INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DA BAHIA
CURSO DE LICENCIATURA EM ELETROMECÂNICA
- CAMPUS SIMÕES FILHO CARLOS ANTONIO SOUZA DA CRUZ
ANÁLISE DO VÍDEO A COROA DO IMPERADOR
SIMÕES FILHO-BA 2021 CARLOS ANTONIO SOUZA DA CRUZ
ANÁLISE DE CASO
Trabalho de Análise apresentado na
disciplina didática do Curso de Licenciatura em Eletromecânica, do Instituto Federal de Educação da Bahia, Campus Simões Filho- BA, solicitado pela Prof.ª Railda Maria, como avaliação parcial obrigatória.
Candeias, ___14_ de __Junho__________ de _2021____.
CASO 3 - Danuza é professora há mais de 18 anos e sempre trabalhou com o mesmo ano na mesma escola. Ela tem um caderno com seus planejamentos e planos de aula, elaborados ao longo dos anos de trabalho e sempre os consulta para dar aulas. É conhecida como professora mão de ferro por sua rigidez e também por nunca ter “facilitado” a vida de nenhum(a) estudante. Os(as) estudantes que estudam com Danuza deixam de fazer qualquer coisa para estudar para as suas provas, porque estas são sempre consideradas difíceis. Os alunos de Danuza costumam dizer que a professora não sabe ensinar, porque suas provas são marcadas pela famosa decoreba. Danuza, após a direção e coordenação da escola a chamarem para conversar, apresentou melhoras e suas turmas já comentavam sobre sua melhora.
Diante do exposto, como podemos compreender essa situação? Sob qual ótica essa situação pode ser analisada?
RESPOSTA:
Diante do exposto, é possível perceber que há uma falta de formação continuada no
currículo da professora Danuza. Ademais, possivelmente existem alguns aspectos deficitários em sua formação inicial, pois com a didática colocada em prática em sala de aula antes da chamada de atenção da diretoria, é possível perceber a falta de dinamismo em seu ofício, uma vez que a mesma é conhecida como “mão de ferro” por sua rigidez e por nunca ter “facilitado” a vida de seus alunos, além de não ter elaborado novas práticas de ensino durante todos esses anos. É impossível falar em educação de qualidade sem mencionar a formação continuada, assim pode-se concluir que a mesma é uma questão fundamental nas políticas públicas para a educação.
Dessa forma, para diminuir os erros em sala e melhorar a prática docente, a
formação continuada é mostrada em inúmeros estudos desta área como alternativa para isso. De acordo com Schnetzler (1996, 2003), para justificar a formação continuada de professores, existem três razões que têm sido faladas:
...] a necessidade de contínuo aprimoramento profissional e de
reflexões críticas sobre a própria prática pedagógica, pois a efetiva melhoria do processo ensino-aprendizagem só acontece pela ação do professor; a necessidade de se superar o distanciamento entre contribuições da pesquisa educacional e a sua utilização para a melhoria da sala de aula, implicando que o professor seja também pesquisador de sua própria prática; em geral, os professores têm uma visão simplista da atividade docente, ao conceberem que para ensinar basta conhecer o conteúdo e utilizar algumas técnicas pedagógicas. (SCHNETZLER e ROSA, 2003, p.27)
Essa formação continuada, deve ser levada como um processo, construído no
cotidiano escolar de forma constante e contínua (CUNHA, KRASILCHIK, 2000, p.3). Quando se fala da formação continuada dos docentes, refere-se a cursos complementares, que auxiliam os educadores a adquirir novos conhecimentos que os ajudam a desempenhar melhor seu papel dentro da sala de aula.
Com a evolução da tecnologia, o processo de ensino-aprendizagem passou-se a ser
não somente o professor em sala de aula, utilizando seu quadro para explicações e livros. Essa mudança trouxe novas formas de ensino e criou um perfil muito diferente de aluno. Por isso, a formação continuada é de suma importância, tanto para os aprendizes quanto para os seus professores. Para os docentes, se manter atualizado é uma forma de adquirir novos conhecimentos em relação às novas práticas pedagógicas e tendências de ensino, e também, essa prática possibilita que os professores identifiquem quais as dificuldades dos seus alunos e permite que os mesmos criem melhores formas para contornar essa dita situação.
Por meio de cursos de capacitação, os professores aprendem a lidar com as novas
tecnologias e ainda criam novas formas de ensino utilizando os recursos que estão disponíveis de acordo com o período de prática escolar do docente, o que atrai melhor a atenção dos alunos os auxiliando na aprendizagem, além de garantir que eles tenham acesso a um ensino de melhor qualidade. Assim, se a professora Danuza colocar em prática essas questões, os seus alunos poderão ter um ambiente de aprendizagem mais interessante e com maior dinamismo, o que pode levá-los a ter mais motivação e a buscar novos conhecimentos, dentro e fora da escola.
REFERÊNCIAS
ANDALÓ, C. S. de A. Fala, professora!: repensando o aperfeiçoamento
docente. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes, 1995.
CALDEIRA, A. M. S. La práctica docente cotidiana de una maestra y el proceso
de apropiación y construcción de su saber. Barcelona: Universidade de Barcelona, 1993. 347 p. (Tese de doutorado).
CUNHA, A. M. O; KRASILCHILK, M. A formação continuada de professores de
ciências: percepções a partir de uma experiência, trabalho apresentado na 29ª REUNIÃO ANUAL ANPEd [seção Formação de Professores], Caxambu, 2000.
SCHNETZLER, R. P. O professor de Ciências: problemas e tendências de sua
formação. In: PACHECO, R. P.; ARAGÃO, R.M.R. (Org.) Ensino de Ciências: fundamentos e abordagens. CAPES/UNIMEP, 2000.