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COMUNIDADE CATOLÉ DOS GONÇALVES

FORMAÇÃO PARA MINISTROS DA SAGRADA COMUNHÃO

Oração do Ministro da Eucaristia

“Senhor: A Igreja me confiou O Ministério Extraordinário da Sagrada Comunhão.


Constituiu-me servidor da comunidade, em Assembléia Litúrgica, que compartilha a
mesa fraternal da Comunhão, na consolação dos enfermos, anciãos e impedidos para
que se fortaleçam com o Pão da Vida. Eu sei, Senhor, que é, em primeiro lugar, um
serviço. Porém, intimamente, o descubro como uma honra: Por meu intermédio, e
através de minhas mãos, faço possível a comum-união de meus irmãos Contigo, no
Sacramento do teu Corpo e do teu Sangue. Por isso, Senhor, consagro-te meus lábios
que te anunciam, minhas mãos que te entregam; consagro-te meu ser, meu corpo e meu
coração para ser tua testemunha leal. Não quero, Senhor, Que minha vida seja um
obstáculo entre meus irmãos e teu mistério. Quero ser uma ponte, quero ser como duas
mãos estendidas… Peço tua ajuda, de modo que eu seja um cristão de verdade, um
cristão ansioso de tua Palavra, uma pessoa de oração e de reflexão, um contemplativo de
teus mistérios; um celebrante feliz de teus Sacramentos e um servidor humilde de todos
os meus irmãos. Que quando eu disser: “O Corpo de Cristo”, eu desapareça e se veja teu
rosto”. Amém.

ORIENTAÇÕES:

a) Segundo as normas contidas no Ritual Sagrada Comunhão e o Culto do Mistério


Eucarístico fora da Missa, o ministro ordinário da exposição do Santíssimo Sacramento
é o sacerdote (bispo ou presbítero) ou o diácono; mas também o ministro extraordinário
(o acólito oficialmente instituído e o ministro extraordinário da Sagrada Comunhão)
pode expor o Santíssimo Sacramento para a adoração dos fiéis, inclusive na Custódia ou
Ostensório: O ministro ordinário da exposição do Santíssimo Sacramento é o sacerdote
ou o diácono, que, no fim da adoração, antes de repor o Santíssimo, abençoa o povo
com o mesmo Sacramento. Porém, na ausência do sacerdote ou do diácono, ou estando
eles legitimamente impedidos, podem expor o Santíssimo à adoração pública dos fiéis e
repô-lo depois, o acólito e outro ministro extraordinário da sagrada comunhão, ou
outrem designado pelo Ordinário do lugar. Todos estes podem fazer a exposição
abrindo o tabernáculo, ou ainda, se for oportuno, depondo a píxide sobre o altar, ou
colocando a hóstia na custódia. No fim da adoração repõem o Santíssimo no
tabernáculo. Mas não lhes é permitido dar a bênção com o Santíssimo (Sagrada
Comunhão e o Culto do Mistério Eucarístico fora da Missa, n. 91).

b) Apesar de poderem expor publicamente o Santíssimo Sacramento, na ausência do


ministro ordenado e, portanto, ordinário, não compete ao ministro extraordinário
“ostentar” o Santíssimo Sacramento, ou seja, caminhar com a Custódia ou Ostensório
em procissão e, muito menos, dar a bênção, como também evidencia o mesmo
documento.

c) Tais situações constituem abuso e falta de respeito às normas do direito litúrgico,


tanto por parte dos leigos e leigas, quanto por parte dos pastores que permitem tais
atitudes que, ao invés, devem ser coibidas de todas as formas.

d) A melhor forma de evitar esses abusos certamente será através de uma formação
litúrgica e teológica mais cuidadosa para todos os que forem desempenhar algum
ministério na vida da Igreja – orientação já emanada pelo nosso Diretório Pastoral
Litúrgico-Sacramental, quando trata da formação dos vários ministérios.

e) Outros abusos também já foram elencados pelo nosso Diretório, tais como “‘missas
de cura e libertação’, ‘Passeios com o Santíssimo’ que não expressam o real significado
do sacramento da Eucaristia” (Diretório Pastoral Litúrgico-Sacramental, n. 74, letra o) e
muitas vezes são inseridos dentro ou ao final da Celebração Eucarística.

f) Outrossim, nosso Diretório aconselha a promover, de maneira saudável, a piedade


eucarística: “as Paróquias promovam e incentivem a Adoração ao Santíssimo
Sacramento, como forma de valorizar o culto do mistério eucarístico fora da Missa, nas
primeiras sextas-feiras do mês e em todas as quintas-feiras (cf. Carta Eucarística do
Congresso Eucarístico de Florianópolis, maio de 2006) (...) valorize-se a bênção
eucarística, como coroamento da Adoração, e não sejam realizados “passeios com o
Santíssimo Sacramento” (Diretório Pastoral Litúrgico-Sacramental, n. 180, letra f e letra
g).

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