1. INTRODUÇÃO.............................................................................................................................1
2. OBJECTIVOS...............................................................................................................................2
2.1. Objectivo geral......................................................................................................................2
2.2. Objectivos específicos...........................................................................................................2
3. METODOLOGIA..........................................................................................................................3
4. PROVISÃO DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES..........................................5
4.1. Provisão.....................................................................................................................................5
4.7. Provisão de Recursos Humanos nas Organizações....................................................................7
4.7.1. Provimento (à Luz Da Legislação Vigente Em Moçambique).......................................7
4.7.2. Planeamento de Recursos Humanos..................................................................................9
4.7.2.1. Análise do Mercado de Trabalho.................................................................................11
4.7.2.2. Rotatividade do pessoal...............................................................................................12
4.7.2.2.1. Entrevista de desligamento..........................................................................................13
4.7.2.2.2. Absenteísmo................................................................................................................13
4.7.3. Recrutamento...................................................................................................................15
4.7.3.1. Fases do recrutamento..............................................................................................15
4.7.3.1.4.1. Processos do recrutamento...................................................................................19
4.7.4. Concursos (A Luz da Legislação Vigente na Administração Pública em Moçambicana)
20
4.7.5. Selecção de pessoal..........................................................................................................24
4.7.5.1. Colheita de informações sobre o cargo....................................................................25
4.7.5.2. Escolha das técnicas de selecção..............................................................................25
4.7.5.3. Testes de Personalidade...........................................................................................26
4.7.5.4. Técnicas de Simulação.............................................................................................26
4.7.5.5. Métodos de Selecção (à Luz Da Legislação Moçambicana)....................................26
5. CONCLUSÃO.............................................................................................................................30
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.........................................................................................31
1
1. INTRODUÇÃO
Os processos de provisão de pessoas constituem o primeiro grupo de processos da moderna
gestão de pessoas, Chuavenato (2014). Esses processos constituem as rotas de ingresso das
pessoas na organização. Representam as portas de entrada que são abertas apenas para os
candidatos capazes de ajustar as próprias características e competências pessoais com os
requisitos e as características predominantes na organização, Chuavenato (2014). Há um
verdadeiro esquema de filtragem: cada organização codifica as características humanas que
são importantes para o alcance dos seus objectivos organizacionais e para sua cultura interna,
e passa a escolher aquelas pessoas que as possuem em elevado grau, Chuavenato (2014). O
processo selectivo nada mais é do que a busca da adequação entre aquilo que a organização
pretende e aquilo que as pessoas oferecem Chuavenato (2014). Mas não são apenas as
organizações que seleccionam; as pessoas também escolhem as organizações em que
pretendem trabalhar. Assim, trata-se de uma escolha recíproca: as organizações escolhem as
pessoas que pretendem engajar e as pessoas escolhem as organizações nas quais pretendem
trabalhar, Chuavenato (2014). Diante da extrema importância observada, pretende-se com o
tema provisão de recursos humanos nas organizações, descrever como funciona o processo de
provisão, deste a primeira fase até a última fase deste processo nas organizações de modo a
contribuir e melhorar o conhecimento do tema, para a cadeira, o curso, a faculdade, a
universidade e toda a comunidade académica e cientifica em geral. Busca-se a mudança por
meio de criatividade e inovação que se introduz na organização pelos novos talentos
humanos. Há forte ênfase na eficácia, pois se procura, por meio do processo de agregar
pessoas, a aquisição de novas habilidades e competências que permitam à organização
realizar sua missão e alcançar seus objectivos globais em um mundo em constante
transformação e por trás disso tudo, promover e garantir competitividade e sustentabilidade à
organização.
2
2. OBJECTIVOS
2.1. Objectivo geral:
Analisar o processo de provisão de recursos humanos nas organizações.
2.2. Objectivos específicos:
Identificar as etapas que compõem o processo de provisão de recursos humanos nas
organizações;
Descrever cada uma das etapas que compõem o processo de provisão de recursos
humanos nas organizações;
Explicar sobre das etapas que constituem o processo de provisão de recursos humanos
nas organizações.
3
3. METODOLOGIA
Para a concretização dos objectivos deste trabalho utilizamos como metodologia a pesquisa
bibliográfica e documental. Porque o presente trabalho de pesquisa foi de revisão de
literatura. Esta pesquisa bibliográfica assentou-se também em artigos técnicos e científicos
relacionados com este tema.
O tipo de pesquisa utilizado neste presente trabalho foi o descritivo-explicativo (pelo facto de
se pretender, apresentar e explicar como funciona na pratica, o processo de provisão de
recursos humanos nas organizações.
A técnica de pesquisa adoptada neste trabalho foi a seguinte: efectuou-se uma pesquisa
bibliográfica, através da consulta de manuais, que abordam assuntos ligados à Gestão de
Recursos Humanos, fez-se também a consulta de artigos científicos, tais como: teses,
dissertações, monografias, pesquisas científicas, e algumas explanações ou definições de
conceitos importantes utilizados durante a pesquisa desse trabalho, e por outro lado foi feita a
pesquisa na internet como forma de conhecer as actuais abordagens acerca do processo da
provisão de recursos humanos nas organizações. No que diz respeito à pesquisa documental
recorreu-se à legislação vigente no país (Moçambique), com maior atenção para a Lei
10/2017 de 28 de Agosto que estabelece que aprova o Estatuto Geral dos Funcionários e
Agentes do Estado (EGFAE) o seu respectivo Regulamento (REGFAE) aprovado pelo
Decreto 05/2018 de 26 de Fevereiro, a Lei do Trabalho, o Decreto 54/2009 que estabelece os
princípios e regras de organização e estruturação do Sistema de Carreiras e Remuneração
(SCR), o Decreto 55/2009 de 12 de Outubro que aprova o Sistema de Gestão de Desempenho
na Administração Publica (SIGEDAP) em Moçambique.
4
4. PROVISÃO DE RECURSOS HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES
4.1. Provisão
Etimologicamente do latim provisiōne-, significa «previdência; precaução». Também
denota, acção de prover, de abastecer com o necessário, abastecimento; fornecimento,
acumulação de coisas; abundância, etc.
4.2. Organização
5
Tarefa da Administração que interpreta os objectivos propostos pela organização e
transforma-os em acção organizacional por meio de planeamento, organização, direcção e
controle de todos os esforços realizados em todas as áreas e em todos os níveis da
organização, a fim de alcançar tais objectivos da maneira mais adequada à situação,
Chiavenato (TGA, 2003, p.11).
6
remuneração (compensação)
Monitoria Observar o que e como as Banco de dados e sistema de
pessoas desempenham suas informações e auditoria de
tarefas na organização recursos humanos.
Fonte: adaptado de Júnior (2012)
Os processos de provisão de pessoas: são aqueles utilizados para incluir novas pessoas na
empresa. Podem ser denominados processos de provisão ou de suprimento de pessoas.
Incluem recrutamento e selecção de pessoas, Chiavenato (2014, p.13). Para o mesmo actor, o
processo ou subsistema de provisão deve responder a seguinte questão, “quem deve trabalhar
na organização”
1
A nomeação de um indivíduo para um lugar do quadro de pessoal do Estado confere ao nomeado a
qualidade de funcionário do Estado, produzindo efeitos legais a partir da data do visto do Tribunal
Administrativo (TA). Quando declarada a urgente conveniência de serviço prevista no artigo 21 do
REGFAE, a nomeação pode produzir efeito antes do visto do TA.
A nomeação para lugar de ingresso é provisória e tem carácter probatório, durante os 2 primeiros anos de
exercício de funções.
A nomeação provisória carece da confirmação da disponibilidade financeira, que deve ser solicitada
pelo sector onde o funcionário vai exercer funções à Direcção Provincial de Plano e Finanças.
7
O processo de nomeação provisória a enviar ao Tribunal Administrativo, através do
Departamento de Execução Orçamental, da Direcção Nacional de Contabilidade Pública do
Ministério das Finanças, no caso dos órgãos centrais, ou directamente pelas Direcções
Provinciais, no caso do pessoal do quadro provincial deve ser instruído com os seguintes
documentos (artº 16 da Lei nº 13/97, de10 de Julho que estabelece o regime jurídico da
fiscalização prévia das despesas públicas):
Proposta de nomeação onde foi lavrado o respectivo despacho de autorização e que deve
indicar: a necessidade de provimento, a existência de vaga e de disponibilidade
financeira, o lugar que o candidato ocupou na lista de classificação do concurso, se for o
caso, a vaga que vai ocupar no quadro de pessoal e a disposição legal em que se baseia a
proposta;
8
Findos os dois anos de provimento provisório o funcionário é provido definitivamente
desde que satisfaça os requisitos exigidos na parte final do nº 1 do artigo 25 do Estatuto Geral
dos Funcionários do Estado.
A nomeação definitiva2 deve ser requerida pelo funcionário até 60 dias antes do termo do
provimento provisório. No caso de o funcionário não requerer no prazo referido poderá fazê-
lo posteriormente se a Administração não tiver tomado qualquer decisão quanto à sua
situação. A nomeação definitiva não implica posse e os direitos do funcionário retroagem à
data da posse em provimento provisório.
Não pode ser provido definitivamente o funcionário que tenha obtido informação de
serviço de "mau" ou que tenha sido punido com pena de despromoção ou superior. Neste
caso o funcionário será dispensado sem direito a qualquer indemnização.
2
Completado o período de nomeação provisória (dois anos), esta converte-se automaticamente em
definitiva, salvo se ao longo dos primeiros dois anos houver manifestação em contrário de uma das partes
(Serviço ou funcionário). A nomeação definitiva não carece de visto do Tribunal Administrativo, mas deve
ser publicada em Boletim da República.
9
a) Modelo baseado na Procura de mão-de-obra estimada ou equivalente ao produto ou
serviço a ser trabalhado (este modelo está voltado para o nível operacional, pois, está
preocupado com quantas pessoas serão necessárias para produzir determinada quantidade
de produto ou serviço, reduz-se limitadamente aos aspectos quantitativos), Chiavento
(2014, p.77);
b) Modelo baseado em segmentos de cargos ou de Requisitar mão-de-obra de acordo com os
cargos ou funções necessárias (este modelo projecta os níveis futuros de forca de trabalho
fazendo a correlação com projecção dos níveis do histórico e o plano de expansão futuros
dos cargos de cada unidade de trabalho) que afectam as necessidades de RH, suas
limitações são similares ao do modelo de procura estimada do produto ou serviço,
Chiavento (2014, p.78);
c) Modelo de Substituição de postos (também chamado de mapa de substituição ou
organogramas de encarreiramento, trata-se de um modelo que faz a representação de
quem substitui quem, na eventualidade de uma possível vaga futura, requer um
organograma com informações dos funcionários para a tomada de decisão, representados
pelos nomes em cada rectângulo, cada funcionário é classificado em três alternativas: 1-
pronto para promoção imediata, 2-requer maior experiencia no cargo actual e 3-
funcionario com substituto já preparado. Além disso, o desempenho de cada funcionário é
avaliado da seguinte maneira: Desempenho excepcional. Desempenho satisfatório.
Desempenho regular. Desempenho fraco. Cada rectângulo já apresenta o posto superior e
o posto inferior, bem como o nome dos possíveis substitutos), Chiavento (2014, p.78);
d) Modelo baseado no fluxo de pessoal ou Vegetativo sem plano de expansão (É um modelo
que mapeia o fluxo das pessoas para dentro, através e para fora da organização. A análise
histórico do movimento de entradas, saídas, promoções e transferências internas de
funcionários permite a predição de curto prazo das necessidades de pessoal na
organização, se não houver mudanças no contexto. Trata-se de um modelo vegetativo e
conservador, de natureza contabilística e quantitativa, adequado a organizações estáveis e
sem planos de expansão, nas quais a preocupação é apenas preencher as vagas existentes
e dar continuidade ao quotidiano), Chiavento (2014, p.78-79).
e) Modelo de planeamento operacional integrado (É um modelo mais amplo e abrangente
que os anteriores. Do ponto de vista de provisão de insumos humanos, o planeamento
operacional integrado leva em conta quatro factores ou variáveis intervenientes: 1.
Volume de produção planejado pela organização. 2. Mudanças tecnológicas que alterem a
produtividade do pessoal. 3. Oferta e procura no mercado e no comportamento da
10
clientela. 4. Planeamento de carreiras na organização. Do ponto de vista do fluxo interno,
o planeamento operacional integrado leva em conta a composição mutável da força de
trabalho da organização, acompanhando as entradas e saídas, bem como a movimentação
interna)
11
4.7.2.2. Rotatividade do pessoal
A expressão rotatividade de recursos humanos é usada para definir a flutuação de
pessoal entre uma organização e seu ambiente; em outras palavras, o intercâmbio de pessoas
entre a organização e o ambiente é definido pelo volume de pessoas que ingressam e que
saem da organização.
De acordo com Chiavenato (2014, p.82) cada desligamento quase sempre corresponde
à admissão de um substituto como reposição. Isso significa que o fluxo de saídas
(desligamentos, demissões e aposentadorias) deve ser compensado pelo fluxo equivalente de
entradas (admissões) de pessoas. O desligamento ocorre quando uma pessoa deixa de ser
membro de uma organização. Existem os seguintes tipos de desligamento: o desligamento
por iniciativa do funcionário (para melhores oportunidades de mercado, condições de
trabalho, etc.), o desligamento por iniciativa da organização ou demissão (para substituição,
por motivos financeiros ou seja, quando o pagamento dos salários se torna insustentável, por
justa causa, etc.), e ainda existe o desligamento por tempo de serviço que, não depende do
funcionário nem da empresa mas sim da forca da lei, esse método também é denominado de
aposentação (reforma).
12
4.7.2.2.1. Entrevista de desligamento
A entrevista de desligamento constitui um dos meios de controlar e medir os resultados da
política de RH desenvolvida pela organização. Costuma ser o principal meio de diagnosticar
e determinar as causas da rotatividade de pessoal. Algumas organizações aplicam a entrevista
de desligamento apenas a empregados que solicitam, por iniciativa própria, sua demissão.
Outras aplicam-na indiferentemente a todos os empregados demissionários tanto àqueles que
solicitam demissão, como àqueles que são desligados por motivos próprios à organização.
Os dados colhidos são tabulados por sessão/ departamento/divisão ou por cargo para
localizar os problemas existentes.
4.7.2.2.2. Absenteísmo
Para Juinior (2012, p.13) absenteísmo também denominado ausentismo é uma
expressão utilizada para designar as faltas ou ausências dos empregados ao trabalho. Em um
13
sentido mais amplo, é a soma dos períodos em que os empregados se encontram ausentes do
trabalho seja por falta, atraso ou devido a algum motivo interveniente.
4.7.3. Recrutamento
É um conjunto de técnicas e procedimentos que visa a atrair candidatos
potencialmente qualificados e capazes de ocupar cargos na organização, Júnior (2012, p.14).
Deve anunciar a disponibilidade do cargo no mercado e atrair candidatos qualificados para
disputá-lo. O mercado do qual a organização tenta buscar os candidatos pode ser interno,
externo ou uma combinação de ambos. Em outras palavras, a organização deve buscar
candidatos dentro dela, fora dela ou em ambos os contextos.
15
1. Maior rapidez: evita as demoras frequentes no recrutamento externo, como por exemplo,
a colocação de anúncios, a espera de respostas e ainda a demora natural do próprio
processo de admissão;
2. Mais económico para a empresa: evita os custos inerentes ao processo do recrutamento
externo;
3. Aproveita os investimentos da empresa em formação do pessoal: o que, por vezes, só tem
retorno quando o colaborador passa a ocupar cargos mais complexos;
4. Apresenta maior índice de segurança: o candidato é conhecido, a empresa tem a sua
avaliação de desempenho, dispensa-se a integração na organização e, por vezes, não
necessita de período experimental;
5. É uma fonte de motivação para os colaboradores: porque possibilita o crescimento dentro
da organização.
16
4.7.2.1.2.1.1. Vantagens do recrutamento externo
2. Permite munir a empresa com quadros técnicos com formação no exterior: isto não
significa que, a partir da admissão, não tenha que investir em formação com esse
candidato;
4. Evita conflitos entre pessoas que fazem parte da mesma organização: no caso de, por
exemplo, duas pessoas estarem aptas a ocupar o mesmo cargo e a organização escolher
uma delas, pode desencadear na rejeitada um sentimento de injustiça e provocar um
conflito grave.
3. Cria distorções ao nível salarial: porque quem vem de novo, normalmente vem ganhar
mais do que aquele que já está há mais tempo na organização e a desempenhar a mesma
17
função, o que pode levar ao aumento dos salários em geral, para evitar grandes
disparidades;
4. É mais caro: exige despesas imediatas com anúncios, jornais, agências de recrutamento;
Consulta de bases de dados: os candidatos que tenham enviado o seu curriculum vitae
para uma organização e não tenham sido considerados em recrutamentos anteriores têm a sua
candidatura devidamente arquivada no órgão de recrutamento e podem ser chamados a
qualquer momento para um processo de selecção, Júnior (2012).
Considera-se esta técnica a que acarreta menores custos para a organização, uma vez
que elimina a necessidade de colocar anúncios, tornando-a, por isso mesmo, numa das mais
rápidas; Boca a boca: apresentação do candidato a partir de um colaborador, Júnior (2012).
Desta forma, a organização faz com que o colaborador se sinta prestigiado pelo facto
de a organização considerar as suas recomendações, ao apresentar um amigo ou conhecido;
18
4.7.3.1.4. 4ª Fase: Escolha do conteúdo do recrutamento
Requisitos mentais, físicos e de responsabilidades exigidas pelo cargo, benefícios
oferecidos pela empresa (salários, benefícios sociais, ambiente de trabalho, etc.), Júnior
(2012).
Estimativa do número de
candidatos necessários; 4.7.3.1.4.1.3. Actividades
Especificação das funções;
Abertura da vaga;
Metas da acção afirmativa.
Anúncio da vaga;
4.7.3.1.4.1.2. Desenvolvimento da
Visitas às Universidades;
estratégia
Outros tipos de recrutamento;
Escolha das qualificações exigidas Actividade de acompanhamento
dos candidatos3; (cartas, telefonemas, etc.);
Escolha das fontes para Manutenção de registos.
recrutamento e canais de
comunicação;
4.7.3.1.4.1.4. Avaliação
Escolha das formas de persuasão;
Escolha da mensagem: realismo x Qual foi o número de funções
fantasia; preenchidas?
Escolha e preparação dos O preenchimento das funções foi
recrutadores. em tempo hábil?
Qual foi o custo por função
preenchida?
As metas da acção afirmativa
foram alcançadas?
3
Os qualificadores profissionais contêm a
descrição generalizada do conteúdo de trabalho
correspondente a cada carreira e os requisitos
habilitacionais e profissionais para ingresso e
promoção na respectiva carreira.
19
4.7.4. Concursos (A Luz da Legislação Vigente na Administração Pública em
Moçambicana)
O artigo 42 do Estatuto Geral dos Funcionários do Estado define o que se entende por
concurso (prestação de provas ou apresentação de documentos exigidos e necessários para
admissão a um emprego), podendo ser destinado a ingresso (entrada para o quadro de pessoal
no Aparelho do Estado, artigo 35 do EGFAE) ou promoção (A promoção é a mudança para
classe ou categoria seguinte da respectiva carreira e opera-se para escalão e índice a que
corresponde o vencimento imediatamente superior, artigo 36 do EGFAE). Os nºs 2 e 3 artigo
41 do EGFE redacção do Decreto nº 65/98, de 3 de Dezembro, publicado no 2º Suplemento
da I série do Boletim da República nº 48, de 1998 definem os casos em que o provimento é
dispensado de concurso4.
20
sem prejuízo da observância dos demais requisitos. A participação em concurso de promoção
é obrigatória para os funcionários de classe ou categoria inferior da mesma carreira que
preencha os requisitos exigidos, ou seja, que tenham pelo menos 3 anos de serviço nessa
classe ou categoria, excepto quando o funcionário se encontre a exercer, em comissão de
serviço, função de nível não inferior a Chefe de Departamento Provincial ou equiparado,
podendo neste caso, requerer a admissão no prazo de 15 dias após a afixação do aviso de
abertura do concurso (nº2 do artigo 52 do EGFE redacção do Decreto nº 65/98).
Finda a comissão de serviço e desde que a cessação de funções não tenha sido
determinada por motivo de serviço disciplinar, os funcionários nomeados para funções de
direcção e chefia de nível igual ou superior a Chefe de Departamento Provincial ou
equiparado têm direito ao provimento em classe superior à que possuíam à data da nomeação
de acordo com os seguintes critérios:
O aviso de abertura deve ser afixado nos locais de trabalho e difundido pelos meios de
informação7. O candidato aprovado não poderá ser provido se não apresentar, dentro do prazo
6
Haverá concursos sempre que as necessidades do serviço o exigirem ou sempre que houver
disponibilidade orçamental para um lugar já determinado no Quadro de Pessoal. A constituição da relação
de trabalho entre o Estado e o cidadão deve ser antecedida por um concurso transparente. Esta relação de
trabalho é concretizada através da nomeação provisória ou da celebração de contrato de prestação de
serviço em qualquer das carreiras profissionais.
22
que lhe for fixado, os documentos que foram dispensados no acto de admissão ao concurso
ou se estes não fizerem provas dos requisitos necessários. As falsas declarações nos
requerimentos são puníveis nos termos da lei. Júri do concurso
Organizar as provas, estabelecendo as matérias que serão tratadas; Decidir sobre ausência
justificada do candidato a uma prova nos termos do artigo 64 do EGFE;
23
Os artigo 65, 70 e 71 do EGFE estabelecem os mecanismos a utilizar nos casos de
prestação de provas por candidato obrigatório a prestar serviço militar, de desistência (a
manifestar por escrito) do candidato aprovado e de sanções para reprovação em concurso de
promoção e ingresso.
Os interessados terão acesso, em caso de recurso à parte das actas em que se definiram os
factores e critérios de apreciação aplicáveis a todos os candidatos.
24
Análise de descrição de Técnicas de selecção
cargos
25
característica marcante da pessoa e que é capaz de distingui-la das demais. A aplicação com a
interpretação dos testes de personalidade exige necessariamente a participação de um
psicólogo.
Entrevista profissional.
Varia conforme o cargo a ser preenchido, as alternativas para o processo final de escolha
mais usuais que são:
26
Selecção sequencial de dois estágios de decisão - O resultado de avaliação do candidato
por uma técnica não é insuficiente, necessitando de mais uma para finalizar o processo;
Selecção sequencial de três estágios de decisão - É realizado usando-se três técnicas
distintas para análise;
Selecção sequencial de três ou mais estágios de decisão - Uso de três ou mais técnicas,
conforme for necessário até finalizar o processo de escolha.
O processo selectivo deve ser eficiente e eficaz, para tanto é necessário para cada
processo concluído fazer uma avaliação dos resultados a níveis de custos. Para medir a
eficiência do processo, deve-se levar em conta uma estrutura de custos que permita uma
análise adequada, a saber:
4.7.5.8. Posse
Entende-se por "posse" o acto solene realizado com a presença dos funcionários do
respectivo serviço, em que o indivíduo nomeado ou o funcionário promovido ou designado
27
em comissão de serviço, é investido de direitos e deveres inerentes à sua categoria ou função.
(nº3 do artigo 84 do Estatuto Geral dos Funcionários do Estado).
Entende-se por "posse" o acto solene realizado com a presença dos funcionários do
respectivo serviço, em que o indivíduo nomeado ou o funcionário promovido ou designado
em comissão de serviço, é investido de direitos e deveres inerentes à sua categoria ou função.
(nº3 do artigo 84 do Estatuto Geral dos Funcionários do Estado).
A "posse" (auto de posse) é lavrada em livro próprio, de modelo aprovado para efeitos
de uniformidade, e desse auto deverão ser extraídas oficiosamente as certidões necessárias,
para efeitos de processamento dos vencimentos e para constar no processo individual do
funcionário. O interessado pode, é evidente, requerer essa certidão para efeitos e fins
pessoais.
28
Note-se que a posse (por nomeação ou promoção) a indivíduos ou funcionários a
prestar serviço militar obrigatório tem tratamento diferenciado. - Art. 97 Do EGFE.
5. CONCLUSÃO
O processo de provisão nas organizações não é mais do que o processo através do qual uma
organização assegura que tem sempre o número adequado de funcionários, com as
competências apropriadas, nos trabalhos indicados na altura certa para atingir os objectivos
da organização e garantir a prossecução das actividades da organização e satisfazer de forma
geral os interesses daqueles que são o público-alvo da organização. O processo de provisão
nas organizações consisti em combinar o que o trabalho exige do pessoal como o requisito de
trabalho, com o que o trabalho impõe, como, as condições de trabalho e o que o trabalho tem
a oferecer oferece, como, a compensação que os funcionários têm como contrapartida de
tarefas executadas.
29
6. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BARBOSA, Nisce. Gestão de Pessoas, Notas de estudo de Gestão de Recursos Humanos.
Universidade Paulista (Unip) – Gestão de Recursos Humanos, Economia.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas
organizações. Rio de Janeiro: Campus, 1999.
CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas
organizações - 4. ed. -- Barueri, SP : Manole, 2014.
CHIAVENATO, Idalberto. Introdução à Teoria Geral da Administração: uma visão
abrangente da moderna administração das organizações - 7. ed. rev. e actual. - Rio de
Janeiro: Elsevier, 2003 - 6' reimpressão.
Decreto 54/2009, princípios e regras de organização e estruturação do Sistema de
Carreiras e Remuneração (SCR).
30
Decreto 55/2009 de 12 de Outubro, Sistema de Gestão de Desempenho na Administração
Publica (SIGEDAP) em Moçambique.
Decreto nº 64/98, de 3 de Dezembro.
JÚNIOR, José de Alencar Rocha Loures. Administração de Recursos Humanos: Visão
Sistémica em Gestão de Pessoas. 5ª Edição. 2012
Lei 10/2017 de 28 de Agosto, Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado
(EGFAE) actual.
Lei 14/2009 de 17 de Março, Estatuto Geral dos Funcionários e Agentes do Estado
(EGFAE) antigo.
Lei do Trabalho
Decreto 05/2018 de 26 de Fevereiro, Regulamento do Estatuto Geral dos Funcionários e
Agentes do Estado (REGFAE).
31