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16/06/2021 Elites vendidas: O Brasil diante do imperialismo chinês – Mídia Sem Máscara
Hoje, essa mesmíssima estratégia vem sendo implantada, com sucesso crescente,
pelos imperialistas chineses, cada vez mais sedentos de domínio global. Em 2013, a
m de pavimentar o caminho para a hegemonia, o ditador chinês anunciou a Belt
and Road Initiative, um gigantesco e ambicioso programa cujo objetivo declarado é
“melhorar a conectividade e a cooperação em escala transcontinental”. O
programa consiste em duas partes, ou duas rotas: a primeira, o Cinturão
Econômico da Rota da Seda, que liga a China à Ásia Central e à Europa; a segunda,
a Nova Rota Marítima da Seda, unindo a potência comunista aos países do norte da
África, do Oriente Médio e do sudeste Asiático. A iniciativa é aberta a todos os
países e inclui a volumosa concessão de empréstimos e um não menos
impressionante investimento direto em infraestrutura e transporte. Em apenas
quatro anos de vigência, de acordo com dados do Banco Mundial, o projeto já havia
consumido 575 bilhões de dólares e envolvido ao menos 125 países, incluindo
nações da Ásia, África e América Latina. Os entusiastas estimam que o comércio
irá prosperar, e o custo e tempo de viagem diminuir ao longo dessa “nova rota da
seda”. Mais comércio, mais riqueza, maior desenvolvimento para muitas regiões.
Em suma, mais dinheiro. Consigo imaginar a piloereção dos liberais ao ler estas
linhas. Perguntarão: “mas se todo mundo cará mais rico, Diogo, qual é o
problema?” E o chato aqui deverá responder: a armadilha se chama
endividamento. E a consequência disso se chama submissão.
Mas a coisa não pára por aí. As garras do imperialismo chinês atingem a educação,
miram as nossas crianças. Já funciona no bairro de Botafogo a Escola Chinesa do
Rio de Janeiro, a primeira instituição de ensino aberta pelos chineses no exterior,
“uma organização educacional sem ns lucrativos criada com o apoio nanceiro
de empresários chineses que residem no Rio de Janeiro e empresas chinesas
sediadas no Brasil, com a permissão e apoio do Consulado Geral da China.” A
escola conta com professores chineses e livros didáticos chineses.
O que esperar disso tudo? A resposta está nos países onde o domínio chinês se
consolidou. Por meio de subornos e contratos leoninos, em vários pontos do
planeta, os chineses estão conseguindo anexar territórios ao seu império
crescente. No Sri Lanka, por exemplo, onde obtiveram o controle, por 99 anos, de
uma de área de 63 hectares anexa ao porto de Colombo, capital do país, já se fala
abertamente em “colônia chinesa”. O governo local isentou os investidores
estrangeiros de cumprir a legislação nacional. A região representa, na prática,
uma zona especial fora da jurisdição do país. É um entreposto chinês no Sri Lanka.
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Onde quer que se instalem, os chineses comprometem parte da elite local, política
e empresarial, enriquecendo-a obscenamente por meio de parcerias que garantem
um aluvião de propinas, bugigangas, e empréstimos baratos. Os políticos e a
burguesia local se lambuzam, enchem a pança, e gozam, com a vulgaridade que
lhes é peculiar, as delícias da amizade chinesa. E se algum interlocutor
desagradável tiver a pachorra de levantar questões morais, preocupado com a
segurança e a soberania nacional, receberá certamente como resposta algum
argumento técnico do tipo “não é bem assim” ou “é complicado”. E a coisa cará
por isso mesmo. A nal, quem deles, em meio à farra de vinhos e jatinhos, a ito por
quitar a fatura do cartão da esposa que comprou mais uma dúzia de bolsas de
grife, terá cabeça para pensar em coisas tão abstratas como a desindustrialização
da pátria ou o desemprego maciço dos trabalhadores?
Se nós brasileiros não dermos um basta imediato ao assalto chinês aos nossos
recursos, em breve, muito breve, seremos uma colônia ou um protetorado. Então,
sofreremos calados, por muitas gerações, a humilhação de receber ordens
arrogantes de um dos impérios mais desumanos que o mundo já conheceu.
A mídia independente é importante demais para não ser atacada pelas grandes redes de
comunicação servas do establishment. Foi denunciando a aliança criminosa entre a grande
imprensa e as elites políticas , bem como promovendo uma mudança cultural de larga escala,
que o jornalismo independente a rmou sua importância no Brasil.
O Mídia Sem Máscara, fundado por Olavo de Carvalho em 2002, foi o veículo pioneiro nesse
enfrentamento, e nosso trabalho está só começando.
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2 Comentários
Ótimo artigo. Se Lula ou qualquer “amigo” dele vencer no ano que vem com certeza a situação
vai piorar muito.
A “Tchaina Town” brasileira será na Bahia ? Ficarão os “ ango ito” com o subsolo de
esmeraldas do Brasil à revelia da estupidez tacanha do senado federal e da Câmara das
deputadas recalcadas?
OU
Dorian Gray entregará a cabeça do povo paulista numa bandeja de prata, ao sabor da
putrefação da assembleia legislativa e de deputados fake news?
Este será o legado da pizza hereditária criada em Pindorama?
A decadência neo colonial não acaba?
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