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UFCD 2918 -

A agricultura
como área de
trabalho

- Manual de Formação –
Mod. FOR-MOD-MFOR.v02.4/15

Regibio - Formação e Consultadoria, Lda.


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PROGRAMAS DE BASE CIÊNCIAS SOCIAIS E DO COMPORTAMENTO INFORMÁTICA SAÚDE


 Programas de base  Psicologia  Ciências informáticas  Terapia e reabilitação
ALFABETIZAÇÃO CIÊNCIAS EMPRESARIAIS  Informática na ótica do utilizador  Saúde - programas não classificados
 Alfabetização  Comércio ENGENHARIA E TÉCNICAS AFINS noutra área de formação
DESENVOLVIMENTO PESSOAL  Marketing e publicidade  Metalurgia e metalomecânica SERVIÇOS SOCIAIS
Entidade Promotora:
 Desenvolvimento pessoal Cofinanciado por:
 Finanças, banca e seguros  Eletricidade e energia  Serviços de apoio a crianças e jovens
FORMAÇÃO DE PROFESSORES/FORMADORES  Contabilidade e fiscalidade  Eletrónica e automação  Trabalho social e orientação
E CIÊNCIAS DA EDUCAÇÃO  Gestão e administração  Construção e reparação de veículos a motor SERVIÇOS PESSOAIS
 Ciências da Educação  Secretariado e trabalho administrativo INDÚSTRIAS TRANSFORMADORAS  Hotelaria e restauração
 Formação de professores e formadores  Enquadramento na organização/empresa  Indústrias alimentares  Turismo e lazer
de áreas tecnológicas  Ciências empresariais - programas não ARQUITETURA E CONSTRUÇÃO  Serviços domésticos
ARTES classificados noutra área de formação  Arquitetura e urbanismo SERVIÇOS DE TRANSPORTE
 Audiovisuais e produção dos media DIREITO  Construção civil e engenharia civil  Serviços de transporte
 Artesanato  Direito AGRICULTURA, SILVICULTURA E PESCAS PROTEÇÃO DO AMBIENTE
HUMANIDADES CIÊNCIAS DA VIDA  Produção agrícola e animal  Tecnologia de proteção do ambiente
 Línguas e literaturas estrangeiras  Ciências do ambiente  Floricultura e jardinagem  Ambientes naturais e vida selvagem
 Língua e literatura materna CIÊNCIAS FÍSICAS  Silvicultura e caça SERVIÇOS DE SEGURANÇA
 Ciências da terra  Pescas  Proteção de pessoas e bens
 Segurança e higiene no trabalho
A Regibio - Formação Profissional e Consultadoria, é uma empresa
certificada pela DGERT - Direção Geral do Emprego e das Relações do
Trabalho, certificado nº 1232/2014, possuindo ainda certificação
setorial / homologação por parte do IEFP - Instituto de Emprego e
Formação Profissional, DRAPN - Direção Regional de Agricultura e
Pescas do Norte, do IMTT - Instituto da Mobilidade e dos Transportes
Terrestres, ACT – Autoridade para as Condições de Trabalho, entre
outros, pertencendo à Associação Nacional das Entidades Formadoras
(ANEF), Rede Rural Nacional (RRN) e Associação Transmontana para
Transferência de Tecnologia (TRANSTEC).
Colocar aqui os símbolos relativos a apoios das tipologias financiadas Colocar aqui o nome da UFCD/Curso
Desde 2014 que a ANQEP – Agência para a Qualificação e Ensino
Profissional autorizou o funcionamento do seu CQEP – Centro para a
Qualificação e o Ensino Profissional, atual CQ – Centro Qualifica
(autorizados em Bragança e Chaves), operando em rede com
dezenas de outros organismos públicos e privados, sendo igualmente
Entidade Formadora Externa do IEFP em Bragança, Chaves, Lisboa,
Oliveira do Hospital e Porto.

Para além da atividade do departamento de formação profissional e


2
do CQ, a REGIBIO desenvolve atividades no âmbito da consultadoria
de investimento, sendo entidade consultora autorizada para a
prestação de serviços de consultadoria no âmbito do PDR2020 e
entidade acreditada para a prestação de serviços no âmbito dos Vales
do COMPETE 2020.

Apoiando-se num crescimento sustentado, desenvolve as suas


atividades em todo o espaço Nacional, tendo atualmente instalações
e espaços formativos em Bragança, Porto, Lisboa e Oliveira do
Hospital, estando igualmente envolvida em projetos transnacionais
na Roménia, onde desenvolve atividade através de uma empresa
devidamente Certificada nesse país, a R4 – Consultanta Si Formare
Profissionala.

A sua rede de parceiros nacional é bastante extensa e envolve


algumas centenas de entidades que abrangem todos os setores de
atividade económica, social, cultural e desportiva.
É missão da Regibio cumprir com rigor os contratos assumidos,
excedendo as expectativas dos seus clientes, valorizando os seus
colaboradores e contribuindo para a aquisição e consolidação de
competências dos seus formandos, através da apresentação de
projetos de formação, nas suas vertentes de formação cofinanciada e
não financiada, intervindo em todos os momentos do processo
formativo.
Na sua atuação, a Regibio disponibiliza recursos humanos e físicos
que sustentam a organização, execução e gestão de ações de
formação profissional, numa ótica de prestação de serviços técnicos,
logísticos e administrativos. Promove ainda a adoção de soluções de
racionalização dos processos de trabalho, suportados em sistemas e
tecnologias de informação e comunicação.
É nosso objetivo que esses compromissos, na medida em que
enquadram atitudes, comportamentos e condutas, sejam o reflexo da
marca da Regibio e garantia de qualidade: nos prazos e rigor de
execução, na eficiência e eficácia e também nas condições de
trabalho.
ÍNDICE

YENQUADRAMENTO DO RECURSO TECNICO-PEDAGÓGICO


……………Erro! Marcador não definido.
OBJETIVO GERAL……………………………………………………………………….3
OBJETIVOS ESPECÍFICOS……………………………………………………………….3
BENEFÍCIOS E CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO DO MANUAL…………………………....3
INTRODUÇÃO……………………………………………………………………..…….4
CAP.1 – A AGRICULTURA COMO AREA DE TRABALHO………………………………..5
1.1. Caracterização do Sector.......................................................................................5
1.2 Definição da Actividade Profissional...................................................................20
1.3 Aptidões requeridas...............................................................................................21
1.4 Condições de trabalho..........................................................................................23
1.5 Actividades dominantes nas regiões....................................................................23
1.6 Perspectivas futuras.............................................................................................26
1.8 Legislação laboral e da actividade profissional...................................................29
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1.9 Direitos e obrigações dos trabalhadores.............................................................32
1.10 Direitos e obrigações dos empregadores..........................................................33
1.11 Funções do profissional e respectiva hierarquia................................................37
O que faz um Agricultor............................................................................................37
1.12 Exigências pessoais físicas, intelectuais e culturais...........................................38 4

CAP. 2 - A AGRICULTURA COMO ACTIVIDADE ECONOMICA 41


2.1 Tipos de exploração agro-pecuárias.....................................................................41
2.2 Sistemas culturais.................................................................................................44
2.3 Enquadramento económico –social da profissão...............................................47
CAP.3 –ASSOCIATIVISMO NO SECTOR AGRICOLA 47
3.1 Conceito.................................................................................................................47
3.2 Tipos de associativismo........................................................................................49
3.3 Associações profissionais no sector....................................................................54
CONCLUSÃO 58
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 59
OBJETIVO GERAL
 Reconhecer a importância da agricultura em Portugal.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS
 Saber reconhecer a actividade agrícola como uma actividade essencial à
sustentabilidade do País
 Identificar as características da actividade
 Identificar as culturas por região
 Reconhecer os direitos da actividade profissional
 Identificar tipos de associativismo do sector

BENEFÍCIOS E CONDIÇÕES DE UTILIZAÇÃO DO


MANUAL
O presente manual de formação foi elaborado para a UFCD 2918: A Agricultura como
área de trabalho. Foi elaborado pela formadora CARLA FARIA e o mesmo não
poderá ser reproduzido sem autorização da mesma e respetiva entidade
formadora.
Tem por objetivo auxiliar o formando na aquisição de conhecimentos e competências
enunciados nos objetivos: gerais e específicos.

0. INTRODUÇÃO
Em Portugal, a agricultura é uma actividade económica cuja contribuição para a criação de
riqueza expressa, por exemplo, no Produto Interno Bruto e no Valor Acrescentado Bruto, tem
vindo a decrescer. Deve-se essencialmente, ao desenvolvimento das actividades dos sectores
secundário e terciário, cuja participação aumentou muito e tende a crescer, sobretudo a do sector
terciário.
O sector agrícola, no entanto, mantém ainda algum peso na criação de emprego e detém uma
grande importância na ocupação do espaço e na preservação da paisagem, constituindo mesmo a
base económica essencial de algumas áreas acentuadamente rurais do país.

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CAP.1 – A AGRICULTURA COMO AREA DE


TRABALHO

1.1. Caracterização do Sector 6


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1.2 Definição da Actividade Profissional
O QUE É A AGRICULTURA ?

“Arte de cultivar os campos“

“Arte de empobrecer alegremente”

“Esforço para situar a planta cultivada nas condições óptimas de meio (clima, solo)
para lhe tirar o máximo rendimento em quantidade e em qualidade“

“Arte de obter do solo, mantendo sempre a sua fertilidade, o máximo lucro”


“Artificialização pelo homem do meio natural, com o fim de o tornar mais apto ao

Colocar aqui osdesenvolvimento dedasespécies


símbolos relativos a apoios vegetais
tipologias financiadas e animais, elas próprias melhoradas”
Colocar aqui o nome da UFCD/Curso

1.3 Aptidões requeridas


As aptidões de que o agricultor ou empresário agrícola necessita são mais ou 22
menos diferenciadas das dos outros empresários consoante esses recursos e objectivos
têm ou não particularidades no sector 4 relativamente a outros sectores de actividade.
Alguns dos recursos envolvidos nas actividades de produção agrícola e as suas
consequências são efectivamente particulares e, por sua vez, exigem aptidões
específicas relativamente a empresários de outras actividades.

As actividades agrícolas dependem de recursos naturais como o clima e solos,


bem como de leis e factores biológicos que as afectam profundamente. Por isso, para
além de conhecer a engenharia de produção, como os empresários dos outros sectores,
os empresários agrícolas têm, de alguma forma, que possuir aptidões que se relacionam
com a vivência e experiência, bem como na forma de estar que se reflectem no que se
pode chamar os princípios do ruralismo.

A necessidade de contactar com a natureza e esses aspectos naturais transmite


uma forma de ser, que diferencia os empresários agrícolas dos restantes. Os agricultores
encaram a sua actividade profissional como uma forma de viver e de ser, i.e., muito
mais do que um negócio ou do que a gestão de uma empresa. Em linguagem popular
esta forma de estar é associada à expressão de que o “agricultor tem de gostar da terra”.
Deste facto decorre também que ao longo dos tempos, a actividade agrícola esteve
associada à família do agricultor, não se dissociando, na maioria dos casos, os aspectos
que dizem respeito à empresa dos que dizem respeito à família, mas contrariamente
considerando-os quase simultaneamente.
Estes aspectos que se relacionam com os recursos têm repercussões quanto aos
objectivos. O agricultor é quase por definição um ambientalista. Cria a aptidão, porque
contacta directamente com a 5 natureza, de perceber os efeitos das suas práticas e
técnicas nos recursos naturais e no ambiente, nomeadamente na terra e nos solos, e
incorpora a preservação e gestão racional desses recursos, para que, a sua actividade
tenha um desenvolvimento sustentado, pois ele próprio acautela e tem uma visão de
longo prazo da manutenção e consolidação das suas actividades.

Há por esses motivos, um conjunto de aptidões éticas e de princípio relacionado


com a seriedade, a honradez, a palavra e mesmo alguma sobriedade, bem como de
preservação e gestão racional dos recursos que diferenciam o agricultor dos empresários
dos outros sectores de actividade.

a) Os agricultores com aptidões acima da média e abaixo da média, são os que


pragmaticamente são mais ou menos bem sucedidos em termos de actividade agrícola
no médio e longo prazo, quaisquer que sejam as suas aptidões. Há no entanto, algumas
aptidões que tendem a diferenciar a performance dos agricultores. Um empresário
agrícola com formação técnico-profissional média ou superior tem uma base de
conhecimentos que associada a outras características, tais como experiência, dedicação
e bom senso, lhe dá uma capacidade e um entendimento para a adaptação e inovação
face a novos desafios, que o posiciona, desde logo, em condições superiores às da média
dos agricultores que não disponham desses conhecimentos. Tais conhecimentos são,
obviamente um potencial que, em média, lhe dá condições de partida com maior
probabilidade de sucesso. No entanto 6 ainda que possam considerar-se condições
necessárias, nos nossos dias, nem sempre são suficientes.

b) Os objectivos e metas são importantes porque constituem a qualquer nível o


que pretendemos alcançar com a nossa actividade, seja ela qual for. Essas metas
estabelecem marcos que nos guiam e que nos incentivam a conseguir alcançar os níveis
de performance e de exigência na gestão e prestação que eles implicam. Eles próprios,
adequadamente definidos, são importantes para avaliar os resultados do empresário pois
permitem comparar os desvios relativamente aos resultados efectivos e analisar as
razões técnicas ou económicas que os justificam no sentido de as ultrapassar.

1.4 Condições de trabalho


Colocar aqui os símbolos relativos a apoios das tipologias financiadas Colocar aqui o nome da UFCD/Curso

O sector da agricultura, surge como o primeiro de risco em 10 Estados-membros


(Portugal, Bulgária, Chipre, República Checa, Grécia, Espanha, Itália, Holanda, Polónia
e Reino Unido), enquanto o da construção, que não surge entre os três principais em
Portugal, lidera em nove (Áustria, Bélgica, Alemanha, França, Croácia, Hungria,
Lituânia, Malta e Eslováquia).
  24
No documento, a Agência da UE para os Direitos Fundamentais indica também que, no
caso de Portugal, a exploração laboral aparenta estar a aumentar, também como
consequência de um crescimento de explorações agrícolas nalgumas áreas do país, mas
continua a ser "um fenómeno invisível", e "os interesses económicos e políticos
favorecem esta invisibilidade, particularmente em tempos de crise".
 
"Os participantes (no inquérito) referem que a coordenação entre as diferentes
organizações responsáveis por lidar com o assunto nem sempre é eficiente. Há pouca
comunicação entre as instituições", lê-se no relatório.
 
Uma das recomendações adoptadas pela agência, atendendo às conclusões do inquérito,
é precisamente no sentido de os Estados-membros da UE assegurarem "um sistema de
inspecções aos locais de trabalho que seja global, eficaz e com meios suficientes", e, de
modo a garantir uma maior eficácia das investigações, "estabelecer laços entre a polícia,
o ministério público e autoridades de monitorização", mesmo no contexto
transfronteiriço.

1.5 Actividades dominantes nas regiões


A Região de Lisboa e Vale do Tejo tem o PIB per capita mais elevado de Portugal,
inferior apenas em 10% ao nível médio da UE, em paridade de poder de compra . Em
Lisboa e Vale do Tejo, em termos tanto de valor acrescentado, como de emprego, o
peso da agricultura é baixo em comparação com os níveis registados nas outras regiões
portuguesas
Porém, quando analisamos as percentagens regionais da produção agrícola total
portuguesa, a contribuição da Região de Lisboa e Vale do Tejo é a mais elevada, com
uma percentagem de 29,2% em 1999/2000, um valor ligeiramente mais elevado do que
o registado em 1995/96, que foi de 28,9%. A actividade agrícola na região baseia-se em
produtos de elevado valor acrescentado e pouco apoiados pela PAC, nomeadamente
frutos e produtos hortícolas frescos, vinho, suínos e aves. Significativamente, as
percentagens da produção regional de cereais e carne de bovino, dois dos produtos que
recebem mais apoio no âmbito da PAC, estão a descer; no caso dos cereais essa
percentagem não ultrapassa 6% e no da carne de bovino é de 2,6% (Quadro 2.2). Estão
concentrados em Lisboa e Vale do Tejo um pouco menos de um terço da produção de
vinho, mais de 40% da produção de suínos e de frutos frescos e mais de metade da
produção portuguesa de produtos hortícolas frescos e de aves .

As regiões Norte e Centro apresentam os mesmos padrões de especialização da


Região de Lisboa e Vale do Tejo no sector da produção vegetal, caracterizando-se,
porém, por estruturas diferentes no sector da produção animal. A agricultura é muito
importante na economia local das duas regiões, nomeadamente na Região Centro,
no que se refere ao emprego no sector. Em termos de PIB per capita em PPC, a
diferença em comparação com o nível médio da UE-15 é considerável (numa escala
de UE = 100, a Região Norte = 56 e a Região Centro = 54,2) e está a aumentar
. Por outro lado, a contribuição das duas regiões para a produção
agrícola portuguesa está a diminuir, registando-se a quebra mais acentuada na
Região Norte, cuja percentagem desceu de 25,1%, em 1995/96, para 23,7%, em
1999/00. Os produtos hortícolas, os frutos (incluindo as uvas) e o vinho são os
principais sectores da produção vegetal nas duas regiões. A produção de vinho é
especialmente importante na Região Norte, onde representa uma percentagem de
19,9% da produção agrícola regional , ou seja, uma contribuição de
44% para a produção total de vinho em Portugal. Está também concentrada nas
regiões Centro e Norte a produção de centeio e mais de metade da produção de
azeite nacional. A produção de tabaco em rama da Região Centro representa três
quartos da produção portuguesa desse produto. As plantas forrageiras contribuem
com mais de 6% para a produção agrícola das duas regiões, com tendência para
aumentar, nomeadamente na Região Centro. Esta tendência está relacionada com a
importância crescente do sector leiteiro, cujo crescimento compensou já
parcialmente a quebra registada noutros sectores da produção animal. Na Região
Centro, a importância da produção de aves na produção agrícola regional está a
aumentar, se bem que a contribuição do sector para a produção total de aves de
capoeira em Portugal esteja a diminuir .

A Região do Alentejo caracteriza-se por um PIB per capita regional decrescente,


em comparação com os níveis médios da UE. Em 2000, esse PIB per capita era de
54,5 (UE = 100), o mais baixo de Portugal Continental e o segundo mais baixo do
país depois do dos Açores (Quadro 1.2). A economia agrícola representa uma parte
importante da economia regional, em termos tanto de valor acrescentado bruto,
como de emprego, ao passo que a contribuição da Região do Alentejo para a
produção agrícola portuguesa aumentou de 14,8%, em 1995/96, para 15,5%, em
1999/00. Os padrões de especialização da agricultura alentejana são diferentes dos
que foram já referidos para as outras regiões. Os cereais representam perto de 19,1%
da produção agrícola regional e mais de 40% da produção cerealífera nacional. A
produção de trigo duro está concentrada nesta região, ao passo que o trigo mole, a
Colocar aqui oscevada, a aveiaa apoios
símbolos relativos e as oleaginosas produzidas na região contribuem com mais
das tipologias financiadas de 70%
Colocar aqui o nome da UFCD/Curso

para a produção total dos sectores em causa, a nível nacional. No que se refere a
outras culturas, a produção portuguesa de tabaco em rama, açúcar, plantas
forrageiras e azeite está também concentrada na região do Alentejo, em
percentagens que variam de 18% (tabaco) a 30% (açúcar). Os produtos hortícolas
ocupam também um lugar importante na produção agrícola regional, mas numa
percentagem inferior à que se regista noutras regiões. No que diz respeito aos
sectores da produção animal, a região do Alentejo, ao contrário das outras regiões, 26
caracteriza-se por uma especialização regional acentuada no sector da carne, em que
a produção de carne de bovino representa actualmente uma percentagem mais
elevada da produção regional do que a que se registava nos meados da década de
1990. Concentram-se nesta região 27% da produção portuguesa de bovinos e mais
de metade da produção de ovinos, ao passo que os níveis de produção de aves são
muito baixos. Um factor que distingue a Região do Alentejo das outras regiões
portuguesas é a especialização em produtos que recebem grande apoio no âmbito da
PAC, através de instrumentos de apoio ao mercado como o apoio aos preços (leite,
açúcar e bovinos) e de pagamentos directos (cereais, tabaco, oleaginosas, bovinos e
ovinos).

Na Região do Algarve, a diferença entre o PIB per capita em PPC e os níveis


médios da UE está a aumentar. Nesta região, a percentagem da mão-de-obra
agrícola tem-se mantido a níveis constantes, ao passo que a importância da
produção agrícola regional na produção nacional aumentou ligeiramente desde os
meados da década de 1990. A agricultura regional baseia-se principalmente na
produção de frutos, nomeadamente de citrinos, que representa a maior parte da
produção nacional de citrinos, com mais de 60% . Por outro lado, a
produção de frutos tropicais do Algarve equivale a perto de um quarto da produção
nacional de frutos tropicais. No que se refere aos sectores da produção animal, a
produção de leite e de bovinos é importante a nível regional, mas tem um peso
reduzido na agricultura portuguesa.

O PIB per capita das regiões dos Açores e da Madeira tem crescido a uma taxa
superior à do crescimento médio da UE, mas a tendência actual no sentido da
aproximação aos níveis da UE-15 é mínima, nomeadamente no caso dos Açores
.
As duas regiões estão muito dependentes da agricultura,
principalmente os Açores, onde o sector primário tem bastante peso em termos não
só de emprego, como também de valor acrescentado bruto (Quadro 1.4). A
produção portuguesa de frutos tropicais está concentrada nestas duas regiões.
O sector leiteiro é particularmente importante nos Açores, onde a produção anual
quase duplicou nestes últimos dez anos, representando actualmente, com 500 000 t,
cerca de um quarto da produção nacional. Porém, a elevada densidade pecuária do
efectivo leiteiro tem exercido pressões no meio ambiente e colocado problemas a
outros sectores agrícolas. Nomeadamente, o aumento do número de vacas leiteiras
esteve na origem da produção de excedentes de carne de vaca no mercado local,
criando problemas de escoamento. Por outro lado, o facto de as terras aráveis terem
sido convertidas em pastagem para a produção de leite provocou uma escassez da
oferta de matéria-prima para a indústria açucareira local.

1.6 Perspectivas futuras


Estará o nosso futuro na agricultura?

Apesar de necessária, a agricultura foi relegada à categoria de parente


pobre da economia. Talvez porque a dimensão da propriedade se foi
reduzindo, nos países ricos, com as heranças e partilhas e só eram
compensadoras as grandes áreas, capazes de economias de escala e
mecanização de processos; ou, talvez, porque os mercados eram
sensíveis às mínimas variações de produção, criando fortes oscilações
nos preços, desencorajadoras para o agricultor.... O facto é que, como
norma, o rendimento foi caindo. E daí que a agricultura viesse a ser
subsidiada, para garantir auto--suficiência alimentar, evitando o seu
abandono; ao mesmo tempo quis-se protegê-la com altas barreiras
alfandegárias à importação.

Subsídios elevados criaram excessos de produção, que, vendidos nos


mercados internacionais, prejudicaram os agricultores dos países
pobres que a abandonaram ou viram-se na miséria, incapazes de
vender o seu produto, face à concorrência subsidiada.

Hoje, preocupações de sustentabilidade do planeta, e a agricultura


vista como fonte de biodiesel, vieram abrir-lhe novas perspectivas.
Também as economias emergentes passaram a alimentar-se melhor e,
no conjunto, parece haver falta de alimentos e a inflação faz-se notar
sobretudo nos países emergentes de grande crescimento.

Em muitos países, e entre nós também, empresários com


Colocar aqui os símbolos relativos a apoios das tipologias financiadas provado
Colocar aqui o nome da UFCD/Curso

êxito em domínios tecnológicos ou financeiros têm feito investidas na


agricultura, com sucessos claros. Era de esperar que assim fosse, dado
que todos precisamos de alimentos, por mais tecnológicos que
pensemos ser. Tratando-se de artigos opcionais - mais um iPod ou
telefone móvel ou computador -, podem-se adiar, adquirir em 2.ª mão
28
ou esquecer. Ninguém dispensa o comer.

É louvável, pois, que entrem na agricultura empreendedores com


visão, que promovam culturas de novos produtos, inovações em
processos, criando mais trabalho e riqueza. Não era expectável que no
Alentejo se pudesse fazer uma agricultura "empresarial" de vinhos de
alta qualidade e em quantidade. Nem mesmo que o azeite de oliveira
viesse a ter crescente procura, pelo seu impacte na saúde, quando até
há pouco era manipulado com as ordens de Bruxelas, para arrancar ou
plantar oliveiras, sempre com subsídios. Está visto que as intervenções
arbitrárias são nefastas; distorcem a lógica do mercado e desmotivam
os bons empresários!

A crise que nos afecta precisa de uma boa dose de "valores" para a
ultrapassar e, entre eles, o da autêntica solidariedade. Possibilitar que
países pobres façam mais agricultura de exportação, comprando-lhes
mais e mais, provocará que sejam mais ricos e venham comprar mais
aos países ricos: maquinaria e produtos industriais de alto valor
intrínseco, necessários para o seu desenvolvimento. Peter Sutherland,
antigo director--geral da GATT, entidade que deu lugar à OMC -
Organização Mundial do Comércio, argumentava que a assinatura do
Acordo de Doha - nas condições preconizadas pela OMC: com
redução de subsídios e das taxas alfandegárias sobre os produtos
agrícolas, a níveis justos - fará aumentar o comércio mundial, no
mínimo dos mínimos em $360, 000 milhões por ano. Por si só isto é
um poderoso "estímulo" ao conjunto da economia mundial. E os
países, hoje em crise, não estão a tratar de aproveitar seriamente dele,
e é pena!

O processamento dos alimentos torna-os acessíveis ao longo do ano e


em pontos distantes do globo, dando-lhes melhor aproveitamento e
muito mais valor. Ao pensar-se em boas oportunidades de
empreender, vêm à mente tecnologias da indústria e web, mas
raramente nos acode à mente o sector mais básico e acessível a todos,
o agrícola, ávido de ideias, de incorporar avanços da biotecnologia,
cultura de produtos ayurvédicos protectores de doenças, flores para
exportação, etc. Todos os produtos que os ricos apreciam e os pobres
necessitam devem ser alvo desse empreender na agricultura.

Um país que venho acompanhado nas suas proezas de criatividade é a


Índia. E lá também empresários bem-sucedidos em tecnologias de
ponta (petroquímica, telefone móvel, software, etc.) decidiram, cada
um por si, entrar na agricultura e no retalho, criando uma vasta rede de
supermercados e centenas de "centros" a montante, donde aconselhar
o agricultor, recolher, tratar e embalar os seus produtos horto-
frutícolas, para os exportar e/ou vender nas cidades indianas, onde a
apetência da compra é grande, permitindo claros acréscimos de
rendimento a quem trabalha a terra. Um dos empresários tinha
estabelecido a meta de criar um milhão de postos de trabalho, sabido
como é que mais de 50% da população activa indiana trabalha em
agricultura; e está a caminho de o conseguir.
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1.8 Legislação laboral e da actividade profissional

Segundo o código contributivo

Trabalhadores agrícolas
São abrangidos pelo regime geral dos trabalhadores por conta de outrem, os
trabalhadores que exerçam actividades agrícolas ou equiparadas, sob a autoridade
Colocar aqui os símbolos relativos a apoios das tipologias financiadas Colocar aqui o nome da UFCD/Curso
e direcção de uma entidade empregadora, prestadas em explorações que tenham
por objecto principal a produção agrícola.
São também abrangidos os trabalhadores que exercem a respectiva actividade em
explorações de silvicultura, pecuária, hortofruticultura, floricultura, avicultura e
apicultura, e em actividades agrícolas ainda que a terra tenha uma função de mero 30
suporte de instalações, as quais são equiparadas a actividades e explorações
agrícolas.

Não são considerados trabalhadores de actividades agrícolas os trabalhadores que


exerçam a respectiva actividade em explorações que se destinem essencialmente à
produção de matérias-primas para indústrias transformadoras que constituam, em si
mesmas, objectivos dessas empresas.

A taxa contributiva relativa aos trabalhadores de actividades agrícolas é a partir de 1


de Janeiro de 2011 de 33,3 %, sendo respectivamente, de 22,3 % para as
entidades empregadoras e de 11,00 % para os trabalhadores, com excepção dos
casos que se mantenham em grupo fechado e de que falaremos adiante. A
distinção de taxas em função do carácter diferenciado ou indiferenciado do trabalho
desaparece a partir de 2011 (artº 96º do Código Contributivo).

TAXAS
Código Desvio Desvio % %
Regime em 2010 Contributivo (3)-(1) (3)-(2) (3)-(1) (3)-(2)
Dif. (1) Indif. (2) (3) Dif. Indif. Dif. Indif.
Entidade 23,00% 21,00% 22,30% -0,70% 1,30% -3,04% 6,19%
Patronal

Trabalhador 9,50% 8,00% 11,00% 1,50% 3,00% 15,79% 37,50%


32,50% 29,00% 33,30% 0,80% 4,30% 2,46% 14,83%
(1) Diferenciados e (2)
Indiferenciados

De acordo com a disposição transitória prevista no artº 273º, nº 2 do Código


Contributivo, aos trabalhadores agrícolas diferenciados e indiferenciados que até à
entrada em vigor do Código se encontrem abrangidos pelo regime previsto no
Decreto-Lei n.º 401/86, de 2 de Dezembro, e pelo Decreto Regulamentar n.º 75/86,
de 30 de Dezembro, mantém-se a aplicação desse regime, com as taxas previstas
no Decreto-Lei n.º 199/99, de 8 de Junho, em situação de grupo fechado.

De acordo com aquilo que se encontra previsto no nº 2 do artº 273º do Código


Contributivo a nova taxa de 33,3% só é aplicável aos trabalhadores agrícolas que
iniciem a respectiva actividade como trabalhadores desse sector em 2011.

Tendo-se levantado muitas dúvidas sobre o que é que significaria “grupo fechado” e
consequentemente que trabalhadores agrícolas ficariam abrangidos pelo regime
vigente até 2010 e quais seriam abrangidos pelo novo, que entrou em vigor em
2011, foi emitido esclarecimento jurídico pelo Gabinete do Secretário de Estado da
Segurança Social considerando que o grupo fechado abrange todos os
trabalhadores agrícolas que, em 2010 tiveram enquadramento nesse regime
(independentemente do número de meses em que trabalharam, podendo mesmo
não ter exercido actividade em Dezembro de 2010), desde que em 2011 voltem a
exercer a actividade de trabalhadores agrícolas. Para assegurar a manutenção em
grupo fechado os trabalhadores sazonais agrícolas têm que ter exercido a
actividade em 2010 e voltar a exercê-la em 2011, sem que entre um período e outro
tenham alguma vez sido enquadrados no regime geral. Todos os trabalhadores
agrícolas permanentes que estivessem a exercer a respectiva actividade em 2010
mantêm-se em situação de grupo fechado, que continua a fazer a distinção entre
trabalhadores agrícolas diferenciados e indiferenciados e respectivas taxas.
Colocar aqui os símbolos relativos a apoios das tipologias financiadas Colocar aqui o nome da UFCD/Curso

Assim sendo, a partir de 2011 o sector agrícola passa a contar com 3 taxas
contributivas aplicáveis aos trabalhadores agrícolas:

 Novos trabalhadores agrícolas a partir de 1 de Janeiro 2011 – taxa de 32


33,30% (22,3% da entidade patronal e 11% do trabalhador);
 Trabalhadores agrícolas diferenciados em 2010 – taxa de 32,5% (23%
da entidade patronal e 9,5% do trabalhador);
 Trabalhadores agrícolas indiferenciados em 2010 – taxa de 29% (21%
da entidade patronal e 8% do trabalhador).

As contribuições relativas aos trabalhadores indiferenciados continuam a ser


calculadas através da aplicação da taxa global de 29%, sobre o valor de 1/30
do Indexante dos Apoios Sociais (IAS – 419,22 €) multiplicado pelo número de
dias de trabalho efectivo prestado em cada mês.

Mediante acordo escrito entre as entidades patronais e os trabalhadores por


conta de outrem indiferenciados, as contribuições podem ser calculadas em
função das remunerações efectivamente pagas, desde que:

 O valor das remunerações não seja inferior ao da remuneração mínima


mensal garantida ao sector agrícola;
 Os trabalhadores sejam contratados a título permanente e em regime de
ocupação completa.
1.9 Direitos e obrigações dos trabalhadores

O TRABALHADOR DEVE…
O trabalhador tem de cumprir uma série de deveres, refletidos no artigo 128º
do Código do Trabalho, como sejam:

 Apresentar-se no local de trabalho com assiduidade e pontualidade;


 Trabalhar com zelo e diligência;
 Respeitar e tratar com gentileza e retidão o empregador, os superiores
hierárquicos e os colegas, entre outros;
 Cumprir ordens e instruções do empregador e superior hierárquico,
relativas à execução e disciplina do trabalho e segurança e saúde no
trabalho;
 Ser leal com o empregador, nomeadamente não negociando por conta
própria ou alheia em concorrência com ele. O sigilo em relação aos
métodos de trabalho ou negócio é outro ponto a cumprir;
 Zelar pela conservação e boa utilização de bens relacionados com o
trabalho;
 Contribuir para o aumento da produtividade da empresa.

O TRABALHADOR TEM DIREITO A…


No Código do Trabalho estão ainda definidos os direitos dos trabalhadores. Os
mais importantes são:

 Igualdade de oportunidades e de tratamento no acesso ao emprego, à


formação e promoção ou carreira profissionais e às condições de
trabalho. Dessa forma, não pode ser privilegiado, beneficiado,
prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever por
motivos discriminatórios relacionados com ascendência, idade, sexo,
orientação sexual, identidade de género, estado civil, situação familiar e
situação económica, entre outros. Contudo, em certas situações, a lei
permite diferenças de tratamento baseadas na idade;
 Retribuição do trabalho, de acordo com o princípio constitucional “a
trabalho igual salário igual”;
 Férias pagas e subsídios de férias e de Natal;
 Gozo
Colocar aqui os símbolos relativos ade umdasperíodo
apoios anual de
tipologias financiadas férias de 22 dias úteis e de feriados
Colocar aqui o nome da UFCD/Curso

obrigatórios.

1.10 Direitos e obrigações dos empregadores 34

As entidades empregadoras podem beneficiar da:

 Isenção do pagamento de contribuições, se celebrarem contrato de trabalho


sem termo com:
o Desempregados de muito longa duração
o Trabalhadores ao seu serviço já vinculados por contrato de trabalho a
termo
o Reclusos em regime aberto.

 Redução da taxa contributiva, se celebrarem contrato de trabalho sem termo


com:
o  Jovens à procura do 1.º emprego e desempregados de longa duração
o Trabalhadores ao seu serviço já vinculados por contrato de trabalho a
termo
o Reclusos em regime aberto.

O empregador é obrigado a:

1. Comunicar aos serviços da Segurança Social

 A alteração de elementos de identificação, incluindo os relativos aos


estabelecimentos, o início, a suspensão ou a cessação de atividade.

A comunicação destes elementos considera-se cumprida perante a Segurança


Social se a mesma for efetuada à administração fiscal ou puder ser obtida
oficiosamente.

 Os elementos necessários ao enquadramento ou à exclusão do trabalhador


como membro dos órgãos estatutários, solicitados pelos serviços competentes de
Segurança Social.

Sempre que os elementos referidos não possam ser obtidos oficiosamente ou suscitem
dúvidas, as entidades empregadoras são notificadas para os apresentarem no prazo de 10
dias úteis.

No que diz respeito ao elementos dos membros dos órgãos estatutários, se a entidade
empregadora não os comunicar no prazo acima indicado, é feito o enquadramento
oficioso do trabalhador e fixado como base de incidência contributiva o valor do
Indexante dos Apoios Sociais - IAS (421,32 €).

 A admissão de novos trabalhadores:


o Nas 24 horas anteriores ao início de produção de efeitos do contrato de
trabalho
o Durante as 24 horas seguintes ao início da atividade, quando por razões
excecionais (fundamentadas) a comunicação não possa ser feita naquele prazo
apenas para
 Contratos de muito curta duração ou
 Prestação de trabalho por turnos.

A comunicação deve ser efetuada online no serviço Segurança Social Direta.

Deve ser indicado o Número de Identificação da Segurança Social (NISS) se o


houver e a modalidade de contrato de trabalho a termo resolutivo ou sem termo, a
tempo parcial.

As falsas declarações prestadas pelo contribuinte, nomeadamente por não ser


verdadeira a relação laboral comunicada, determina a anulação do enquadramento
dos trabalhadores.
 A cessação, suspensão do contrato de trabalho e respetivo motivo até ao dia
10 do mês seguinte ao da sua ocorrência, através do formulário Comunicação de
Admissão de trabalhador/ Início de atividade de trabalhador/ Vínculo a nova
entidade empregadora/ Cessação/ Suspensão da atividade do trabalhador, Mod.
RV1009-DGSS.
Colocar aqui os símbolos relativos a apoios das tipologias financiadas Colocar aqui o nome da UFCD/Curso

 A alteração da modalidade do contrato de trabalho até ao dia 10 do mês


seguinte ao da sua sua ocorrência.
 

2. Entregar uma declaração aos trabalhadores ou cópia da comunicação de


declaração de admissão, onde conste o respetivo NISS, o Número de Identificação 36
Fiscal (NIF) e a data da admissão do trabalhador.

3. Entregar a declaração de remunerações (DR), através da Internet no serviço


Segurança Social Direta.

Se não for utilizado este meio considera-se que a DR não foi entregue.

A entrega da DR é feita do dia 1 ao dia 10 do mês seguinte àquele a que diga


respeito.

Suprimento oficioso da DR

A instituição de Segurança Social competente elabora e regista oficiosamente a DR se:

 O empregador não apresentar a DR


 O empregador omitir trabalhadores ou valores na DR
 A DR tiver sido rejeitada e considerada como não entregue
 O trabalhador ou, no caso de este se encontrar impedido, o familiar provar ter
interesse no cumprimento da obrigação pelo empregador.
A DR é elaborada oficiosamente com base

 Na última remuneração base dos trabalhadores constante da última DR com 30


dias de trabalho
ou
 No valor da retribuição mínima mensal garantida por referência a 30 dias, no
caso de falta de elementos relativos à remuneração base dos trabalhadores.

4. Efetuar o pagamento regular das contribuições e quotizações.

A falta de pagamento no prazo legal determina a aplicação de juros de mora.

Os formulários podem ser obtidos na coluna do lado direito em “Formulários” ou em


qualquer serviço de atendimento da Segurança Social.

1.11 Funções do profissional e respectiva hierarquia

O que faz um Agricultor

O Agricultor é o profissional responsável por cultivar a terra, tratar dos campos e se dedicar a
cuidar dos animais: ovelhas, vacas, galinhas, etc.
Um Agricultor trata dos animais dando de comer a todos.
Quando necessário busca o leite das vacas, os ovos das galinhas para o seu próprio consumo ou
para comercialização.
Está sob as responsabilidades de um Agricultor ir para o campo e tratar das plantas, cuidar dos
animais, das plantações, da lavoura, semear, plantar, mondar, regar, sachar, cavar, ceifar, podar,
debulhar, visando zelar e cuidar de todo o cultivo. 
O Agricultor realiza suas atividades diárias com a ajuda de um trator, mas muitas coisas têm de
ser feitas só com a sua força e saber.
Para que o profissional tenha um bom desempenho como Agricultor é preciso conhecer bem
como se trata da terra e dos animais, ter força e gostar de andar ao ar livre.
Colocar aqui os símbolos relativos a apoios das tipologias financiadas Colocar aqui o nome da UFCD/Curso

38

o agricultor profissional é o que:

- exerce a atividade agrícola;

- gere direta ou indiretamente os meios de produção;

- não está subordinado no exercício da atividade e exerce funções de direção;

- tem formação académica ou experiência profissional suficiente;

Na agricultura a mão de obra é essencialmente familiar . Nas regiões onde a dimensão


média das explorações é maior , a importância da mão de obra agrícola não-familiar é
mais relevante, sobretudo devido à maior especialização da agricultura que é mais
exigente na qualificação da mão de obra.
1.12 Exigências pessoais físicas, intelectuais e
culturais

Os principais requisitos pessoais do empresário agrícola são, para além da


motivação para a agricultura , empatia, flexibilidade, competências de organização,
perseverança e bom senso. Na orientação dos participantes, o envolvimento, o respeito e
a atenção para as potencialidades e limitações específicas de cada participante, são
essenciais. Quando o trabalho realizado tem um valor económico relevante para a
empresa agrícola, o participante deve ser remunerado por esse trabalho, muitas vezes
através de um forte subsídio a essa remuneração. Normalmente, a orientação e apoio de
um participante é mais dispendiosa do que o valor resultante do trabalho e, portanto,
trata-se de um serviço social que deve ser pago.´

Os trabalhadores rurais normalmente desenvolvem as suas atividades em locais abertos,


expostos a condições ambientais desfavoráveis em termos de clima, luminosidade,
ruído, vibração, poeiras e gases, além manusear equipamentos e ferramentas que
demandam elevado esforço físico, com movimentos repetitivos e adoção de posturas
inadequadas. Todas estas situações expõem os trabalhadores aos diversos tipos de riscos
para a sua integridade física, aumento a possibilidade da ocorrência de acidentes de
trabalho, aparecimento de lesões por esforços repetitivos e doenças orto musculares,
além de riscos psicológicos. E como consequência, tais situações poderá levá-los ao
afastamento temporário ou permanente do trabalho, prejudicando não só a si mesmo e
sua família, mas também ao empregador, pois, muitas vezes, não há mão-de-obra
treinada disponível para a substituição do trabalhador acidentado ou afastado por
problemas de saúde.
Neste sentido, surge a ergonomia como ciência, que procura a adaptação confortável e
produtiva do trabalho ao ser humano, envolvendo não apenas o homem e seu local de
trabalho, mas todos os aspectos que necessitam ser considerados no desenvolvimento
das tarefas, tais como: máquinas, ferramentas, ambiente físico, mobiliários,
Colocar aqui os símbolos relativos a apoios das tipologias financiadas Colocar aqui o nome da UFCD/Curso
equipamentos de proteção individual e sistemas de produção.
 
Por isso, a avaliação ergonômica do trabalho é fundamental para o melhor entendimento
de como o trabalho rural é realizado, principalmente sob o ponto de vista do esforço
físico, pois normalmente este assunto é desprezado ou desconhecido pelos
empregadores, porém, sendo importante na tomada de decisão visando a melhoria das
condições de conforto, segurança e saúde dos trabalhadores. 40

Existem diferentes formas de classificar as explorações agrícolas de acordo com o tipo


de critérios utilizados.

Bem comum

Pelo termo “comum”, referimo-nos, em primeiro lugar, à riqueza comum do mundo material – o
ar, a água, os frutos da terra e todas as dádivas da natureza. Também faz parte do comum os
resultados da produção social que são necessários para a interação social e para mais produção,
como os conhecimentos, as imagens, os códigos, a informação, os afetos etc. Esse conceito do
comum não coloca a humanidade separada da natureza. A Interação, cuidado e coabitação num
mundo comum promovem as formas benéficas do comum, limitando as prejudiciais (HARDT E
NEGRI, p.8, 2016).

Nesse sentido, podemos considerar que o alimento produzido pela terra é um bem comum. Os
modos de cultivar, viver e comer representam os saberes e sabedorias ancestrais de povos
originários, tradicionais e indígenas, herança de nossa memória biocultural. Existem alguns
elementos materiais e não-materiais do alimento que são considerados bens comuns:
a. O conhecimento agrícola tradicional;

b. O conhecimento agrícola moderno baseado na ciência, produzido por instituições públicas


nacionais e internacionais;

c. As receitas de cozinha nacional e gastronomia, sendo um exemplo de bem comum em ação;

d. Os animais e plantas comestíveis produzidas naturalmente (Vivero, 2014).

Através de legislações, mecanismos de privatização de bens comuns têm limitado o acesso à


comida como patrimônio, negando seus atributos não econômicos. O alimento como bem
comum provê valoriza as múltiplas dimensões do alimento, favorecendo um sistemas alimentar
mais justo e sustentável. O alimento como commodity se opõe radicalmente a suas outras
dimensões, não importando mais a sobrevivência, identidade cultural ou vida em comunidade.
Esse pensamento reducionista, disjuntivo e simplificador é apontado por diversos autores as
raízes da falha do sistema alimentar global.

CAP. 2 - A AGRICULTURA COMO ACTIVIDADE


ECONOMICA

2.1 Tipos de exploração agro-pecuárias


Agropecuária reúne os substantivos agricultura e pecuária. É utilizada por pequenos
produtores que utilizam práticas tradicionais, onde o conhecimento das técnicas é
repassado através de gerações. É praticada no campo e refere-se à técnicas que
envolvem animais bovinos.
As atividades agropecuárias são utilizadoras de recursos naturais, principalmente solo e
água. Com o avanço dos sistemas agropecuários sobre as áreas de ecossistemas nativos,
gera-se a preocupação sobre os impactos ambientais dessas atividades. Para a
minimização desses impactos, uma das alternativas seria focar em um uso mais racional
das áreas já ocupadas, mas que estejam subutilizadas, degradadas ou abandonadas. O
respeito à legislação ambiental, conservando as áreas de preservação permanente e as
reservas legais também contribui para que as propriedades rurais continuem prestando
os serviços ambientais essenciais.
Colocar aqui os símbolos relativos a apoios das tipologias financiadas Colocar aqui o nome da UFCD/Curso
Explorações de Bovinos
Após a crise da BSE dos anos 90, que levou aos registos mais baixos de produção,
verificaram-se mudanças a nível de número e da dimensão das explorações de bovinos
em Portugal. O número de explorações diminuiu acentuadamente, reduzindo-se desde
1990 até 2005 em 60%, mas em contrapartida, o efetivo bovino aumentou atingindo 1 42
441 milhares de bovinos em 2005 (INE, I.P., 2007). Em 2013, Portugal tinha um efetivo
bovino total de 1 471 milhares de cabeças, cerca de 30% das quais é efetivo “outras
vacas” correspondendo praticamente às vacas aleitantes (INE, I.P., 2014b). A evolução
dos efectivos bovinos nos últimos 13 anos, sendo de realçar a curva correspondente ao
Alentejo, que para além de ser a única região que conheceu um real aumento nestes
anos, continua a ser a região com maior número de cabeças. No norte do país, realça-se
a decrescente evolução do efetivo bovino.

Podemos dizer que o efetivo bovino tem sofrido algumas flutuações, sendo de salientar
o aumento significativo do efetivo aleitante no efetivo total o que, de acordo com o GPP
(2007) 0 50 100 150 200 250 300 350 400 450 500 550 600 650 700 2000 2001 2002
2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 Milhares de animais
Região Autónoma da Madeira Algarve Alentejo Norte Região Autónoma dos Açores
Centro Lisboa 11 poderá ser consequência das sucessivas reformas da PAC, que
associadas a uma situação de mercado favorável, vêm desde o ano 2000 incentivando e
fortalecendo este subsector da produção bovina (GPP, 2007c). Valores do I.N.E. (2007)
mostram que a introdução de prémios à produção de carne de bovinos pela União
Europeia (EU), no início dos anos 90, impulsionou fortemente este sector da produção
animal, contrariando a tendência verificada para as vacas leiteiras que diminuiu tanto
em número de efetivo como em número de explorações. De facto o número de
explorações com 1 a 4 bovinos diminuiu de 70% para 55% entre 1987 e 2005, ao passo
que o número de explorações com 50 ou mais bovinos aumentou de 1% para 9%,
detendo 63% do efetivo nacional (INE, I.P., 2007).
PRODUÇÃO DE BOVINOS EM MODO EXTENSIVO E SEMI-INTENSIVO NO
ALENTEJO
Durante séculos, muitos ecossistemas Europeus dependeram da manutenção dos
sistemas de produção tradicionais em extensivo, à base de pastagens e alimentos
conservados, com encabeçamentos baixos (Strijker, 2005) e aproveitando de forma
sustentável os recursos naturais. Estes sistemas, embora se mantenham em algumas
regiões da europa, evoluíram na sua grande maioria, no sentido de uma maior
intensificação para possibilitar o aumento da produção de alimento fazendo face ao
aumento da população europeia (Rabbinge & van Diepen, 2000). Desde meados do séc.
XIV, a produção animal, recorrendo fundamentalmente às espécies bovinas, ovina,
caprina, suína, equina entre outros, passou a assumir um papel fundamental no espaço
rural Português. Para além da produção de alimentos, a produção animal tinha como
objetivo o desenvolvimento de trabalho, encontrando-se os dois objetivos de produção
muitas vezes explorados de forma conjunta (Catarino, 1998). Num contexto histórico, as
características da própria geografia de Portugal Continental possibilitaram que o 15
pastoreio fosse o principal recurso alimentar para as espécies animais exploradas na
forma extensiva (Catarino, 1998). Portugal, devido às suas características climáticas e
fundamentalmente edáficas, caracteriza-se por apresentar várias áreas desfavorecidas
em termos agrícolas. Neste contexto, a produção de carne, normalmente em modo
extensivo, assume especial importância sendo que associada à exploração da floresta e à
agricultura, são uma das maiores fontes de receita e emprego do nosso País, assumindo
também um papel importante do ponto de vista social e ambiental (Andrade, Rodrigues,
& Rodrigues, 1999). Ao longo de séculos Portugal usou estas características,
desfavoráveis em termos agrícolas, mas bem aproveitadas como pastagens, para a
produção de carne. É assim que nos dias de hoje, muito à semelhança dos nossos
antepassados recorremos às pastagens, usando-as agora para a produção de bovinos e
pequenos ruminantes em modo extensivo (Andrade et al., 1999), que outrora serviram
para o trabalho e que hoje tem essencialmente como destino a produção de carne. Neste
capítulo fazse uma caracterização do sistema de produção de bovinos em modo
Colocar aqui os símbolos relativos a apoios das tipologias financiadas Colocar aqui o nome da UFCD/Curso
extensivo e semiintensivo, uma descrição do clima da região, da pastagem, do sistema
de produção bem como do maneio reprodutivo e produtivo, no Baixo Alentejo, onde se
vai inserir o estudo.

2.2 Sistemas culturais


44
Agricultura é o conjunto de técnicas utilizadas para cultivar plantas com o objetivo de
obter alimentos, bebidas, fibras, energia, matériaprima para roupas, construções, medicamentos, 
ferramentas, ou apenas para contemplação estética.

A quem trabalha na agricultura chama-se agricultor. O termo fazendeiro (português


brasileiro)
 ou lavrador (português europeu)
 se aplica ao proprietário de terras rurais onde, normalmente, é
praticada a agricultura, a pecuária ou ambos.

A ciência que estuda as características das plantas e dos solos para melhorar as técnicas
agrícolas é a agronomia.

Atualmente existem dois tipos, o intensivo e o extensivo


A agricultura comercial visa à produção de renda financeira através da produção de plantas e
animais que são demandados no mercado. Utiliza o sistema intensivo, com a utilização de
máquinas e fertilizantes, tem uma tecnologia de ponta, acarretando em altos índices
de produtividade.

A agricultura de subsistência é aquela que produz alimento suficiente para as necessidades do


proprietário da terra, e sua família. Utiliza o sistema extensivo, com técnicas como queimada,
utiliza a mão de obra, acarretando em um baixo índice de produtividade.

As principais sistemas culturais em Portugal

* VINHA * AZEITE * BATATA * FRUTICULTURA * HORTICULTURA *


CULTURAS INDUSTRIAIS * CEREAIS
VINHA “ Os vinhos generosos e de mesa são o suporte mais importante do sector
primário... 

A produção de vinho tem decaído nas últimas décadas. No entanto, à diminuição da


quantidade opõem-se o aumento da qualidade, nomeadamente após a adesão à CE. Hoje em dia,
a produção vinícola aposta essencialmente na qualidade, o que tem permitido a sua introdução
nos exigentes mercados externos.

OLIVEIRA “ O azeite é um produto muito versátil, de há muito reconhecido pelas


populações mediterrânicas, como essencial para a saúde e para o regime alimentar. 

A produção de azeite tem vindo a diminuir paulatinamente devido a vários factores, entre os
quais podemos salientar: * Envelhecimento dos olivais; * Abandono das culturas; * Falta de
mão-de-obra especializada

CEREAIS “ O trigo é, desde há muito, um dos cereais mais importantes para o nosso país,
pelo papel que desempenha na alimentação.”

CEREAIS TRIGO MILHO CENTEIO AVEIA ARROZ CEVADA

Os cereais são a produção que maior área ocupa, embora seja apenas a segunda em termos
de produção O trigo é o cereal de maior importância. Apesar da sua importância, o cultivo dos
cereais está a diminuir devido a vários factores nomeadamente: * Redução da área de cultivo; *
Diminuição da produção do trigo. Estas alterações ficaram a dever-se, essencialmente, às
exigências da Política Agrícola Comum.
Colocar aqui os símbolos relativos a apoios das tipologias financiadas Colocar aqui o nome da UFCD/Curso
BATATA “ Sabia que?... Uma batata média, de cerca de 100 gramas, fornece cerca de 90
Kcal. No entanto, quando frita, poderá ter cerca de 45o Kcal.”   

FRUTICULTURA O consumo da fruta está a aumentar no nosso país...   

PRODUÇÃO Apesar de sempre terem sido cultivadas no nosso país, as frutas têm tido um
crescimento enorme, quer em termos de ocupação de área de cultivo, quer em produção. É 46
também de salientar a introdução de novas espécies, nomeadamente tropicais, como, por
exemplo, o kiwi e o maracujá.

HORTICULTURA “ O consumo de hortícolas frescos tem aumentado de forma imparável


em Portugal, tendência à qual os produtores nacionais não têm conseguido responder, deixando
assim espaço aberto às importações.” 

As culturas hortícolas tem apresentado um crescimento de produção que se reflecte num


aumento de cerca de 30% em 2002. É de focar que o seu cultivo se faz, quer ao ar livre, quer em
estufas.

CULTURAS INDUSTRIAIS TOMATE TABACO SOJA GIRASSOL PLANTAS


AROMÁTICAS   

Em Portugal, são várias as regiões que abrigam culturas industriais: O tomate predomina no
Ribatejo e Oeste e no Alentejo; O girassol é cultivado no Alentejo; O tabaco predomina na
Beira Interior. O chá é cultivado nos Açores. Apesar da recente importância que estas culturas
ganharam em Portugal, verifica-se que, nos últimos anos, têm diminuído em volume de
produção e área cultivada

PRODUÇÃO ANIMAL O leite, a carne e os ovos são elementos básicos da alimentação. 

A avicultura está disseminada um pouco por todo o país com especial incidência no
Ribatejo e Oeste e na Beira Litoral O gado bovino assume especial importância nos Açores . Os
ovinos e caprinos são produzidos em maior quantidade no Alentejo, a que se seguem as regiões
de Trás-os-Montes e Beira Interior. Os suínos predominam no Alentejo e no Ribatejo e Oeste. A
suinicultura e a avicultura têm conhecido um aumento de produção, ao contrário das outras
espécies que se encontram em retracção.

2.3 Enquadramento económico –social da profissão


A agricultura continua a ser um motor essencial da economia rural, contudo a diversificação da
estrutura socioeconómica das zonas rurais é essencial para o desenvolvimento de actividades
não agrícolas dentro e fora das explorações agrícolas, tendo em vista a criação de novas fontes
de rendimento e emprego, contribuindo diretamente para a melhoria do rendimento dos
agregados familiares, a fixação da população, a ocupação do território e o reforço da economia
rural.

Neste âmbito, à DGADR compete promover a consolidação do tecido produtivo das zonas
rurais, acompanhar iniciativas promotoras de crescimento económico, de diversificação de
atividades, criação de microempresas e de serviços de apoio à população rural.

CAP.3 –ASSOCIATIVISMO NO SECTOR


AGRICOLA

3.1 Conceito

Englobam-se no associativismo agrícola todo o tipo de associações cujos membros são


profissionais da agricultura.

Uma “Associação Agrícola” agrupa agricultores ou outros profissionais agrícolas


empenhados no desenvolvimento de actividades de âmbito agrícola, que contribuam para a
satisfação das suas necessidades individuais sentidas por todos e ou de representação, defesa
e promoção dos seus interesses sócio-agrários.

O associativismo permite reforçar a capacidade competitiva das empresas agrícolas através


Colocar aqui os símbolos relativos a apoios das tipologias financiadas Colocar aqui o nome da UFCD/Curso
da partilha dos recursos, dos riscos e das oportunidades ou a capacidade de intervenção dos
profissionais agrícolas na sociedade.

Consoante o enfoque do seu objecto social, assim as associações agrícolas poderão ser de tipo
socioeconómico ou socioprofissional.
48
As primeiras centradas na resolução de problemas económicos na esfera da produção, do
transporte, da comercialização e da transformação dos produtos agrários, ou do
aprovisionamento de factores de produção, da utilização comum de máquinas, da assistência
técnica, do crédito e da prestação de serviços em geral.

As segundas centradas na valorização profissional, na dignificação e na defesa dos interesses


dos seus associados com vista à melhoria do seu rendimento e condição social ou à promoção
e defesa dos direitos laborais.

O Associativismo Agrícola compreende três tipos distintos de associações:

• Associações Socioprofissionais, que têm como objectivo e funções defender os interesses


sociais e profissionais dos agricultores.
• Associações Socioeconómicas em que já se inclui a “vertente económica”, como sejam as
cooperativas agrícolas.

• Associações de Fileira em que se juntam os vários intervenientes – Produção,


Transformação, Indústria e Comércio.

3.2 Tipos de associativismo

As Cooperativas Agrícolas, segundo o Código Cooperativo; “são pessoas colectivas


autónomas, de livre constituição, de capital e composição variáveis, que, através da
cooperação dos seus membros, com obediência aos princípios cooperativos, visam, sem fins
lucrativos, a satisfação das necessidades e aspirações económicas, sociais ou culturais
daqueles”.

A constituição e funcionamento das Cooperativas Agrícolas rege-se pelos seguintes


diplomas:

 Lei n.º 51/96, de 7 de setembro - Código Cooperativo (alterada pelos Decretos-


Lei n.º: 343/98, de 6 de novembro; 131/99, de 6 de abril; 204/2004, de 19 de Agosto;
76-A/2006, de 29 de Março e 282/2009, de 7 de outubro)
 Decreto-Lein.º 335/99, de 20 de agosto - Regime Jurídico das Cooperativas
Agrícolas (alterado pelo Decreto-Lei n.º 23/01, de 30 de janeiro)
As Cooperativas devem prestar informação à Cooperativa António Sérgio para a Economia
Social – CASES – www.cases.pt
No site da DGADR poderá aceder a diversa informação relativa ao Processo Reconhecimento
da natureza agrícola de cooperativas agrícolas e à legislação que o suporta.

As Caixas de Crédito Agrícola Mútuo (CCAM) são instituições de crédito, sob a forma


cooperativa, cujo objecto é a concessão de crédito agrícola aos seus associados e a prática dos
demais actos inerentes à actividade bancária.

A constituição e funcionamento das CCAM rege-se pelos seguintes diplomas:


 Código Cooperativo
 Decreto-Lei n.º24/91, de 11 de janeiro
 Decreto-Lei n.º230/95, de 12 de setembro
Colocar aqui os símbolos relativos a apoios das tipologias financiadas Colocar aqui o nome da UFCD/Curso
 Decreto-Lei n.º320/97, de 25 de novembro
Para exercer a actividade, as CCAM necessitam de autorização prévia do Banco de Portugal.

As Agriculturas de Grupo, na forma de Sociedade de Agricultura de Grupo (SAG), são


sociedades civis, sob a forma comercial de sociedades por quotas, tendo por objecto a
exploração agrícola ou agro-pecuária, realizada por um número limitado de agricultores os 50
quais põem em comum a terra, os meios financeiros e outros factores de produção e
asseguram conjuntamente a gestão da empresa e as suas necessidades em trabalho, condições
semelhantes às que se verificam nas explorações de carácter familiar.

Na sua essência correspondem à associação para a exploração em comum e directa da terra,


designando-se juridicamente por SAG de “integração completa”.

Todavia as SAG podem também assumir a forma jurídica de “integração parcial”, podendo
nesta caso, ter por finalidade a realização de actividades acessórias ou complementares da
actividade agrícola ou agro-pecuária propriamente dita, como sejam a utilização de
instalações, máquinas e equipamentos, a venda de produtos ou abastecimento de factores de
produção desde que tais actividades contribuam para o equilíbrio das explorações associadas,
mobilizem em exclusivo, produtos dessas explorações ou se traduzam em serviços dirigidos,
exclusivamente, a elas.

Há formas associativas congéneres das SAG, que se designam:

 “Agrupamento de Produção Agrícola” (APA) – que corresponde à forma


jurídica de SAG, podendo os sócios não-gerentes ser agricultores cujo rendimento na
maior parte não provem da actividade agrícola, nem dispõem de capacidade
profissional bastante.
 “Agrupamento Complementar da Exploração Agrícola” (ACEA) – corresponde
a um APA, mas de integração parcial, ou seja, os associados poderão ser do tipo
permitido para os APA e o objecto ser idêntico ao da SAG de integração parcial.
 “Exploração Familiar Agrícola Reconhecida (EFAR) – corresponde a um APA
em que os sócios são exclusivamente familiares, podendo os menores também integrar
a sociedade, devendo os sócio assegurar conjuntamente, pelo menos, metade da
quantidade de trabalho.
A constituição e funcionamento das SAG e formas congéneres rege-se pelos seguintes
diplomas:

 Decreto-Lei n.º 336/89, de 6 de Outubro;


 Decreto-Lei n.º 339/90, de 30 de Outubro;
 Decreto-Lei n.º 392/93, de 18 de Novembro.
No site da DGADR poderá aceder a diversa informação relativa à legislação aplicável e ao
Processo de Reconhecimento como Sociedade de Agricultura de Grupo .

Associações de Beneficiários (AB), anteriormente designadas por associações de regantes,


são uma forma associativa destinada a gerir, explorar e conservar obras de fomento
hidroagrícola, do Grupo I e II, de interesse nacional e regional respectivamente, cujos
associados devem representar a maioria dos proprietários e empresas agrícolas que, no seu
conjunto, devem significar mais de 50% da área a beneficiar.

Juntas de Agricultores (JA), são uma forma associativa destinada a gerir, explorar e
conservar obras de fomento hidroagrícola, de interesse local com impacto colectivo e
classificado no Grupo III, ou seja pequenas obras, devendo a sua representatividade ser
idêntica ao exigido para as Associações de Beneficiários.

As AB e as JA regem-se pelos seguintes diplomas:

 Decreto-Lei n.º 269/82, de 10 de Julho;


 Decreto-Regulamentar n.º 84/82, de 4 de Novembro;
 Decreto-Regulamentar n.º 86/82, de 12 de Novembro;
No site da DGADR poderá aceder a mais informação sobre este tipo de associações.

Os Centros de Gestão da Empresa Agrícola (CGEA) são associações de agricultores


constituídas nos termos do Código Civil e da legislação específica, que têm por objectivo
principal apoiar os associados na contabilidade e gestão da empresa agrícola, através da
aplicação de modernas técnicas de gestão, com vista à optimização dos recursos e dos
resultados das suas empresas.

Os CGEA regem-se pelos seguintes diplomas:


Colocar aqui os símbolos relativos a apoios das tipologias financiadas Colocar aqui o nome da UFCD/Curso

 Código civil (art.º 167º e seguintes)


 Decreto-Lei n.º 504/79, de 24 de Dezembro
As Mútuas de Seguros (MS), são associações de agricultores, que na base da reciprocidade,
concertam cobrir riscos futuros inerentes à exploração de gado, mediante quotizações que
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devem ser criteriosamente estabelecidas em função da probabilidade do risco. Podem
constituir-se na forma Cooperativa ou não.

As MS regem-se pelos seguintes diplomas:

 Forma cooperativa – Código Cooperativo e Decreto-Lei n.º384/82, de 21 de


Outubro;
 Forma não cooperativa - Código civil (art.º 167º e seguintes)
As Associações Técnicas de Produtores (ATP) poderão ser associações especializadas ou
não, sendo constituídas por produtores de um ou mais produtos agrários – agrícolas,
pecuários ou silvícolas, bem determinados, que visa a promoção desse produto ou produtos e
da sua qualidade intrínseca junto do público consumidor e dos mercados, a melhoria das
tecnologias de produção, designadamente das compatíveis com a preservação dos recursos
naturais e a segurança alimentar, o apoio técnico aos associados e a sua formação, a
articulação com a investigação, a experimentação e o ensino, bem como com os organismos
reguladores, certificadores e a fileira desse produto ou produtos.

As ATP não são reguladas por legislação específica, constituem-se ao abrigo da lei que fixa
as bases gerais em que os cidadãos exercem o direito fundamental de livre associação, o
Código civil (art.º 167º e seguintes) e o D-L n.º594/74, de 7 de Novembro.

Os Círculos de Máquinas (CM), são uma modalidade associativa especializada na utilização


de máquinas e outros equipamentos agrícolas, pela qual os associados pretendem aproveitar
os excedentes de capacidade de trabalho (máquinas, outros equipamentos e mão de obra
afecta) de uma parte dos membros, a favor de outros que sejam deficitários nesses recursos,
mediante pagamento dos serviços prestados, a preços previamente acordados em assembleia
geral

Os CM não são regulados por legislação específica, constituem-se ao abrigo da lei


cooperativa ou da lei de associação civilista.

As Organizações de Produtores Pecuários (OPP), são associações de produtores pecuários,


com a finalidade específica de promover a defesa sanitária dos respectivos efectivos
(ruminantes), constituídas e reconhecidas para esse efeito no âmbito da legislação particular

De acordo com a nova regulamentação, poderão ser reconhecidas como OPP, associações que
não tendo como objecto específico a defesa sanitária, tenha também esse fim e realizem essa
actividade através de uma secção própria.

As OPP são reguladas pela Portaria n.º178/2007, de 09 de Fevereiro, alterada pela Portaria
n.º1004/2010, de 01/10 e pela Portaria n.º96/2011, de 08/03.

Através do site da DGAV poderá obter mais informação relativa a OPP.

As Sociedades Agrícolas que podem assumir a forma jurídica de sociedade comercial por


quotas ou de sociedade comercial anónima nos termos do Código Comercial, ou de sociedade
civil sob a forma comercial nos termos do Código Civil.

3.3 Associações profissionais no sector

ORGANIZAÇÕES DE PRODUTORES
As Organizações de Produtores (OP), são associações que têm como objectivo assegurar a
programação da produção, promover a concentração da oferta e a colocação no mercado,
reduzir os custos de produção e a regularização os preços de venda, promover as boas
práticasrelativos
Colocar aqui os símbolos de cultivo,
a apoiosde
dasprotecção dos recursos
tipologias financiadas naturais e da biodiversidade, e a rastreabilidade
Colocar aqui o nome da UFCD/Curso

dos produtos.

Podem ser reconhecidas como OP, para um determinado produto ou sector, nos termos da
legislação aplicável, as pessoas colectivas que revistam as seguintes formas jurídicas:

 Sociedade comercial por quotas


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 Sociedade comercial anónima, com ações nominativas
 Sociedade civil sob a forma comercial
 Cooperativa agrícola
 Sociedade de Agricultura de Grupo – integração parcial
 Agrupamento complementar de exploração agrícola
 Agrupamento complementar de empresa

As OP são reguladas pelo Despacho Normativo n.º11/2010, de 20 de Abril, alterado pelo DN


n.º3/2012, de 23/02.

Para mais informações consultar:

GPP - Frutas e Hortícolas/Outras


GPP - Programas Operacionais
DRAP Norte

Apoios:

As organizações de produtores do sector da carne de bovino, ovino e caprino, para poderem


beneficiar das ajudas complementares previstas no Despacho Normativo n.º 2/2010, de 29 de
Janeiro, deverão apresentar um plano de especificações aprovado pelo Gabinete de
Planeamento e Politicas onde sejam indicadas as regras de bem estar animal e que definam os
parâmetros inerentes à raça ou tipo de cruzamento, maneio alimentar e padronização do
produto final. O pedido de reconhecimento é apresentado junto da Direção Regional de
Agricultura e Pescas da área onde se localiza a sede da entidade requerente ou dos serviços
competentes nas Regiões Autónomas. 
CAP

A Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) foi fundada em 24 de Novembro


de 1975, nascendo de um movimento espontâneo dos agricultores portugueses.

A CAP afirma-se como organização sócio-profissional agrícola e agrupa cerca de 250


organizações de todo o país, as quais se traduzem em Federações, Adegas, Associações
Regionais, correspondentes às principais zonas agrícolas de Portugal, Associações
Especializadas por sector técnico e Cooperativas. Com todas as suas filiadas mantém
contactos permanentes sob a forma de reuniões regionais, nacionais ou plenárias,
auscultando os problemas e as necessidades da agricultura nacional e encaminhando os
mesmos para análises técnicas, estudos especializados ou estratégias a adoptar.
Defender os interesses da agricultura portuguesa no País e no estrangeiro,
salvaguardando sempre a componente económica da actividade são os objectivos da
Confederação dos Agricultores de Portugal, na defesa de uma vida digna e de qualidade
para todos os agricultores que desejam continuar a sua actividade.

Trabalha no sentido de alertar e empenhar o Governo na concretização de infra-


estruturas essenciais, defendendo uma política agrícola que respeite, a integração de
Portugal na União Europeia e uma saudável e correcta participação no Mercado Único.
A CAP tem nos últimos quinze anos, e sobretudo desde a Adesão à União Europeia
(1986), assumido a representação de Portugal junto da Comissão Europeia em Bruxelas,
onde instalou uma delegação permanente, e a participação em todos os Comités
Colocar aqui os símbolos relativos a apoios das tipologias financiadas Colocar aqui o nome da UFCD/Curso
Agrícolas e no Conselho Económico e Social. A CAP estava consciente de que estas
responsabilidades só poderiam ser alcançadas em plano de igualdade com os outros
Estados Membros, se fosse capaz de garantir a constituição de um forte Departamento
Técnico e a participação e empenhamento de especialistas em economia agrária. Como
representante do associativismo sócio-profissional agrícola, a CAP tem por direito 56
próprio, o reconhecimento dos diversos Governos que Portugal teve nos últimos vinte
anos, o estatuto de Parceiro Social no Conselho Económico e Social - Comissão
Permanente de Concertação Social, órgãos próprios de debate e análise entre Governo,
Sindicatos e Entidades Patronais das mais importantes decisões em política económica e
social.

Ao nível internacional a CAP está representada no COPA (Comité das Organizações


Patronais Agrícolas), no GEOPA (Grupo dos Empregadores das Organizações
Profissionais Agrícolas), na USSE (União dos Silvicultores do Sul da Europa), na CEPF
(Confederação Europeia dos Proprietários Florestais), na FIPA (Federação Internacional
dos Produtores Agrícolas), no CESE (Comité Económico e Social Europeu) e na
Comissão Europeia através dos seus Grupos Consultivos Agrícolas da Direcção Geral
de Agricultura e nos Comités Consultivos da Política Social e de Formação Profissional
da Direcção Geral do Emprego e dos Assuntos Sociais e das Relações Industriais.

A sede da Confederação dos Agricultores de Portugal situa-se em Lisboa, mas tanto as


suas filiadas regionais e especializadas como os Centros de Informação Rural garantem
a descentralização e divulgação dos serviços, tanto no Continente como nos
arquipélagos da Madeira e dos Açores. A estrutura interna da CAP emana das decisões
da Assembleia Geral que elege uma Direcção Plenária de dez membros e uma Direcção
Executiva de sete membros (Presidente e seis Vice - Presidentes). A Confederação dos
Agricultores de Portugal edita ainda uma revista dedicada aos temas de política
agrícola, economia agrária e actualidades técnicas intitulada Revista do Agricultor.

Representações Nacionais

A CAP está representada nas mais importantes entidades nacionais, o que lhe assegura uma
visão global de todos os assuntos ligados à agricultura, e uma participação activa na construção
e na defesa dos interesses do sector.Fruto do trabalho desenvolvido ao longo de quase três
décadas, a CAP obteve reconhecimento ao mais alto nível e tem hoje o estatuto de parceiro
social do Estado, estendendo-se também à União Europeia. A CAP é hoje a principal
organização sócio-profissional agrícola e a mais respeitada pela capacidade e qualidade do seu
departamento técnico e dos seus dirigentes.

CONCLUSÃO
A agricultura, em Portugal, é uma das principais atividades económicas, representando
2,3% do PIB. Nos últimos anos, em Portugal, temos assistido a uma redução do número
de explorações agrícolas e a um aumento da área média por exploração. No entanto, a
população ativa na agricultura representa ainda, em Portugal, 11,2% (valor elevado
quando comparado com Espanha – 4,2% e com a União Europeia, 5,2%). Em Espanha a
agricultura representa 2,6% do PIB. A Espanha é um dos mais importantes exportadores
Colocar aqui os símbolos relativos a apoios das tipologias financiadas Colocar aqui o nome da UFCD/Curso
de produtos agrícolas a nível europeu e mundial, em particular, em sectores como as
frutas e hortícolas. Na nossa latitude cultivamos mais de 70 diferentes culturas e
produtos como o vinho, o azeite, as hortícolas, as frutas, de entre outras são o exemplo
dessa atividade produtiva. No entanto, não devemos esquecer que a agricultura nestes
dois países, para além de ser uma atividade produtiva, é uma forma de ocupação 58
geográfica do território e desenvolve atividades de lazer, como o turismo rural, o que
traduz bem o seu carácter multifuncional e importância para a preservação da paisagem
e do ambiente. Segundo as estatísticas dentro de umas décadas seremos nove mil
milhões de seres humanos no planeta Terra, pelo que a necessidade de produzir
alimentos para uma população crescente e urbanizada, num contexto de câmbio
climático, com a limitação de recursos naturais (solo, superfície agrícola útil e água) e a
necessidade de exportar num contexto de globalização, são os grandes desafios da
agricultura nos próximos anos.  Apesar da crise económica, que afeta todos os sectores
da atividade, continuo a pensar que agricultura em Portugal e Espanha tem futuro.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
 Código contributivo
 www.seg-social.pt
 https://pt.slideshare.net/emilia.prof/produes-agrcolas-em-portugal
 https://pt.wikipedia.org/wiki/Agricultura
 http://www.cap.pt/

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