medidas de prevenção:
- Manter jardins e quintais limpos, sem acúmulo de lixo, folhas secas,
entulho, materiais de construção. Medidas estas usadas para evitar a
aproximação de ratos (principal alimento das cobras);
- Sempre que for remexer em folhas secas, buracos, vão de pedras,
troncos ocos ou caminhar pelos campos, use pedaço de pau ou
graveto;
- Evitar andar descalço, pois as porções inferiores do corpo (pés e
pernas) são os locais mais atingidos nas picadas; o uso de botas ou
sapatos fechados é aconselhado nos locais de ocorrência de ofídios.
• Soros comumente aplicados após acidente:
- Cobra desconhecida= soro antiofídico;
- Jararaca= soro antibotrópico ou soro antiofídico;
- Cascavel= soro anticrotálico ou soro antiofídico;
- Surucucu= soro antibotrópico ou soro antilaquético ou soro
antiofídico;
- Coral verdadeira= soro antielapídico ou soro antiofídico;
- Escorpião amarelo= soro antiescorpiônico ou soro
antiaracnídico;
- Aranha Marrom= soro antiloxocélico ou soro antiaracnídico;
- Aranha Armadeira= soro antiaracnídico;
- Aranha Viúva negra= soro antilatrodéctico

Dúvidas sobre avaliação


e tratamento:
ATENÇÃO!
(Anvisa - Ministério da Acidentes por animais
Saúde) peçonhentos são de
Disque intoxicação notificação imediata
0800-722-6001 (em até 24hrs).
Protocolo SAMU 192 (Suporte Básico de Vida):
Quando suspeitar ou critérios de inclusão:
- Relato de picada por animal silvestre conhecido ou não (se
desconhecido, trate como animal venenoso);
- Presença de marcas causadas pelas picadas associada a dor
local, edema, eritema e bolhas;
- Em casos mais graves, pode haver ptose palpebral,
oligoanúria, alterações visuais, insuficiência
respiratória aguda e em casos extremos, torpor, inconsciência
e choque anafilático.
Conduta:
1. Realizar avaliação primária (Protocolo BT1), com ênfase para:
• Oximetria de pulso;
• Administrar oxigênio (O2) por máscara facial em altos fluxos, se
saturação de < 94%.
2. Realizar avaliação secundária (Protocolo BT2).
3. Manter paciente em repouso absoluto.
4. Lavar a ferida com soro fisiológico e cobrir com curativo estéril seco.
5. Não utilizar torniquete.
6. Obter descrição, imagem ou o próprio animal (se morto e
acondicionado em dispositivo fechado e protegido).
7. Realizar contato com a Regulação Médica e passar os dados
de forma sistematizada.
8. Aguardar a orientação da Regulação Médica para
procedimentos e/ou transporte para a unidade de saúde.
9. Considerar transmissão da imagem do animal e da lesão
para o centro de controle de intoxicação da sua
região ou para a Central de Regulação.
10. 10. Registrar achados e procedimentos na ficha/boletim de
ocorrência.

OBS.:
• Atenção para a segurança de cena.
• Considerar a possibilidade de lesões secundárias devido a cinemática
de toda a situação, como as decorrentes de corrida, queda, etc.
• Nos acidentes por animais peçonhentos, o socorrista não deve perder
tempo no local e nem deve tentar capturar o animal.
• Atenção especial aos extremos de idades, já que são mais susceptíveis
a complicações decorrentes do veneno inoculado.
Caso Clínico
JSS, sexo masculino, 19 anos, deu entrada na Emergência
do Hospital Municipal Lourenço Jorge às 07:00h, picado no
calcâneo direito por uma cobra enquanto estava a beira de um
rio com seus amigos próximo a sua casa. Relatou não ter
conseguido observar as características do animal que fugiu. Foi
admitido e internado no hospital muito agitado e aflito,
apresentando edema discreto na região calcânea direita, dor
intensa no local, equimose, náuseas. FC: 72 bpm; FR: 18 irpm;
P.A: 120x80 mmHg; Temp. Ax.: 37°.Foi feita punção venosa
para hidratação, foi administrado soro antiofídico (soro
universal), instalado CVD para mensuração da diurese, e
elevação do MID. Após 5h o paciente ainda não havia urinado,
sendo administrado mais uma dose do soro e mantido a
observação. Às 20:00h o paciente diurese de 500ml,
encontrava-se em bom estado geral, deambulando com
alguma dificuldade devido a dor que referia ainda sentir em
região calcânea. Recebeu alta na manhã seguinte.
Diagnóstico de Enfermagem
• Integridade da pele prejudicada relacionada a picada de
cobra evidenciada por lesão na região calcânea.

• Andar prejudicado relacionado a dor e peso no MID


evidenciado por lesão na região calcânea.

• Medo relacionado a sensação de morte evidenciado por


agitação e aflição.

• Risco de infecção relacionado a procedimentos invasivos.


CENTRO UNIVERSITÁRIO
AUGUSTO MOTTA
ALUNAS: Carolina Trugilho
Cristiane Silva
Deise Cristina
Jane Beatriz
Mayara Dias
DISCIPLINA: EMERGÊNCIA PRÉ E INTRA-HOSPITALAR

DOCENTE: Patrícia de Souza

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
Brasil, Ministério da Saúde. Fundação Oswaldo Cruz. FIOCRUZ. Vice Presidência de
Serviços de Referência e Ambiente. Núcleo de Biossegurança. NUBio. Manual de
Primeiros Socorros. Rio de Janeiro. Fundação Oswaldo Cruz, 2003.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Protocolos de Intervenção
para o SAMU 192 - Serviço de Atendimento Móvel de Urgência. Brasília: Ministério da
Saúde, 2016.
Sites:
http://www.vitalbrazil.rj.gov.br
http://www.rio.rj.gov.br/web/sms/exibeConteudo?id=4377127

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