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CÁLCULO NUMÉRICO

Profa. Dra. Yara de Souza Tadano yaratadano@utfpr.edu.br


Aula 17 e 18
06/2014 Ajuste de Curvas
AJUSTE DE CURVAS

Aula 17 e 18 – Ajuste de Curvas


Cálculo Numérico 3/64
INTRODUÇÃO

¨  Em geral, experimentos geram uma gama de dados que


devem ser analisados para a criação de um modelo.

¨  Obter uma função matemática que represente (ou que


ajuste) os dados permite fazer simulações do processo de
forma confiável, reduzindo assim repetições de experimentos
que podem ter um custo alto.

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Cálculo Numérico 4/64
INTRODUÇÃO
¨  Em geral, usar interpolação linear
quando:

¤  Deseja-se extrapolar ou fazer previsões em regiões fora do


intervalo considerado;

¤  Os dados tabelados são resultados de experimentos, onde erros


na obtenção destes resultados podem influenciar a sua qualidade;

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Cálculo Numérico 5/64
INTRODUÇÃO

¨  O objetivo é obter uma função que seja uma “boa


aproximação” e que permita extrapolações com alguma
margem de segurança.

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Cálculo Numérico 6/64
INTRODUÇÃO

¨  A escolha das funções pode ser feita:

¤  Observando o gráfico dos pontos tabelados;

¤  Baseando-se em fundamentos teóricos dos experimentos que


forneceu a tabela ou;

¤  Através de uma função já conhecida.

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Cálculo Numérico 7/64
INTRODUÇÃO

¨  O Método dos Mínimos Quadrados é um método bastante


utilizado para ajustar uma determinada quantidade de
pontos e aproximar funções.

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Cálculo Numérico 8/64
MÉTODO DOS
MÍNIMOS
QUADRADOS

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Cálculo Numérico 9/64
Método dos Mínimos Quadrados
¨  Método dos Mínimos Quadrados consiste em escolher os αi
(i = 1, 2, ..., n) de tal forma que:

ϕ ( x ) = α1g1 ( x ) + α 2 g2 ( x ) +! + α n gn ( x ) (1)

se aproxime ao máximo de f(x).

onde: f ( x ) fornece os pontos exatos;


g ( x ) fornece os pontos estimados.
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Cálculo Numérico 10/64
Método dos Mínimos Quadrados

¨  O Método dos Mínimos Quadrados consiste em escolher os


αi (i = 1, 2, ..., n) de tal forma que a
seja mínima.

m
2
E = ∑"# f ( xk ) − ϕ ( xk )$% (2)
k=1

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Cálculo Numérico 11/64
Método dos Mínimos Quadrados

¨  Observe que, se o modelo ajustar exatamente os dados, o


mínimo da função:

m
2
E = ∑"# f ( xk ) − ϕ ( xk )$%
k=1

será zero e, portanto, a é um


dentro do método dos quadrados mínimos.

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Cálculo Numérico 12/64
Caso Discreto
¨  Dado um conjunto de pontos (xi; f(xi)), i = 0, 1, 2, ..., m
(f dada por )

¨  O problema de ajuste de curvas consiste em encontrar


funções gi (x), tais que o desvio em cada ponto i, definido
por (2) seja mínimo, ou seja:

ϕ ( x ) = α1g1 ( x ) + α 2 g2 ( x ) +! + α n gn ( x )

se aproxime ao máximo de f (x).


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Cálculo Numérico 13/64
Caso Discreto
¨  Neste caso, o ajuste é linear.

¨  Linear em relação aos αi e não às gi (x).

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Cálculo Numérico 14/64
Caso Discreto
¨ 

¨  A escolha das funções gi (x) depende do gráfico dos pontos,


chamado de diagrama de dispersão, através do qual pode-se
visualizar o tipo de curva que melhor se ajusta aos dados.

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Cálculo Numérico 15/64
Exemplo 1
¨  Considerando os dados da Tabela 1, e através do gráfico
gerado, pode-se definir que tipo de curva melhor se ajusta
aos dados. Tabela 1
xi Tabela 1yi
1 1,3
2 3,5
3 4,2
4 5,0
5 7,0
6 8,8
7 10,1
8 12,5
9 13,0
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10 Cálculo Numérico
15,6 16/64
Exemplo 1

20"

16"

12"
y

8"

4"

0"
0" 2" 4" 6" 8" 10" 12"
x
Figura 1. Diagrama de Dispersão para os dados da Tabela 1
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Cálculo Numérico 17/64
Caso Discreto (Ajuste Linear)
q  Como pode ser observado na Figura 1, uma possível
aproximação seria através de uma função linear do tipo:

ϕ ( x ) = α1 xi + α 0 (3)

¨  Assim o objetivo é determinar o valor de α0 e α1, que


minimize:

m
2
E = ∑"# yi − (α1 xi + α 0 )$%
i=1

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Cálculo Numérico 18/64
Caso Discreto (Ajuste Linear)
¨  Para que E seja mínimo é necessário que:

∂E (4)
=0
∂α 0

∂E
=0 (5)
∂α1

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Cálculo Numérico 19/64
Caso Discreto (Ajuste Linear)
¨  As equações (4) e (5) simplificam-se nas
:

m m
α 0 m + α1 ∑ xi = ∑ yi (6)
i=1 i=1

m m m
α 0 ∑ xi + α1 ∑ xi2 = ∑ xi yi (7)
i=1 i=1 i=1

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Cálculo Numérico 20/64
Caso Discreto (Ajuste Linear)
¨  A solução para o sistema de equações é:

⎛ m 2 ⎞⎛ m ⎞ ⎛ m ⎞⎛ m ⎞
⎜ ∑ xi ⎟⎜ ∑ yi ⎟ − ⎜ ∑ xi yi ⎟⎜ ∑ xi ⎟
α 0 = ⎝ i =1 ⎠⎝ i =1m ⎠ ⎝ i =1 m ⎠⎝ i =1 ⎠ (8)
⎛ 2 ⎞ ⎛ ⎞
m⎜ ∑ xi ⎟ − ⎜ ∑ xi ⎟
⎝ i =1 ⎠ ⎝ i =1 ⎠
⎛ m ⎞ ⎛ m ⎞⎛ m ⎞
m⎜ ∑ xi yi ⎟ − ⎜ ∑ xi ⎟⎜ ∑ yi ⎟
(9)
α 0 = ⎝ i =1 ⎠ ⎝ i =1 ⎠⎝ i =1 ⎠
2
m m
⎛ 2 ⎞ ⎛ ⎞
m⎜ ∑ xi ⎟ − ⎜ ∑ xi ⎟
⎝ i =1 ⎠ ⎝ i =1 ⎠
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Cálculo Numérico 21/64
Exemplo 1
¨  Considerando a Tabela 1, e os dados necessários para as
equações (8) e (9) a Tabela 2 pode ser calculada:
i xi yi xi2 xi yi
1 1 1,3 1 1,3
2 2 3,5 4 7,0
3 3 4,2 9 12,6
4 4 5,0 16 20,0
5 5 7,0 25 35,0
6 6 8,8 36 52,8
7 7 10,1 59 70,7
8 8 12,5 64 100,0
9 9 13,0 81 117,0
10 10 15,6 100 156,0
Σ Aula 17
55 e 18 – 81
Ajuste de385
Curvas 572,4
Cálculo Numérico 22/64
Exemplo 1
¨  Considerando os dados da Tabela 2, os parâmetros α1 e α0
podem ser calculados como:

α 0 = −0, 360 α1 = 1, 538

¨  Assim a reta de ajuste linear é determinada por:

y = 1,538x − 0,360

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Cálculo Numérico 23/64
Exemplo 1
¨  Na Figura 2, pode-se observar o ajuste através da reta:
20"
y = 1.5382x - 0.36
16"

12"
y

8"

4"

0"
0" 2" 4" 6" 8" 10" 12"
x

Figura 2. Ajuste linear


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Cálculo Numérico 24/64
Caso Discreto (Ajuste Polinomial)
O processo usado para o ajuste linear pode ser estendido para
ajuste polinomial.
Assim, uma função polinomial de grau n é dada por:

n n−1
Pn ( x ) = α n x + α n−1 x +!+ α1 x + α 0

O objetivo é minimizar o erro:

m
2
E = ∑"# yi − Pn ( xi )$%
i=1

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Cálculo Numérico 25/64
Caso Discreto (Ajuste Polinomial)

¨  Como no caso linear, para que E seja minimizado é


∂E
necessário que (α 0 , α1,!, α n ) = 0 para cada
∂α j
j = 0, 1, ..., n.

¨  Isto fornece as n+1 equações normais nas n+1 incógnitas aj:

n m m

∑ k∑ i ∑ i i ,
α x j+k
= y x j
para cada j = 0,1,!, n.
k=0 i=1 i=1

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Cálculo Numérico 26/64
Caso Discreto (Ajuste Polinomial)

m m m m
α 0 m + α1 ∑ xi + α 2 ∑ xi2 + ! + α n ∑ xin = ∑ yi
i =1 i =1 i =1 i =1

m m m m m
α 0 ∑ xi + α1 ∑ xi2 + α 2 ∑ xi3 + ! + α n ∑ xin +1 = ∑ yi xi
i =1 i =1 i =1 i =1 i =1

! !
m m m m m
α 0 ∑ xin + α1 ∑ xin+1 + α 2 ∑ xin+ 2 + ! + α n ∑ xi2 n = ∑ yi xin
i =1 i =1 i =1 i =1 i =1

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Cálculo Numérico 27/64
EXEMPLO 2

¨  Ajustar os dados da Tabela 3 com um polinômio de grau dois


utilizando o método dos mínimos quadrados.

Tabela 3
i xi yi
1 0,00 1,0000
2 0,25 1,2840
3 0,50 1,6487
4 0,75 2,1170
5 1,00 2,7183

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Cálculo Numérico 28/64
EXEMPLO 2

i xi yi xi2 xi3 xi4 xiyi xi2yi


1 0,00 1,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000 0,0000
2 0,25 1,2840 0,0625 0,1563 0,0039 0,3210 0,0803
3 0,50 1,6487 0,2500 0,1250 0,0625 0,8244 0,4122
4 0,75 2,1170 0,5625 0,4219 0,3164 1,5878 1,1908
5 1,00 2,7183 1,0000 1,0000 1,000 2,7183 2,7183
Σ 2,50 8,7680 1,875 1,5625 1,3828 5,4514 4,4015

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Cálculo Numérico 29/64
EXEMPLO 2
¨  Para este problema, n = 2, m = 5 e as três equações normais
são:
5, 0α 0 + 2, 5α1 + 1,875α 2 = 8, 7680
2, 5α 0 + 1,875α1 + 1, 5625α 2 = 5, 4514
1,875α 0 +1, 5625α1 + 1, 3828α 2 = 4, 4015

¨  Resolvendo o sistema, obtêm-se:

α 0 = 1, 0051 α1 = 0,8647 α 2 = 0,8432

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Cálculo Numérico 30/64
EXEMPLO 2

y = 1, 0051+ 0,8642x + 0,8437x 2

3"
2.5"
O erro total
5
2" 2
E = ∑"# yi − P ( xi )$% = 2, 74 ×10 −4
1.5"
y

i=1

1"
0.5" é o mínimo que pode ser
y = 0.8437x2 + 0.8642x + 1.0051
0" obtido usando um
0" 0.5" 1" 1.5" polinômio com grau
x máximo 2
Figura 3. Ajuste polinomial

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Cálculo Numérico 31/64
Caso Contínuo
¨  Outro problema é a aproximação de funções.

¨  Para o caso discreto, temos um .

¨  Para o caso contínuo, temos .

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Cálculo Numérico 32/64
Caso Contínuo

Dada uma função f (x), contínua em [a, b] e escolhidas funções


g1 (x), g2 (x), ..., gn (x), todas contínuas em [a, b], determinar
constantes α1, α2,..., αn, tal que:

ϕ ( x ) = α1g1 ( x ) + α 2 g2 ( x ) +! + α n gn ( x )

se aproxime ao máximo de f (x).

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Cálculo Numérico 33/64
Caso Contínuo
¨  O objetivo é determinar um polinômio de grau máximo n
(φ (x) = Pn(x)):
n
Pn (x ) = α n x n + α n −1 x n −1 + ! + α1 x + α 0 = ∑ α k x k
k =0

que minimize o erro total:

2
b
2 ' b n *
E = ∫ "# f ( x ) − Pn ( x )$% dx = ∫ ) f ( x ) − ∑α k x , dx
k

a a ( k=0 +
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Cálculo Numérico 34/64
Caso Contínuo
¨  O problema é encontrar os coeficientes αj que minimizem E.

¨  Uma condição necessária para que os números αj


minimizem E é que:

∂E
(α 0 , α1 ,!,α n ) = 0 para cada j=0, 1, . . .,n.
∂α j

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Cálculo Numérico 35/64
Caso Contínuo
¨  Como:

2
b
2
n b ( b n+
E = ∫ !" f ( x )#$ dx − 2∑α k ∫ x f ( x ) dx + ∫ *∑α k x - dx
k k

a k=0 a a ) k=0 ,
¨  As derivadas ficam na seguinte forma:

b n b
∂E
∂α j
( 0 1
α , α ,!, α n) = −2 ∫ x j
f ( )
x dx + 2 ∑ α k ∫ x j+k
dx = 0
a k=0 a

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Cálculo Numérico 36/64
Caso Contínuo
¨  Para encontrar Pn (x), temos (n + 1) equações normais:

n b b
j +k j
∑ k∫
α
k =0
x
a
dx = ∫ f (x)dx
x
a

que devem ser resolvidas para se determinar as (n+1)


incógnitas αj, para cada j = 0, 1, ..., n.

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Cálculo Numérico 37/64
Exemplo 3

¨  Encontrar o polinômio de aproximação por mínimos


quadrados de segundo grau para a função abaixo no
intervalo [0,1].

f ( x ) = sen (π x )

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Cálculo Numérico 38/64
EXEMPLO 3
n b b
j +k j
∑α ∫ x k dx = ∫ x f (x )dx
k =0 a a

1 1 1 1
2
α 0 ∫ 1dx + α1 ∫ xdx + α 2 ∫ x dx = ∫ sen(πx )dx
0 0 0 0
1 1 1 1
α 0 ∫ xdx + α1 ∫ x 2 dx + α 2 ∫ x 3dx = ∫ xsen(πx )dx
0 0 0 0
1 1 1 1
2 3 4 2
α 0 ∫ x dx + α1 ∫ x dx + α 2 ∫ x dx = ∫ x sen(πx )dx
0 0 0 0
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Cálculo Numérico 39/64
EXEMPLO 3
¨  Calculando as integrais obtêm-se:
1 1 2
α 0 + α1 + α 2 =
2 3 π
1 1 1 1
α 0 + α1 + α 2 =
2 3 4 π
1 1 1 π2 −4
α 0 + α1 + α 2 =
3 4 5 π3
¨  Resolvendo o sistema obtêm-se o seguinte polinômio:
P2 ( x ) = −4,1225x 2 + 4,1225x − 0, 0505
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Cálculo Numérico 40/64
EXEMPLO 3

Figura 4. Aproximação de f(x) pelo polinômio P2(x).


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Cálculo Numérico 41/64
Caso Não-Linear

¨  Existem casos, onde o diagrama de dispersão de uma


função indica que os dados devem ser ajustado por uma
função não linear.

¨  Ocasionalmente, é apropriado supor que os dados estejam


relacionados exponencialmente.

¨  Exemplo: φ(x) = aebx, para a e b constantes.

A dificuldade de aplicação do método dos mínimos quadrados


neste caso consiste na tentativa de minimizar E.

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Cálculo Numérico 42/64
Caso Não-Linear

¨  Para estes casos um processo de linearização deve ser


empregado, para que seja possível aplicar o Método dos
Mínimos Quadrados.

¨  Neste caso, podemos proceder da seguinte forma:

Aula 17 e 18 – Ajuste de Curvas


Cálculo Numérico 43/64
Caso Não-Linear
¨  Caso I: Função Exponencial ϕ ( x ) = y = ae bx

¨  Aplicando logaritmo em ambos os lados, obtêm-se:

ln ( y ) = ln ( ae bx
) = ln (a ) + bx
¨  Realizando as seguintes substituições:
Y = ln ( y)
α 0 = ln ( a )
α1 = b
Obtêm-se: X=x
¨  Y = α1 X + α 0
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Cálculo Numérico 44/64
Caso Não-Linear
¨  Caso II: Função Logarítmica y = a ln ( bx )

¨  Expandindo: y = a ln ( b) + a ln ( x )

¨  Realizando as seguintes substituições: Y=y


α 0 = a ln ( b)
α1 = a
X = ln ( x )
¨  Obtêm-se: Y = α1 X + α 0
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Cálculo Numérico 45/64
Caso Não-Linear
¨  Caso III: Função Potencial y = ax b
¨  Aplicando logaritmo em ambos os lados:

ln ( y) = ln ( ax ) = ln ( a ) + ln ( x ) = ln ( a ) + b ln ( x )
b b

Y = ln ( y )
¨  Realizando as seguintes substituições:
α 0 = ln ( a )
α1 = b
X = ln ( x )
¨  Obtêm-se: Y = α1 X + α 0
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Cálculo Numérico 46/64
Caso Não-Linear

b
¨  Caso IV: Função Hiperbólica y=a+
x

¨  Realizando as seguintes substituições: Y=y


α0 = a
α1 = b
X = x −1
¨  Obtêm-se: Y = α1 X + α 0
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Cálculo Numérico 47/64
¨  Usam-se as equações do caso discreto (ajuste linear) para
obter α0 e α1:

m m
α 0 m + α1 ∑ xi = ∑ yi
i=1 i=1

m m m
α 0 ∑ xi + α1 ∑ x = ∑ xi yi
2
i
i=1 i=1 i=1

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Cálculo Numérico 48/64
¨  Após aplicar o método dos mínimos quadrados, é preciso
fazer as substituições necessárias para encontrar os
parâmetros a e b da função de aproximação original.

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Cálculo Numérico 49/64
¨  Observe que os parâmetros a e b assim obtidos não são
ótimos dentro do critério dos quadrados mínimos, porque
estamos ajustando o problema linearizado e não o problema
original.

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Cálculo Numérico 50/64
EXEMPLO 4
¨  Encontrar uma função exponencial que se ajusta aos valores
da tabela abaixo:
x y
-1,0 36,547
-0,7 17,267
-0,4 8,155
-0,1 3,852
-0,2 1,82
-0,5 0,86
-0,8 0,406
1,0 0,246
Aula 17 e 18 – Ajuste de Curvas
Cálculo Numérico 51/64
−bx
y = ae
Y = ln y

α 0 = ln (a )

α1 = −b

Aula 17 e 18 – Ajuste de Curvas


Cálculo Numérico 52/64
Caso Não-Linear
¨  Como o ajuste será realizado por uma função exponencial é
necessário calcular: Y = ln y
¨  A tabela para os cálculos fica da seguinte forma:

i x y Y = ln(y) xi2 xiYi


1 -1,0 36,547 3,599 1,00 -3,599
2 -0,7 17,264 2,849 0,49 -1,994
3 -0,4 8,155 2,099 0,16 -0,839
4 -0,1 3,852 1,349 0,01 -0,135
5 0,2 1,820 0,599 0,04 0,120
6 0,5 0,860 -0,151 0,25 -0,075
7 0,8 0,406 -0,901 0,64 -0,721
8 1,0 0,246 -1,402 1,00 -1,402
Σ 0,3 69,15
Aula 17 e 188,041 3,59
– Ajuste de Curvas -8,645
Cálculo Numérico 53/64
Caso Não-Linear

α 0 = 1, 099 α1 = −2, 5
α 0 = ln (a ) α1 = −b

a = 3, 001 b = 2, 5

Aula 17 e 18 – Ajuste de Curvas


Cálculo Numérico 54/64
¨  Os parâmetros α0 e α1 que ajustam a função ϕ (x) à função Y
no sentido dos quadrados mínimos.

¨  Não se pode afirmar que os parâmetros a e b (obtidos


através de α0 e α1) são os que ajustam ϕ(x) à função y
dentro dos critérios dos quadrados mínimos.

Aula 17 e 18 – Ajuste de Curvas


Cálculo Numérico 55/64
TESTE DE ALINHAMENTO

¨  Uma vez escolhida uma função não linear em a, b, … para


ajustar uma função. Uma forma de verificar se a escolha foi
razoável é aplicar o Teste de Alinhamento.

Aula 17 e 18 – Ajuste de Curvas


Cálculo Numérico 56/64
TESTE DE ALINHAMENTO

¨  Fazer a “linearização” da função não linear escolhida;

¨  Fazer o diagrama de dispersão dos novos dados;

¨  Se os pontos do diagrama estiverem alinhados, isto


significará que a função não linear escolhida foi uma “boa
escolha”.

Aula 17 e 18 – Ajuste de Curvas


Cálculo Numérico 57/64
EXEMPLO 1
¨  Gráfico de x versus Y = ln y
i x y Y = ln(y)
1 -1 36,547 3,599
2 -0,7 17,264 2,849
3 -0,4 8,155 2,099
4 -0,1 3,852 1,349
5 0,2 1,820 0,599
6 0,5 0,860 -0,151
7 0,8 0,406 -0,901
8 1 0,246 -1,402
Σ 0,3 69,15 8,041
Aula 17 e 18 – Ajuste de Curvas
Cálculo Numérico 58/64
TESTE DE ALINHAMENTO
¨  EXEMPLO 1

Diagrama de dispersão dos novos dados (Y = ln y).


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Cálculo Numérico 59/64
EXEMPLO 2

¨  Usando o Método dos Mínimos Quadrados, ajustar uma


curva do tipo s = q t p aos dados abaixo:

t 2,2 2,7 3,5 4,1


s 65 60 53 50

¨  Qual o valor de s quando t = 4,5?

¨  Qual o vaor de t quando s = 40?

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Cálculo Numérico 60/64
EXEMPLO 2
¨  Caso III: Função Potencial s = qt p

¨  Aplicando logaritmo em ambos os lados:

log s = log q + p logt

¨  Realizando as seguintes substituições:


Y = log s
α 0 = log q
α1 = p
X = logt
¨  Obtêm-se: Y = α1 X + α 0
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Cálculo Numérico 61/64
EXEMPLO 2
¨  Temos então:

i t s Xi Yi Xi2 Xi Yi
1 2,2 65 0,3424 1,8129 0,1172 0,6207
2 2,7 60 0,4314 1,7782 0,1861 0,7671
3 3,5 53 0,5441 1,7243 0,2960 0,9382
4 4,1 50 0,6128 1,6990 0,3755 1,0411
Σ 1,9307 7,0144 0,9748 3,3671

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Cálculo Numérico 62/64
EXEMPLO 2

4α 0 +1, 9307α1 = 7, 0144


1, 9307α 0 + 0, 9748α1 = 3, 3671

α 0 = 1, 963 α1 = −0, 434


α 0 = log q α1 = p
q = 91,83 p = −0, 434
−0,434
s = 91,83t
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Cálculo Numérico 63/64
EXEMPLO 2
¨  Se:

−0,434
s = 91,83t

¨  então, para t = 4,5; s ≈ 48, e para s = 40; t ≈ 6,8.

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Cálculo Numérico 64/64

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