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WAIREKZ NEVES SILVA 1161468

Educação Física Bacharelado

ATIVIDADES FÍSICAS PARA POPULAÇÕES ESPECIAIS


Professor; SELMA RIBEIRO

PRIMEIRA ATIVIDADE

CENTRO UNIVERSITÁRIO CLARETIANO

BELO HORIZONTE 2017


1) Mas, afinal, o que caracterizam os paradigmas histórico-sociais da exclusão, da
segregação e da integração que, até hoje, influenciam nossas atitudes, costumes e
hábitos cotidianos? Em sua resposta deverá conter: a característica de cada tipo de
atendimento (paradigmas histórico-sociais da exclusão, da segregação e da
integração), isto é, você deverá descrever de que forma as pessoas com alguma
deficiência ou desenvolvimento atípico eram ou são atendidas de acordo com cada
paradigma, como foi ou está sendo este tipo de atendimento.

R: Conhecido como fase da negligência o paradigma da exclusão,


característica mais marcante é a ausência de atendimento. Exclusão total é
quando a pessoa não tem qualquer tipo de atendimento, em todos os sentidos
relacionados às condições de vida, como saúde, educação, convívio social e
moradia. A exclusão total é justamente a condição marcante na Antiguidade e
no período pré-cristão, no que tange às pessoas com desenvolvimento atípico.
Paradigma da exclusão se refere ao período em que sociedade se isentou de
qualquer responsabilidade para com a pessoa com deficiência. Nesta época
essas pessoas eram consideradas inválidas e sem utilidade para desempenhar
funções produtivas, condicionando sua deficiência a um estado não passível de
mudanças, além de basear-se na religião para justificar o processo de exclusão
pautado em questões místicas e oculta, o que foi vivenciado na Idade Antiga,
Idade Média e parte da Idade Moderna (MAZZOTA, 1995; SASSAKI,1997;
BRUNO, 2006).

O paradigma da segregação marca o período histórico da Idade Média e parte


da Idade Moderna, sofrendo grande influência tanto das concepções religiosas
vigentes quanto do início dos estudos das ciências. Havia a superstição, em
determinadas civilizações, de que a deficiência estava associada a uma possível
"desarmonia" ou ao “pecado”, em função de práticas de punição vigentes que
previam a amputação de segmentos do corpo como um castigo. Transtornos
comportamentais também eram associados à bruxaria, o que tornava as
possibilidades de sobrevivência das pessoas que apresentavam essas
características de desenvolvimento muito pequenas. Por força da crença cristã
de que todos eram “filhos de Deus” e então possuidores de alma, o extermínio
já não era mais tão enfático como ocorria na Antiguidade, mas o atendimento
social e educacional às pessoas com deficiência ainda era ausente e o seu
tratamento se caracterizava por caridade e tolerância ou por castigo
(PESSOTTI, 1984). Devido a essa característica de separar as pessoas "anor-
mais" das "normais" é que se denominou este paradigma de paradigma de
segregação, que tem como sinônimos: separação, marginalização,
distanciamento e isolamento. Com os primeiros avanços da Ciência no período
renascentista, entre o final do século 14 e o final do século 16, os valores
relacionados à deficiência como algo "sobrenatural" começam a ser
substituídos pela compreensão da deficiência como doença. Após a Segunda
Guerra Mundial, por conta da grande quantidade de soldados que voltavam
mutilados e debilitados aos seus países de origem, houve uma expansão na
quantidade de instituições especializadas, inclusive no âmbito esportivo, para
promoção da saúde, recuperação motora e lazer.

A vigência do paradigma da integração teve origem em alguns países da


Europa e nos EUA a partir de 1960, inicialmente no contexto escolar,
impulsionado por movimentos sociais e leis que pleiteavam a algumas pessoas
com deficiência os mesmos direitos de acesso a locais públicos e atendimento
social e educacional que as pessoas com desenvolvimento típico. A Declaração
dos Direitos das Pessoas Deficientes, de 1975, caracteriza, talvez, o principal
marco legal de início desse paradigma. Em seu artigo 3º, estabelece que as
pessoas com deficiência tenham os mesmos direitos fundamentais que seus
concidadãos da mesma idade e o direito de desfrutar uma vida decente, tão
normal e plena quanto possível (MENDES, 2006). O paradigma da integração
começa a ser de fato incorporado social e educacionalmente a partir da
Constituição Federal de 1988. Este documento traz como um dos seus objetivos
fundamentais "promover o bem de todos, sem preconceitos de origem, raça,
sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação”. A lei prevê a
educação como um direito de todas as pessoas e estabelece a "igualdade de
condições de acesso e permanência na escola”, sendo dever do Estado ofertar
atendimento educacional especializado (AEE) e preferencialmente na rede
regular de ensino (BRASIL, 2007). Era permitido às pessoas com deficiência o
acesso aos serviços em bancos, academias de ginástica, escolas e aos recursos
coletivos de transporte e de saúde, por exemplo, desde que a sua deficiência se
ajustasse ao tradicional atendimento já existente (ARANHA, 2001). A partir da
normalização do atendimento, todas as pessoas envolvidas (com
desenvolvimento típico e atípico) são então expostas em ambiente comum à
igualdade de oportunidades, nos mais variados âmbitos de atendimento
possíveis: esportivo, educacional, recreacional, do transporte público, trabalho
e outros.

2) Após fazer a descrição de cada paradigma, você deverá relatar um exemplo destes
atendimentos nos dias atuais. Estes relatos podem abranger questões, sociais,
recreacionais, esportivas, escolares, culturais e da saúde. Dê exemplos
especificando cada um deles, descrevendo como e de que forma eles aconteceram ou
estão acontecendo. Lembre-se: você deverá fazer estas descrições para cada
paradigma, portanto serão três descrições a serem feitas: uma para Paradigma
histórico-social da exclusão, outra para Paradigma histórico-social da segregação e
outra para o Paradigma histórico-social da integração.
R: Paradigma da exclusão: Um aluno com comportamento agressivo nas aulas,
se o aluno não consegue se adaptar a aulas coletivas o mesmo é expulso da
aula/atividade por comportamento inadequado.
Paradigma da segregação: Podemos identificar este paradigma no âmbito a
respeito da inclusão de pessoas deficientes na sala de aula, todavia ainda
ocorre um ligeiro preconceito, sendo assim ainda é necessário a formação de
uma turma apenas para pessoas especiais, onde há separação das pessoas sem
deficiências.

Paradigma da integração: É facilmente identificável, ora que vemos as pessoas


sendo inclusas nas atividades como academias, ginásios, ponto de ônibus e
lugar para estacionar.

3) descreva as diferenças entre essas três práticas sociais.

As principais diferença entre eles é a evolução na inclusão das pessoas com


deficiência/necessidade especial, onde notamos a exclusão dos deficientes, onde
não tinham acesso a nada, eram totalmente excluídos da sociedade. Já no
paradigma da segregação pessoas com deficiência começam a serem inseridas
a sociedade, porém, ainda com um certo preconceito de separação das pessoas
ditas “normais” para “anormais”. Seguindo no paradigma da integração as
pessoas já são inclusas no mercado de trabalho, nas academias, tem vagas no
transporte tanto público quanto privado e há em casos de necessidade
banheiros e itens de necessidade básica para atender esse público.

Referencias:
* CHEREGUINI, P. A. C. Atividade Física para Populações Especiais. Batatais:
Claretiano, 2016.Unidade 1

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