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PROJETO. Nº CBC Nº KLABIN Nº REV.

FOLHA
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MANUAL DE INSTRUÇÕES, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO.

SEÇÃO 8
NOTAS SOBRE OPERAÇÃO DA CALDEIRA
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MANUAL DE INSTRUÇÕES, OPERAÇÃO E MANUTENÇÃO.

SEÇÃO 8 NOTAS SOBRE OPERAÇÃO DA


CALDEIRA

8.1. Introdução

8.2. Performance

8.3. Cuidados a Serem Tomados na Partida

8.4. Nível de Água

8.5. Sopradores de Fuligem

8.6. Controle da Temperatura do Vapor

8.7. Descargas

8.8. Perda de Nível de Água

8.9. Danos nos Tubos

8.10. Paradas

8.11. Inspeção

8.12. Explosões da Fornalha - Combustível Auxiliar

8.13. Cuidados Durante a Operação de Queima Auxiliar (Óleo Diesel ou Óleo 1A) com
os Queimadores de Partida
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8.1. Introdução
As seguintes notas sobre operação de caldeira são de natureza geral, preparadas para
permitir aos novos operadores familiarização com a operação básica e os cuidados
exigidos nas unidades geradoras de vapor de grande porte.

Informações mais detalhadas e específicas relativas à operação dos componentes da


caldeira e equipamentos auxiliares fornecidos para esta instalação particular podem ser
encontradas nas seções específicas deste manual.

Embora algumas regras básicas devam ser seguidas na operação da caldeira e


equipamentos, cabe ao operador familiarizar-se com as características da sua
instalação particular. Isto somente pode ser conseguido através de observação atenta,
registrando, verificando e comparando os dados e detalhes. As condições de
emergência que resultarem em paradas desnecessárias e reparos podem ser
frequentemente evitadas através de conhecimento adequado das condições de
operação e atenção exercida por parte do operador.
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8.2. Performance
1. Todos os equipamentos geradores de vapor estão concebidos para atender a uma
finalidade específica. Desde que abastecida com água de alimentação à
temperatura especificada, a caldeira está projetada para fornecer determinada
quantidade definida de vapor à pressão e temperatura requeridas. As condições de
operação, quando excederem os limites de projeto, diminuirão a vida útil da
caldeira e dos seus componentes auxiliares.

2. A concentração de sólidos contidos no vapor que deixa o tubulão de vapor


depende muito da qualidade da água de alimentação. Tratamentos apropriados da
água de reposição e programa adequado de descarga devem ser executados para
controlar a alcalinidade, sílica e concentração de sólidos dissolvidos ou em
suspensão na água da caldeira. Desaeração mecânica adequada e outras
providências deverão ser tomadas para controlar o nível de óxidos de cobre e de
ferro.

3. Se a superfície de transferência térmica for mantida limpa, a temperatura dos


gases de combustão que deixam a caldeira e a perda de tiragem através da
unidade se manterá normalmente constante para um dado regime de operação e
porcentagem de excesso de ar. Isto mostra a necessidade de preservar um registro
preciso de performance desde o início da operação.

Estabelecendo um padrão, quando o equipamento é novo, algum desvio em


relação a este servirá como uma medida de operação insatisfatória e como um
indicador de condição indesejável. Providências poderão ser tomadas para
determinar e corrigir a causa da discrepância e muitas vezes evitar o
desenvolvimento de sérias dificuldades. Registros de dados de operação devem
ser mantidos de modo que facilitem a comparação das condições similares de
operação.

4. A quantidade de combustível consumida é geralmente medida e registrada. Os


meios empregados dependem, sobretudo, da natureza do combustível e
equipamentos disponíveis para medição.

Uma análise da amostra representativa de combustível deve ser realizada


periodicamente, através de serviço de laboratório competente. Esta determinará o
poder calorífico. A análise do combustível pode também revelar o indício das
características e eficiência, particularmente quando se queima combustível sólido.

5. A temperatura e análise dos gases de combustão da caldeira são inestimáveis


como indicadores de combustão completa e econômica. A combustão deve-se
completar antes que os gases deixem a fornalha. A melhor porcentagem de
excesso de ar depende da natureza do combustível, do projeto dos equipamentos
para queima de combustível e outros fatores.

As melhores condições (condições de injeção de biomassa, ou ainda distribuição


de ar, etc.) para diferentes cargas devem ser estabelecidas para cada instalação. A
presença de monóxido de carbono (CO) no gás de combustão indica combustão
incompleta. Uma análise da amostra representativa dos gases deve ser realizada
periodicamente, através de serviço de laboratório competente.
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O ORSAT é o método mais confiável para analisar os gases de combustão.
Amostra de gás deve ser recolhida na saída do pré-aquecedor de ar a gás, assim
como a temperatura do gás de exaustão.

Verificar toda a instrumentação para certificar-se de que estão em boas condições


de operação antes de acender a unidade. Também durante a queima inicial, toda a
instrumentação (medidores, transmissores, registradores, etc.) deve ser verificada
quanto à operação normal.

6. Registrar vazão de vapor, vazão de água de alimentação, temperatura de vapor,


pressão do tubulão e da saída do superaquecedor.

A perda de carga (pressão) do superaquecedor é devido ao aumento de vazão de


vapor ou ainda pelo acúmulo de incrustação nos internos dos tubos do
superaquecedor.
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8.3. Cuidados a Serem Tomados na Partida


1. Quando utilizar água quente para enchimento, tomar cuidado para não ocorrer
variação brusca de temperatura no tubulão, coletores, etc., para tanto, deverá ser
introduzida gradualmente.

Ventilar devidamente a caldeira e também encher de água até próximo ao nível


normal (NWL) do tubulão.

As válvulas de ventilação do tubulão de vapor deverão estar totalmente abertas


durante o enchimento de água, fechando-as quando a pressão da caldeira atingir
2,0 kgf/cm²g, saindo vapor.

2. A drenagem dos coletores dos superaquecedores é realizada utilizando as


tubulações de dreno e logo após bloqueadas. Porém, a válvula de dreno de saída
do superaquecedor terciário é mantida aberta até atingir pressão de trabalho e a
caldeira poder ser alinhada ao processo. Quando houver um fluxo constante de
vapor, a válvula de dreno poderá então ser fechada, e deverá ser feita
gradativamente, lembrando sempre da necessidade de fluxo de vapor, para
resfriamento dos tubos do Superaquecedor.

3. Durante a elevação de pressão na partida, alimentar maior quantidade de água do


que a necessária e descarregar mantendo o nível de água adequado, assegurando
a vazão de água de alimentação suficiente para o economizador, a fim de que não
ocorra a evaporação no mesmo.

4. Verificar constantemente o manômetro de vapor e o nível da caldeira, comparando-


os com as indicações do painel da sala de controle.
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8.4. Nível de Água


1. Antes de acender a caldeira, o operador deve verificar o indicador de nível e
verificar o nível de água da caldeira.

Nos indicadores de nível de alta pressão, será suficiente abrir lentamente a válvula
de dreno. Realizando uma descarga suficiente, esta válvula servirá para limpar a
sede da válvula de dreno de qualquer matéria estranha que possa estar presente.

Este procedimento deve ser repetido várias vezes durante o período de


preaquecimento da caldeira.

Verificação de rotina do indicador de nível da água deve ser realizada no mínimo


uma vez por turno, durante a operação da caldeira. Se o movimento de água no
indicador for pequeno quando a válvula de dreno for aberta ou fechada, a causa
deve ser investigada imediatamente e corrigida.

2. Durante a operação normal, o nível de água no visor do indicador deve ser


comparado com o controlador de água de alimentação e/ou indicador de nível de
água remoto. Jamais interrompa totalmente o fornecimento de água de
alimentação para a caldeira produzindo vapor, ainda que por curto período.

3. A menos que haja instrução em contrário, o nível de água deve ser mantido
próximo da linha de centro do indicador de nível ou no local onde for indicado pelo
supervisor de campo da CBC. Poderá ocorrer “priming” (arraste de água
condensada junto com vapor) quando o nível de água estiver demasiadamente
alto, principalmente se a demanda de vapor for grande e a carga variar
bruscamente. Se ocorrer este problema, o nível de água deve ser reduzido
imediatamente pela descarga, passar o controle de alimentação de água para
manual e baixar a água até um nível tal que, mesmo que ocorra a queda do nível
de água pela redução do consumo de vapor da fábrica, seja mantida a segurança.
Se necessário reduzir a carga da caldeira. A alcalinidade e sólidos da água da
caldeira devem ser analisados e tão logo surja uma oportunidade, a condição dos
internos do tubulão deve ser inspecionada.
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8.5. Sopradores de Fuligem


1. Os sopradores de fuligem devem ser operados com a frequência necessária para
manter limpa a superfície de aquecimento. Os parâmetros que indicam a
necessidade de sopragem são a temperatura e a pressão do gás de exaustão.
Através do registro em várias cargas e condições da fornalha, pode-se estabelecer
um programa adequado para sopragem da fuligem.

2. Se ocorrer formação excessiva de incrustação e / ou fuligem, durante a não


utilização dos sopradores, dificilmente serão removidos, mesmo com a utilização
dos sopradores. E mais, se este acúmulo for mantido por um período longo,
provocará turbulência no fluxo de gás, podendo acelerar a corrosão dos tubos.

3. O operador deverá verificar periodicamente as condições de pressão / temperatura


dos gases de exaustão, para avaliar se a operação está adequada ou não. E mais,
quando a caldeira parar, a parte de pressão deverá necessariamente ser
inspecionada. Deverão ser verificadas também a frequência e condições de
sopragem.

4. Se for efetuada sopragem quando a caldeira estiver fria, poderá provocar erosão
nos tubos. Além disso, se o vapor de sopragem condensar na superfície dos tubos
causará corrosão à baixa temperatura. Portanto, nesta situação, nunca se deve
efetuar a sopragem.

5. Verificar periodicamente o funcionamento dos purgadores da linha de dreno dos


sopradores.

6. Na parada normal da caldeira, a sopragem deverá ser necessariamente efetuada


antes do início do procedimento de parada.

7. Antes de operar os sopradores, aquecer suficientemente o sistema de tubulação.


As tubulações de vapor que alimentam os sopradores são providas de um sistema
de drenagem automático (com purgadores de vapor e válvulas solenoides).
Entretanto, o operador deverá estar atento ao seu funcionamento correto.
Eventualmente, algum purgador ou válvula pode apresentar defeito. Numa
emergência ou no início de operação da caldeira a drenagem pode ser feita
manualmente.
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8.6. Controle da Temperatura do Vapor


1. A temperatura do vapor varia com a vazão de combustível. Em carga constante, o
aumento anormal da temperatura do vapor superaquecido é causado por:

 Excesso de ar, muito elevado;


 Queima em suspensão em grande parte do combustível injetado;
 Temperatura da água de alimentação baixa (baixa produção de vapor em relação
ao consumo de combustível);
 Parede da fornalha com incrustação anormal;
 Ajuste inadequado do sistema de indicação e controle da temperatura do vapor.

2. A temperatura do vapor superaquecido abaixo do normal, para carga constante,


pode ser causada por:

 Excesso de ar, muito baixo;


 Temperatura de água de alimentação alta (alta produção de vapor em relação ao
consumo de combustível);
 Excesso de arraste (“carry-over”) da água do tubulão de vapor, devido ao nível
alto da água;
 Excesso de depósitos externos e internos nos tubos do superaquecedor;
 Ajuste inadequado do sistema de indicação e controle da temperatura do vapor,
ou problema no termopar;
 Poder calorífico do combustível muito baixo.

3. A temperatura do vapor do superaquecedor cairá subitamente quando houver


“priming” na caldeira, recuperando-se em seguida.

4. As flutuações da temperatura aumentam na frequência e em grau, quando


aumenta sólidos totais e alcalinidade da água da caldeira.
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8.7. Descargas
1. Os dados de descarga da água da caldeira deverão ser registrados. A frequência e
o tempo de descarga serão definidos pela análise química da água.

O sistema de tratamento da água de alimentação difere de planta para planta,


portanto, o responsável pelo tratamento de água deverá determinar o tratamento
adequado em função da análise da água de alimentação e instruir devidamente a
realização da descarga. Porém, os valores limites da água de alimentação e da
caldeira deverão ser mantidos dentro dos limites estabelecidos na Seção 5 -
“Limitação de Qualidade da Água de Alimentação”.

2. O uso de válvulas de descarga de fundo da caldeira não é aplicado na Caldeira de


leito aberto.
Não é permitido a abertura das válvulas manuais de dreno dos downcommers da
fornalha, do rear pass e do evaporador, assim como a abertura das válvulas
manuais de dreno dos coletores inferiores das paredes da fornalha com a caldeira
em operação, pois ocorrerá instabilidade de circulação interna de água nestes
pipes com consequente deficiência de circulação de água internamente aos tubos
da fornalha e evaporador com consequente ruptura.

A drenagem dos downcomwers e coletores inferiores das paredes da fornalha pode


ser realizada para livrar a caldeira de sedimentos quando a caldeira estiver
apagada. Sedimentos nos coletores e tubos podem causar o sobreaquecimento
dos tubos quando a unidade entrar em operação, o que resulta em danos nos
tubos. Jamais prolongue demasiadamente a descarga, a ponto do nível de água
sumir do visor do medidor. Verifique periodicamente as válvulas quanto a
vazamentos. Jamais descarregue a parede de água, enquanto a unidade estiver
operando. Isto poderá ser feito depois que todo o fogo estiver extinto e houver
ainda pressão na unidade.

3. A descarga contínua é o melhor método para controlar a concentração de sólidos


dissolvidos na água da caldeira.
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8.8. Perda de Nível de Água


Uma das situações de emergência mais sérias que pode surgir é a queda de nível de
água.

Conforme foi mencionado noutras partes deste manual, o nível de água deve ser
observado continuamente e os visores de nível verificados periodicamente para
certificar-se de que os controladores de nível estão corretos. Não confiar
demasiadamente nos alarmes de nível de água baixo ou alto.

Se o nível de água baixar fora do campo de visão do visor de nível, devido à falha no
suprimento de água ou por descuido do operador, devem ser tomadas providências
imediatas para extinguir o fogo, exceto nos casos de flutuações momentâneas de nível.

Qualquer decisão para prosseguir operando, ainda que por curto período e a baixa
carga, deve ser tomada por pessoa autorizada, perfeitamente familiarizada com as
circunstâncias perigosas que possam ocorrer e que tenha certeza de que o nível de
água será recuperado imediatamente sem danificar a caldeira. Outra decisão
importante é definir se a causa da queda de nível é devido a vazamento de água na
fornalha, visto que a injeção de água no leito pode causar explosão. Nesse caso deve
ser realizada uma parada de emergência (Ver Seção 6 – Procedimentos de Operação,
item 6.5 - Procedimentos Recomendados na Parada de Emergência). Na ausência de
tal decisão proceder conforme segue:

1. Interromper o fornecimento de combustível o mais rápido possível.

2. Ao mesmo tempo, pelo controle manual, reduzir (jamais aumentar) gradativamente


o fluxo de água de alimentação para a caldeira. Controlando desta forma o fluxo de
água, evitaremos o choque térmico no metal das partes de pressão, pois com a
queda do nível, algumas partes de pressão podem sofrer superaquecimento. Não é
recomendável também elevar o nível rapidamente com a água numa temperatura
bastante inferior. A válvula de controle de nível pode ser fechada totalmente
quando a água atingir o nível normal.

3. Quando não existir mais vazão de vapor para o processo, fechar todas as válvulas
de saída de vapor. Em seguida, abrir a válvula do dreno de saída do
superaquecedor terciário e válvula de partida e diminuir gradativamente a pressão
de vapor.

4. Após o corte de combustíveis o(s) ventilador(es) de ar forçado pode ser desligado.


Conserve o(s) ventilador(es) de tiragem induzida em operação e mantenha leve
tiragem da fornalha.

5. O resfriamento da caldeira não deve ser acelerado. O normal é no máximo 55


°C/hora, conforme explicado na Seção 6 - Procedimentos de Operação.

6. A caldeira deve ser mantida cheia de água. Investigar a causa da queda de nível
de água e quando a caldeira permitir a entrada no seu interior, examinar o efeito de
possíveis superaquecimentos, tais como: vazamentos e deformações na parte de
pressão.

Antes de operar novamente a caldeira, testar hidrostaticamente à pressão de


operação.
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8.9. Danos nos Tubos


1. As providências abaixo descritas são básicas para as caldeiras em geral, que
poderão ser adotadas também para caldeira de Leito Fluidizado. “Porém, para o
caso de danos nos tubos da fornalha da caldeira especificamente, ver Seção 6 -
Procedimentos de Operação, item 6.5 - Procedimentos para Parada Normal”.

2. Se apresentar vazamentos ou danos nos tubos (não pertencentes à fornalha) que


não comprometam o fluxo de água de alimentação, a caldeira deverá ser parada
pelo procedimento abaixo:

a) Cortar a alimentação de biomassa e ou óleo imediatamente;

b) Passar o controle automático de combustão para manual e controlar a pressão


do leito até a queima total do combustível, isto deve demorar em torno de 2 a 3
minutos;

c) Após queima total do combustível o(s) ventilador(es) de ar forçado pode ser


desligado. Conserve o(s) ventilador(es) de tiragem induzida em operação e
mantenha leve tiragem da fornalha;

d) Controlar manualmente o fluxo de água de alimentação mantendo alto o nível da


água;

e) Diminuir a pressão após interrupção de vazão de vapor, abrindo a válvula de


dreno da saída do superaquecedor;

f) Se o tipo de defeito permitir manter a caldeira parada totalmente cheia de água,


então utilize o método de conservação da caldeira por curto período (ver a
Seção 11 - Métodos de Conservação, item 11.2 – Métodos de Conservação
Úmida), enquanto é realizado o reparo;

g) Se o tipo de defeito exigir o esvaziamento da caldeira para a inspeção ou reparo


então seguir as recomendações a seguir. Quando a temperatura da água da
caldeira aproximar-se da temperatura da água de alimentação fazer várias
vezes a descarga de fundo, controlando o nível manualmente. A função da
descarga de fundo é remover o lodo acumulado nos coletores. Quando a
pressão no tubulão atingir 2 barg abrir a(s) válvula(s) de ventilação do tubulão
de vapor.

O resfriamento da caldeira não deve ser acelerado. O normal é no máximo 55


°C/hora, conforme explicado na Seção 6 - Procedimentos de Operação.

Esvaziar a caldeira somente após a água chegar a temperaturas abaixo de


70°C. O esvaziamento numa temperatura maior não é recomendado, a fim de
evitar a aderência dos sais presentes na água nas paredes dos tubos.

Quando terminar a drenagem, abrir imediatamente a porta de inspeção do


tubulão e efetuar a lavagem com água pressurizada. As válvulas das tubulações
interligadas com a caldeira deverão estar fechadas e com etiquetas de
advertência para não serem abertas equivocadamente, de modo a não provocar
acidentes ao operador que estiver no tubulão.
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Se as condições permitirem adote um método de conservação a seco ou misto


(Ver a Seção 11 - Métodos de Conservação), enquanto é realizado o reparo.

3. Após um conserto que envolva soldas (ou mandrilagem) na parte de pressão, a


caldeira deverá ser submetida a teste hidrostático antes de retornar à operação.
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8.10.Paradas
1. Para minimizar a corrosão nas paradas da caldeira, são necessários cuidados
especiais, mesmo para paradas de 2 ~ 3 dias, não deixar o nível de água na
condição de operação.

É necessário manter cheia a caldeira com água de alimentação normal.

2. No caso de paradas maiores que semana, é necessário a utilização de métodos de


conservação mais elaborados. Para maiores detalhes ver Seção 11 - “Métodos de
Conservação”.
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8.11.Inspeção
1. Nas paradas da caldeira, após estar suficientemente resfriada, realizar inspeção
nas paredes de água, superaquecedor, evaporador e economizador.

Limpe o lado do gás onde necessário e examine todos os tubos quanto aos sinais
de corrosão, erosão, expansão, empenamento, danos térmicos e fissuras, inclusive
nas aletas (ou membranas) próximas às aberturas da parede.

2. A expansão dos tubos do superaquecedor indica sobreaquecimento que pode ter


se originado devido rápida elevação de pressão na partida, pela insuficiência de
drenagem da saída do superaquecedor ou pela formação de incrustações na
superfície interna do tubo devido a arraste (“carry-over”) de água da caldeira.
Empenamento leve não é um problema sério, desde que providencias sejam
tomadas para determinar e eliminar a causa.

3. Verificar as condições das paredes da fornalha e examinar o invólucro e as portas


quanto ao vazamento de gás.

4. Realizar inspeção periódica no lado água da caldeira.

5. Antes de entrar no tubulão, certificar-se de que todas as válvulas das tubulações


conectadas ao tubulão (tubulação de água de alimentação, de descarga, de
amostragem, de drenagem do indicador de nível, etc.) estão seguramente
fechadas e convenientemente identificadas para que não sejam inadvertidamente
abertas. Abrir a porta de entrada de homem do tubulão de vapor e verificar os
internos do tubulão.

NOTA: Todo procedimento que envolva espaço confinado deve seguir as


orientações da NR 33 e o executante deve ser treinado para este tipo de inspeção.

6. Examinar o tubulão quanto à existência de corrosão e “pitting” (corrosão


localizada). O “pitting” por oxigênio é uma forma mais comum de corrosão
encontrada nas caldeiras. Normalmente isto ocorre acima do nível normal de água
no tubulão de vapor, mas pode ser encontrado também nos tubos e coletores.

7. Retirar número suficiente de tampos do tubo de inspeção de cada coletor de


parede de água para inspecionar a superfície interna dos tubos. Lavar a caldeira
para eliminar o lodo.

8. Principalmente o coletor principal do economizador, deverá ser inspecionado


internamente, pela conexão de inspeção, caso apareça muito lodo deve-se abrir
outras conexões.

9. Inspecionar e limpar a superfície externa de aquecimento do economizador. Se


necessário realizar também a inspeção interna dos tubos.

10. Verificar totalmente o lado gás da caldeira e, se necessário, limpá-las.

11. Verificar se existe desalinhamento na parte externa dos sopradores de fuligem.


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12. Realizar medição nos pontos pré-determinados dos tubos do superaquecedor, para
verificar a progressão da corrosão. Porém, todos os anos devem ser verificados a
espessura dos tubos e a situação de incrustação no tubulão de vapor através da
retirada de uma amostra de tubo da fornalha.

13. Os tubos de parede da parte inferior da fornalha são protegidos pela camada
espessa de concreto refratário "PR-Cr (castable)". Portanto, a durabilidade é
bastante longa, dispensando inspeções e reaplicações de concreto frequentes, isto
é, se não houver algum acidente de contaminação na água da caldeira.

Porém, há possibilidade de ocorrer corrosão localizada principalmente nas


proximidades do grid, sendo recomendável a inspeção nestes pontos a cada 5
anos.

14. Verificar toda instrumentação da caldeira quanto ao estado de limpeza e operação


adequada.

15. Verificar queimadores e equipamentos de combustão (bocais, ignitores, lanças de


óleo, detectores de chama, flexíveis, registros, etc.) quanto à limpeza e operação
adequada. Verificar as válvulas de controle, relés, lâmpadas, Inter bloqueios, etc.

16. Inspecionar a superfície externa dos tubos na parte inferior da fornalha,


principalmente nas proximidades das aberturas, como bocais de ar, chutes de
alimentação de biomassa, queimadores de partida e distribuidores de ar.

Deve ser efetuada inspeção também nas aletas próximas aos bocais de ar,
verificando a presença de fissuras e pontos de corrosão nas mesmas.

17. Nas inspeções periódicas, a caldeira deverá ser totalmente inspecionada incluindo
a realização de todos os itens acima mencionados.

8.12.Explosões da Fornalha - Combustível Auxiliar


1. As explosões da fornalha, quando utilizado óleo combustível, resultam geralmente
das seguintes condições:

 Acendimento incompleto ou existência de combustível não queimado devido ao


não acendimento na fornalha;

 Mistura do combustível não queimado / ar em proporções explosivas;

 Fornecimento do calor suficiente para aumentar a temperatura da porção desta


mistura até o ponto de ignição.

 Formação de bolsões de gás devido à baixa ventilação da fornalha.

2. O combustível pode entrar na fornalha em estado não queimado de diversas


maneiras, por exemplo:

 Vazamento da válvula de entrada de combustível dos queimadores não


utilizados;
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 Se a chama apagar e o combustível não for interrompido imediatamente.

3. As explosões da fornalha podem ser evitadas com algumas precauções, tais como:

 Certificar-se de que as válvulas manuais de entrada do combustível dos


queimadores não utilizados estão totalmente fechadas e estanques. É
recomendável remover as lanças não utilizadas dos queimadores após longos
períodos sem operação para evitar possíveis vazamentos.

 Observar a chama de modo que o combustível possa ser interrompido


imediatamente quando ocorrer apagamento inesperado da chama. Quando
desaparecer o fogo, todo o fornecimento de combustível e de ignição deve ser
suspenso imediatamente. Feche todas as válvulas do queimador.

 Quando ocorrer a perda de chama, purgue a caldeira operando os ventiladores


durante alguns minutos (mínimo de 5 minutos).

 Limpar periodicamente o filtro de óleo.

 Na partida, se a caldeira não acender alguns segundos após a introdução de


combustível, purgar a fornalha conforme descrito acima, antes de tentar acender
o queimador.

 O acendimento do queimador de óleo deverá ser necessariamente feito pelo


ignitor. Jamais utilizar queimadores em serviço para acendê-lo.

8.13. Cuidados Durante a Operação de Queima Auxiliar


(Óleo Diesel ou Óleo 1A) com os Queimadores de
Partida
A operação sob a condição de queima auxiliar (óleo combustível) com os
queimadores de partida deve ser com a finalidade de elevar a temperatura da areia
para o início de queima de biomassa e de auxiliar a queima de combustível
biomassa com alta umidade (60%H2O) mantendo a temperatura do leito dentro dos
limites recomendados.

A queima de combustível auxiliar deve ser restrita a condições excepcionais, como


partida e parada da caldeira e instabilidade do leito, ou seja, deve ser de uso pouco
frequente e por período não longo.

A utilização de queimadores de partida para aumento da produção de vapor não é


recomendada, pois pode causar instabilidade na caldeira com risco de sinterização e
formação de pedras na superfície do leito.

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