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SEMINÁRIO BATISTA DO CARIRI

BACHARELADO EM TEOLOGIA

Evangelismo
Rômulo da Silva Rodrigues

Resenha crítica apresentada


para disciplina de Evangelismo
Professor Israel Alves

Crato-Ceará
2020
Rômulo da Silva Rodrigues

EVANGELISMO: COMPARTILHANDO O EVANGELHO COM FIDELIDADE

Evangelismo : compartilhando o evangelho com fidelidade / John MacArthur e os pastores


e missionários da Igreja Comunidade da Graça ; tradução de Elizabeth Gomes. – São José dos
Campos, SP : Editora Fiel, 2012.

John MacArthur, nascido em 1939, é um dos líderes evangélicos mais preeminentes de nossos
dias. Seus livros, pregações e ministério têm atingido milhões de pessoas, em todo o mundo.
Ele exerce seu ministério pastoral na Grace Community Church, em SunValley, Califórnia
desde 1969. É presidente do The Master`s College and Seminary e do ministério Grace to
You. É autor de mais de 150 livros, muitos deles `Bestsellers` e alguns deles publicados no
Brasil, pela Editora Fiel: O Evangelho Segundo Jesus, Nossa Suficiência em Cristo, Com
Vergonha do Evangelho, Guerra pela Verdade, Ouro de Tolo, entre outros. John e sua esposa
Patricia têm quatro filhos e quatorze netos.

O livro “Evangelismo: compartilhando o evangelho com fidelidade” é uma obra que tem John
Macarthur como organizador geral, mas, é desenvolvido em conjunto com pastores e
missionários da igreja que pastoreia, a Igreja Comunidade da Graça. A obra é desenvolvido
em quatro partes, todas elas contento elementos muito práticos. Na primeira parte temos sobre
a Teologia do evangelismo, que tem sete capítulos. A segunda parte há três capítulos
desenvolvidos na temática do evangelismo a partir do púlpito. A terceira parte do livro, os
colaboradores, tem como princípio norteador dos três capítulo o evangelismo na prática, e por
fim, na quarta parte, a tônica para o desenvolvimento dos últimos sete capítulos é o
evangelismo na igreja.

No primeiro capítulo ele fala acerca da teologia do sono, leva o leitor a ver o evangelismo da
perspectiva de Jesus. O autor usa marcos 4 como base para o desenvolvimento do capítulo,
onde nesse texto temos a parábola dos quatro solos, onde este é muito bem explanado. Uma
frase marcante neste capítulo é quando autor diz que o poder não está no mensageiro e nem
em como esse propaga o evangelho, mas, o poder está na mensagem e em quem age por meio
dela, quebrantando o coração e convencendo do pecado e justiça, o Espírito Santo, o próprio
Deus.
No segundo capítulo, Jesse Johnson, um dos colaboradores desenvolve sobre o poder da
grande comissão, discorrendo sobre o alvo de Deus, que é este o mundo todo. O autor mostra
que a missão de evangelizar todos os povos vem desde o Antigo Testamento, onde houve a
promessa de um libertador. Após isso, Deus escolhe a nação de Israel como evangelizadora de
todos os demais povos, mas esta não deveria sair de sua terra, antes deveria atraí-los pela
conduta diferente e peculiar deles. Nos tempos de Jesus, ele mesmo diz que veio para salvar e
buscar o que se achava perdido, e com sua morte e ressurreição e ascensão, ELE comissiona,
agora, à todos os seus discípulos (crentes) a irem por todo mundo, pregando o seu evangelho a
toda criatura.

Um dos colaboradores da obra "Evangelismo" aborda no capítulo seguinte sobre as


características comuns que os descrentes têm, que são, engano, destino e libertador comuns.
Tendo essa compreensão quanto ao estado comum dos incrédulos, os cristãos devem ser
motivados, e impactados a continuarem fazendo evangelismo com mais fidelidade, e
compaixão.

No capítulo 4, um outro cooperador trata acerca do conciliar que deve haver entre a
apologética e o evangelismo, entre o defender da fé e o proclamar (atacar) da fé. O autor faz
uma abordagem muito interessante ao dizer que não há apologética sem evangelismo (e vice-
versa), uma vez que o cristão é comissionado tanto a pregar como responder acerca de sua fé,
devendo estar assim preparado para estas tarefas de todo cristão. Neste capítulo temos
apresentado alguns fundamentos bíblicos para uma apologética que dá força para o
evangelismo, cito um; glorificar a Deus; tendo em mente que todas as coisas devem ser feitas
para Glória de Deus, a apologética que anda de mão dadas com o evangelismo deve ser para
glorificar a Deus no obedecer desta missão, como também, no levar outras pessoas a
glorificarem a Deus (e glorificarão ao conhecerem mais de Deus (por sua graça)).

Em continuidade da obra, temos uma abordagem sobre o evangelismo como sendo um


indivíduo, e não um plano, uma estratégia. O autor deste capítulo leva o leitor a pensar que
não se deve minimizar o evangelismo a planos de apresentação de como ser salvo, mas, antes
apresentar Cristo, levando o leitor a no evangelismo focar em apresentar a pessoa de Jesus
Cristo ao perdido, entendendo que o evangelismo é uma pessoa, Jesus.
No 6 capítulo MacArthur, trabalha com a tônica de apresentar o exemplo de Paulo como
evangelista, diante de suas palavras no capítulo 9 de sua carta aos coríntios. O autor do
capítulo leva o leitor a entender que o que Paulo declara naqueles versos, é que para ele
(Paulo) o melhor é abrir mão de lucros egoístas, tendo em vista o ganhar pessoas para Cristo e
automaticamente o leitor é desafiado a entender que deve fazer o mesmo.

Em seguida, o próprio MacArthur desenvolve uma temática baseada no livro de atos, e deste
livro escrito por Lucas, o médico, ele tira várias lições aplicáveis a igreja, ao cristão. O caso
que ele destaca neste capítulo é o de Ananias e Safira, e traz uma profunda reflexão para o
leitor, mostrando que o pecado é reprovável pelo Senhor, e que perseguições, sofrimentos
podem muitas vezes impulsionar mais a igreja na obra de evangelismo, porém, o pecado
dentro da igreja (caso de Ananias e Safira), a igreja falha em sua missão de evangelizar, e para
que a mesma continue trilhando o caminho de obediência no comissionamento do Senhor
Jesus, é necessário providências quanto ao pecado (tratá-lo de forma a este ser abandonado,
extirpado do meio do povo de Deus).

No capítulo 8, primeiro da parte 2, um dos colaboradores, trata acerca do uso do púlpito


(pregação) para evangelização, ele portanto, mostra ao leitor a necessidade da pregação, sendo
esta evangelística (sempre ligando-a a cruz de Cristo), trazendo uma mensagem de
confrontação ao perdido, não temendo o pregador a homens, antes, obedecer e temer ao
Senhor.

Os pastores deve treinar o rebanho ao qual o SENHOR o designou para que cuidasse. Essa
temática é central no capítulo 9. Neste, o leitor é levado a perceber que pode haver cursos,
seminários nos fins de semana na igreja, sendo tudo isto para o aprimoramento do crente para
obra de evangelismo, mas, no final das contas, a responsabilidade de treinar o rebanho, é do
pastor daquela comunidade. Para que isso aconteça o autor levar o leitor a reflexão de que
deve haver unidade (compromisso de todas as partes) e prioridades.

Ainda nessa parte 2 da obra "Evangelismo", há no capítulo dez, não uma crítica, mas, uma
análise um tanto minuciosa do autor sobre o que é conhecido como a "oração do pecador", o
que para o autor é reduzir a mensagem do evangelho, além de ser muito prejudicial para igreja
e o testemunho cristão no mundo.
John MacArthur, aborda no capítulo seguinte, sobre o que deve compor essencialmente a
mensagem do evangelho, mostrando o que deve compor a mensagem no evangelizar, e ele faz
isso de modo muito esclarecedor.

Todo cristão é comissionado a pregar o evangelho do Senhor Jesus Cristo mas, para isso, é
necessário entender quais prioridades devem ser seguidas para um viver evangelístico. Para
alcançar os perdidos é preciso estratégias para alcançar os que se encontram extraviados, e
autor do capítulo doze, ensina de maneira prática e aplicável, como fazer isso.

As primeiras palavras registradas d João Batista aos povos foi uma chamada ao
arrependimento. O autor do capítulo, enfatiza que no coração do evangelismo está a ordem do
arrepender-se do pecado. Neste capítulo, o autor, desenvolve falando acerca do
arrependimento, levando o leitor a perceber elementos de um arrependimento genuíno e
também mostra aplicações práticas do mesmo.

A grande comissão foi ordenada pelo Senhor por isso deve obedecida. Lucas, registra e diz
que as boas novas devem ser levada até os confins da terra, porém, o autor deste capítulo (14),
informa que o evangelismo, discipulado, começa no lar. De maneira impactante,
confrontadora e esclarecedora o autor mostra os perigos se houver falha dos pais no
evangelismo do seus próprios filhos. Entendendo que é responsabilidade paterna o plantar,
cuidar, porém, que o crescimento quem dará é Deus, o leitor é animado e orientado a como
agir de maneira que não falhe quanto ao evangelizar a sua "Jerusalém" (casa).

O papel da igreja no evangelismo é imprescindível. Porém, muitas vezes a igreja falha quanto
ao inserir os jovens da mesma nesta tarefa e em demais da igreja. O autor deste capítulo (15),
diz que o pastor de jovens deve ter um coração evangelístico, e que este é um exemplo a ser
seguido. Ele desenvolve portanto, nesta seção, o como edificar este grupo, que muitas vezes é
como uma "igreja" à parte da igreja (restante da igreja - irmãos ).

Uma vez que o Senhor Jesus veio buscar e salvar o perdido, e que demonstrou compaixão e
amor pelos fracos, doentes, o autor do capítulo dezesseis leva o leitor a entender que pessoas
com necessidades especiais também são pecadoras e que estas precisam, (tanto quanto os
"normais") necessitam de Cristo e não de dó infamante (termo usado pelo autor), por isso,
neste capítulo é feito um esclarecimento desde a perspectiva bíblica quanto as deficiências,
propósitos neste ministério e como cultivar o mesmo no contexto igreja.
O vício é algo destruidor. No capítulo 17, o autor faz alerta a como tratar pessoas que têm
vícios pecaminosos. Os vícios pecaminosos mostram a rebeldia do homem para com Deus, e
isso é idolatria, egocentrismo, é o que o autor mostra, entretanto, mostra que há esperança
para aqueles que se encontram em densas nuvens negras dos vícios, e essa viva esperança
produz nova vida, mas, é necessário cuidado e muita luta contra o estilo de vida viciado
pecaminoso.

Muitas vezes há uma grande preocupação quanto ao evangelismo de pessoas ricas, de classe
médias, o autor do capítulo 18, tomando como base o exemplo de Jesus, tendo este como
tônica para argumentação do capítulo, ele mostra a necessidade e importância do evangelismo
a esse grupo de pessoas (pobres, etc) tão necessitadas de Cristo, quanto qualquer outro, e dá
algumas aplicações práticas quanto ao alcançar destas pessoas.
No penúltimo capítulo, um dos colaboradores desta boa e rica obra literária, trata de uma
questão muito necessária também para igreja, o selecionar e enviar de missionário a seara do
Senhor, o autor leva o leitor portanto, a observar que existem passos a serem dados, para que
esta tarefa seja feita com responsabilidade, para isso, exemplifica com o que acontece com a
Igreja Comunidade da Graça.

No último capítulo é tratado acerca de uma atividade, que é necessária para a Igreja, porém,
esta não deve ser feita sem um preparo adequado. Esta é a tarefa do apoio aos missionários
enviados aos campos, é o que o autor chama, "Missões a curto prazo", uma última seção
muito esclarecedora e que deve ser observada com cuidado pelo leitor. Missões a curto prazo
não é descartável, porém, não deve ser feita de qualquer jeito.

A obra "Evangelismo: como compartilhar o evangelho com fidelidade", é uma obra muito
clara quanto a: o que é evangelismo, e como cumprir essa missão dada a todo cristão de
maneira mais precisa e eficaz. Este livro é muito bem desenvolvido e muito objetivo. Indico o
para ser lida por membros das igrejas, e que este possa além de ser lido, se possível, que seja
estudado também, uma vez que o mesmo nos desafia à prática

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