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Otimização de um Sistema Híbrido de

Produção/Consumo de Energia

Curso: Engenharia Eletromecânica


Unidade Curricular: Sistemas de Energia Elétrica (8502)
Docente: Professor Doutor José Álvaro Pombo

Paulo Sérgio Pina dos Santos, E10759

Covilhã, junho 2021


Índice

Introdução ......................................................................................................................... 1
1. Produção ....................................................................................................................... 2
1.1. Produção Solar....................................................................................................... 2
1.2. Produção Eólica ..................................................................................................... 3
1.3. Produção Micro-Hídrica ........................................................................................ 4
1.4. Sistema de armazenamento: Baterias .................................................................... 5
2. Modelos Matematicos .................................................................................................. 6
2.1. Produção fotovoltaica ............................................................................................ 6
2.2. Produção eolica...................................................................................................... 7
2.3. Produção hidrica com bombagem ......................................................................... 8
2.4. Sistema de armazenamento ................................................................................... 9
3. Otimização de um sistema hibrido de energia ............................................................ 10
3.1. Estrategia de operação ......................................................................................... 11
3.2. Simulação de Curta Duração ............................................................................... 16
3.3. Simulação de Longa Duração .............................................................................. 17
Conclusões ...................................................................................................................... 18
Bibliografia ..................................................................................................................... 19
Introdução

Os sistemas híbridos de produção de energia são nos tempos atuais alvo de estudo e
otimização, uma vez que podem ser constituídos por uma ou mais tecnologias renováveis,
tais como solar, eólica e micro-hídrica, visando assim o aumento da eficiência do sistema,
e podendo em simultâneo responder de forma eficaz a situações em que é necessária
maior produção de energia elétrica, seja para consumos em pequena escala, seja para
responder ás atuais e pertinentes preocupações como as emissões de gases poluentes
libertados pela queima de combustíveis fosseis, sendo importante para isto que várias
tecnologias se complementem.

Além disto, a vantagem deste tipo de sistema é que tanto pode ser ou não utilizado
com ligação à rede elétrica, apresentando vantagem em instalações no qual não é possível
ou não é viável haver uma extensão da rede elétrica, apesar de poder ser necessário um
sistema de armazenamento de energia, tais como baterias.

Pretende-se, com este trabalho, desenvolver uma estratégia de operação de um


sistema híbrido de energias renováveis interligado com a rede elétrica: sistema solar-
eólico-hídrica-baterias, com as seguintes características:

Tecnologias Descrição
Produção Solar Painéis fotovoltaicos do tipo Sharp ND-R250A5
Produção Eólica Aerogeradores do tipo Bergey BWC XL.1
Produção Micro-Hídrica Capacidade máxima 1000 m3
Altura da queda de água bruta 75 m
Eficiência da turbina 90%
Potência Nominal 15 kW
Sistema de armazenamento Capacidade de 20 kWh
(Baterias)
Condutância (k=0.38)
Fração entre reservatórios (c=0.271)
Perfil de carga Perfil com uma potência media aproximadamente de 5
kW

Este sistema híbrido ira ser otimizado de modo a poder ser implementado, ou seja,
não se trata apenas de um caso de estudo, para alem disso, pretende-se que na realidade
o sistema depois de otimizado tenha uma aplicação pratica e responda ás necessidades de
consumo de uma habitação.
1. Produção

1.1. Produção Solar

O sol é uma fonte de energia renovável, ou seja, um recurso natural que se renova
constantemente. A energia solar, tal como as outras energias renováveis: evita a
importação de combustíveis fósseis, como o carvão e gás natural para gerar eletricidade,
poupando dinheiro ao país e diminui a emissão de gases com efeito de estufa.

A produção de eletricidade usando o sol é possível através de painéis solares


fotovoltaicos. As células fotovoltaicas ao receberem os raios solares transformam-nos em
eletricidade, graças aos metais específicos utilizados no seu fabrico [1]. No nosso caso de
estudo ira ser utilizado um painel fotovoltaicos do tipo Sharp ND-R250A5.

Figura 1 - Painéis fotovoltaicos do tipo Sharp ND-R250A5.

Principais características do painel Sharp ND-R250A5:

− Módulos fotovoltaicos de alto desempenho policristalinos (156,5 mm) ² células solares


de silício com uma eficiência por módulo de até 15,2%;
− Tecnologia de 3 barramentos para aumentar a potência de saída;
− Revestimento antirreflexo para aumentar a absorção de luz;
− Tolerância de potência positiva controlada pela produção de 0 a + 5%. Os módulos
entraram em produção apenas com a potência especificada ou para um rendimento
superior de energia;
− Coeficiente de temperatura melhorado para reduzir as perdas de energia para
temperaturas mais altas;
− Desempenho de alta potência mesmo com irradiações mais baixas [2].

1.2. Produção Eólica

Micro e mini geradores eólicos são sistemas de geração elétrica a partir da força do
vento com potência suficiente para produzir eletricidade para o abastecimento de
pequenos consumidores: casas, comércio ou pequenas produções agrícolas ou industriais
[3].

No nosso caso de estudo ira ser utilizado uma turbina eólica do tipo Bergey BWC
XL.1. O sistema do rotor consiste em três pás fabricadas em fibra de vidro. Com uma
geometria semelhante a asas de aeronaves, as pás convertem a energia do vento em forças
rotacionais que acionam um alternador. As pás em fibra de vidro são fortes devido á alta
percentagem de fibra de reforço aplicada ao longo de todo o comprimento da pá [4].

Figura 2 - Aerogeradores do tipo Bergey BWC XL.1.

Principais características do painel Sharp ND-R250A5:

− Potência: 1 kW;
− Diâmetro do rotor: 2.5 m;
− Altura do mastro: 9 m.
1.3. Produção Micro-Hídrica

A produção de energia hídrica consiste no aproveitamento da potência do


escoamento, transformando-a em energia mecânica (rotação do grupo turbina-gerador) e
subsequentemente em energia elétrica por indução eletromagnética [5].

Para além da potência instalada, outra característica que distingue os


aproveitamentos hidroelétricos, é a capacidade de regularização do caudal. A maioria das
mini-hídricas são a fio de água e as grandes centrais estão associadas à construção de
barragens, em que as albufeiras são responsáveis pelo armazenamento de água e
consequentemente por regularizações intra- e inter-anuais.

Segundo a União Internacional dos Produtores e Distribuidores de Energia Elétrica


(UNIPEDE), as mini-hídricas podem ser classificadas como centrais:

− Micro P < 0,5 MW;


− Mini 0,5 ≤ P < 2,0 MW;
− Pequena 2,0 ≤ P ≤ 10 MW.

Em relação à altura de queda bruta, as mini-hídricas podem ser de queda baixa entre
os 2 a 20 m, queda média com 20 a 150 m e ainda queda alta quando excede os 150 m
(Castro, 2008).

Dependendo das características dos aproveitamentos, como seja a pressão e o caudal


da água à entrada da central, existem diferentes tipos de turbinas, designadamente as
Pelton, as Francis e as Kaplan [6].

Figura 3 - Exemplo de instalação de uma micro-hídrica.


1.4. Sistema de armazenamento: Baterias

Um sistema de autoconsumo com baterias possibilita o armazenamento e o consumo


na totalidade da produção energética, aumentando consideravelmente a independência
em relação à rede elétrica.

Atualmente, as baterias de iões de lítio, em comercialização, possuem um tempo de


vida útil a rondar os 20 anos [7].

Vantagens:

− As baterias são carregadas quando existe maior produção de energia, que será
posteriormente utilizada em períodos em que os painéis solares fotovoltaicos não estão
a produzir.
− Estes sistemas permitem-lhe, ainda, monitorizar - através do seu computador, tablet
ou smartphone - a produção gerada pelos seus painéis fotovoltaicos, a carga das
baterias e os consumos da sua habitação [7].

Figura 4 - Exemplo de construção de uma bateira constituída por células de lítio.


2. Modelos Matematicos

2.1. Produção fotovoltaica

O modelo a um díodo é composto por: (i) uma fonte de corrente que representa a
energia solar incidente, que depende da variação da irradiância solar e da temperatura do
painel fotovoltaico; (ii) um díodo que representa a junção PN cujo valor varia em função
da temperatura; (iii) duas resistências, uma em série e uma outra em paralelo que
representam as perdas no painel fotovoltaico.

Figura 5 - Modelo matemático a um diodo de uma célula fotovoltaica.

Aplicando as leis de Kirchhoff ao circuito, figura 5, obtemos:

onde a corrente do díodo ( ) é descrita pela seguinte equação:

Assim, a equação que descreve a corrente do circuito para o modelo de um díodo é dada
pela equação

1
Este modelo é caraterizado por 5 parâmetros: a corrente fotoelétrica , a corrente
inversa de saturação do díodo , o fator de idealidade do díodo , a resistência ,ea
resistência , que podem ser obtidos analiticamente ou numericamente [8].

2.2. Produção eolica

Uma metodologia, existente na literatura, baseia-se nas considerações energéticas da


conversão de energia. Assumindo que toda a energia cinética é convertida em energia
eólica, então, a energia cinética de uma massa mm, em movimento, possui energia
cinética Ec dada pela equação:

1
2

Como a potência é definida pela variação da energia no tempo obtemos,

1
! 2 !

onde o termo ⁄ ! representa a taxa de fluxo de ar que atravessa uma determinada


área A e é dada por,

#
!

onde é a densidade do ar (1.225 kg/m3 ao nível do mar) resulta na expressão para a


potência, dada em J/s ou W.

1
A %
2

Outros fatores limitam a potência extraída por um aerogerador, para isso é


introduzido um índice denominado coeficiente de potência & , (.

1
& , ( A %
2

O coeficiente de potência de um aerogerador é definido como sendo a razão entre a


potência que pode ser convertida pelo aerogerador e a potência total disponível no vento.
O máximo teórico de & , (, considerando uma turbina ideal, é definido pelo limite de
Betz (0,593).

No entanto o valor da energia extraída de um aerogerador real é ainda menor, devido às


perdas de energia inerentes a qualquer sistema real [8].

2.3. Produção hidrica com bombagem

A produção hídrica com bombagem caracteriza-se pela presença de dois


reservatórios, um a montante e outro a jusante, com diferentes cotas. O reservatório a
montante está localizado a uma cota superior em relação ao reservatório que se encontra
a jusante, como se ilustra na figura 6.

O conceito inerente a estes sistemas é simples, em períodos de menor consumo, a


baixo preço, é realizada a bombagem da água que se encontra a jusante para montante,
entregando depois energia à rede elétrica, nos períodos de grande consumo em que o
preço da eletricidade é mais rentável. Desse modo, é possível a reutilização do recurso
renovável e endógeno permitindo uma maior rentabilidade.

Figura 6 – Representação de uma produção hídrica com bombagem.

Considerando o modelo utilizado pela ferramenta computacional Homer (sem


bombagem) fundamenta-se na seguinte expressão para o cálculo da potência elétrica
produzida, associada ao deslocamento de uma massa de água de uma cota superior para
uma inferior.

) ) *+ ,-
./, 0 1 2-34/,
onde,

1 2-34/, Caudal de água turbinado em [m3/s]

)
Rendimento da turbina em [%]

*+ ,-
Densidade da água em [kg/m3]
0 Aceleração da gravidade em [m/s2]
./, Queda de água útil em metro, expressa por ./, .+ &1 (
.+ Altura bruta da queda de água em [m]
ℎ Perda de energia ao longo do circuito em [%]

No processo de bombagem, o caudal bombeado de jusante para montante é dado pela


equação:

26
1 26 26
*+ ,-
./, 0

Em que a quantidade de água armazenada no reservatório a montante, no instante de


tempo k, é determinada por:

17 +8,9 17 +8,9:; &1 ,< ( = 1 2-34/, >? = 1 26 >!


9:; 9:;

2.4. Sistema de armazenamento

O modelo analítico, modela a capacidade total de uma bateria em dois reservatórios,


separados por uma condutância, como se ilustra na figura 7. O reservatório denominado
como available charge, contêm uma fração c da capacidade total (expressa por q1),
responsável pelo fornecimento imediato de energia à carga. Já o reservatório denominado,
bound charge, possui uma fração 1 - c da capacidade total (expressa por q2), responsável
pelo fornecimento de energia exclusivamente ao reservatório available charge. A troca de
energia entre os dois reservatórios, depende, em primeiro lugar, de uma condutância K e,
em segundo lugar, da diferença de alturas entre os dois reservatórios, expressas por H1 e
H2.
Figura 7 - Representação do modelo cinético de KiBaM (Kinetic Battery Model).

O princípio de funcionamento é bastante intuitivo. No processo de descarregamento,


a carga armazenada e prontamente disponível, no reservatório available charge, diminui
com maior rapidez em comparação com o reservatório bound charge, como se ilustra na
figura 7, fazendo com que aumente a diferença de alturas entre os dois reservatórios.

Ao terminar o processo de descarregamento, ocorre um fluxo de cargas entre os dois


reservatórios até que ambas as alturas dos reservatórios se igualem (simulando o efeito
de recuperação). Esse fluxo de carga depende da diferença de alturas e da condutância K.
Na figura 8 podemos visualizar o comportamento do modelo.

No processo de carregamento, a carga no reservatório available charge, aumenta com


maior rapidez em comparação com o reservatório bound charge, como se ilustra na figura
8. Ao terminar o processo de carregamento, ocorre um fluxo de cargas entre os dois
reservatórios até que ambas as alturas dos reservatórios se igualem.

Figura 8 - Exemplo de utilização do modelo cinético de KiBaM.


Um aspeto que não é contemplando neste modelo é a dependência da capacidade em
relação à temperatura.

A quantidade total de energia armazenada (kWh) é dada pela soma da energia


disponível em cada reservatório, portanto:

1 1; 1

Sendo 1; o total de energia armazenada no reservatório available charge e 1 o total de


energia armazenada reservatório bound charge (ambos expressos em kWh).

A quantidade máxima de energia que o componente de armazenamento pode


descarregar durante um período de tempo específico (Δt em horas) é dada por:

?1; :9
Qkc&1 :9
(
6+@ 1 :9 D&? ! 1 :9 (

Já a quantidade máxima de energia que o componente de armazenamento pode


carregar durante um período de tempo específico (Δt em horas) é dada pela seguinte
equação:

?D16+@ ?1; :9 Qkc&1 :9


(
6+@ 1 :9 D&? ! 1 :9 (

A quantidade de energia disponível em cada um dos reservatórios, após um período


de tempo específico (Δt em horas), é dada por:

&Qkc P(&1 :9
( Pc&k t 1 :9
(
1;,,/ 1; :9
k k

P&1 c(&k t 1 :9
(
1 ,,/ 1 :9
1&1 D(&1 :9 (
k

No processo de carregamento, a Potência P em kW é positiva. No processo de


descarregamento, a Potência P em kW é negativa [8].
3. Otimização de um sistema hibrido de energia

Um sistema de produção híbrido é aquele que possui diferentes fontes de energia


elétrica com características operacionais diferentes, de modo a que uma fonte
complemente a eventual falta da outra. Tais sistemas podem ser combinações de uma ou
mais formas de produção, juntamente com a opção do armazenamento energético e ainda
com ligação a rede para consumo ou venda, consoante as necessidades/excedente de
produção. Dentro das fontes energéticas utilizadas pelos sistemas híbridos, as que mais
se sobressaem são a solar, a eólica e a hídrica, todas de caráter renovável.

Sistemas Híbridos de Energia - Acoplamento híbrido

Esta arquitetura permite uma maior flexibilidade permitindo a ligação das unidades
de produção tanto ao barramento DC como AC. Como resultado, o sistema pode alcançar
uma maior eficiência energética e uma redução custos. No entanto, o controlo deste tipo
de arquitetura é bastante mais complexo.

Figura 9 - Sistema híbrido de produção de energia.


3.1. Estrategia de operação

Considerações a ter em conta na otimização do sistema híbrido de produção:

− A produção de energia eólica e a produção de energia solar por serem renováveis são
despacháveis e não é possível prever com exatidão a quantidade produzida;
− De um modo geral, em termos de consumo domestico, a produção de energia solar está
desfazada dos picos de consumo de um dia normal, figura 10;
− A produção micro-hidrica está dependente das cotas maximas e minimas de água
armazenada;
− A fazer bombagem será preferivel nos periodos em que o preço de energia é baixo e/ou
varifica-se um excesso de produção;
− Em termos de armazenamento, é de ter em consideração que cada ciclo de carga e
descarga das baterias encurta a sua vida util;
− Sempre que se verifique menor produção é possivel recorrer á rede;
− Quando se verifique maior produção pode-se: efetuar bombagem se for necessário e/ou
vender se o preço for alto em deterimento do armazenamento.

Figura 10 - Desfazamento produção solar/consumo domestico.

Tendo em conta as considerações apresentadas, foi seguida a seguinte estrategia: por


um lado tenho a produção total, , como sendo a produção solar mais a produção eolica
e por outro a GH0G. Foi considerada uma condição HIJIDG como sendo:

HIJIDG GH0G

Desta condição resulta que se:

HIJIDG L 0 Mais Produção &do que carga(


K
HIJIDG [ 0 Menos Produção &do que carga(
No que diz respeito ao preço de venda da energia produzida acima do valor de carga,
foi tido em linha de conta a media do preço dos quatro dias anteriores, valor m.

Tendo em atenção estas considerações e condições estabelecidas, foram cosntruidos


os seguintes fluxogramas:

a)

b)
Figura 11 - Fluxogramas de optimização do sistema hibrido de produção: a) Casos em que se
verifique menor produção; b) Casos em que se verifique maior produção.
Da aplicação desta estrategia de produção e armazenamento, utilizando a ferramenta
de cálculo numérico, MATLAB, foi desenvolvido o seguinte código:

clear all
close all
clc

load('data.mat');

nome='modelos_turbinas.xlsx';

v_vento=xlsread(nome,'A3:A603').*0.4474;
pot =xlsread(nome,'C3:C603').*1000;

global qmax;
global k_b;
global c_b;

qmax=5000;
k_b=0.2;
c_b=0.3;

ns=1;
np=1;

t_noct=47.5;
u_mppt=0.95;
P_n=250;
c_t=-0.440/100;

hora_init=200;
dia=300;
capacidade_max=1000;
capacidade=1000;
soc=1

Tcell=zeros(1,dia*24+1);
p_pv=zeros(1,dia*24+1);
P_w=zeros(1,dia*24+1);
P_t=zeros(1,dia*24+1);
carga=zeros(1,dia*24+1);
verifica=zeros(1,dia*24+1);
P_compra=zeros(1,dia*24+1);
P_venda=zeros(1,dia*24+1);
Prod_hidrica=zeros(1,dia*24+1);
P_descarregamento=zeros(1,dia*24+1);
P_carregamento=zeros(1,dia*24+1);
Prod_bombagem=zeros(1,dia*24+1);

aux=0;
for i=hora_init:1:hora_init+dia*24

aux=aux+1;

Tcell(1,aux)=DATA.temp(i,1)+(DATA.G(i,1)/800)*(t_noct-20);
p_pv(1,aux)=u_mppt*(P_n*(DATA.G(i,1)/1000))*(1+c_t*(Tcell(1,aux)-
25))*ns*np;

if DATA.windspeed(i,1)>26.844
DATA.windspeed(i,1)=26.844;
end

P_w(1,aux)=2*interp1(v_vento,pot,DATA.windspeed(i,1));

P_t(1,aux)=p_pv(1,aux)+P_w(1,aux);
carga(1,aux)=DATA.load(i,1)*0.02;

verifica(1,aux)=carga(1,aux)-P_t(1,aux);

m=(DATA.prices(i-3,1)+DATA.prices(i-2,1)+DATA.prices(i-
1,1)+DATA.prices(i,1))/4;

if verifica(1,aux)>0

if DATA.prices(i,1) < m

P_compra(1,aux)=verifica(1,aux);
else
if capacidade>capacidade_max*0.1
output_hidrica=modelo_hidrica(verifica(1,aux));
Prod_hidrica(1,aux)=output_hidrica(1,1);
capacidade=output_hidrica(1,2);
else

if soc>0.2
output_bat=modelo_bateria(verifica(1,aux));
soc= output_bat(1,1);
P_descarregamento(1,aux)=output_bat(1,2);
else
P_compra(1,aux)=verifica(1,aux);
end
end

end
end

if verifica(1,aux)<0

if DATA.prices(i,1) > m
P_venda(1,aux)=verifica(1,aux);
else
if soc <1
output_bat=modelo_bateria(verifica(1,aux));
soc= output_bat(1,1);
P_carregamento(1,aux)=output_bat(1,2);
else
if capacidade > capacidade_max*0.2 && capacidade <
capacidade_max
output_hidrica=modelo_hidrica(verifica(1,aux));
Prod_bombagem(1,aux)=output_hidrica(1,1);
capacidade=output_hidrica(1,2);
else
P_venda(1,aux)=verifica(1,aux);
end

end

end
end
hist_soc(1,aux)=soc;
hist_cap(1,aux)=capacidade;
hist_prices(1,aux)=DATA.prices(i,1);
end

figure(1)
hold on
mat=[p_pv' P_w' P_compra' P_venda' Prod_hidrica' P_descarregamento'
P_carregamento' Prod_bombagem'];
area(mat)
plot(carga,'r')
legend('p_pv','P_w','P_compra','P_venda','Prod_hidrica','P_descarregam
ento','P_carregamento','Prod_bombagem','carga')
box on
grid on

figure(2)
plot(hist_prices);

figure (3)
subplot(2,1,1)
plot(hist_soc)
subplot(2,1,2)
plot(hist_cap)
3.2. Simulação de Curta Duração

Simulação de 15 dias:

Figura 12 - Simulação de curta duração.

Figura 13 - Evolução do estado de carga das baterias.

Figura 14 - Evolução da capacidade do reservatório a montante.


3.3. Simulação de Longa Duração

Simulação de 300 dias, promenor entre as 5000 hora e as 6600 horas:

Figura 15 - Simulação de longa duração.

Figura 16 - Evolução do estado de carga das baterias.

Figura 17 - Evolução da capacidade do reservatório a montante.


Conclusões

Com a optimização de uma sistema híbrido de produção de energias renováveis


interligado com a rede elétrica, sistema solar-eólico-hídrica-baterias, e a elaboração de
uma estratégia de operação de acordo com um dado perfil de carga, pode-se concluir que:

- A produção de energia utilizando painéis fotovoltaicos, para um médio/pequeno perfil


de carga é uma solução valida e viável, sobretudo em países com um número médio anual
de horas de sol considerável. Se for possível completar esta tecnologia de produção com,
por exemplo, eólica, micro-hidrica e simultaneamente o armazenamento da energia em
baterias, tanto melhor, uma vez que está diretamente ligada com a disponibilidade de luz
solar;

- A produção eólica estando diretamente dependente de vento, é uma ótima solução, sendo
uma tecnologia simples, amigo do ambiente e de fácil implementação;

- As micro-hídricas são um bom exemplo de produção de energia renovável. Tecnologia


de fácil controle e tem ainda como vantagens ser facilmente controlada e previsível a sua
produção não estando dependente de condições meteorologias;

- O armazenamento da energia em baterias é sem dúvida uma questão atual e pertinente,


em constante desenvolvimento. É de extrema importância a aplicação desta tecnologia
num sistema híbrido de produção de energias renováveis para responder a horas de pouca
ou fraca produção e poder armazenar, no caso da produção fotovoltaica, para consumo
durante a noite sem recorrer a rede: produz-se de dia e consome-se de noite.
Bibliografia

[1] O Guia Essencial para perceber a Energia Solar - NOCTULA,


https://noctula.pt/energia-solar/, consultado a 12-04-2021.

[2] Sharp ND-R250A5 (250W) Solar Panel, Manufacturer Data Sheet,


http://www.solardesigntool.com/components/module-panel-solar/Sharp/1493/ND-
R250A5/specification-data-sheet.html, consultado a 12-04-2021.

[3] Guia de microgeradores eólicos - Instituto Ideal,


https://www.institutoideal.org/guiaeolica/, consultado a 25-04-2021.

[4] Excel 1 Owners Manual - Bergey Windpower Co, BWC EXCEL 1. 24 VDC. Battery
Charging System. Owner's Manual,

http://bergey.com/wp-content/uploads/excel-1-owners-manual.pdf, consultado a 25-


04-2021.

[5] Energia hídrica - Hidroerg, http://pt.hidroerg.pt/energia_hidrica.html, consultado a


02-05-2021.

[6] Caracterização da Produção de Centrais Mini - Hídricas, https://repositorio-


aberto.up.pt/bitstream/10216/57522/1/000137617.pdf, consultado a 02-05-2021.

[7] BATERIAS | KITS DE AUTOCONSUMO | Painéis Solares,

https://www.sunenergy.pt/particulares/autoconsumo/baterias/, consultado a 02-05-


2021.

[8] Apontamentos das aulas praticas, disponibilizados pelo docente ao longo do semestre.
Ano Letivo 2020/2021. UBI.

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