POLUIÇÃO VEICULAR –
PCPV
ESTADO DO PARANÁ
MAIO/2011
2
COLABORAÇÃO TÉCNICA
Química: Aimara Tavares Puglielli
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO ............................................................................................................................................... 10
2 OBJETIVO...................................................................................................................................................... 12
2.1 Objetivo Principal .................................................................................................................................. 12
2.2 Objetivos Específicos ............................................................................................................................. 12
3 CONSIDERAÇÕES .......................................................................................................................................... 14
3.1 Programa Nacional De Controle De Qualidade Do Ar ............................................................................. 14
3.2 Padrões de Qualidade do Ar .................................................................................................................. 14
3.3 Efeitos da Poluição Atmosférica ............................................................................................................. 17
3.3.1 Material Particulado (MP) .............................................................................................................. 18
3.3.2 Dióxido de Enxofre (SO2) ................................................................................................................ 18
FIGURAS
TABELAS
1 INTRODUÇÃO
As fontes móveis ou veículos automotores contribuem significativamente para o
comprometimento da qualidade do ar. O Brasil possui uma extensa lista de legislações, resoluções e
instruções normativas relacionadas à qualidade do ar que vem sendo estudadas, desenvolvidas e
atualizadas desde os anos 80. Dentre as criações destas legislações estão:
PRONAR – Programa Nacional de Controle de Qualidade do Ar;
PROCONVE – Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos Automotores e
PROMOT – Programa de Controle da Poluição do Ar por Motociclos e Veículos Similares.
O primeiro a ser estabelecido foi o PROCONVE, criado pela Resolução Nº 18/86 do CONAMA –
Conselho Nacional do Meio Ambiente. O PROCONVE foi desenvolvido pela CETESB – Companhia
Ambiental do Estado de São Paulo – durante os anos 80; posteriormente foi complementado por outras
Resoluções CONAMA e instruções normativas e consolidado pela Lei Federal Nº 8.723, de 29 de
outubro de 1993. Com base em legislações de países europeus, foram estabelecidos limites máximos
de emissão em ensaios padronizados e com combustíveis de referência para diferentes tipos de
veículos automotores. Também foram impostas as necessidades de certificação de protótipos e veículos
em produção, de autorização especial do órgão ambiental federal para uso de combustíveis alternativos,
de recolhimento e reparo dos veículos ou motores encontrados em desconformidade com a produção ou
projeto e de proibição de comercialização de modelos de veículos não homologados junto aos órgãos
responsáveis.
O PRONAR foi criado pela Resolução CONAMA Nº 5, de 15 de julho de 1989, com o intuito de
“permitir o desenvolvimento econômico e social do país de forma ambientalmente segura, pela limitação
dos níveis de emissão de poluentes por fontes de poluição atmosférica, com vistas à melhora da
qualidade do ar, ao atendimento dos padrões estabelecidos e o não comprometimento da qualidade do
ar nas áreas consideradas não degradadas”. São estabelecidos limites para emissões por tipo de fonte e
de poluente, padrões de qualidade do ar, classificação de áreas conforme o nível de qualidade do ar,
além da implantação de uma Rede Nacional de Monitoramento da Qualidade do Ar e a criação de
Inventários de Fontes e de Emissões. Como forma de instrumentalizar as medidas, o PRONAR
incorporou programas que já estavam em funcionamento em 1989, tais como:
PRONACOP: Programa Nacional de Controle da Poluição Industrial;
PROCONVE;
Programa Nacional de Avaliação da Qualidade do Ar;
Programa Nacional de Inventário de Fontes Poluidoras do Ar;
Programas Estaduais de Controle da Poluição do Ar.
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2 OBJETIVO
O Plano de Controle de Poluição Veicular do Estado do Paraná tem por objetivo principal atender
ao disposto no artigo 5° da resolução N° 418, de 25 de novembro de 2009.
“Art. 5° Os órgãos ambientais dos estados e do Distrito Federal
deverão, no prazo de 12 (doze) meses, elaborar, aprovar, publicar o
PCPV e dar ciência do mesmo aos respectivos conselhos estaduais
do meio ambiente, a partir da data de publicação desta Resolução."
3 CONSIDERAÇÕES
Fumaça;
Partículas Inaláveis – PI (outra nomenclatura o chama PM10 ou MP10);
Dióxido de Enxofre – SO2;
Monóxido de Carbono – CO;
Ozônio – O3;
Dióxido de Nitrogênio – NO2.
Os padrões primários definem as concentrações máximas de um componente atmosférico, ou
seja, são os níveis toleráveis, que ao serem ultrapassados, podem afetar a saúde da população. Por não
contemplar toda a natureza, não pode ser considerado como sendo uma proteção ampla, e sim o
mínimo para a proteção à saúde da população, da fauna e da flora, constituindo-se assim como uma
meta de curto e médio prazo.
Os padrões secundários foram criados com base no conhecimento científico atual, para
proporcionar uma maior proteção, definido legalmente às concentrações abaixo das quais se prevê o
mínimo efeito adverso sobre o bem-estar da população, assim como o mínimo dano à fauna e flora, aos
materiais e ao meio ambiente. Pode ser entendido como o nível máximo desejado de concentração de
poluentes, constituindo-se desta maneira como uma meta de longo prazo. A Tabela 1 ilustra os padrões
primários e secundários de Qualidade do Ar, regulamentados pela Resolução SEMA N° 054/06 e os
respectivos tempos de amostragem. Para todos os poluentes há um padrão de curto prazo (horas) e
outro que se aplica para longo prazo, exceto para Ozônio. Os padrões de curto tempo consideram os
efeitos irritantes e agudos dos poluentes, enquanto aqueles de longo tempo consideram os efeitos
acumuladores e crônicos. Os efeitos de curto prazo geralmente são reversíveis, enquanto os de longo
prazo não o são.
Tabela 1 - Padrões Primários e Secundários de Qualidade do Ar
2) Média geométrica para PTS; para as outras substâncias as médias são aritméticas.
3) Não deve ser excedida mais de uma vez por ano.
O padrão – primário ou secundário – que deve ser aplicado depende da Classe da área do
local. A Resolução CONAMA N° 05/89 estabeleceu as Classes I, II e III, sendo que cabe ao Estado a
definição das áreas. No Estado do Paraná, conforme consta no artigo 31 da Lei N° 13.806, áreas de
Classe I são áreas de preservação, lazer e turismo, onde se devem manter as concentrações a um nível
mais próximo possível do verificado sem a intervenção antropogênica. Nas áreas de Classe II é
aplicado o padrão secundário e nas áreas da Classe III o padrão menos rígido, o primário.
Para facilitar a divulgação da informação sobre a qualidade do ar e ao mesmo tempo padronizar
todas as substâncias em uma única escala, tem-se o Índice de Qualidade do Ar. Para cada
concentração gravimétrica (μg/m³) a função atribui um valor índice, que é um número adimensional. Por
definição, ao nível do padrão primário é atribuído um índice de 100, o nível de Atenção equivale a um
índice de 200, o nível de Alerta a um índice de 300 e o nível de Emergência a um índice de 400. Por
exemplo: se analisarmos uma média horária de Ozônio de 160 μg/m³, isto seria exatamente o padrão
primário e, portanto corresponde a um índice de 100. Caso o resultado seja a metade, apenas 80 μg/m³,
o correspondente índice seria 50.
O Índice de Qualidade do Ar também é utilizado na classificação da Qualidade do Ar, separando
esta em seis categorias, de BOA até CRÍTICA, como ilustra a Tabela 3.
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Índice de
PTS 24 h Fumaça 24 h PI 24 h SO2 24 h O3 24 h CO 24 h NO2 24 h
Qualidade do Classificação
(µg/m³) (µg/m³) (µg/m³) (µg/m³) (µg/m³) (µg/m³) (µg/m³)
Ar
0 - 50 Boa 0 - 80 0 - 60 0 - 50 0 - 80 0 - 80 0 - 4,5 0 - 100
>50 - 100 Regular >80 - 240 >60 -150 >50 - 150 >80 - 365 >80 - 160 >4,5 - 9,0 >100 - 320
>100 - 200 Inadequada >240 - 375 >150 - 250 >365 - 800 >365 - 800 >160 - 400 >9,0 - 15 >320 - 1.130
>200 - 300 Má >375 - 625 >250 - 420 >250 - 420 >800 - 1.600 >400 - 800 >15 - 30 >1.130 - 2.260
>300 - 400 Péssima >625 - 875 >420 - 500 >420 - 500 >1.600 - 2.100 >800 - 1.000 >30 - 40 >2.260 - 3.000
>400 Crítica >875 >500 >500 >2.100 >1.000 >40 >3.000
Fonte: IAP.
O ar puro é formado por uma mistura de gases, cuja distribuição percentual média é: 78,0% de
nitrogênio, 20,1% de oxigênio, 0,9% de argônio, 0,03% de dióxido de carbono, 0,002% de neônio e
0,0005% de hélio. Porém, este ar não é encontrado na natureza, servindo apenas como referência
(VESILIND e MORGAN, 2011). O poluente é então a denominação dada a qualquer substância presente
no ar, que devido a sua concentração, possa torná-lo impróprio, nocivo ou ofensivo à saúde,
inconveniente ao bem estar público, danoso aos materiais, à fauna e à flora ou prejudicial à segurança,
ao uso e gozo da propriedade e às atividades normais da comunidade.
Braga et al., (2005), consideram que existe poluição atmosférica quando uma ou mais
substâncias estão presentes em concentrações suficientes para causar danos aos seres humanos. A
poluição atmosférica corresponde às alterações que geram um ar nocivo a população, fauna, flora e aos
materiais, ou seja, alteram as suas características, tornando-o impróprio. Os efeitos desta poluição
podem se manifestar de forma aguda, como, por exemplo, quando olhamos uma fogueira e a fumaça
entra em nossos olhos causando uma forte irritação, com a vantagem de que ao nos afastarmos, os
sintomas desaparecem, porque são reversíveis. Os sintomas irritantes ou tóxicos, que acontecem
quando as concentrações de poluentes se encontram muito elevadas, são graves e por isso mais fáceis
de estudar, porém sua ocorrência é pouco frequente.
Os novos índices indicados pela OMS – Organização Mundial de Saúde – reduziram a média
diária recomendada para inaláveis em um terço, passando de 150 para 50 μg/m³. Com referência
aos demais parâmetros, o teor de ozônio baixou de 160 para 100 μg/m³ (média de 1 hora máxima), o
dióxido de enxofre teve a média reduzida de 100 para 20 μg/m³. Os outros poluentes não foram
avaliados (GUIMARÃES, 2006).
Segundo a Resolução CONAMA N° 03/90, um episódio crítico de poluição atmosférica ocorre na
presença de altas concentrações de poluentes atmosféricos em um período de curto prazo, resultante
da ocorrência de condições meteorológicas desfavoráveis à dispersão dos poluentes. A seguir os
poluentes atmosféricos e seus efeitos sobre a saúde e meio ambiente.
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O dióxido de enxofre é um importante precursor dos sulfatos, que são um dos principais
componentes das partículas inaláveis. É um gás incolor, que provoca asfixia intensa, com um forte odor,
sendo altamente solúvel em água, formando o ácido sulforoso, H 2SO3. É originado de processos que
queimam de óleo combustível, refratários de petróleo e veículos a diesel (SMA, 1997; VESILIND e
MORGAN, 2011).
Mesmo em baixos níveis de concentração, a inalação do dióxido de enxofre pode provocar
espasmos passageiros dos músculos lisos dos bronquíolos pulmonares, causar o aumento da secreção
mucosa e redução do movimento ciliar no trato respiratório, responsável pela remoção do muco e de
partículas estranhas. Pessoas com asma, doenças crônicas cardíacas e pulmonares são mais sensíveis
ao dióxido de enxofre (BRAGA et al., 2005; SMA, 1997).
Em certas condições, o dióxido de enxofre pode se transformar em trióxido de enxofre e, com a
umidade atmosférica, transformar-se em ácido sulfúrico, um dos componentes da chuva ácida, podendo
causar corrosão aos materiais e danos à vegetação, folhas e colheitas (VESILIND e MORGAN, 2011).
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Gás de cor marrom alaranjada, altamente tóxico ao ser humano, com odor forte e irritante. Pode
levar a formação de acido nítrico, nitratos (o qual contribui para o aumento das partículas inaláveis na
atmosfera) e compostos orgânicos tóxicos. Além disto, pode levar a formação da chuva ácida,
causando danos à vegetação e a colheita (SMA, 1997; VESILIND e MORGAN, 2011).
Originado do processo de combustão envolvendo veículos automotores, processos industriais,
usinas térmicas que utilizam óleo ou gás, incinerações, este poluente gasoso causa o aumento da
sensibilidade da asma e à bronquite. Além de irritante das mucosas, provocando uma espécie de
enfisema pulmonar, o dióxido de carbono pode ser transformado nos pulmões em nitrosaminas, algumas
das quais são conhecidas como potencialmente carcinogênicas (SMA, 1997).
O ozônio é um gás altamente reativo, incolor e inodoro nas concentrações ambientais, sendo o
principal componente da névoa fotoquímica. É produzido quando os hidrocarbonetos e óxidos de
nitrogênio reagem na atmosfera, ativados pela radiação solar. Embora tenha origem natural nas
camadas superiores da atmosfera, onde exerce uma importante função ecológica, absorvendo as
radiações ultravioletas do sol, pode ser nocivo nas camadas inferiores da atmosfera. Causa diminuição
da capacidade pulmonar, irritação aos olhos e vias respiratórias. É um perigo para vegetações e
propriedade, causando danos às colheitas, à vegetação natural, plantações agrícolas e a plantas
ornamentais (BRAGA et al., 2005; SMA, 1997; VESILIND e MORGAN, 2011).
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A Região Metropolitana de Curitiba – RMC – composta por 26 municípios, com uma área de
13.041 km². Em 2009, esta possuía uma população de 3.647.468 habitantes (IPARDES, 2000-2010),
apresentando uma taxa de crescimento da população de 49,9 % em relação a 1996. A área urbana da
RMC se estende por 1.051 km², o que corresponde a 8,1 % da área total da mesma (COMEC, 2006).
Além de Curitiba existem outros sete municípios na RMC que possuem uma população acima de
100.000 habitantes: São José dos Pinhais, Colombo, Pinhais, Almirante Tamandaré, Araucária, Campo
Largo e Fazenda Rio Grande.
A rede de monitoramento da Qualidade do Ar da RMC, atualmente conta com doze estações de
amostragem do ar, das quais sete são automáticas. Quatro delas estão localizadas em Curitiba (Cidade
Industrial, Santa Cândida, Boqueirão e Praça Ouvidor), analisando de 30 em 30 segundos os poluentes
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O3, SO2, NO, NO2, CO, PTS e PI. Em Araucária estão localizadas quatro estações automáticas que
analisam O3, SO2, NO, NO2, CO e o PTS ou o PI. A estas estações automáticas, somam-se às quatro
estações manuais de Araucária e Curitiba, as quais fornecem médias diárias de SO2, Fumaça e em
uma delas, o PTS. As estações automáticas e as manuais constituem uma rede de monitoramento que
possibilita a real avaliação das condições da qualidade do ar de Curitiba e da RMC. A Figura 1 mostra
a localização geral das estações de monitoramento dentro dos municípios de Curitiba, Araucária e
Colombo.
A Tabela 4 mostra a lista das estações que compõem a rede de monitoramento da RMC, sua
localização e categoria, os parâmetros medidos em 2009, a data de início de operação e as
instituições/empresas responsáveis pelos custos de operação e manutenção.
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man.) NH3
centro
Região central de Araucária, Fumaça, SO2 ,
Seminário
Bairro Sabiá/ industrial e desde 1985/ IAP
(SEM) NH3
centro
Com medição
Colombo Região central de Colombo,
PTS, PI de parâmetros desde 2006/ IAP
(COL) industrial e centro
meteorológicos
Fonte: Relatório da Qualidade do Ar na Região Metropolitana de Curitiba; Ano de 2009.
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Disponibilidade 24h: média diária máxima: 172,0 µg/m³ (em 14 de agosto de 2009)
40,5 %
nº de ultrapassagens das médias diárias: zero
Disponibilidade 24h: média diária máxima: 368,0 µg/m³ (em 18 de maio de 2009)
92,3 %
nº de ultrapassagens das médias diárias: dez
Fumaça:
Este parâmetro foi monitorado em 4 estações (3 em Araucária e 1 em Curitiba). Este poluente é
na grande maioria das vezes de categoria BOA. De 2008 para 2009 houve diminuição nas médias
anuais em todas as estações e não foi registrada nenhuma violação ao padrão primário anual de 60
µg/m³ estabelecido na Resolução do CONAMA 03/90. A Tabela 6 mostra o monitoramento de Fumaça
por estação.
Tabela 6 - Resultados do monitoramento de Fumaça
parâmetro PI, sendo as três enquadradas na categoria INADEQUADA. A média anual registrada nesta
estação foi de 38,0 µg/m³ o que atende ao padrão anual de 50 µg/m³. O padrão anual é um indicador
mais importante para a proteção da saúde da população, do que o padrão diário, pois este considera os
efeitos acumulativos e geralmente não reversíveis, enquanto o padrão diário visa mais o incômodo
causado. A Tabela 7 mostra o resultado do monitoramento de Partículas Inaláveis - PI por estação.
Tabela 7 - Resultados do monitoramento de Partículas Inaláveis
Disponibilidade 24h: média diária máxima: 203,0 µg/m³ (em 13 de agosto de 2009)
97,0 %
nº de ultrapassagens das médias diárias: três
Ozônio – O3:
As concentrações de O3 foram registradas em sete pontos nas estações automáticas. A Tabela
11 apresenta os números de classificações das médias horárias e das médias horárias máximas.
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As violações aos padrões primários registradas em 2009 e sua distribuição por Estação e
Parâmetros, pode ser vista na Tabela 13. Quando o parâmetro foi monitorado e não houve violações,
tem-se o valor zero (0) em cor azul, quando o parâmetro não foi monitorado tem-se o traço (-), observa-
se em cor laranja os valores superiores a zero.
Tabela 13 - Quantidade de violações por Estação e parâmetro registrado em 2009
Abrangência Metropolitana.
A Figura 2 mostra o Esquema da Rede Integrada de Transporte na RMC.
Retenção de destinos (Em 1974, 92% dos usuários se deslocavam até a região central de
Curitiba. A partir de 2003, apenas 30% dos usuários tem como destino o centro da cidade).
A Figura 4 mostra os corredores de transporte coletivo da RMC.
Linhas Expressas: São operadas por veículos tipo biarticulados, na cor vermelha que ligam os
terminais de integração ao centro da cidade, através de canaletas exclusivas. Embarques e
desembarques são feitos em nível nas estações tubo existentes no trajeto.
Linhas Diretas (Ligeirinhos): Operam com veículos tipo padron, na cor prata, com paradas em
média a cada 3 km, com embarque e desembarque em nível nas estações tubo. São linhas
complementares, principalmente das linhas expressas e interbairros.
Linhas Alimentadoras: são operadas por veículos tipo micro, comum ou articulados, na cor
laranja que ligam terminais de integração aos bairros da região.
Linhas Interbairros: são operados por veículos tipo padron ou articulados, na cor verde, que ligam
os diversos bairros e terminais sem passar pelo centro.
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Linhas Troncais: Operam com veículos tipo padron ou articulados, na cor amarela, que ligam os
terminais de integração ao centro da cidade, utilizando vias compartilhadas.
8. Linhas Especiais:
Linhas Convencionais: Operam com veículos tipo micro ou comum, na cor amarela, que ligam os
bairros ao centro, sem integração.
Linha Turismo: Com saída do centro, passa pelos principais parques e pontos turísticos da
cidade (tarifa diferenciada).
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SITES: Sistema Integrado de Transporte do Ensino Especial. Atende aos alunos da rede de
escolas especializadas para deficientes físicos e/ou mentais de Curitiba, sem custo para estes
usuários.
9. Evolução da RIT
A RMC está localizada no primeiro Planalto do Estado, com um clima subtropical úmido. Os
invernos são brandos, com geadas ocasionais e temperaturas mínimas de aproximadamente -3°C. No
verão são registradas temperaturas de até 35°C. A umidade relativa varia entre 75 e 85% (média
mensal). As precipitações ocorrem durante o ano inteiro, com maior intensidade nos meses de verão
(dezembro, janeiro, fevereiro) e menor no inverno (junho, julho, agosto). A velocidade do vento e a
estabilidade térmica da atmosfera são os parâmetros mais importantes para as condições de dispersão
de poluentes. Boas condições de dispersão expressam que os poluentes estão sendo bem espalhados
pelos mecanismos de transporte, evitando assim a acumulação dos mesmos nas proximidades das
fontes. Se as condições forem consideradas desfavoráveis à dispersão, observa-se uma acumulação,
resultando em altas concentrações dos poluentes ocasionando uma eventual ultrapassagem dos
padrões estabelecidos. É importante salientar que uma concentração menor do que a apresentada no
ano anterior de certo poluente não significa necessariamente que foi lançada uma menor concentração
do mesmo para a atmosfera. Isto também pode ser causado pelas condições mais favoráveis à
dispersão atmosférica.
Outro fator importante para a qualidade do ar, que não pode ser medido na superfície, é a
espessura da camada-limite atmosférica – também chamada de camada de mistura – para a qual são
necessários perfis de temperatura do ar através da camada-limite atmosférica (até no mínimo 2000 m
acima da superfície). As condições reais de qualidade do ar na RMC dependem tanto da estabilidade
atmosférica avaliada na superfície, quanto da espessura desta camada. Pode-se observar que nos
meses de março até outubro as condições desfavoráveis à dispersão prevaleceram, enquanto que no
restante do ano, ocorreram condições favoráveis à dispersão.
Vesilind e Morgan (2011) caracterizam o som como ondas de pressão que se propagam em um
meio, definidas por sua amplitude e frequência, sendo o nível do som designado por dB(A) – decibéis na
escala em A, mais próxima da audição humana. O ruído é como é denominado o som indesejável para
os ouvidos dos seres vivos, em especial os humanos. A poluição sonora é caracterizada como sendo o
conjunto de todos os ruídos provenientes de uma ou mais fontes, que se manifestam ao mesmo tempo
em um determinado local.
Considerando que o ruído excessivo causa danos à saúde física e mental, afetando
particularmente a audição, a Resolução CONAMA N° 272, de 14 de setembro de 2000, estabelece para
os veículos automotores nacionais e importados, fabricados após a data de publicação desta Resolução
– com exceção de motocicletas, bicicletas com motor, motonetas e ciclomotores – limites máximos de
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ruído. A Tabela 15 apresenta os limites máximos permitidos de ruído de acordo com a Resolução
272/2000.
A Tabela 16 mostra os Limites máximos de emissão de ruído para veículos novos de duas
rodas e assemelhados, segundo a NBR8433 – veiculo em aceleração.
Tabela 16 - Limite máximo de emissão de ruído para veículos novos de duas rodas e assemelhados,
segundo a NBR 8433 – veiculo em aceleração
A redução das fontes do ruído costuma ser a maneira mais eficiente para o controle dos
mesmos. Para os ruídos veiculares, a redução da fonte pode ser feita por meio da alteração de projetos
de veículos e da pavimentação. Além disso, a adesão da população a transportes alternativos –
incluindo o transporte público, a bicicleta e o andar à pé – reduzem o excesso de ruídos. Para as áreas
42
A quantidade de poluentes emitidos por automóveis que percorrem uma determinada distância L
(pode ser o comprimento de uma via qualquer ou então a distância percorrida durante um determinado
período de tempo, por exemplo, um ano) pode ser obtida através de
Ei = Fr, j Fe,i L
onde Ei é quantidade emitida do poluente i (em g), Fr,j é a quantidade total de veículos da categoria j, Fe,i
é o fator de emissão do poluente i (dado em g km-1) e L é a quilometragem rodada pelo veículo (em km).
Especificações sobre as informações necessárias para o cálculo das emissões veiculares, ou seja,
sobre categorias de veículos, poluentes considerados e fatores de emissão são apresentados na
sequência.
As categorias de veículos utilizadas pelo INEA e neste Inventário de Emissões com respectivas
definições são apresentadas na Tabela 17.
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Gasolina
Veículo automotor destinado ao transporte de
Flex Fuel
Automóveis passageiros, com capacidade para até 8 pessoas,
GNV
exclusivo o motorista
Etanol
Gasolina
Flex Fuel Veículo automotor destinado ao transporte de pessoas
Veículos comerciais leves
GNV ou carga, com peso bruto total de até 3500 kg
Etanol
Gasolina Veículo automotor de duas rodas com ou sem side-
Motocicletas
Etanol car, dirigido em posição montada
Diversos conjuntos de fatores de emissão veicular, tais como os utilizados pela EPA (United
States Environmental Protection Agency), podem ser utilizados no cálculo das emissões veiculares;
porém, é necessário levar em consideração a composição diferente dos combustíveis, diferentes
motores e diferentes limites máximos de emissão (se existirem) existentes no Brasil.
Os fatores de emissão de poluentes para cada uma das categorias de veículos, conforme a
Tabela 18 são apresentados nesta seção. A Tabela 19 apresenta os fatores de emissão para
automóveis e veículos comerciais leves, por ano de fabricação, para veículos movidos a gasolina e a
etanol para CO, NOx, RCHO, NMHC, CH4 e MP. Como já citado anteriormente os fatores de emissão
foram retirados do Primeiro Inventário Nacional de Emissões Atmosféricas por Veículos Automotores
Rodoviários (MMA, 2011); em alguns casos foram feitas algumas adaptações que serão descritas
posteriormente. Estes fatores são utilizados para veículos novos e que rodaram até 80000 km. A partir
de, e a cada, 80000 km, os fatores de emissão para automóveis e veículos comerciais leves de alguns
dos poluentes devem ser incrementados pelos valores apresentados na Tabela 20.
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Tabela 19 - Fatores de emissão de escapamento de veículos zero km para CO, NOx, RCHO, NMHC, CH4 e
MP para automóveis e veículos comerciais leves movidos a gasolina e a etanol, em g km-1
Fonte: INEA.
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Tabela 20 - Incremento médio de emissões por acúmulo de rodagem, em g km-1 por 80000 km
Tabela 21 - Fatores de emissão de CO, NOx, RCHO, NMHC e CH4 para veículos movidos a GNV
Tabela 22 - Fatores de emissão de CO, NOx, NMHC, CH4 e MP para motocicletas, em g km-1
Ano de
CO NOx NMHC CH4 MP*
fabricação
Até 2002 19,1 0,1 2,21 0,39 0,0287
2003 6,36 0,18 0,71 0,13 0,014
2004 6,05 0,18 0,66 0,12 0,014
2005 3,12 0,16 0,49 0,09 0,0035
2006 2,21 0,17 0,27 0,05 0,0035
2007 1,83 0,16 0,3 0,05 0,0035
2008 1,12 0,09 0,18 0,03 0,0035
2009 1,02 0,1 0,14 0,03 0,0035
Fonte: INEA.
*Para motocicletas usando apenas gasolina.
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Tabela 23 - Fatores de emissão de CO, NOx, NMHC e MP para motores Diesel, em g km-1
Tabela 26 - Incremento médio de emissões por acúmulo de rodagem para veículos bicombustível ou Flex,
em g km-1 por 80000 km
Tabela 27 - Compatibilização entre as categorias de veículos utilizadas pelo INEA e as categorias utilizadas
pelo DETRAN
Cabe salientar que o programa BReve.py permite o cálculo das emissões veiculares por tipo de
veículo, ou seja, automóveis e veículos comerciais leves movidos a gasolina, álcool e Flex
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A distribuição geral da frota veicular do Estado do Paraná, por faixa de idade, é apresentada na
Tabela 29. Esta distribuição está dividida entre Capital e Interior do Estado.
Tabela 29 - Composição da frota do Estado do Paraná por idade
Número de
Combustível Combustível considerado
veículos em 2009
Capital Interior
Ano fabricação
% por ano de fabricação
Até 1983 5,7 8,9
1984 1,31 2,33
1985 1,31 2,33
1986 1,31 2,33
1987 1,31 2,33
1988 1,31 2,33
1989 1,31 2,33
1990 1,31 2,33
1991 2,3 2,63
1992 2,3 2,63
1993 2,3 2,63
1994 2,3 2,63
1995 2,3 2,63
1996 2,3 2,63
1997 2,3 2,63
1998 2,3 2,63
1999 2,3 2,63
2000 2,3 2,63
2001 4,6 3,39
2002 4,6 3,39
2003 4,6 3,39
2004 4,6 3,39
2005 4,6 3,39
2006 9,08 6,29
2007 9,08 6,29
2008 9,08 6,29
2009 em diante 11,86 12,59
55
Capital Interior
Tipo de veículo -1 ‑1
(km ano ) (km ano )
Automóveis e veículos comerciais leves 20000 16000
motocicletas 20000 16000
Veículos movidos a diesel 96000 96000
Veículos Total de
Autom óveis e veículos Cam inhões Cam inhões Cam inhões Ônibus Ônibus
Município/Categoria Motocicletas com erciais leves veículos por
com erciais leves leves m édios pesados urbanos rodoviários
a diesel m unicípio
Categoria/Ano de fabricação Até 1993 1994 a 1997 1998 a 2002 2003 a 2008 2009 em diante Totais
Veículos comerciais leves 1897 602 841 1485 904 5729
Caminhões leves 55 17 24 43 29 168
Caminhões médios 963 305 427 754 459 2908
Caminhões pesados 1386 440 615 1085 661 4187
Ônibus urbanos 86 27 38 67 43 261
Ônibus rodoviários 85 27 38 67 42 259
58
Veículos Total de
Autom óveis e veículos Cam inhões Cam inhões Cam inhões Ônibus Ônibus
Município/Categoria Motocicletas com erciais veículos por
com erciais leves leves m édios pesados urbanos rodoviários
leves a diesel m unicípio
Ano fabricação Até 1993 1994 a 1997 1998 a 2002 2003 a 2008 2009 em diante Totais
Veículos comerciais leves 38589 16270 24016 65949 32031 176855
Caminhões leves 2238 943 1392 3824 1860 10257
Caminhões médios 9428 3975 5867 16113 7827 43210
Caminhões pesados 19059 8036 11861 32572 15821 87349
Ônibus urbanos 1824 769 1135 3118 1516 8362
Ônibus rodoviários 1866 787 1161 3190 1552 8556
60
Ano fabricação Até 1993 1994 a 1997 1998 a 2002 2003 a 2008 2009 em diante Totais
Veículos comerciais leves 26337 8365 11681 20620 12519 79522
Caminhões leves 667 212 296 522 319 2016
Caminhões médios 6531 2074 2896 5113 3106 19720
Caminhões pesados 17921 5692 7949 14031 8519 54112
Ônibus urbanos 1254 398 556 982 598 3788
Ônibus rodoviários 1267 402 562 992 605 3828
63
Ano fabricação Até 1993 1994 a 1997 1998 a 2002 2003 a 2008 2009 em diante Totais
Veículos comerciais leves 29012 9215 12867 22713 13790 87597
Caminhões leves 774 246 343 606 370 2339
Caminhões médios 6255 1986 2774 4897 2975 18887
Caminhões pesados 15527 4932 6887 12157 7381 46884
Ônibus urbanos 1329 422 589 1040 634 4014
Ônibus rodoviários 1360 432 603 1065 648 4108
66
Esta macrorregião, de Londrina, é composta por 115 municípios. A composição de sua frota
veicular, por município, é apresentada na Tabela 52. As composições estimadas da frota por ano de
fabricação, respectivamente, para automóveis e veículos comerciais leves, motocicletas e veículos
movidos a diesel são apresentada nas Tabelas 53, 54 e 55.
Tabela 52 - Composição da frota veicular – Macrorregião de Maringá
Autom óveis e Veículos Total de
Cam inhões Cam inhões Cam inhões Ônibus Ônibus
Município/Categoria veículos Motocicletas com erciais veículos por
leves m édios pesados urbanos rodoviários
com erciais leves leves a diesel m unicípio
ALTAMIRA DO PARANA 484 388 188 0 3 41 6 7 1117
ALTO PARAISO 543 319 135 3 17 46 6 7 1076
ALTO PARANA 2475 1449 554 2 82 281 39 39 4921
ALTO PIQUIRI 1640 980 305 3 58 206 17 18 3227
ALTONIA 4134 3215 788 5 180 446 23 23 8814
AMAPORA 692 504 139 2 24 85 21 22 1489
ÂNGULO 531 298 129 0 25 72 4 4 1062
ARARUNA 2749 1918 497 4 96 414 18 21 5716
ASTORGA 6407 2878 1264 18 611 1273 58 58 12567
ATALAIA 809 482 188 0 47 119 15 17 1675
BARBOSA FERRAZ 1937 1419 372 2 20 171 14 15 3950
BOA ESPERANCA 953 673 266 0 46 183 10 11 2142
BRASILANDIA DO SUL 508 389 118 0 9 58 5 5 1092
CAFEZAL DO SUL 789 450 136 0 29 85 12 13 1514
CAMPINA DA LAGOA 2878 1487 701 5 115 464 19 20 5689
CAMPO MOURAO 25385 11572 4822 107 1334 3002 270 277 46770
CIANORTE 20086 13867 3895 86 1013 1835 123 124 41030
CIDADE GAUCHA 2437 1333 395 3 190 351 40 41 4790
COLORADO 6097 2856 1259 16 682 1189 66 67 12233
CORUMBATAI DO SUL 650 487 173 0 6 56 11 12 1395
CRUZEIRO DO OESTE 4615 2532 696 9 146 495 35 36 8564
CRUZEIRO DO SUL 1040 548 209 1 55 105 10 11 1979
DIAMANTE DO NORTE 1331 731 213 1 77 89 12 13 2467
DOURADINA 1383 1222 259 8 182 455 9 10 3527
DOUTOR CAMARGO 1399 964 279 2 82 210 21 21 2978
ENGENHEIRO BELTRAO 3089 1258 665 8 256 550 39 41 5907
ESPERANCA NOVA 432 266 81 2 12 22 2 2 819
FAROL 587 322 115 0 10 84 4 5 1127
FENIX 886 500 178 2 28 118 5 6 1723
FLORAI 1261 614 295 5 67 169 15 15 2441
FLORESTA 1678 873 487 9 81 274 15 16 3433
FLORIDA 666 259 149 0 22 60 11 12 1179
FRANCISCO ALVES 1074 958 214 1 61 173 11 14 2503
GOIOERE 7001 3425 1441 30 437 1009 38 38 13420
GUAIRACA 1000 684 238 0 46 135 13 14 2130
GUAPOREMA 380 263 80 0 20 55 4 7 805
ICARAIMA 1757 1065 368 3 75 130 15 15 3428
IGUARACU 967 351 151 2 82 147 8 10 1717
INAJA 565 280 127 0 21 37 9 10 1049
INDIANOPOLIS 1004 550 190 4 69 189 4 4 2014
IPORA 3205 2286 613 3 158 409 24 24 6722
IRETAMA 1708 973 345 1 33 183 14 16 3272
ITAGUAJE 1176 447 222 3 60 93 13 13 2027
ITAMBE 1314 821 305 5 96 251 12 12 2816
ITAUNA DO SUL 706 471 80 0 25 49 4 4 1339
IVATE 1342 950 255 5 193 218 30 31 3024
IVATUBA 541 258 93 1 23 63 5 6 990
JANIOPOLIS 1155 767 251 1 35 139 11 12 2371
JAPURA 2033 1209 453 4 119 253 9 10 4090
JARDIM OLINDA 560 163 56 0 30 36 4 4 853
JURANDA 1740 1049 502 5 65 325 7 7 3700
JUSSARA 1390 721 257 1 217 266 16 19 2885
67
LOANDA 4943 3110 1124 17 324 580 30 41 10158
LOBATO 965 434 238 3 121 241 15 16 2036
LUIZIANA 1004 430 187 0 21 150 10 10 1812
MAMBORE 3230 1474 1024 6 171 653 16 17 6591
MANDAGUACU 4428 1864 786 13 409 881 29 32 8440
MANDAGUARI 8574 4489 1629 35 367 851 40 41 16027
MARIA HELENA 915 728 179 0 34 108 12 13 1989
MARIALVA 9070 3792 1914 30 738 1489 52 53 17120
MARILENA 1187 1047 208 1 25 118 12 25 2610
MARILUZ 1536 976 283 1 107 254 32 33 3222
MARINGA 132717 54587 23671 1133 10084 17295 676 677 240871
MIRADOR 321 221 43 0 4 13 5 5 612
MOREIRA SALES 2046 1271 367 2 96 276 29 30 4119
MUNHOZ DE MELLO 775 262 140 0 31 73 6 6 1293
NOSSA SENHORA DAS GRACAS 772 173 119 1 20 33 16 17 1151
NOVA ALIANCA DO IVAI 220 201 53 0 6 16 6 6 508
NOVA CANTU 1039 703 240 0 10 106 8 9 2114
NOVA ESPERANCA 7008 3689 1486 20 440 1031 42 42 13759
NOVA LONDRINA 3994 2118 686 12 256 546 22 22 7662
NOVA OLIMPIA 1116 835 223 0 53 111 9 10 2357
OURIZONA 709 348 103 1 31 101 8 9 1307
PAICANDU 7633 4858 998 6 265 552 39 42 14396
PARAISO DO NORTE 2705 1390 541 3 136 269 32 33 5112
PARANACITY 1790 927 342 2 247 277 29 29 3610
PARANAPOEMA 529 187 89 1 17 76 8 9 906
PARANAVAI 22163 15551 4707 106 1223 2588 116 120 46582
PEABIRU 2826 1118 496 2 68 325 19 19 4873
PEROBAL 1052 594 162 1 38 118 15 16 1994
PEROLA 2626 1878 449 13 121 220 8 9 5324
PLANALTINA DO PARANA 750 552 169 2 31 113 9 10 1636
PORTO RICO 460 294 96 1 38 20 3 3 915
PRESIDENTE CASTELO BRANCO 1028 412 172 2 91 125 14 14 1858
QUARTO CENTENARIO 862 405 165 3 49 177 6 7 1674
QUERENCIA DO NORTE 1664 1279 365 6 43 204 13 13 3588
QUINTA DO SOL 929 397 185 3 36 156 9 10 1725
RANCHO ALEGRE DO OESTE 541 360 123 1 95 254 4 5 1383
RONCADOR 1908 1098 576 1 46 329 16 17 3989
RONDON 2091 1040 449 4 165 342 26 27 4152
SANTA CRUZ MONT CASTELO 1880 1080 388 1 46 208 18 19 3640
SANTA FE 2499 1187 477 4 111 271 15 16 4580
SANTA INES 345 101 58 2 5 14 5 6 536
SANTA ISABEL DO IVAI 1940 1186 380 4 98 201 21 22 3852
SANTA MONICA 471 411 76 2 15 52 5 6 1038
SANTO ANTONIO DO CAIUA 447 320 81 0 14 21 6 6 895
SANTO INACIO 1282 554 269 8 77 130 10 11 2339
SAO CARLOS DO IVAI 1222 981 254 1 115 279 16 17 2887
SAO JOAO DO CAIUA 1071 484 227 0 18 78 14 15 1908
SAO JORGE DO IVAI 1291 623 426 3 114 372 10 12 2849
SAO JORGE DO PATROCINIO 1177 1032 280 1 39 134 9 9 2681
SAO MANOEL DO PARANA 409 331 63 0 4 43 6 8 861
SAO PEDRO DO PARANA 413 266 73 0 16 34 3 4 809
SAO TOME 1167 641 183 1 73 136 18 18 2237
SARANDI 17624 13447 2258 11 1097 1831 92 93 36459
TAMBOARA 897 782 223 0 33 85 10 10 2040
TAPEJARA 3078 1758 509 4 331 432 52 52 6218
TAPIRA 1161 850 222 1 37 148 15 15 2448
TERRA BOA 3953 2007 658 6 263 613 37 38 7575
TERRA RICA 3214 2804 602 5 309 404 34 35 7407
TUNEIRAS DO OESTE 1303 1229 264 0 28 125 16 17 2982
UBIRATA 5216 2803 1356 15 273 925 32 32 10651
UMUARAMA 29197 16695 5634 178 1752 3441 141 143 57182
UNIFLOR 504 237 102 0 16 46 8 8 920
XAMBRE 1138 636 175 1 61 125 7 7 2149
Total por categoria 452194 242281 86216 2052 28472 58387 3247 3375 876186
Ano fabricação Até 1993 1994 a 1997 1998 a 2002 2003 a 2008 2009 em diante Totais
Veículos comerciais leves 28554 9069 12665 22355 13573 86216
Caminhões leves 679 215 301 532 325 2052
Caminhões médios 9429 2995 4182 7382 4484 28472
Caminhões pesados 19337 6142 8577 15139 9192 58387
Ônibus urbanos 1075 341 476 841 514 3247
Ônibus rodoviários 1117 355 495 875 533 3375
69
Autom óveis e veículos Veículos com erciais Cam inhões Cam inhões Cam inhões Ônibus Ônibus Total
Município/Categoria Motocicletas
com erciais leves leves a diesel leves m édios pesados urbanos rodoviários m unicípio
Ano fabricação Até 1993 1994 a 1997 1998 a 2002 2003 a 2008 2009 em diante Totais
Veículos comerciais leves 25763 8183 11427 20170 12245 77788
Caminhões leves 658 209 292 515 314 1988
Caminhões médios 8285 2631 3674 6486 3941 25017
Caminhões pesados 18358 5831 8142 14373 8727 55431
Ônibus urbanos 1082 343 480 847 516 3268
Ônibus rodoviários 1125 357 499 881 536 3398
72
macrorregião do Litoral é 0,4 x 1000 ton = 400 toneladas ou 400000 kg. Estas tabelas referem-se,
respectivamente, às macrorregiões do Litoral, RMC, Ponta Grossa, Londrina, Maringá e Cascavel.
Tabela 61 - Quantidades de poluentes emitidos (1000 toneladas) – Macrorregião Litoral
Automóveis e veículos comerciais leves Motocicletas Veículos movidos a diesel Total de poluente emitido
Poluente
(1000 ton) (1000 ton) (1000 ton) (1000 ton)
CO 5,079 4,052 1,995 11,127
NOx 0,401 0,046 0,607 1,054
RCHO 0,015 0 0 0,015
NMHC 0,384 0,479 9,943 10,805
CH4 0,021 0,085 0 0,106
MP 0,001 0,007 0,393 0,4
CO2 140,907 91,653 955,219 1187,779
Automóveis e veículos comerciais leves Motocicletas Veículos movidos a diesel Total de poluente emitido
Poluente
(1000 ton) (1000 ton) (1000 ton) (1000 ton)
CO 128,08 45,289 30,551 203,92
NOx 10,671 0,749 9,292 20,712
RCHO 0,417 0 0 0,417
NMHC 9,979 5,557 152,252 167,788
CH4 0,869 0,977 0 1,846
MP 0,042 0,084 6,013 6,139
CO2 5361,507 1631,497 15593,654 22586,659
Automóveis e veículos comerciais leves Motocicletas Veículos movidos a diesel Total de poluente emitido
Poluente
(1000 ton) (1000 ton) (1000 ton) (1000 ton)
CO 50,17 24,984 24,108 99,262
NOx 3,963 0,294 7,329 11,586
RCHO 0,149 0 0 0,149
NMHC 3,792 2,965 120,127 126,883
CH4 0,207 0,524 0 0,731
MP 0,011 0,042 4,745 4,798
CO2 1395,586 599,974 11529,487 13525,047
Automóveis e veículos comerciais leves Motocicletas Veículos movidos a diesel Total de poluente emitido
Poluente
(1000 ton) (1000 ton) (1000 ton) (1000 ton)
CO 60,551 39,724 23,138 123,413
NOx 4,783 0,458 7,036 12,277
RCHO 0,18 0 0 0,18
NMHC 4,576 4,699 115,306 124,581
CH4 0,249 0,832 0 1,081
MP 0,013 0,065 4,554 4,633
CO2 1684,382 918,625 11589,295 14192,303
Automóveis e veículos comerciais leves Motocicletas Veículos movidos a diesel Total de poluente emitido
Poluente
(1000 ton) (1000 ton) (1000 ton) (1000 ton)
CO 56,496 43,583 26,538 126,617
NOx 4,462 0,498 8,069 13,028
RCHO 0,168 0 0 0,168
NMHC 4,27 5,148 132,242 141,66
CH4 0,233 0,911 0 1,144
MP 0,013 0,071 5,223 5,307
CO2 1571,577 989,575 12856,798 15417,95
74
Automóveis e veículos comerciais leves Motocicletas Veículos movidos a diesel Total de poluente emitido
Poluente
(1000 ton) (1000 ton) (1000 ton) (1000 ton)
CO 52,714 33,927 24,707 111,348
NOx 4,164 0,392 7,511 12,067
RCHO 0,157 0 0 0,157
NMHC 3,984 4,014 123,112 131,111
CH4 0,217 0,71 0 0,927
MP 0,012 0,056 4,863 4,93
CO2 1466,348 786,408 11805,886 14058,641
Automóveis e veículos comerciais leves Motocicletas Veículos movidos a diesel Total de poluente emitido
Poluente
(1000 ton) (1000 ton) (1000 ton) (1000 ton)
CO 353,09 191,559 131,037 675,687
NOx 28,443 2,437 39,844 70,724
RCHO 1,087 0 0 1,087
NMHC 26,984 22,862 652,983 702,829
CH4 1,795 4,039 0 5,834
MP 0,092 0,324 25,791 26,208
CO2 11620,308 5017,732 64330,339 80968,379
A contribuição de cada uma das macrorregiões nas emissões de cada um dos 7 poluentes, em
1000 toneladas, é apresentada na Tabela 68. A Figura 18 representa a parcela de contribuição de cada
macrorregião nas emissões de cada um dos sete poluentes.
78
Figura 19 - Contribuição nas emissões totais (somados todos os poluentes) por macrorregião
As estimativas de emissões apresentadas neste Inventário foram obtidas para a frota de veículos
existente no Estado do Paraná no mês de março de 2011. As estimativas de quantidades de veículos
por ano de fabricação foram realizadas de acordo com informações de número de veículos por faixa de
idade e por tipo de combustível; desta forma, tanto a composição de frota por ano de fabricação como
os valores de poluentes emitidos são aproximados. Salienta-se também que as emissões estimadas
correspondem às emissões da frota existente no Estado do Paraná para o período de um ano e para a
quilometragem média por veículo considerada.
80
7.1 Introdução
O PCPV apresentado auxilia na definição de áreas onde a frota veicular é uma importante fonte
de poluentes atmosféricos. Com base nas informações apresentadas, verifica-se, de maneira geral, a
necessidade da redução das emissões de poluentes geradas pela frota de veículos circulantes no
Estado do Paraná, com base no inventário de emissões de fontes móveis e em dados do monitoramento
da qualidade do ar.
Os benefícios diretos esperados com a implantação do Programa de Inspeção e Manutenção de
Veículos em Uso – I/M são, principalmente, a diminuição do consumo de combustível e a redução da
emissão de poluentes e ruídos, com a melhoria da qualidade do ar, particularmente nos maiores centros
urbanos. A redução de emissões dos veículos em uso é necessária para garantir que as exigências para
os veículos novos sejam mantidas ao longo de sua vida útil, conforme previsto pelo
PROCONVE/PROMOT.
Embora a rede de qualidade do ar do Estado do Paraná seja monitorada continuamente apenas
na RMC, outras regiões do estado possuem frotas veiculares com um número expressivo o suficiente
para lançar anualmente muitas toneladas de poluentes tóxicos na atmosfera (ver detalhes no item 6).
A rede estadual de monitoramento da qualidade do ar possui estações em locais em que
elevadas concentrações ambientais de poluentes emitidos por indústrias e frota automotiva, são
esperadas. No caso de Curitiba, algumas estações estão instaladas em áreas estritamente urbanas
(bairro e centro), onde as concentrações medidas são de origem veicular.
Segundo o Art. 12 da Resolução CONAMA 418/09, o Programa de Inspeção e Manutenção de
Veículos em Uso – I/M deverá ser implantado prioritariamente em regiões que apresentem, com base
em estudo técnico, um comprometimento da qualidade do ar devido às emissões de poluentes, pela
frota circulante.
Entretanto, como meta de longo prazo, é desejável que todos os veículos do estado estejam
contemplados na frota-alvo, a exemplo de outros estados brasileiros, que estão estendendo o programa
para toda a frota circulante. Desde o Código de Trânsito Brasileiro, de 1997, já existe a previsão de
inspeção veicular, tratando não apenas das emissões atmosféricas, mas também dos itens de
segurança.
A ampliação da rede de monitoramento de qualidade do ar, o uso de estações móveis, as
informações de emissões por fontes fixas industriais e levantamentos de dados da saúde da população
81
A base para a elaboração deste programa é a Resolução CONAMA 418/09, que obriga todos os
estados a criarem o seu PCPV e, quando aplicável, definir o Programa de Inspeção e Manutenção de
Veículos em Uso (Programa I/M). Este programa deve priorizar ações em locais cuja frota veicular seja
importante fonte de poluição atmosférica, ou seja, onde é necessária a adoção de medidas de controle e
redução das emissões atmosféricas para a melhoria ou proteção da qualidade do ar. Além do problema
do lançamento de gases tóxicos pelos veículos, o programa prevê o controle das emissões sonoras,
visando o conforto acústico quanto aos níveis de ruídos.
O CONAMA atribui ao órgão estadual de meio ambiente a responsabilidade pela execução do
Programa I/M. Com base no PCPV e nos dados apresentados do Inventário de Fontes Móveis, a
emissão total de poluentes no Estado do Paraná é de 80.968.379 t de gás carbônico e mais 1.482.369 t
de gases tóxicos, sendo:
675.687 t de CO;
70.724 t de NOx;
1.087 t de RCHO;
702.829 t de NMHC;
5.834 t de CH4;
26.208 t de MP.
A distribuição dessas emissões não é homogênea no território paranaense e variam ainda com o
tipo de veículo, conforme detalhado no inventário.
Dentre as macrorregiões definidas no PCPV, a da RMC possui a maior emissão total: 400.822 t
de material particulado e gases tóxicos (não se considera aqui as emissões de CO 2), conforme mostra a
Figura 20. O litoral é a macrorregião que tem a menor frota e, portanto, a menor emissão: 23.507 t de
material particulado e gases tóxicos. As demais regiões possuem quantidades de emissão que variam
entre 243.409 a 287.924 t de poluentes emitidos, capazes de causar impactos locais e regionais. Neste
contexto, a análise da emissão do CO 2 não é inserida, por se tratar de um poluente importante para a
escala global de poluição.
82
Figura 20 - Emissão total de gases tóxicos (CO, NOx, RCHO, NMHC, CH4 e MP) por macrorregião (em
toneladas de poluentes).
automóveis e veículos comerciais leves, quase 250 mil motocicletas e quase 335 mil veículos a diesel.
No litoral, são pouco mais de 40 mil veículos leves, 22,5 mil motocicletas e 13,5 mil veículos a diesel.
Nas demais regiões, há em média 440 mil veículos leves, 197 mil motocicletas e perto de 170 mil
veículos a diesel.
Os dados do DETRAN/PR permitem concluir (Figura 23) que o interior possui frota mais
envelhecida do que na capital. Enquanto Curitiba tem 45,5% dos seus veículos com até 5 anos de uso, o
interior tem uma proporção menor, de 31,5%. Para veículos de 6 a 10 anos a diferença é baixa, mas
para veículos mais velhos o interior supera consideravelmente a capital. O interior possui mais de 25%
dos veículos com mais de 21 anos de uso.
A Macrorregião RMC é a área prioritária para a implantação do Programa I/M. Além das fontes
industriais existentes nessa região, a frota veicular é bastante expressiva e a principal contribuinte para
alguns dos poluentes nas áreas urbanas e até mesmo nas áreas industriais. Mais especificamente, as
primeiras etapas do plano irão considerar dos municípios da RMC, como sendo prioritários os que
possuem frota de pelo menos 25 mil veículos, com base nos dados de março de 2011, utilizados na
elaboração deste PCVC. São eles: Curitiba, São José dos Pinhais, Colombo, Pinhais, Araucária, Campo
Largo, Almirante Tamandaré, Piraquara e Fazenda Rio Grande.
Em princípio, a macrorregião com menor problema de poluição veicular é o Litoral, por haver
uma frota reduzida em relação às outras macrorregiões. Entretanto, o estado possui forte atividade
agrícola com uso intensivo do modal rodoviário para transporte da safra. Isso faz com que haja uma
circulação de médias e longas distâncias de caminhões que atravessam várias cidades em direção ao
Porto de Paranaguá, no litoral paranaense (e também para outros estados vizinhos). Além disso, o
acesso ao litoral por veranistas faz com que a circulação nas estradas de acesso e vias locais seja
elevada em algumas épocas do ano, com aumento significativo das emissões atmosféricas e ruídos.
Esse é um dos motivos pelo qual se tem como meta de longo prazo a adoção de medidas de
controle e fiscalização de poluição aplicável a toda a frota, que será uma tendência não só do Estado do
Paraná, mas de muitos outros estados no Brasil. Além desse motivo, a não exigência da implantação do
Programa I/M pode acarretar em evasão de veículos licenciados das cidades em que há exigência de
inspeção, mesmo que isso seja uma prática em desacordo com as legislações e normativas de trânsito.
Portanto, após a macrorregião da RMC, será implantado o Programa I/M nas demais macrorregiões do
estado, a médio e longo prazo.
Em todas as seis macrorregiões definidas no PCPV a implementação de inspeção veicular
ocorrerá de forma gradativa, das cidades com maior número de veículos licenciados para as que
possuem menor frota cadastrada.
Na fase correspondente ao início de atuação do Programa I/M nas demais regiões, se juntarão
aos municípios já citados da RMC, os que possuem frota superior a 30 mil veículos (base de dados de
março de 2011). São eles: Curitiba, São José dos Pinhais, Colombo, Pinhais, Araucária, Campo Largo,
Almirante Tamandaré, Piraquara, Fazenda Rio Grande, Paranaguá, Ponta Grossa, Guarapuava, Pato
Branco, Londrina, Arapongas, Apucarana, Cambé, Maringá, Umuarama, Campo Mourão, Paranavaí,
Cianorte, Cascavel, Foz do Iguaçu, Toledo e Francisco Beltrão. Na última fase do plano, no sexto ano, o
Programa I/M terá abrangência em todos os municípios do estado.
86
A frota-alvo será definida de forma a abranger parcelas diferentes da frota licenciada para cada
etapa de implantação do Programa de Inspeção e Manutenção de Veículos em Uso – I/M.
Serão dispensados da inspeção os veículos concebidos unicamente para aplicações militares,
agrícolas, de competição, tratores, máquinas de terraplenagem e pavimentação e outros de aplicação ou
de concepção especial sem procedimentos específicos para a obtenção do licenciamento. Serão
dispensados também os veículos de fabricação anterior a 1970 e veículos equipados com motor 2
tempos.
A frota-alvo deve ser definida por município, com base na sua contribuição para o
comprometimento da qualidade do ar (Art. 6º; Inciso VII, Paragrafo 3º da Resolução CONAMA 418/09).
Por isso, conforme já abordado na seção anterior, a implantação não será igual em cada macrorregião
do estado, mas priorizará as cidades que possuem número significativo de veículos. Apenas como meta
de longo prazo e considerando o que já é estabelecido no Código de Trânsito Brasileiro, todos os
municípios farão parte do Programa I/M.
A frota-alvo inicial compreenderá a frota de veículos de uso intenso das maiores cidades do
estado, especialmente aquela voltada ao transporte público e de cargas. Desta maneira, integrarão a
primeira etapa do programa todos os veículos com motores do Ciclo Diesel.
Em seguida, em outra etapa de implantação, serão adicionados à frota-alvo os veículos do Ciclo
Otto (incluindo as motocicletas) mais novos (fabricação a partir de 2005), depois os fabricados a partir
de 2002 e, por fim, os veículos mais antigos.
Veículos novos devem atender aos padrões específicos de emissão. No seu primeiro ano de
licenciamento, estes veículos estarão dispensados da vistoria. Pelos estudos apresentados no PCPV, os
veículos mais antigos são os que mais poluem. A título de exemplo, segundo dados do INEA, um veículo
leve com fabricação anterior a 1983, quando novo, tinha fator de emissão de 33,0 g/km de CO contra
0,30 g/km de CO para um veículo produzido em 2009, conforme mostrado detalhadamente em seção
anterior do PCPV. O INEA considera ainda, nas emissões veiculares, um acréscimo na taxa de emissão
para cada 80.000 km rodados, que no caso ainda do CO o incremento é de 0,263 g/km (quase
equivalente a um veículo novo, fabricado em 2009). Da mesma forma, para os veículos com motores a
Diesel e de motocicletas a redução das emissões ao longo dos últimos anos foi bastante expressiva,
resultado do PROCONVE/PROMOT.
Entretanto, este programa prevê a necessidade de que os Postos de Inspeção Veicular tenham
tempo para estarem operando adequadamente. Haverá também a necessidade de reestruturação de
oficinas particulares que oferecem serviços de reparos e manutenção em veículos. Como a frota mais
nova terá menor índice de reprovação nas inspeções, a rede de oficinas para reparação terá tempo
87
Antes do início da operação do Programa I/M, deverá haver tempo hábil para processos
licitatórios ou equivalentes, tempo para construção dos postos de inspeção em número e tamanho
adequado para as áreas prioritárias, instalação de equipamentos e também para integração do sistema
de informações com os órgãos de trânsito.
A Instrução Normativa IBAMA 6/2010 determina prazos máximos para que os fabricantes e
empresas de importação de veículos automotores disponham de procedimentos e infraestrutura para
divulgação sistemática das recomendações e especificações de calibração, regulagem e manutenção do
motor, dos sistemas de alimentação de combustível, de ignição, de partida, de arrefecimento, de
escapamento e, sempre que aplicável, dos componentes de sistemas de controle de emissão de gases,
partículas e ruído, bem como dos parâmetros de verificação do sistema de diagnose de bordo (ODB).
Os prazos para a divulgação pelas montadoras e importadoras são (a partir da publicação da IN, que foi
em 08/06/2010):
180 dias – veículos a partir do ano-modelo 2003, inclusive, até os veículos ano-modelo 2011;
360 dias – veículos a partir do ano-modelo 1997, inclusive, até os veículos ano-modelo 2002;
540 dias – veículos a partir do ano-modelo 1987, inclusive, até os veículos ano-modelo 1996;
720 dias – veículos a partir do ano-modelo 1986, inclusive, até os veículos ano-modelo 1970.
Este último item motivou neste Programa a dispensa de carros com ano-modelo inferior a 1970
da realização da inspeção obrigatória, seguindo o mesmo critério da Instrução Normativa citada. O maior
prazo de adequação das montadoras e importadoras para fornecerem os dados é mais um motivo que
88
ETAPA/
Macrorregião Abrangência Frota-alvo
ANO
1 Curitiba, São José dos Pinhais, Colombo, Pinhais, Araucária, Campo Largo,
RMC Ciclo Diesel – Licenciados de 1970 a 2011
2013 Almirante Tamandaré, Piraquara e Fazenda Rio Grande
Curitiba, São José dos Pinhais, Colombo, Pinhais, Araucária, Campo Largo,
Almirante Tamandaré, Piraquara, Fazenda Rio Grande, Paranaguá, Ponta Ciclo Diesel – Licenciados de 1970 a 2013;
3 RMC, LITORAL, PONTA GROSSA,
Grossa, Guarapuava, Pato Branco, Londrina, Arapongas, Apucarana, Cambé, Ciclo Otto, Motocicletas e Assemelhados do
2015 LONDRINA, MARINGÁ, CASCAVEL
Maringá, Umuarama, Campo Mourão, Paranavaí, Cianorte, Cascavel, Foz do Ciclo Otto – Licenciados de 2002 a 2013
Iguaçu, Toledo e Francisco Beltrão
Curitiba, São José dos Pinhais, Colombo, Pinhais, Araucária, Campo Largo,
Almirante Tamandaré, Piraquara, Fazenda Rio Grande, Paranaguá, Ponta Ciclo Diesel – Licenciados de 1970 a 2014;
4 RMC, LITORAL, PONTA GROSSA,
Grossa, Guarapuava, Pato Branco, Londrina, Arapongas, Apucarana, Cambé, Ciclo Otto, Motocicletas e Assemelhados do
2016 LONDRINA, MARINGÁ, CASCAVEL
Maringá, Umuarama, Campo Mourão, Paranavaí, Cianorte, Cascavel, Foz do Ciclo Otto – Licenciados de 1996 a 2014
Iguaçu, Toledo e Francisco Beltrão
Curitiba, São Jse dos Pinhais, Colombo, Pinhais, Araucária, Campo Largo,
Almirante Tamandare, Piraquara, Fazenda Rio Grande, Paranaguá, Ponta Ciclo Diesel – Licenciados de 1970 a 2015;
5 RMC, LITORAL, PONTA GROSSA,
Grossa, Guarapuava, Pato Branco, Londrina, Arapongas, Apucarana, Cambé, Ciclo Otto, Motocicletas e Assemelhados do
2017 LONDRINA, MARINGÁ, CASCAVEL
Maringá, Umuarama, Campo Mourão, Paranavaí, Cianorte, Cascavel, Foz do Ciclo Otto – Licenciados de 1970 a 2015
Iguaçu, Toledo e Francisco Beltrão
Ciclo Diesel – Licenciados de 1970 a 2016;
6 RMC, LITORAL, PONTA GROSSA,
Todos Ciclo Otto, Motocicletas e Assemelhados do
2018 LONDRINA, MARINGÁ, CASCAVEL
Ciclo Otto – Licenciados de 1970 a 2016
Uma vez fazendo parte da frota-alvo, o veículo passará pela inspeção anualmente, pois
ela será obrigatória e estará vinculada ao processo de licenciamento anual do veículo.
Entretanto, futuras revisões do PCPV poderão modificar a frota-alvo.
Nas futuras revisões do Programa, veículos de uso intenso (veículos leves comerciais, veículos
pesados e taxis) poderão ter inspeções com menor intervalo de tempo ou ainda terem medidas
específicas de incentivo à manutenção e fiscalização da frota, principalmente aquela voltada ao
89
segurança, quando estas forem implantadas no Estado do Paraná, devendo ser evitada a
coexistência de programas duplicados de emissões e segurança.
Dessa forma, o Programa I/M deverá ser implantado de modo a possibilitar integração
futura com o programa de inspeção de segurança veicular previsto no Código de Trânsito
Brasileiro.
Os centros de inspeção deverão prever espaço adicional para o caso de integração com
as atividades de verificação das condições de segurança dos veículos.
O plano para implantação de inspeção de segurança deverá ser implantado
considerando em consonância com PCPV, embora este possa ser alterado em função da
inclusão das inspeções de segurança em futuras revisões, caso seja necessário.
dimensionados de modo a não gerar demora ou grandes filas de atendimento. Deverá ser
limitado em 30 minutos o tempo de espera para o início da inspeção.
Os centros de inspeção devem ser construídos em locais onde sua operação não
implique em prejuízo ao tráfego em suas imediações. Eles devem ter área de estacionamento
para funcionários e visitantes, áreas de circulação e espera dos veículos, área coberta para
serviços gerais e administrativos e instalações para guarda de equipamentos, materiais, peças
de reposição e outros suprimentos necessários à adequada operação de um centro de
inspeção.
A operação e os procedimentos devem prever agendamento prévio para evitar horários
de picos de atendimento e também ociosidade do centro de inspeção.
Outros procedimentos e características das linhas de inspeção estão detalhadamente
descritos na Instrução Normativa IBAMA 6/2010.
8 CONCLUSÃO
REFERÊNCIAS
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2009.
BRAGA, et al., Introdução a Engenharia Ambiental, 2°ed, Prentice Hall Brasil, 2005.
FEPAM, Fundação Estadual de Proteção Ambiental Henrique Luis Roessler. Plano de Controle de
Poluição Veicular, 2010.
MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE (MMA). In: MMA. Primeiro Inventário Nacional de Emissões
Atmosféricas por Veículos Automotores Rodoviários: Relatório Final. 2011. Disponível em:
95
SANTANA, E.; TSAI, D.; FERREIRA, A. L.; Estimativa das Emissões de MP e NOx da Frota Diesel,
IEMA, São Paulo, 2008.
SMA, Por um transporte sustentável. São Paulo: Secretaria de Estado do Meio Ambiente, 1997.
USEPA. Procedures for Emission Inventory Preparation – Volume IV: Mobile Sources, Emission
Planning and Strategies Division, Office of Mobile Sources and Technical Support Division Office of Air
Quality Planning and Standards, Dezembro, 1992.
VESILIND, P. A.; MORGAN, S. M. Introdução à Engenharia Ambiental. São Paulo: Cengage Learning,
2°ed, 2011.