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AVALIAÇÃO DO ESTADO
NUTRICIONAL DO IDOSO NÃO
INSTITUCIONALIZADO
Coimbra
julho, 2013
ESCOLA SUPERIOR DE ENFERMAGEM DE COIMBRA
AVALIAÇÃO DO ESTADO
NUTRICIONAL DO IDOSO NÃO
INSTITUCIONALIZADO
Coimbra
julho, 2013
“A partir dos finais do século XX, a nutrição é reconhecida como uma preocupação de
saúde pública, para todos em geral e para os idosos em particular.”
Aos nossos pais, irmãos e amigos próximos por todo o apoio que nos disponibilizaram
nesta fase da nossa vida e ao longo de todo o nosso percurso académico.
g – gramas
kg – quilogramas
l – litro
mg – miligramas
RESUMO
The raising number of elder people in Portugal has made it an aged country. Elder
people are considered vulnerable populations due to the aged process’ characteristics,
which make them even more dependent.
Problems of malnutrition are frequent in this age group and they are a question in need
of primary intervention. The nurse must act in a way to elaborate an action plan which
allows him to diminish the risk of malnutrition and betters the elder nutrition state.
Evaluate the nutrition’s state is fundamental to accomplish an initial diagnosis and
proceed to its monitoring, knowing that for the effect there are numerous of
methodologies and instruments.
The goal of this monograph is to realize which of the methodologies are being used and
which evidences are results of the nutrition state in the elders, non-institutionalized,
over this past five years.
After the discussion and analysis of the data, we concluded that MNA is a simple,
specific instrument and more used in the elder population. Is divided into two sections,
being the first MNA-SF, the simple way of screening, and according to the points
obtained, might be necessary to perform the second complete part of the MNA.
Pág.
Pág.
INTRODUÇÃO 11
1. NUTRIÇÃO NA PESSOA IDOSA 15
1.1. PADRÃO DE ALIMENTAÇÃO ADEQUADO NO IDOSO 16
1.2. DESNUTRIÇÃO GERIÁTRICA 19
1.3. AVALIAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DOS IDOSOS 24
2. METODOLOGIA 30
3. RESULTADOS 35
4. DISCUSSÃO 45
CONCLUSÃO 56
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 58
APÊNDICES
APÊNDICE I – Análise dos artigos selecionados para o estudo.
INTRODUÇÃO
Associados aos fatores fisiológicos referidos anteriormente, existem outros que podem
conduzir o idoso a um estado de desnutrição difícil de reverter. Os reduzidos recursos
económicos muitas vezes advindos da reforma e os fatores psicológicos como a solidão
motivados pela viuvez e a ausência da família e, ainda, o isolamento social devido à
reforma, podem condicionar a motivação para a confeção e a ingestão de refeições
adequadas, o que leva o idoso a desenvolver um estado de má nutrição (Ferry e Alix,
2004; Oliveira e Tavares, 2010).
O aumento da população idosa nas últimas décadas prevalecerá nos próximos anos
(Soares, 2009). Por este motivo e, no sentido de prevenir ou atenuar os efeitos do
envelhecimento, as entidades de saúde têm procurado desenvolver conhecimentos nesta
área, de forma a melhorar os cuidados de saúde.
Assim, a Direção Geral de Saúde (DGS) elaborou o Programa Nacional para a Saúde
das Pessoas Idosas com o objetivo de investir, com especial atenção, nas situações de
maior vulnerabilidade e baseia-se em três áreas: promoção de um envelhecimento ativo,
adequação dos cuidados às necessidades das pessoas idosas e promoção do
desenvolvimento de ambientes capacitadores (DGS apud Almeida, 2009).
12
Os enfermeiros que intervêm na comunidade são responsáveis por realizar a avaliação
geriátrica no sentido de detetar problemas que possam advir da alimentação, uma vez
que a má nutrição nesta faixa etária é de grande prevalência, o que pode aumentar a
morbilidade e mortalidade da população (Mion, McDowell e Heanet apud Stanhope e
Lancaster, 1999).
São os enfermeiros os profissionais de saúde que passam mais tempo com as pessoas
idosas no seu dia-a-dia e, tal facto, leva a que tenham um maior conhecimento prático
acerca desta população. Estes compreendem melhor todo o conjunto de modificações
que ocorrem na pessoa idosa nos diferentes níveis: biológico, psicológico,
socioeconómico, ambiental e cultural (Tavares, 2002).
Bauer et al. apud Guedes, Gama e Tiussi (2008) sugerem que o MNA seja o primeiro
método escolhido para a avaliação nutricional dos idosos, já que foi construído
especialmente para essa população.
13
O envelhecimento pode ser encarado como um problema, no entanto, é uma parte
natural do ciclo de vida, pelo que é desejável que constitua uma oportunidade para viver
de forma saudável e autónoma o mais tempo possível (Soares, 2009).
Com a elaboração desta monografia pretende-se analisar criticamente aquela que tem
sido a prática da investigação nos últimos 5 anos, na avaliação do estado nutricional dos
idosos não institucionalizados. Assim, quer-se verificar qual o estado nutricional dos
idosos nas várias populações estudadas, quais os instrumentos mais utilizados e os
fatores que mais influência têm sobre o estado nutricional dos idosos.
Este documento foi elaborado com base no guia de trabalhos escritos da Escola Superior
de Enfermagem de Coimbra (2007) e encontra-se dividido em 4 capítulos: o primeiro,
referente à nutrição na pessoa idosa, onde se aborda o padrão de alimentação adequado
no idoso, a desnutrição geriátrica e a avaliação do estado nutricional dos idosos; o
segundo capítulo, descreve a metodologia utilizada; o terceiro engloba a apresentação
dos resultados; o último, diz respeito à discussão dos mesmos.
14
1. NUTRIÇÃO NA PESSOA IDOSA
A pirâmide da estrutura etária tem vindo a sofrer alterações ao longo dos anos, pelo que
a base da pirâmide, correspondente à população jovem, tem diminuído e pelo contrário,
o topo da mesma, que representa a população idosa, tem aumentado. Esta ocorrência é
demonstrada pelo facto de no grupo dos jovens se ter verificado uma diminuição de
16% para 15%, de 2001 para 2011 e em contrapartida, um aumento de 3% no grupo dos
idosos (19% em 2011) (Idem).
De acordo com Silva, Santos e Barão apud Rebelo (2007), OMS apud Alencar, Júnior e
Carvalho (2008), Veríssimo, et al. apud Gomes (2008) e Aliabadi et al. (2008), intervir
no estado nutricional é fundamental para a pessoa idosa, pois os problemas nutricionais
estão associados ao aumento da morbilidade e da mortalidade e estão correlacionados
com a qualidade de vida e a longevidade do ser humano.
“Fazer uma dieta adequada ajuda a reduzir o risco de doenças (como diabetes,
obesidade, desnutrição, doenças cardíacas, tensão alta, osteoporose e alguns tipos
de cancro) e pode melhorar a qualidade de vida nas pessoas que sofrem de
doenças crónicas” (DGS, 2008, p.2).
16
Constituição corporal – peso, massa celular corporal, atrofia muscular, alteração
da coordenação muscular e aumento da probabilidade de fraturas;
Regulação energética e metabolismo dos micronutrientes, como sais minerais e
vitaminas;
Diminuição das defesas do organismo – leva ao aumento da probabilidade de
sofrer de doenças infeciosas (Idem);
Torna-se assim importante que o Ministério da Saúde tome medidas para que seja
implementada em Portugal uma política alimentar direcionada para a prevenção e
tratamento da desnutrição associada à doença (Loureiro, 2008).
Segundo a DGS (2008), uma dieta adequada, na população idosa, deve incluir o
consumo diário de alimentos dos 7 grupos da roda dos alimentos, bem como a água, que
se encontra no centro:
Com base nos 7 grupos da roda dos alimentos, no grupo da fruta, os idosos deveriam
ingerir 2 a 3 peças por dia, de acordo com a disponibilidade de recursos de que dispõem,
como por exemplo, a fruta da época e o que têm nos seus quintais e, adotar estratégias
no caso de não conseguirem comer a fruta crua. No que diz respeito ao consumo de
carne, devem optar por carnes brancas, como frango, peru e coelho e dar preferência, se
possível, ao peixe, em que o recomendado é, pelo menos, 3 vezes por semana. É
fundamental que a pessoa idosa evite jejuns prolongados, ou seja, o intervalo entre as
refeições não deve ser superior a 3 horas (DGS, 2008).
17
Com o avanço da idade, as pessoas idosas necessitam de menos calorias, apesar de
necessitarem dos mesmos nutrientes em igual quantidade, à exceção do cálcio e
vitamina D em que é necessário maior aporte pois a carência aumenta com o
envelhecimento (Idem).
É também de realçar que uma excelente forma de ingerir produtos hortícolas, como
hortaliças e legumes, é a sopa, a qual poderá colmatar muitas das dificuldades dos
idosos relacionadas com os problemas de dentição e mastigação dos alimentos (Idem).
Segundo a OMS apud Loureiro (2008), os idosos são um grupo vulnerável com elevado
risco de desenvolver um processo de má nutrição.
O estado nutricional dos idosos é visto como o fator chave do envelhecimento saudável
(Idem). Este pode ser afetado por alterações na ingestão, na absorção, transporte,
utilização, excreção e reserva dos nutrientes, o que pode resultar em desequilíbrio
nutricional (Soares, 2009).
1 a 15% no ambulatório;
25 a 60% nos institucionalizados;
35 a 65% nos hospitalizados (Raynau apud Loureiro, 2008).
20
isolamento social, pobreza, capacidade de deslocamento, capacidade cognitiva e outros
associados à própria doença (Soares, 2009). Aranceta apud Soares (2009), indica a
integração social como um fator relevante na alteração do consumo alimentar do idoso.
A solidão familiar e social leva o idoso a não perspetivar e a não se preocupar consigo
mesmo, alimentando-se de forma inadequada tanto na quantidade como na qualidade.
Nestas situações é frequente não se adquirir nem preparar alimentos variados e
nutritivos (Arhontaki e Moriguti et al. apud Soares, 2009). Esta atitude por parte do
idoso leva ao aumento do consumo de produtos industrializados, como doces e massas,
ou mesmo de fácil preparação, tais como chás e torradas (Idem).
De acordo com Morales et al. apud Soares (2009) a má nutrição do idoso pode derivar
da crescente incapacidade para realizar sozinho as AVD. Para além do referido, a
tendência de grande parte da população idosa consumir alimentos de menor custo, em
consequência dos insuficientes recursos económicos leva ao aumento desta
problemática (Nogués apud Soares, 2009).
Segundo Rebelo (2007) e Ferry e Alix (2004), existem 12 sinais de alerta que devem ser
tidos em conta e que devem ser conhecidos para prevenir a desnutrição:
Rendimentos insuficientes;
Perda de autonomia física ou psíquica;
Viuvez, solidão e estado depressivo;
21
Problemas da boca e dos dentes;
Dietas;
Problemas com a deglutição;
Duas refeições por dia;
Obstipação;
Mais de três medicamentos por dia;
Perda de 2 quilogramas (kg) no último mês ou de 4kg nos últimos 6 meses;
Albuminemia diminuída;
Qualquer doença.
22
envelhecimento, tais como o paladar e o olfato, a redução da atividade secretória
e da absorção intestinal;
Perturbações da regulação da glicose – a desnutrição provoca um atraso na
secreção de insulina, um aumento da resistência periférica à mesma, o que
origina hiperglicemia, redução das reservas de glicogénio, o que leva a
hipoglicémias de jejum, alterações a nível da hidratação e da cicatrização, que
tem como consequência a desidratação e as úlceras;
Depressão dos mecanismos imunitários – a desnutrição proteica-calórica causa
um agravamento da deficiência fisiológica provocada pelo envelhecimento, o
que propicia um verdadeiro défice imunitário adquirido pelo idoso desnutrido, o
que pode diminuir os mecanismos de defesa e aumentar o risco infecioso; a
infeção influencia a nutrição do idoso e pode levar a anorexia devido ao
hipercatabolismo proteico; no idoso desnutrido em situação de infeção, o estado
nutricional tende a agravar, uma vez que há um aumento das necessidades
proteicas para responder ao processo infecioso pelo que com a infeção, a pessoa
idosa apresenta-se mais desnutrida e mais suscetível a uma nova infeção.
23
desnutrição da pessoa idosa pode ter a sua origem em carências simples, tais como,
défices isolados de micronutrientes, e em carências major, onde carências de macro e
micronutrientes levam à desnutrição proteica-calórica (Loureiro, 2008).
Para além destas características, Ferry e Alix apud Loureiro (2008) defendem a
necessidade destes instrumentos serem pouco dispendiosos para que possa ser realizada
a toda a população. Assim, do ponto de vista nutricional, quanto maior o número de
indivíduos que forem avaliados e mais seriadas forem as avaliações, mais precoce será a
implementação das intervenções de forma a proporcionar uma melhor qualidade de vida
desses indivíduos ou da população (Ferry e Alix e Mello apud Loureiro, 2008).
24
Como referido anteriormente, é extremamente importante detetar e intervir
precocemente na má nutrição, pois esta é mais dificilmente corrigida quando o estado
nutricional da pessoa idosa já se encontra modificado (Loureiro, 2008; Ferreira, 2012).
A escolha do método adequado para esta avaliação deve considerar a população a que se
destina, o contexto onde se inserem – institucionalizados, não institucionalizados ou
hospitalizados – e os recursos necessários e disponíveis (Moreira, 2009). Ferry e Alix
apud Loureiro (2008) e Webb apud Marques (2004) consideram estes aspetos
fundamentais, no entanto, acrescentam que também se deve atender às respetivas
capacidades cognitivas, à disponibilidade do investigador/clínico e ao nível de precisão
pretendido no sentido de adequar intervenções e melhorar o estado nutricional dos
idosos.
Segundo Vellas apud Marques (2004), o parâmetro dietético é o indicador indireto mais
utilizado na avaliação do estado nutricional e consiste na elaboração da história
alimentar do idoso, onde se registam os alimentos e as porções ingeridas.
O parâmetro clínico faz referência à história clínica e exame físico realizados pelo
profissional de saúde, no entanto a deteção tardia dos sinais clínicos constitui-se como
uma desvantagem (Idem).
26
O processo de avaliação nutricional tem duas fases que são a seleção, dos idosos em
risco de desnutrição, e a avaliação, de forma a direcionar um plano de ação específico
(Loureiro, 2008). Segundo Sampaio (2004) e Daniel e Ferry e Alix apud Loureiro
(2008), a avaliação do estado nutricional deve ser realizada com recurso a mais do que
um instrumento, pois nenhum apresenta suficiente sensibilidade nem especificidade que
permitam fazer o diagnóstico relativo ao tipo e à gravidade da má nutrição, isto é,
isolado nenhum pode ser considerado ótimo. Ferry e Alix apud Loureiro (2008)
defendem ainda que é necessário realizar a avaliação nutricional com base na utilização
de variados parâmetros simples, antropométricos e bioquímicos, os quais permitiram
assim uma correta avaliação.
O MNA foi desenvolvido pela Nestlé Nutrition Institute (NNI) e por geriatras e foi
validada em estudos internacionais, independentemente da situação clínica do utente,
isto é, quer este estivesse hospitalizado, institucionalizado, vivesse independente ou em
regime de ambulatório (Vellas et al. apud Gomes, 2008; Guigoz apud NNI, 2009).
O MNA merece especial relevância por ter sido construído especificamente para a
população idosa e por, aparentemente, ter grande sensibilidade e especificidade, motivo
este porque foi já validado em muitos países, inclusivamente Portugal (Rebelo, 2007;
27
Loureiro, 2008; Moreira, 2009). Estas características levaram a que este instrumento
seja recomendado por diversas entidades, nomeadamente, pela ESPEN (Moreira, 2009).
Como referido anteriormente, pode ser utilizado em diferentes contextos, contudo, a sua
principal relevância é nos idosos em regime de ambulatório, já que não são necessárias
colheitas de sangue e existe maior facilidade na recolha de dados (Veríssimo apud
Loureiro, 2008).
28
(Marques, 2004; Gomes, 2008; Loureiro, 2008; Bauer, DiMaria-Ghalili e Guenter e
Rubenstein et al. apud Moreira, 2009).
O MNA-SF está dividido em duas partes, em que a primeira é uma avaliação inicial
para rastreio, constituída por seis questões da versão completa do MNA. Estas avaliam a
ingestão alimentar, o apetite e as alterações deste nos últimos meses, o Índice de Massa
Corporal (IMC), doenças agudas e/ou problemas neurológicos e a mobilidade
(Marcelino, 2007). Quando o somatório da pontuação for superior ou igual a doze, a
pessoa não apresenta risco nutricional, pelo que não é necessário continuar a avaliação.
No caso de a pontuação ser igual ou inferior a onze, o idoso pode apresentar risco de
desnutrição e é necessário completar as restantes doze questões da versão completa
(Marcelino, 2007; NNI, 2009).
29
2. METODOLOGIA
A investigação científica que se pretende levar a cabo tem por base a revisão integrativa
da literatura que inclui a análise de pesquisas pertinentes que contribuem para uma
tomada de decisão mais assertiva e a melhoria da intervenção clínica (Benefield apud
Mendes, Silveira e Galvão, 2008), o que possibilita a síntese do estado do conhecimento
de um determinado assunto, além de apontar lacunas do conhecimento em que há
necessidade de as completar através da realização de novos estudos (Polit e Beck apud
Mendes, Silveira e Galvão, 2008).
Este método apresenta como vantagem o facto de poder incluir em simultâneo pesquisa
experimental e quase-experimental, o que favorece a compreensão. A finalidade pode
ser direcionada para a definição de conceitos, revisão de teorias ou análise metodológica
dos estudos (Idem).
Uma boa questão de pesquisa na temática pretendida deve ser exequível, interessante,
inovadora, pertinente e deve cumprir os procedimentos éticos (Idem).
32
Que metodologias têm sido utilizadas na avaliação do estado nutricional nos
idosos, não institucionalizados, nos últimos 5 anos?
Os critérios de inclusão para a pesquisa foram a população em análise ser composta por
idosos residentes na comunidade, em ambulatório, e que remetesse para a avaliação do
estado nutricional dos idosos. O critério de exclusão foi a institucionalização dos idosos.
Na base de dados Scielo, a pesquisa foi realizada com recurso a todos os idiomas, com o
horizonte temporal de maio de 2008 a maio de 2013 e com a seguinte combinação de
palavras: nutrition OR desnutrition OR malnutrition (Resumo) AND elderly OR aged
(Resumo) AND community OR free-living (Resumo). Da pesquisa efetuada obtiveram-
se dez resultados, dos quais se excluiu um artigo por não estar acessível por restrição do
autor e oito pela leitura do resumo. Assim, como resultado final obteve-se um artigo que
foi lido na íntegra e que, posteriormente, foi excluído.
No motor de busca EBSCOhost, nas bases de dados Medline with Full Text e Cinahl
PLus with Full Text, a pesquisa foi realizada nos idiomas português, espanhol e inglês,
com data de publicação de maio de 2008 a maio de 2013 e com seleção de duas
categorias de idade: 65 ou mais anos e 80 ou mais anos. Nestas duas bases de dados a
pesquisa foi realizada com as palavras-chave: nutri* OR desnutri* OR malnutrition (TI
Title) AND elder* OR age* (TI Title) AND community OR free-living NOT instituti*
(TI Title). Desta pesquisa obtiveram-se quarenta e quatro resultados, destes treze artigos
apareciam repetidos, pelo que se excluíram. Dos restantes trinta e um artigos, foram
excluídos seis por não ser possível o acesso aos mesmos devido à restrição do autor e
excluíram-se sete artigos após a leitura do resumo. Como resultado final, obtiveram-se
dezoito artigos que foram lidos na íntegra, dos quais, foram excluídos oito (Figura 1).
33
Assim, dos dezanove artigos que foram lidos na íntegra, apenas foram selecionados dez,
de acordo com o objetivo e a questão de investigação definidos.
Paralelamente aos artigos encontrados nas bases de dados, e dado que foi realizado um
estudo primário nesta área por Costa, Cunha e Oliveira (2013), este também foi incluído
na apresentação e discussão dos resultados.
34
3. RESULTADOS
Dos estudos que serão abordados seguidamente, apresenta-se uma análise dos artigos
selecionados (APÊNDICE I). Os resultados encontrados serão apresentados por uma
ordem lógica, em que inicialmente se indica o país, o instrumento utilizado para avaliar
o estado nutricional dos idosos dessa população, bem como os resultados encontrados
pelos autores. Seguidamente, serão referenciados os principais fatores que influenciam o
estado nutricional, de acordo com os diferentes estudos.
Segundo Cuervo et al. (2008), os instrumentos de avaliação mais utilizados para detetar
a desnutrição em idosos são o MUST, a ANSG, o NRS – 2002 e o MNA. Depois de
analisar os diferentes estudos, o MNA revelou ser o melhor instrumento para avaliar os
idosos (Sieber apud Cuervo et al., 2008) e pode ser usado em vários contextos.
Dos estudos em análise, seis avaliaram o estado nutricional dos idosos pelo MNA
completo, três utilizaram as duas formas deste instrumento, um utilizou apenas o MNA-
SF e outro utilizou o MUST.
No estudo realizado por Cuervo et al. (2008), na Espanha, de acordo com a pontuação
total do MNA completo, 4,3% da amostra estava desnutrida, 25,4% estava em risco de
desnutrição e 70,3% estava bem nutrida. Já segundo o MNA-SF, 7282 idosos
apresentaram uma situação de possível desnutrição, pelo que houve necessidade de
preencher o MNA completo. Desses 7282 idosos, 13,06% (951) foram classificados
como desnutridos, 63,36% (4614) estavam em risco de desnutrição e os restantes
23,58% (1717) estavam bem nutridos.
35
Segundo o mesmo autor, a pontuação média obtida no MNA-SF e MNA completo para
os homens foi 12,4 e 25,4 pontos, respetivamente e para as mulheres foi 11,9 e 24,6
pontos, respetivamente. Estes dados mostraram diferenças estatisticamente
significativas entre os géneros (p<0,001), com uma média de 12,1 pontos na forma
abreviada e 24,9 pontos na versão completa quando a amostra total foi considerada. A
pontuação total média do MNA foi maior nos homens do que nas mulheres, em todas as
faixas etárias (p<0,05) (Idem).
O estudo realizado por Vedantam et al. (2009), na Índia, mostrou que o MNA completo
classificou 14% da amostra como desnutrida e 49% em risco de desnutrição. A
pontuação média do MNA foi idêntica quer para homens quer para mulheres. Um pobre
estado nutricional, ou seja, MNA<23,5 foi encontrado quase igualmente entre homens
(22,18 ± 3.98) e mulheres (22,17 ± 3,57). Kaburagi et al. (2011) realizaram um estudo
no Japão, onde constataram que a média da pontuação do MNA foi de 25,8 (±3,3).
Conforme a pontuação deste instrumento, 18,5% estavam em risco de desnutrição, 2,3%
estavam desnutridos e 79,2% foram classificados como bem nutridos.
De acordo com o estudo realizado por Andre et al. (2013), na República Democrática
do Congo, a média da pontuação do MNA foi de 19,7 (±4,1), o que significa que os
idosos do estudo estavam em risco de desnutrição. 13,8% dos idosos tinham um estado
nutricional adequado, 57,8% estavam em risco de desnutrição e 28,4% estavam
desnutridos. Havia mulheres mais desnutridas do que os homens (p<0,001).
Aliabadi et al. (2008), realizaram um estudo no Irão, onde verificaram que 42,7%
estavam bem nutridos, 12,0% estavam desnutridos e 45,3% em risco de desnutrição e
concluiram que havia mais mulheres desnutridas em comparação com os homens (13%
e 10,8%, respetivamente, p<0,001).
No estudo realizado por Tsai et al. (2010), em Taiwan, na China, a forma completa do
MNA classificou 16,6% dos idosos em risco de desnutrição e 82,7% como bem
nutridos.
Segundo o estudo realizado, na Espanha, por Montana e Miguez (2011), de acordo com
a pontuação do MNA completo, 70% da população não tinha um estado nutricional
36
adequado, já que 12,5% estavam desnutridos e 57,5% estavam em risco de desnutrição,
e 30% da população estudada estava bem nutrida. A situação é pior no caso das
mulheres, pois apenas 18% apresentavam um bom estado nutricional em comparação
com 51% dos homens. De acordo com Montana e Miguez (2011) da avaliação com o
MNA-SF, 59,20% (431 dos 728) idosos, apresentavam um estado nutricional
inadequado, isto é, 12,36% (90) desnutridos e 45,84% (341) em risco nutricional e
40,8% (297) apresentavam um estado nutricional normal, no entanto, destes, de acordo
com o MNA completo, 8,81% (95) estavam em risco de desnutrição.
Segundo o estudo realizado, na Polónia, por Wyka et al. (2012), nenhum idoso se
encontrava em estado de desnutrição, 16% apresentava risco de malnutrição e 84%
apresentavam-se bem nutridos.
Em Portugal, Costa, Cunha e Oliveira (2013), constataram pela aplicação do MNA que
4,08% dos idosos estavam em estado de subnutrição, 42,86% apresentavam risco de
malnutrição e 53,06% encontravam-se bem nutridos.
O estudo realizado pela Universidade de Kyoto, no Japão, por Yoshimura et al. (2013),
conclui que da aplicação do MNA-SF, 27,7% estavam em risco de desnutrição, 0,4%
encontravam-se desnutridos e 71,9% estavam bem nutridos. Os idosos com idade
superior a 75 anos apresentaram maior risco de desnutrição do que os restantes.
O estudo levado a cabo por Cuervo et al. (2008) mostrou que a sensibilidade do MNA-
SF em comparação com o MNA completo foi de 85,2% e a especificidade da forma
curta do MNA foi 88,9%. O valor preditivo positivo foi 76,4% e o valor preditivo
negativo foi 93,4%.
No estudo de Cuervo et al. (2008), o teste de correlação de Spearman deu um valor alto
de associação entre o MNA-SF e o MNA completo (r=0,85, p<0,001). Também no
estudo realizado por Montana e Miguez (2011), a correlação de Spearman entre o MNA
completo e MNA-SF foi significativamente mais elevada (r=0,916, p<0,000).
Os resultados encontrados por Aliabadi et al. (2008) mostraram que a perda de peso
durante os últimos meses e o IMC do MNA foram os fatores nutricionais mais efetivos
e significativos que afetaram a pontuação do MNA.
A amostra de idosos estudados por Cuervo et al. (2008) apresentava um IMC médio de
28,0 quilogramas por metro quadrado (kg/m2), em que este foi 27,7 kg/m2 nos homens e
28,1 kg/m2 nas mulheres. Perante estes dados não houve diferenças significativas (p
<0,001) entre homens e mulheres nas medidas antropométricas. Não existiram
diferenças significativas em todas as categorias de idade para o IMC. A distribuição de
obesidade, em ambos os géneros, mostrou que 25,5% dos homens e 33,0% das mulheres
apresentaram IMC≥30,0 kg/m2.
No estudo realizado por Tsai et al. (2010), o MNA demonstrou que o IMC em 36% dos
homens e 32% de mulheres era inferior a 23 kg/m².
No estudo realizado, na Noruega, por Kvamme et al. (2011a), a maior proporção com
sintomas significativos de depressão e ansiedade (15,2%) foi encontrado nos idosos
com IMC<20,0 kg/m2. Em idosos obesos, com IMC≥30,0 kg/m2, a proporção
correspondente não aumentou significativamente.
No estudo de Montana e Miguez (2011), o IMC médio da amostra em estudo foi de 27,4
± 7,6 kg/m2, o que corresponde ao peso normal. No entanto, depois de analisar por
diferenças de género, a média do IMC em homens foi de 30,6 ± 8,3 kg/m 2, o que
corresponde a obesidade, e nas mulheres foi de 25,1 ± 6,1 kg/m2, o que corresponde a
excesso de peso. Problemas de peso (sobrepeso, mas especialmente obesidade) foram
38
encontrados em 81,2% dos idosos e destes, 45,4% eram mulheres, onde foi encontrada
maior prevalência de excesso de peso em oposição à obesidade. Kvamme et al. (2011a)
acrescenta que a média do IMC foi de 27,0 kg/m2 em ambos os géneros.
O estudo realizado por Wyka et al. (2012) demonstrou que o IMC das mulheres
examinadas foi em média de 28,8 kg/m². Comparando as mulheres em risco de
desnutrição e as bem nutridas, o IMC foi menos 1 kg/m2 que nas primeiras. A média do
IMC nos homens examinados foi de 28,3 kg/m². Comparando os homens em risco de
desnutrição e os bem nutridos, o IMC foi menos 2,7 kg/m2 que nos primeiros.
Já no estudo realizado por Andre et al. (2013), o IMC médio foi de 19,8 ± 1,3 e 34,3%
dos idosos estavam abaixo do peso.
No estudo realizado por Costa, Cunha e Oliveira (2013), no item do intervalo do IMC
do MNA, constatou-se que 2,04% dos idosos tinham um IMC<19 Kg/m2, 6,12% tinham
entre 19≤IMC<21 Kg/m2, 4,08% tinham 21≤IMC<23 Kg/m2 e 87,76% tinham IMC ≥23
Kg/m2.
O estudo realizado por Tsai et al. (2010) também referiu que 61% dos homens e 54%
das mulheres tomavam 1 a 3 medicamentos prescritos e 20% dos homens e mulheres
tomavam 4 ou mais tipos. 9% dos idosos apresentaram declínio moderado na ingestão
de alimentos, 10% apresentou perda de peso na ordem de 1 a 3 kg ou mais, 7% tinham
imobilidade parcial ou total, 8% apresentaram stresse psicológico ou problemas
neuropsicológicos. Cerca de 19% dos idosos tinham ingestão inadequada de proteínas,
12% consumiam menos de duas porções de frutas e vegetais por dia, 18% ingeriam 3 a
5 copos de água por dia, 7% mencionaram estar desnutridos e 37% não tinham a certeza
do seu estado nutricional. 15% dos idosos consideraram que o seu estado de saúde não
era tão bom como as pessoas da mesma idade e 22% não tinham a certeza do seu estado
de saúde.
39
O estudo realizado por Tsai et al. (2010) demonstrou que 7% dos homens e 10% das
mulheres relataram que tiveram três ou mais tipos de diagnóstico médico de doenças
crónicas, as quais incluem doença cardíaca, diabetes, hipertensão, dislipidémia, doença
respiratória crónica, doença renal crónica, acidente vascular cerebral, demência e
cancro. Já 23% dos homens e 18% das mulheres tinham dois destes tipos e 49% dos
homens e 47% das mulheres tiveram um.
O estudo realizado por Kaburagi et al. (2011) demonstrou que 83,8% sofriam de uma
ou mais doenças crónicas. Os idosos com três ou mais doenças crónicas tiveram uma
representação significativa nos em risco de desnutrição (51,9%) em comparação com os
bem nutridos (22,3%). Já Wyka et al. (2012), a doença arterial coronária, insuficiência
cardíaca congestiva e diabetes foram mais frequentemente identificadas no grupo de
pessoas com risco nutricional (43,5%, 56,4% e 38,4%, respetivamente).
Segundo Andre et al. (2013), 2,7% dos idosos não apresentavam doenças crónicas e
todos os idosos desnutridos sofriam de pelo menos uma doença crónica. Hipertensão,
artrite, osteoporose, anemia, úlcera gástrica, diabetes, ataque cardíaco, deficiência
auditiva e diminuição da visão foram os problemas mais relatados.
Vedantam et al. (2009) demonstraram que a maioria dos idosos viviam com os seus
filhos (66%), enquanto 21% viviam com outro membro da família, muitas vezes o
cônjuge ou irmão. O estudo realizado por Kaburagi et al. (2011) demonstrou que 27,7%
viviam sozinhos e 44,6% viviam com o cônjuge. Andre et al. (2013) encontraram que
um total de 65% dos idosos eram casados e 25% eram viúvos, enquanto 15% dos
homens tinham casado novamente após perder as esposas.
No estudo realizado por Aliabadi et al. (2008), as pontuações totais do MNA foram
positivamente correlacionadas com o nível de escolaridade (r=0,43 e 0,27,
respetivamente, p<0,01) e negativamente com a idade (r=0,14, p<0,01). A fonte de
rendimento, educação e ocupação foram os fatores socioeconómicos mais significativos
na determinação de pontuação nutricional mais eficaz (p<0,001). Ainda segundo o
estudo realizado por Vedantam et al. (2009), a idade, os anos de escolaridade, o número
de refeições por dia, a diminuição da ingestão de alimentos, a fonte de rendimentos e o
40
facto de viver sozinho são possíveis fatores associados às pontuações do MNA (p<
0,15), identificadas por uma regressão linear univariada. Já a análise de regressão
multivariada, ajustada para idade e género, mostrou que os fatores independentes
associados à menor pontuação do MNA foram o aumento da idade (β= -0,312, p<
0,001), a diminuição da ingestão de alimentos (β =0, 380, P< 0,001) e menor número de
refeições (β =0,302, p<0,001). Não foram encontrados dados para que os fatores viver
sozinho, ausência de rendimentos e anos de escolaridade fossem significativamente
relacionados com a menor pontuação do MNA.
Vedantam et al. (2009) verificaram que as refeições eram preparadas pelos próprios
idosos (51%) ou pelos seus filhos (46%) e 3% obtinham a comida através dos vizinhos.
49% dos idosos não tinham rendimento/salário, 29% recebiam uma pensão e 22%
tinham vencimento diário ou mensal.
Segundo Andre et al. (2013), nenhum dos idosos realizava três refeições completas por
dia, enquanto 11,4% referiram fazer uma refeição por dia. Destes, 62% dos idosos
foram vítimas de quedas pelo menos uma vez por ano. A prevalência de quedas foi de
55,1% e destes casos, 24,6% dos idosos referiram ter tido dois episódios de quedas
durante o último ano, pelo que estas foram negativamente correlacionadas com o MNA
(r=-0,22, p=0,009). A pontuação do MNA foi significativamente menor (teste t de
Student, p=0,03) para aqueles que caíram (pontuação do MNA 18,3 ± 4,0) em
comparação com aqueles que não apresentaram nenhuma queda (pontuação do MNA
21,0 ± 2,7).
41
O estudo realizado por Kaburagi et al. (2011) mostrou que a Geriatric Depression Scale
(GDS) está negativamente correlacionada com a pontuação do MNA (r=-0,297 e
p=0,001) e não se verificou que a pontuação desta escala fosse maior no grupo com
risco de desnutrição do que no grupo bem nutrido.
No estudo realizado por Kvamme et al. (2011a), no Symptoms Check List 10 (SCL-10),
a pontuação foi significativamente associada com um risco aumentado de desnutrição
tanto nos homens como nas mulheres. Os resultados sugerem uma relação relativamente
forte entre o risco de desnutrição e a mediana da pontuação do SCL-10 e, segundo esta
pontuação, 11,4% dos homens e 16,4% das mulheres que estavam em risco de
desnutrição, tiveram sintomas significativos de depressão e ansiedade. A depressão e
ansiedade foram fortemente associadas com o risco de desnutrição em ambos os
géneros. O odds ratio foi de 3,9 (IC 95% 1,7-8,6) em homens e 2,5 (IC 95% 1,3-4,9) em
mulheres.
O estudo realizado por Yoshimura et al. (2013) demonstrou que 21,5% dos idosos
estavam deprimidos e não foram encontradas diferenças significativas para a depressão
entre os grupos etários dos 65 aos 74 anos e 75 ou mais anos. Entre os de 65 a 74 anos,
houve tendência para os idosos deprimidos serem mais propensos a uma perda de
apetite nos últimos três meses do que os não-deprimidos, mas essa diferença não foi
estatisticamente significativa (p=0,075).
No estudo realizado por Costa, Cunha e Oliveira (2013), com base no MNA, verificou-
se que 6,12% perderam peso superior a 3 kg nos últimos 3 meses, 8,16% não sabiam se
perderam peso e 85,71% afirmaram não ter perda ponderal de peso nos últimos 3 meses.
81,63% dos idosos responderam que tomam mais de três tipos de medicamentos por dia
e 18,37% responderam que não. 30,61% afirmaram ter vivido algum stresse psicológico
ou doença aguda nos últimos três meses e os restantes 69,39% referiram não ter sofrido.
36,53% conseguiam sair da cama ou cadeira mas não saiam à rua e 65,31% saiam à rua.
4,08% apresentavam demência severa ou depressão, 12,24% demência ligeira e 83,67%
não apresentavam problemas psicológicos. Constatou-se que 4,08% dos idosos
afirmaram ter úlceras de pressão ou escaras e 95,92% afirmaram não ter. 2,04%
42
realizavam apenas uma refeição completa por dia, 6,16% realizavam duas refeições
completas e 89,80% realizavam três refeições completas.
16,33% consumiam menos de 3 copos ou chávenas de bebidas, como água, sumo, café,
chá, leite, cerveja, vinho, entre outros, por dia, 51,02% consumiam entre 3 e 5
copos/chávenas de líquidos e 32,65% consumiam mais de 5 copos /chávenas de líquidos
por dia. 8,16% só se conseguiam alimentar com ajuda, 28,57% conseguiam-se alimentar
sozinhos, mas com dificuldade, e 63,27% alimentavam-se sozinhos sem qualquer
problema. Verificou-se que nenhum idoso considerava ter um estado de malnutrição
major, 4,08% não sabiam ou apresentavam malnutrição moderada e 95,92%
consideravam não ter nenhum problema nutricional. 30,61% consideravam que o seu
estado se saúde era melhor em comparação com outras pessoas da mesma idade,
30,61% consideravam que era tão bom, 20,41% não sabiam comparar o seu estado de
saúde e 18,37% consideravam que não era tão bom (Ibidem).
Segundo os dados encontrados por Montana e Miguez (2011), os itens que mais
contribuíram para o resultado final do MNA foram a perda de peso, seguido pelo IMC e
43
doenças agudas ou stresse psicológico. Ao analisar os valores médios dos quatro
subgrupos do MNA completo (antropométrico, global, dietético e subjetivo), foram
encontradas diferenças significativas entre os idosos desnutridos, em risco e os que
estavam em bom estado nutricional.
44
4. DISCUSSÃO
Segundo o estudo de Vedantam et al. (2009) houve uma maior prevalência de risco de
desnutrição, assim como no estudo realizado por Aliabadi et al. (2008), Montana e
Miguez (2011) e Andre et al. (2013). Dos estudos referidos anteriormente, verificou-se
que no de Vedantam et al. (2009) e Montana e Miguez (2011) os idosos em estado de
desnutrição encontravam-se em menor número, contrariamente ao que se constatou nos
restantes.
Assim, verificou-se que as zonas que foram estudadas na Índia, Irão, Espanha e
República Democrática do Congo, apresentaram uma maior prevalência de risco de
desnutrição. Destes, foi no Irão e na República Democrática do Congo que se verificou
um maior número de idosos em estado de desnutrição.
Tsai et al. (2010), Kaburagi et al. (2011) e Wyka et al. (2012) verificaram que havia
uma maior prevalência de idosos bem nutridos nas comunidades estudadas, isto é, na
China, no Japão e na Polónia, e que os idosos em estado de desnutrição representavam
um número mínimo em todas elas.
45
Cuervo et al. (2008) verificaram que havia diferenças estatisticamente significativas
entre os géneros, relativamente à pontuação total do MNA, pois a pontuação média foi
maior nos homens do que nas mulheres. Já no estudo de Vedantam et al. (2009) a
pontuação média do MNA foi idêntica quer para homens quer para mulheres. Aliabadi
et al. (2008), Montana e Miguez (2011) e Andre et al. (2013), encontraram evidências
de que havia mais mulheres desnutridas do que homens. Segundo Orfila apud Kvamme
(2010b), este facto deve-se à maior prevalência de doenças crónicas, às expectativas de
saúde no género feminino e às piores condições socioeconómicas relativamente aos
homens.
Segundo Kaiser et al. apud Montana e Miguez (2011), o MNA-SF não distingue
claramente os idosos em risco e os desnutridos, mas o erro de classificação que pode
decorrer da aplicação do MNA-SF é menos problemático do que se tivesse um
diagnóstico incorreto do MNA completo, pois os idosos com estado nutricional
comprometido seriam classificados como bem nutridos e não haveria uma intervenção
nutricional adequada para melhorar o seu estado nutricional.
Segundo Cuervo et al. (2008) e Montana e Miguez (2011), o MNA-SF foi fortemente
correlacionado com a pontuação total do MNA completo (r=0,85 e r=0,916,
respetivamente), contudo ambos os valores foram ligeiramente inferiores ao obtido
aquando da validação do MNA-SF (r=0,94). O valor de sensibilidade encontrado por
Cuervo et al. (2008), isto é, a proporção de idosos classificados como possível
desnutrição pelo MNA-SF e que foram corretamente identificados pelo MNA completo
como desnutridos ou em risco de desnutrição, em toda a população, foi maior do que o
encontrado por Montana e Miguez (2011). Contrariamente à sensibilidade, a
especificidade, que representa a proporção de idosos bem nutridos classificados pela
MNA-SF, e que foram corretamente identificados pelo MNA completo, em toda a
população, foi menor no estudo realizado por Cuervo et al. (2008) do que no estudo
realizado por Montana e Miguez (2011).
O valor preditivo positivo encontrado por Montana e Miguez (2011), que representa a
proporção de idosos classificados como possível desnutrição pelo MNA-SF e que,
dentro desse grupo, foram corretamente identificados pelo MNA completo, foi maior
46
em comparação com o encontrado por Cuervo et al. (2008). Relativamente ao valor
preditivo negativo verificou-se o contrário. Este pode ser definido como a proporção de
idosos classificados como bem nutridos pelo MNA-SF e que, dentro desse grupo, foram
corretamente identificados pelo MNA completo (Cuervo et al., 2008).
Tendo em consideração os elevados valores encontrados por Cuervo et al. (2008), estes
sugerem que MNA-SF é uma boa opção para analisar populações idosas numerosas, de
forma a avaliar mais detalhadamente apenas aqueles com possível estado nutricional
comprometido. Também Montana e Miguez (2011) referem que a elevada sensibilidade
observada no MNA-SF, quando comparado com o MNA completo, indica que a versão
curta poderia ser um instrumento útil para detetar problemas no estado nutricional dos
idosos porque apresenta uma série de vantagens em relação à versão completa,
nomeadamente, a facilidade do preenchimento e a rapidez pois demora cerca de quatro
minutos a completar. O alto valor da especificidade obtido também confirma a sua
utilidade para a identificação de pessoas com um estado nutricional adequado, de forma
a dirigir a intervenção apenas para os idosos que apresentam um estado nutricional
comprometido.
Vedantam et al. (2009) afirmaram que o MNA utiliza um IMC de maior corte (19
kg/m2) do que o recomendado pela OMS (18,5 kg/m2). A análise dos dados do MNA
com o corte do IMC mais baixo mostrou uma diminuição na prevalência de desnutrição
e risco de desnutrição, em comparação com o corte do IMC no MNA completo. Embora
tenham optado por utilizar o MNA sem quaisquer modificações, os valores de corte para
o IMC e a desnutrição eram diferentes entre populações, pelo que os resultados devem
ser interpretados em conformidade.
Outros estudos têm utilizado o MNA com alterações para aplicação nas respetivas
populações (Kabir et al. e Kuzuya et al. apud Vedantam et al., 2009), no entanto, sem a
validação do mesmo. Vedantam et al. (2009) creem que o uso de um determinado MNA
adaptado para a população estudada daria resultados mais precisos.
Guigoz, Lauque e Vellas apud Vedantam et al. (2009) consideram que o MNA é melhor
para identificar as pessoas em risco de desnutrição entre idosos saudáveis na
47
comunidade, uma vez que há alta prevalência de deficiência de ingestão proteico-
calórica, sem que haja uma efetiva desnutrição.
Montana e Miguez (2011) verificaram que o IMC médio da população estudada está na
categoria de peso normal, mas Gomez, González e Sánchez apud Montana e Miguez
(2011) assumiram que o IMC médio no idoso não era um parâmetro representativo da
realidade, uma vez que, ao avaliar a mesma população através do MNA, esta
encontrava-se desnutrida ou em alto risco de desnutrição. O IMC varia consoante a
altura e o peso e, no decorrer do envelhecimento, estas variáveis sofrem alterações,
nomeadamente, diminuição da altura, redução da massa muscular, diminuição da
reserva de proteínas e redistribuição da gordura corporal, pelo que os idosos podem ter
um IMC adequado e não apresentarem um bom estado nutricional.
Cuervo et al. (2008) constataram que, relativamente à estimativa do IMC (kg/m2), 43%
da amostra estudada apresentava excesso de peso e 30,2% eram obesos, o que sugere
que não só a desnutrição é preocupante na população idosa. Os baixos níveis de
atividade física são os principais responsáveis pelo sobrepeso e obesidade, o que foi
confirmado pelo estudo de Wyka e Biernat apud Wyka et al. (2012). Cuervo et al.
(2008) também confirmaram que as mulheres apresentaram valores de IMC mais
elevados do que os homens e que apresentavam as situações nutricionais mais extremas.
Também no estudo realizado por Montana e Miguez (2011), a análise de regressão
mostrou algumas diferenças entre os géneros e, portanto, o IMC teve uma maior
contribuição para o MNA em mulheres do que em homens.
São poucos os programas relativos à nutrição dos idosos, contudo, teriam grande
importância quer para os idosos quer para os seus cuidadores, já que através de
48
pequenas modificações no padrão alimentar, seria possível os idosos melhorarem a sua
alimentação e, no caso de serem os seus cuidadores a preparar as refeições, também
poderia haver uma melhoria da mesma (Ferreira, 2012).
Tal como os factos encontrados pelos autores supracitados, também Aliabadi et al.
(2008) verificaram que a perda de peso durante os últimos meses e o IMC, do MNA,
tiveram um impacto mais significativo sobre a pontuação do estado nutricional. Já no
estudo realizado por Costa, Cunha e Oliveira (2013), do item perda ponderal nos
49
últimos 3 meses, do MNA, constatou-se que um melhor estado nutricional foi
encontrado nos idosos sem perda ponderal. Cuervo et al. e Soini, Routasalo e Lagstrom
apud Montana e Miguez (2011) referem que este item apresentou uma maior
contribuição para a pontuação total do MNA. Neste estudo, a perda de peso moderada
foi maior nas mulheres, enquanto mais homens sofreram uma grave perda (Montana e
Migue, 2011).
Na população estudada por Vedantam et al. (2009), a idade avançada foi associada com
pontuações do MNA inferiores porque os idosos com idade mais avançada eram menos
ativos e foi frequentemente relatada uma redução do apetite e diminuição da ingestão de
alimentos. Além disso, a desnutrição é mais comum em adultos mais velhos do que nos
mais jovens porque as doenças e os problemas psicológicos são prevalentes nesta
população (Aliabadi et al., 2008). Tal facto tem sido comprovado em estudos anteriores
(Cuervo et al. e Kabir et al. apud Vedantam et al., 2009), mas outros têm mostrado que
a idade não tem qualquer efeito sobre o estado nutricional (Iizaka, Tadaka e Sanada e
Soini, Routasalo e Lagström apud Vedantam et al., 2009).
Os estudos de Natarajan et al. apud Vedantam et al. (2009), realizados no sul da Índia,
mostraram uma alta prevalência de desnutrição entre os idosos. O único estudo que
recorreu ao MNA na Índia foi feito em Rajasthan ocidental, e mostrou uma maior
prevalência de desnutrição e risco de desnutrição entre os idosos de zona rural em
comparação com os idosos de zona urbana (Baweja et al. apud Vedantam et al., 2009;
Baweja et al. apud Andre et al., 2013).
Já Aliabadi et al. (2008) afirmaram que existem diferenças entre os padrões de consumo
alimentar entre os idosos residentes em zonas rurais ou urbanas e que estes se devem a
padrões alimentares regionais. Segundo Marshall et al. e Wyka et al. apud Wyka et al.
(2012), o local de residência, isto é, aldeia, vila ou cidade pode afetar significativamente
a nutrição e a saúde dos idosos. Os que vivem nas zonas rurais tendem a cometer mais
erros quanto à nutrição e ao estilo de vida, devido ao difícil acesso a cuidados de saúde
e à falta de programas de prevenção adequados à população. Tal facto corrobora Berger
e Mailloux-Poirier (1995), quando referem que a localização geográfica influencia o
estado nutricional dos idosos pois condiciona a disponibilidade de alimentos.
50
No estudo realizado por Andre et al. (2013) foram encontradas mais mulheres com
desnutrição do que homens. Além da doença, velhice e pobreza, que têm sido relatados
como contributos para a desnutrição em idosos, McCormack apud Andre et al., 2013
referem que a maior prevalência de desnutrição em mulheres poderia dever-se aos
hábitos tradicionais das refeições, pois em muitas famílias, os homens costumam comer
antes das mulheres e estas comem posteriormente, no chão, os restos alimentares deles,
com as crianças. Assim, à medida que as porções alimentares diminuem, aumenta o
risco de má nutrição (Andre et al., 2013).
Os autores supracitados constataram que no seu estudo, nenhum idoso afirmou realizar
três refeições completas por dia. Tal facto é preocupante, uma vez que a desnutrição
leva ao declínio funcional e à dependência, e aumenta a morbilidade e mortalidade nos
idosos. Portanto, tal evidência reforça a importância da deteção precoce da desnutrição
ou risco de desnutrição nos idosos para que uma adequada intervenção nutricional possa
ser realizada (Idem).
Também da análise do estudo realizado por Vedantam et al. (2009) verificou-se que
pontuações mais baixas do MNA estavam associadas aos idosos que não realizavam três
refeições por dia. Kabir et al. apud Vedantam et al. (2009) verificaram, no estudo por
eles realizado, no Bangladesh, que a maioria dos idosos que estavam desnutridos ou em
risco de desnutrição consumiam apenas duas refeições diárias. Baweja et al., Iizaka,
Tadaka e Sanada e Soini, Routasalo e Lagström apud Vedantam et al. (2009) também
demonstraram que os problemas de mastigação e dificuldade de preparar refeições
completas ou de se alimentarem contribuíram para o estado nutricional.
51
evidências permitem explicar algumas das diferenças no estado nutricional entre os
géneros.
Os idosos que no estudo de Vedantam et al. (2009) relataram perda de apetite, referiram
que esta foi a causa para a baixa ingestão de alimentos. Donini, Savina e Cannella e
Morley apud Vedantam et al. (2009) afirmaram que a diminuição do apetite podia ser
devida às alterações fisiológicas decorrentes do envelhecimento e às patologias
associadas.
As razões para a fraca ingestão de alimentos nos idosos estão relacionadas com os
fatores fisiológicos e patológicos. A desnutrição pode progredir muito rapidamente
durante as doenças agudas graves. Frequentemente, os idosos têm uma maior
prevalência de doenças que levam à menor ingestão de alimentos devido à dor, náuseas,
confusão mental, imobilidade e efeitos adversos dos medicamentos (Aliabadi et al.,
2008).
52
Garry, Webb e Copemen, Vellas e Guigoz, Ausman e Schlenker apud Marques (2004),
acrescentaram ainda que as alterações na absorção e metabolismo de nutrientes em
doentes crónicos, podem ocorrer devido ao maior consumo de medicamentos e às
interações medicamentosas. Assim, é imprescindível ter em consideração as possíveis
interações entre fármacos e nutrientes para prevenir desequilíbrios ou outros efeitos
secundários (Ferreira, 2012).
Ruiz-Lopez et al. apud Wyka et al. (2012) referem que o estado nutricional pode ser
alterado em resultado do consumo inadequado de produtos que contenham proteínas,
frutas, verduras, líquidos e perda de apetite devido à ingestão de vários medicamentos.
53
Kvamme et al. (2011a) referem que os sintomas de saúde mental foram fortemente
associados com o risco de desnutrição em idosos e ambos os fatores foram mais
prevalentes em mulheres do que em homens. Um estudo recente que avaliou o impacto
da variação do peso nos idosos descobriu que a perda de peso prevê um aumento dos
sintomas depressivos (Koster et al. apud Kvamme et al., 2011a). Assim, uma relação
entre o risco de desnutrição e os sintomas de saúde mental pode estar presente e resultar
num ciclo vicioso ao longo do tempo em pessoas afetadas. A GDS e o MNA têm sido
utilizados em alguns estudos para avaliar a relação entre a depressão e a desnutrição. Os
idosos com IMC <20,0 kg/m2 tiveram duas a três vezes maior prevalência de sintomas
de saúde mental. Já a obesidade, isto é, IMC> 30,0 kg/m2, não foi associada a sintomas
de saúde mental (Kvamme et al., 2011a). Estudos anteriores relataram a diminuição
(Palinkas et al. apud Kvamme et al., 2011a) e o aumento do risco (Sachs-Ericsson et al.
apud Kvamme et al., 2011a) de depressão em idosos obesos. O estudo Kvamme et al.
(2011a) também demonstrou uma associação significativa entre sintomas de saúde
mental, que não são tão evidentes, e o risco de desnutrição, em que a depressão exerce
influência sobre o apetite e a ingestão de alimentos, o que pode levar à perda de peso e
ao aumento do risco de desnutrição. Assim, segundo a American Psychiatric
Association apud Kvamme et al. (2011a), no Manual Diagnóstico e Estatístico de
Transtornos Mentais, tanto o ganho como a perda de peso são critérios diagnósticos da
depressão. Kvamme et al. (2011a) referem ainda que outro fator de desnutrição poderá
ser as deficiências de micronutrientes, as quais têm influência negativa sobre a saúde
mental.
Também estudos realizados por Akbaraly et al. e Davison e Kaplan apud Yoshimura et
al. (2013), corroboram e relacionaram de forma positiva o referido anteriormente, ou
seja, muitas vezes a depressão está associada com a perda de apetite ou de peso.
Segundo Yoshimura et al. (2013), a depressão e a perda de apetite nos idosos mais
jovens, entre os 65 e os 74 anos, evidenciaram uma relação significativa. Cabrera et al.,
Iizaka, Tadaka e Sanada e Rajkumar et al. apud Vedantam et al. (2009) corroboraram
os dados anteriores e Vedantam et al. (2009) acrescentaram que o almoço foi a principal
refeição do dia enquanto o jantar, muitas vezes, não foi realizado. Também Ferreira
54
(2012) refere que, por norma, o almoço é a refeição mais rica em termos nutricionais e,
pelo contrário, o jantar tende a ser mais leve, pelo que optam por sopa, pão e fruta.
Cabrera et al., Callen e Wells e Mehta et al. apud Yoshimura et al. (2013), concluíram
que a depressão e a desnutrição estão relacionadas, mas que se manifestam de formas
diferentes com a idade. No estudo realizado por Costa, Cunha e Oliveira (2013), da
relação entre o estado nutricional e a existência de algum stresse psicológico ou doença
aguda nos últimos 3 meses, verificou-se que a maior percentagem da amostra de idosos
encontrava-se bem nutrida e não sofreu nenhum stresse psicológico ou doença aguda
nos últimos três meses, enquanto todos os idosos subnutridos sofreram deste
acontecimento.
55
CONCLUSÃO
Os alimentos são a melhor fonte de nutrientes mas são diversos os fatores que
dificultam a ingestão da quantidade adequada por parte do idoso. Da relação entre o
envelhecimento e a nutrição conclui-se que o idoso deve adotar hábitos alimentares que
satisfaçam as suas necessidades nutricionais pois estas são muito importantes em todas
as fases do ciclo vital e, em particular, para a pessoa idosa que se confronta com
diversas patologias.
Neste sentido, a exploração desta temática foi bastante pertinente tendo em conta que a
população idosa carece de recursos sociais, económicos e materiais o que interfere na
aquisição de determinados bens, imprescindíveis para uma alimentação e
envelhecimento saudáveis.
57
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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