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2/17/2020

OPERAÇÕES UNITÁRIAS
APLICADAS À EAS

Leila Cristina Konradt-Moraes


leilackm@uems.br

Aula 1
17/02/2020

OPERAÇÕES UNITÁRIAS
APLICADAS À EAS

OBJETIVOS
 Caracterizar partículas sólidas de diferentes materiais;

 Conhecer as diversas técnicas de medição do tamanho, forma e


propriedades físicas;

 Prever o comportamento dinâmico dos sólidos quando


submersos num fluido, ou quando dispostos na forma de um leito
fixo ou expansível;

 Dimensionar o equipamento mais adequado para o tipo de


separação que melhor se ajuste ao sistema.

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OPERAÇÕES UNITÁRIAS
APLICADAS À EAS

CONTEÚDO
 Princípios envolvidos nas Operações Unitárias;

 Caracterização de partículas e sistemas particulados;

 Operações de separação e equipamentos nas unidades de


tratamento de resíduos sólidos, líquidos e gasosos;

 Peneiramento;

 Sedimentação;

 Flotação;

OPERAÇÕES UNITÁRIAS
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CONTEÚDO
 Floculação;

 Filtração;

 Transporte de sólidos;

 Mistura e agitação;

 Atividades de laboratório.

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APLICADAS À EAS
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
1 – Avaliações Periódicas
Serão constituídas de quatro avaliações teóricas escritas, sem consulta e realizadas
individualmente (P1, P2, P3 e P4), cada uma delas valendo de 0 (zero) a 5,0 (cinco)
pontos.
A critério do professor parte de uma das avaliações poderá ser substituída por estudos de
caso, exercícios, participações em visitas técnicas, ensaios e atividades em laboratório ou
outras atividades pertinentes, desde que solicitada com antecedência mínima de 15 dias.
A primeira nota semestral (N1) será constituída da soma de P1 e P2 e a segunda nota
semestral (N2) será constituída pela soma de P3 e P4.
A nota final será a média aritmética simples das notas N1 e N2.
Será considerado aprovado na disciplina o acadêmico que tiver aproveitamento igual ou
superior a 6,0 (seis).

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
2 – Avaliação Optativa
A avaliação optativa será teórica escrita, individual, sem consulta, no valor de 0 (zero) a
10,0 (dez) e versará sobre todo o conteúdo programático. Será realizada após o
cumprimento do programa da disciplina.
A nota da avaliação optativa, se superior, substituirá a menor das notas semestrais (N1 ou
N2).
Será considerado aprovado na disciplina o acadêmico que tiver aproveitamento igual ou
superior a 6,0 (seis).

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CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO
3 – Exame Final
O exame final, para aqueles que obtiverem média igual ou superior a 3,0 (três) e
inferior a 6,0 (seis) e tiverem frequência igual ou superior a 75% (setenta e cinco
por cento) da carga horária da disciplina, será constituído de uma prova teórica
escrita, individual e sem consulta a qual abrangerá todo o conteúdo ministrado no
semestre letivo e será realizada após cumprimento do programa e concluída todas
as avaliações previstas.
Para obtenção da Média Final, após a realização do exame, será utilizada a seguinte
fórmula:
MF = (MA + NE)/2
Onde: MF = Média Final; MA = Média das Avaliações; NE = Nota do Exame.
Será considerado aprovado no exame o acadêmico que tiver aproveitamento igual
ou superior a 5,0 (cinco).

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Entrada em sala nos dias de avaliação

Nos dias da realização das avaliações (P1, P2, P3, P4, Optativa ou
Exame) o acadêmico poderá adentrar em sala de aula antes do
início da atividade ou após 20 minutos do início desta (13h50),
com indicação do professor.

Não serão permitidas entradas em outros horários visando não


perturbar o andamento das avaliações, salvo em casos
excepcionais devidamente justificados e que o professor entenda
serem pertinentes.

Os alunos só poderão sair de sala após 30 minutos do início das


atividades (14h).

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Entrada em sala nos dias de aula

Nos dias de aula o acadêmico poderá adentrar em sala de aula, com


indicação do professor, nos seguintes horários:

1ª aula: antes do início e após 20 min (13h50)

2ª aula: 14h20

3ª aula: no intervalo e após 20 min (15h40 ou no horário combinado)

4ª aula: 16h10

Não serão permitidas entradas em outros horários visando não perturbar


o andamento da aula, salvo em casos excepcionais devidamente
justificados e que o professor entenda serem pertinentes.

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BIBLIOGRAFIA
BLACKADDER, D. A.; NEDDERMAN R. M. Manual de operações unitárias. Rio de
Janeiro: Hemus, 2004.

CREMASCO, M. A. Operações unitárias em sistemas particulados e


fluidomecânicos. 2 ed. São Paulo: Edgard Blucher, 2014.

FOUST, A. S.; WENZEL, L. A.; CLUMP, C. W.; MAUS, L.; ANDERSEN, L. B. Princípios
das operações unitárias. 2 ed. Rio de Janeiro: LTC, 2012.

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BIBLIOGRAFIA
DI BERNARDO, L.; DANTAS, A. B. Métodos e técnicas de tratamento de água. 2. ed. São
Paulo: Rima, 2005. v. 1-2.
GAUTO, M. A.; ROSA, G. R. Processos e Operações Unitárias da Indústria Química. Rio de
Janeiro: Ciência Moderna, 2011.
LUZ, A. B.; SAMPAIO, J. A.; FRANÇA, S. C. A. Tratamento de Minérios. 5. ed. Rio de
Janeiro: CETEM/MCT, 2010. Disponível em:
<http://livroaberto.ibict.br/handle/1/949>. Acesso em: mar. 2017.
RICHTER, C. A.; AZEVEDO NETO, J. M. Tratamento de Água: Tecnologia Atualizada. São
Paulo: Edgard Blücher, 2011.
SOUSA JÚNIOR, R. Experimentos Didáticos em OU QUALQUER OUTRO
Fenômenos de Transporte e Operações LIVRO QUE TENHA O
Unitárias para a Engenharia Ambiental. CONTEÚDO
São Carlos: EDUFSCAR. 2013.

CRONOGRAMA DE AVALIAÇÕES

Avaliação P1 - Parte inicial + Propriedade dos sólidos + Análise granulométrica +


Peneiramento (23/03/2020)

Avaliação P2 - Transporte de sólidos + Agitação e mistura + Coagulação/Floculação


(27/04/2020)

Avaliação P3 - Sedimentação/Decantação + Flotação (25/05/2020)

Avaliação P4 - Filtração + Escoamento em leito poroso (22/06/2020)

Optativa – Todo conteúdo (29/06/2020) Slides são apenas material


de apoio!!!
Exame – Todo conteúdo (06/07/2020) Estude utilizando livros!!!

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Segunda-feira - vespertino
Data
CH diária/
CH total
OBS CALENDÁRIO DE
17/02
24/02
4/4
- Recesso
AULAS
02/03 4/8
09/03 4/12
16/03 4/16
23/03 4/20 P1
30/03 4/24
06/04 4/28
13/04 4/32
20/04 - Recesso
27/04 4/36 P2
04/05 4/40
11/05 4/44
18/05 4/48
25/05 4/52 P3
01/06 4/56
08/06 4/60
15/06 4/64
22/06 4/68 P4
29/06 - Prova Optativa
06/07 - Exame

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HORÁRIO DE ATENDIMENTO

Quartas-feiras – 07h30 às 08h30

Sala dos professores - em frente a Coordenação do curso

Monitoria – a confirmar

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OPERAÇÕES UNITÁRIAS

O engenheiro Little (1915) apresenta um conceito interessante para as


Operações Unitárias:

“Qualquer processo, em qualquer escala, pode ser decomposto numa


série estruturada do que se podem denominar, Operações Unitárias,
como moagem, homogeneização, aquecimento, calcinação, absorção,
condensação, lixiviação, cristalização, filtração, dissolução, eletrólise,
etc.”

Desde 1915 foram acrescentadas outras Operações Unitárias a lista de


Little como o transporte e agitação de fluidos e sólidos, a transferência
de calor, a floculação, a destilação, a extração, a
sedimentação/decantação, a flotação, a classificação de sólidos, a
centrifugação, a evaporação, etc.

OPERAÇÕES UNITÁRIAS

Da lista original de Little  nem todas ainda são consideradas operações


unitárias.

Em um processo produtivo, quando a matéria-prima não sofre


transformação química, para a obtenção de produtos, dizemos que ela
foi submetida às OPERAÇÕES UNITÁRIAS; ao contrário, quando a
matéria-prima sofre transformações químicas tem-se a chamada
CONVERSÃO QUÍMICA ou PROCESSO UNITÁRIO.

Reações Químicas Processos Unitários ou Conversões Químicas

Modificações Físicas Operações Unitárias

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OPERAÇÕES UNITÁRIAS

CLASSIFICAÇÃO
As Operações Unitárias podem ser classificadas de acordo com critérios
variados.

1 - De acordo com a sua FINALIDADE dentro do processo produtivo:

 Preliminar;

 De conservação;

 De transformação;

 De separação.

OPERAÇÕES UNITÁRIAS

CLASSIFICAÇÃO (continuação)
Operações preliminares: limpeza, seleção, classificação, peneiramento,
eliminação de impurezas, branqueamento, filtração, transporte, etc.

Operações de conservação: esterilização, pasteurização, congelamento,


refrigeração, evaporação, secagem, etc.

Operações de transformação: moagem, mistura, etc.

Operações de separação: filtração, cristalização, flotação, centrifugação,


sedimentação/decantação, prensagem, peneiramento, destilação,
absorção, adsorção, etc.

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OPERAÇÕES UNITÁRIAS

CLASSIFICAÇÃO (continuação)
2 - De acordo com o TIPO de operação envolvida (bem comum e mais
utilizada):

 Operações mecânicas ou baseadas na transferência de


quantidade de movimento;

 Operações de transferência de calor;

 Operações de transferência de massa.

OPERAÇÕES MECÂNICAS
(baseadas na transf. de qtidade de movimento)

 Operações envolvendo sistemas sólidos granulares:


• Fragmentação
• Transporte
• Peneiramento
• Mistura
• Armazenamento

 Operações envolvendo sistemas fluidos:


• Escoamento de fluidos
• Bombeamento de líquidos
• Movimentação e compressão de gases
• Mistura e agitação de líquidos

 Operações com sistemas sólido-fluido:


• Fluidização de sólidos
• Separações mecânicas: sólidos de líquidos; sólidos e/ou líquidos de gases.

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OPERAÇÕES DE
TRANSFERÊNCIA DE CALOR
 Transferência de calor (com ou sem geração interna, em regime permanente ou
transiente):
• Aquecimento e resfriamento de fluidos
• Condensação
• Ebulição
• Evaporação
• Liofilização
• Transferência de calor por radiação

OPERAÇÕES DE
TRANSFERÊNCIA DE MASSA
• Destilação
• Absorção e “stripping” de gases
• Adsorção
• Extração líquido-líquido
• Lixiviação
• Secagem e umidificação de gases
• Condicionamento de gases
• Secagem de sólidos
• Cristalização
• Troca iônica

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PROCESSO / OP. UNITÁRIAS

O nosso objetivo conhecendo as operações Unitárias:

Classificar e estudar, separadamente, as principais etapas físicas


utilizadas nos projetos de tratamento de resíduos sólidos, líquidos e
gasosos.

PROPRIEDADES
DOS
SÓLIDOS

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IMPORTÂNCIA DE CONHECER O
COMPORTAMENTO DOS SÓLIDOS
Redução de
tamanho

Fluidização

O conhecimento das propriedades dos Transporte


Pneumático
sólidos particulados é fundamental para
o estudo de muitas operações unitárias.
Centrifugação

Decantação
Sedimentação

Filtração

CARACTERIZAÇÃO DE
PARTÍCULA SÓLIDA
O PROJETO e a análise do desempenho de separação sólido-fluido
requer:

 a caracterização físico-química da fase dispersa (sólido);

 o conhecimento da dinâmica da suspensão.

Projetos de filtros, sedimentadores, centrífuga e hidrociclone 


são a maior parte feitos a partir de ensaios experimentais

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CARACTERIZAÇÃO DE
PARTÍCULA SÓLIDA
 Apesar de todas as dificuldades, o levantamento da dinâmica
das partículas sólidas sempre serve de base ao estudo científico
do processo de separação quando se trata de suspensões diluídas.

Personagem principal no estudo de sistemas particulados

MATERIAL SÓLIDO
 Parte integrante do material do processo;
 Produto ou subproduto gerado no processo;
 Resíduo de descarte.

O QUE É UM
SÓLIDO PARTICULADO?

Um material composto de sólidos de


tamanho reduzido (partículas).

O tamanho pequeno das partículas pode


ser uma característica natural ou pode ser
devido a uma etapa prévia de
fragmentação.

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PROPRIEDADES IMPORTANTES
DO SÓLIDO PARTICULADO
 Porosidade;

 Distribuição de tamanhos e tipos de poros;

 Densidade real (absoluta ou massa específica) e aparente;

 Área superficial.

Essas propriedades influenciam operações importantes:

 Adsorção/dessorção de líquidos e gases em sólidos;

 Etapas de separação, etc.

PROPRIEDADES DO SÓLIDO E DO
SISTEMA PARTICULADO

 Dependem da natureza das partículas


(material): forma, dureza, massa específica
(densidade absoluta ou real), calor
específico, condutividade, etc.

 Dependem do sistema (leito poroso):


densidade aparente, área específica,
permeabilidade, etc.

No último caso a propriedade passa a ser


uma característica do conjunto de partículas
e não mais do sólido em si.

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PROPRIEDADE DOS
SÓLIDOS PARTICULADOS
Relacionado ao Tamanho, Forma e Massa específica

 Homogêneo: mesmo tamanho, forma e massa específica

 Heterogêneo: ampla faixa de tamanho, forma e massa específica

Como proceder a separação e classificação?


 Realizada através de operações que se utilizam:
• da dinâmica do sistema sólido-fluido (elutriação);
• das operações puramente mecânica (peneiramento), no caso
de dois sólidos.
 Baseiam-se nas características físicas do material.

TAMANHO DE PARTÍCULA

Granulometria é o termo usado para caracterizar o tamanho das


partículas de um material.

Pós 1 μm até 0,5 mm

Sólidos Granulares 0,5 a 10 mm


Distinguem-se pelo
tamanho cinco tipos de Blocos Pequenos 1 a 5 cm
sólidos particulados:

Blocos Médios 5 a 15 cm

Apenas esses?
Blocos Grandes > 15 cm

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TAMANHO DE PARTÍCULA
Exemplo - solo

Fonte: http://gracieteoliveira.pbworks.com/w/page/51032369/Classifica%C3%A7%C3%A3o

FORMA DAS PARTÍCULAS

 A forma das partículas é determinada pelo sistema cristalino dos sólidos


naturais e, no caso dos produtos industriais, pelo processo de fabricação.

 A forma é uma variável importante. A) Esfericidade e Diâmetro Equivalente

B) Densidade Absoluta (massa específica)

C) Dureza
Parâmetros de forma mais
utilizados D) Fragilidade

E) Aspereza

F) Porosidade ()

G) Densidade Aparente

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A) ESFERICIDADE E
DIÂMETRO EQUIVALENTE
A forma de uma partícula pode ser expressa pela esfericidade (), que
mede o afastamento da forma esférica.

Superfície da esfera (de igual volume da partícula)



Superfície externa da partícula

Logo:  = 1  para uma partícula esférica

 < 1  para qualquer outra forma

0   1

A) ESFERICIDADE

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A) ESFERICIDADE

Escala de comparação visual da forma geométrica e de esfericidade.

Fonte: DIOGO, 2010

A) ESFERICIDADE E
DIÂMETRO EQUIVALENTE
Seja uma partícula de volume (Vp) e área (Ap):

Volume da partícula Diâmetro Equivalente

deq = diâmetro da esfera de mesmo volume da partícula

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A) ESFERICIDADE E
DIÂMETRO EQUIVALENTE
Esfericidade ()

Esfericidade ()

deq = diâmetro da esfera de


mesmo volume da partícula

A) ESFERICIDADE E
DIÂMETRO EQUIVALENTE
Esfericidade ()

2
𝜋 6 3
𝜋 6 𝑑𝑒𝑞 3 . 𝜋
∅=
𝐴𝑃

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Qual a esfericidade do cubo?

Qual a esfericidade de um
cilindro equilátero?

Área da esfera = 4..r2 = .d2


Área do cilindro = 2 x (.R2) + 2..R.H = (2..D2)/4 + .D.H

deq = diâmetro da esfera de mesmo volume da partícula

Volume da esfera = 4/3..r3 = (.d3)/6


Volume do cilindro = .R2.H = (.D2.H)/4 d = ...

 = ...
 = 0,87

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A) ESFERICIDADE E
DIÂMETRO EQUIVALENTE
Número de partículas
Dada uma massa (m) de partículas, de massa específica (densidade
absoluta) (s) e volume (Vp), o número total de partículas (N) pode
ser calculado como:

A) ESFERICIDADE E
DIÂMETRO EQUIVALENTE
Considerando que todas as partículas têm o mesmo volume (Vp):
Área total das partículas (At) = número de partículas (N) x área da partícula (Ap)

Como: Como:
 

Pode ser calculada a área por unidade de massa (área específica)


se conhecemos o diâmetro equivalente para uma partícula i:
t
Área específica

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B) DENSIDADE ABSOLUTA OU
MASSA ESPECÍFICA

Permite classificar os sólidos nas seguintes classes:

 Leves ( < 500 kg m-3) = serragem, turfa, coque

 Intermédios (550 <  < 1000 kg m-3) = produtos agrícolas

 Médios (1000 <  < 2000 kg m-3) = areia, minérios

 Muito Pesados ( > 2000 kg m-3) = minérios de ferro ou chumbo

Apenas esses?

B) DENSIDADE ABSOLUTA OU
MASSA ESPECÍFICA
Densidade Absoluta ou massa específica: massa por unidade de
volume

absoluta ou
Massa específica

Para sólidos (o correto é): Massa específica da substância!!! Densidade de um objeto!!!

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C) DUREZA

Esta propriedade costuma ter dois significados:

 Nos plásticos e metais corresponde a resistência ao corte;

 No caso dos minerais é a resistência que eles oferecem ao serem


riscados por outro sólido.

A escala de dureza que se emprega neste último caso é a de Mohs,


que vai de 1 a 10 e cujos minerais representativos são:

Óxido de
alumínio

C) DUREZA

Mg3Si4O10(OH)2

Ca(SO4).2H2O

CaCO3
CaF2

Ca3(PO4)2(OH, F, Cl)

KAlSi3O8
SiO2
Al2(F,OH)2SiO4
Base Al2O3
C

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D) FRAGILIDADE

D) FRAGILIDADE

 Mede-se pela facilidade à fratura por impacto.

 Muitas vezes não tem relação com a dureza.

• Grande parte dos plásticos são moles, mas não são frágeis,
por se deformarem com facilidade.

Fragilidade: O sólido frágil rompe-se com facilidade sem antes deforma-se e uma de suas
característica é romper bruscamente. Exemplo: grafite ( fragilidade).
Dureza: O sólido duro apresenta resistência a ter sua superfície riscada. Exemplo: pedras preciosas
( dureza).

E) ASPEREZA

E) ASPEREZA

Determina a maior ou menor dificuldade de escorregamento das


partículas.

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F) POROSIDADE DO LEITO ()

F) POROSIDADE ()

É a característica que mais influencia as propriedades do conjunto


(leito poroso).

Porosidade: é a fração de espaços vazios.

Quanto mais a partícula se afasta da forma esférica, mais poroso


será o leito.

F) POROSIDADE DO LEITO ()

Quanto maior a esfericidade menor a porosidade do leito.

Fonte: Pereira, 201-.

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F) POROSIDADE DO LEITO ()

Visualização esquemática de como diferentes tamanhos e arranjos de partículas (grãos) podem


resultar em diferentes valores de porosidade.
(A) poros individuais diminuem com a diminuição da granulometria;
(B) variação da porosidade sob diferentes arranjos de partículas (grãos) (MHHE, 2000).

F) POROSIDADE DO LEITO ()

Relação com a permeabilidade.

Fonte: http://www.netxplica.com

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POROSIDADE DO
MATERIAL SÓLIDO
Tipos de Poros: poros interconectado ou efetivo e poros isolados
(fechados) ou não-interconectados. Existem ainda os poros cegos
ou “dead-end”, que são interconectados apenas por um lado.
Poros
fechados ou
 Poros vazios, não-interconectados, fechados ou isolados
isolados não contribuem para o transporte da matéria Poros cegos
através do material poroso.

 Poros cegos, ainda que possam ser penetrados por


fluidos, contribuem muito pouco para o transporte de
matéria (DULLIEN, 1992). Poros
interconectados

Relacione com a Área de contato/Área superficial!!!

POROSIDADE DO
MATERIAL SÓLIDO
Poros
Poros cegos fechados ou
isolados
Poros
fechados ou
isolados
Poros cegos

Poros
interconectados

Poros
interconectados
TRANSFERÊNCIA DE MASSA!!!
Fonte: Ferreira et al., 2007.

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POROSIDADE DO
MATERIAL SÓLIDO
Dependendo do tipo do meio poroso, a porosidade pode variar de
próximo de zero até perto da unidade.

Por exemplo, metais e alguns


tipos de pedras vulcânicas têm
porosidades muito baixas,
enquanto filtros fibrosos e
isolantes térmicos são
substâncias muito porosas
(CREMASCO, 2012).

POROSIDADE DO
MATERIAL SÓLIDO

Fonte: Lopes et al., 2012.

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CLASSIFICAÇÃO DOS POROS

Classificação dos poros conforme o tamanho (ALLEN, 1997):

 Macroporos – maior que 50 nm;

 Mesoporos – entre 2 e 50 nm;

 Microporos – entre 0,6 e 2 nm;

 Ultramicroporos – menor que 0,6 nm.

Apenas esses?

ÁREA SUPERFICIAL DE SÓLIDOS

Área superficial específica: definida como a área superficial dos


poros por unidade de massa (S) ou volume (Sv) do material poroso.

em vermelho

Propriedade importante para:

 adsorção;

 determinação da efetividade de catalisadores;

 filtração, etc...

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G) DENSIDADE APARENTE (a)


DENSIDADE DO LEITO POROSO
É a densidade do leito poroso, ou seja, a massa total do leito poroso
pelo volume total do leito poroso.

Massa total do leito poroso


a 
Volume total do leito poroso
Pode ser calculada pelo balanço de massa a partir das densidades
absolutas (massa específica) do sólido e do fluido (que muitas vezes é o
ar).
Massa específica do Porosidade
sólido
Proporção de Massa específica
Sólido do fluido
ρa = (1 - ε) . ρp + ε . ρf

MATERIAIS COM
PARTÍCULAS UNIFORMES
Quando as partículas sólidas são todas “iguais”, o problema da
determinação do seu número, volume e superfície externa é
bastante simples.

- Considerando uma partícula isolada: seu tamanho poderá ser


definido pela dimensão linear de maior importância:

 Diâmetro - no caso de uma superfície esférica;

 Aresta - no caso de cubo.

No caso de partículas de outras formas geométricas ou


irregulares, uma dimensão deverá ser arbitrariamente escolhida.

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TAMANHO DA PARTÍCULA

O tamanho da partícula pode ser obtido por diversos meios:

1 – Microscópio

2 – Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)

3 – Difração de Raio Laser

4 – Peneiramento

5 – Decantação

6 – Elutriação

7 – Centrifugação

TAMANHOS DAS PARTÍCULAS

1 – Microscópio

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TAMANHOS DAS PARTÍCULAS

2 – Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)

TAMANHOS DAS PARTÍCULAS

2 – Microscopia Eletrônica de Varredura (MEV)

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TAMANHOS DAS PARTÍCULAS

3 – Difração de Raio Laser


Fluido em movimento  luz incidente  introdução da partícula  descontinuidade da luz
 correlacionada com o tamanho da partícula a partir de softwares matemáticos
(medida de intensidade e ângulo da luz espalhada)

TAMANHOS DAS PARTÍCULAS

4 - Peneiramento: pode ser realizado com peneiras com base


vibratórias. Onde as partículas passam malhas progressivamente
menores, até que fique retida.

O tamanho é a média das duas peneiras.

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TAMANHOS DAS PARTÍCULAS

TAMANHOS DAS PARTÍCULAS

5 - Decantação: o material é disperso em um fluido que


posteriormente é colocado em repouso durante um certo tempo.

A partir das frações de massa separadas em cada tempo de


decantação, calcula-se o tamanho da partícula.

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TAMANHOS DAS
PARTÍCULAS
6 - Elutriação

 O princípio empregado é o mesmo da


decantação, porém a suspensão é mantida
em escoamento ascendente através de
um tubo.
Diâmetro da coluna
 Variando-se a velocidade de maior do que a
Diâmetro
anterior
escoamento, descobre-se o valor ainda
maior
necessário para evitar a decantação das
partículas.

 Esta será a velocidade de decantação do


Lei da conservação das massas:
material.  v A = v A
1 1 1 2 2 2

TAMANHOS DAS PARTÍCULAS

7 - Centrifugação

A força gravitacional é
substituída por uma força
centrífuga cujo valor pode
ser bastante grande.

É útil principalmente
quando as partículas são
muito pequenas e, por
consequência, têm uma
decantação natural muito
lenta.

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MATERIAIS HETEROGÊNEOS

MATERIAIS HETEROGÊNEOS

 Neste caso o material terá que ser separado em frações com


partículas uniformes por qualquer um dos métodos citados
anteriormente: decantação, elutriação, centrifugação, etc.

 O meio mais prático, no entanto, consiste em passar o material


através de uma série de peneiras com malhas progressivamente
menores, cada uma das quais retém parte da amostra.

 Esta operação, conhecida como análise granulométrica, é


aplicável a partículas de diâmetros compreendidos entre 7 cm e 40
µm.

MATERIAIS HETEROGÊNEOS
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA

A análise granulométrica estuda a composição granular das


misturas de partículas, com a finalidade específica de descrever
seu tamanho e superfície.

Os resultados de uma análise granulométrica são representados


geralmente por curva acumulativa da fração em peso.

Fração de partículas menores do que um certo tamanho D (d#,


dp, dst, ...) versus dimensão das partículas.

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MATERIAIS HETEROGÊNEOS
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
 No peneiramento as partículas submetem-se à ação de uma
série de peneiras.

 O tamanho das partículas que passam por uma peneira de


abertura de malha L1 e ficam retidas em outra de abertura L2, é a
média aritmética da abertura das malhas L1 e L2.

 A sequencia de peneiras é padronizada.

MATERIAIS HETEROGÊNEOS
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
A malha de uma peneira é o número de aberturas por unidade
linear de comprimento.

 Nos países que adotam o sistema decimal, toma-se como


unidade linear o centímetro e nos que adotam o sistema inglês
toma-se a polegada.

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MATERIAIS HETEROGÊNEOS
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
Séries de Peneiras mais Importantes

 British Standard (Bs)

 Institute of Mining And Metallurgy (Imm)

 National Bureau of Standards - Washington

 Tyler (Série Tyler) – é a mais usada no Brasil

SÉRIE TYLER

É constituída de quatorze peneiras e tem como


base uma peneira de 200 malhas por polegada
(200 mesh), feita com fios de 0,053 mm de
espessura, o que dá uma abertura livre de 0,074 Menor
Mesh
3
Mesh
mm.

As demais peneiras, apresentam 150, 100, 65, 48,


35, 28, 20, 14, 10, 8, 6, 4 e 3 mesh.

Menor peneira: padronizada  400 mesh  Maior


Mesh
200
Mesh
abertura = 0,037 mm = 37 m  partículas com
diâmetro < 37 μm.

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MATERIAIS HETEROGÊNEOS
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA

Apêndice C8 - Foust et al., 1982 – Princípios das Operações Unitárias

MATERIAIS HETEROGÊNEOS
ANÁLISE GRANULOMÉTRICA
SISTEMAS PADRONIZADOS

Tyler (International Standard Organization)

 Sólidos Grosseiros: abaixo de 4 mesh ( > 4700 μm)

 Finos: de 4 a 48 mesh (300 – 4700 μm)

 Ultra-finos: 48 a 400 mesh (300 - 37 μm)


Mesh: número de abertura por polegada linear

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

CAIRES, F. C. Operações unitárias. Apostila 2º módulo. Centro Universitário Padre Anchieta. Jundiaí, 2009.
CHAVES, A.P. Teoria e prática do tratamento de minérios. 2a Ed. São Paulo: Signus Editora, 2004, 199p.
CREMASCO, M. A. Operações Unitárias em Sistemas Particulados e Fluidomecânicos. São Paulo: Blucher, 2012.
DIOGO, L. A. Sistema de Potabilização de Água. Universidade Eduardo Mondagle, 2010.
EARLE, R. L.; EARLE, M. D. Unit Operations in Food Processing, Web Edition, 2004. The New Zealand Institute of
Food Science & Technology (Inc.). Disponível em: <http://www.nzifst.org.nz/unitoperations/>. Acesso em 01 Mar.
2017.
FERREIRA, O. P. et al. Ecomateriais: desenvolvimento e aplicação de materiais porosos funcionais para proteção
ambiental. Quím. Nova, São Paulo, v. 30, n. 2, p. 464-467, Apr. 2007. Disponível em:
<http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-40422007000200039&lng=en&nrm=iso>. Acesso
em 05 Mar. 2016.
FOUST, A. S. et al. Princípios das Operações Unitárias. 3ed. Rio de Janeiro: LTC, 2000.
GEANKOPLIS, J. G. Transport Process and Unit Operations, 1993.
GOMIDE, R. Operações unitárias. Vol. I, I, II e IV. 1ed. São Paulo: do autor.
LIMA, R. M. F.; LUZ, J. A. M. Análise granulométrica por técnicas que se baseiam na sedimentação gravitacional: Lei
de Stokes. Rem: Rev. Esc. Minas, Apr./June 2001, vol.54, no.2, p.155-159. ISSN 0370-4467.

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