1) A história da Educação de Jovens e Adultos no Brasil é marcada por descaso e exclusão, com a educação sendo restrita às elites por muito tempo.
2) No século XX, passou-se a ver o analfabetismo como responsável pelo subdesenvolvimento do país e surgiram os primeiros planos para educação de jovens e adultos.
3) A pedagogia de Paulo Freire na década de 1950 trouxe novos olhares ao considerar os contextos dos alunos, rompendo com visões preconceit
Descrição original:
Título original
A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa escolarização
1) A história da Educação de Jovens e Adultos no Brasil é marcada por descaso e exclusão, com a educação sendo restrita às elites por muito tempo.
2) No século XX, passou-se a ver o analfabetismo como responsável pelo subdesenvolvimento do país e surgiram os primeiros planos para educação de jovens e adultos.
3) A pedagogia de Paulo Freire na década de 1950 trouxe novos olhares ao considerar os contextos dos alunos, rompendo com visões preconceit
1) A história da Educação de Jovens e Adultos no Brasil é marcada por descaso e exclusão, com a educação sendo restrita às elites por muito tempo.
2) No século XX, passou-se a ver o analfabetismo como responsável pelo subdesenvolvimento do país e surgiram os primeiros planos para educação de jovens e adultos.
3) A pedagogia de Paulo Freire na década de 1950 trouxe novos olhares ao considerar os contextos dos alunos, rompendo com visões preconceit
A escolarização de Jovens e Adultos analfabetos ou com baixa
escolarização
1. A história da Educação de Jovens e Adultos (EJA) é
marcada por precariedades e descasos; 2. Compreendida como direito social; 3. Refletir sobre práticas pedagógicas que vislumbrem a concretização de uma escolarização de qualidade e a apropriação do conhecimento científico a este público é fundamental para que esse direito se concretize; 4. Publicado em 2014 pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), destaca que o Chile possuía uma média de 7,3 anos de estudo já em 1985, o qual foi atingido pelo Brasil somente em 2011, estando assim com um atraso de 25 anos, em relação à escolaridade do Chile.
Perguntas norteadoras para elaboração do texto.
Introdução: Estudar sobre a Educação de Jovens e Adultos, pressupõe, ter em consideração que ao fazê-lo estará adentrando o espaço social, político e histórico, que revela portanto, complexidade do tema e seu alargamento para além das questões emolduradas na ambiência e nas dimensões educacionais ... 1. Quais são os fatores históricos, políticos e sociais que perpassam a Educação de Jovens e Adultos na educação brasileira? Históricos: De início salientamos que não obstante a educação para jovens e adultos ser uma política de estado e portanto, necessária, revela antes de mais nada, a falência do estado brasileiro no que toca à educação, pois ainda tem que se valer de políticas de inclusão como EJA. Desejável seria não termos mais a necessidade de políticas dessa natureza e que as pessoas tivessem seus direitos constitucionais à educação garantidos no período adequado. Questões políticas, econômicas, sociais, ambientais, climáticas globais e regionais estão na base da construção de uma educação emancipadora, altruísta e inclusiva. Enquanto tivermos políticas inclusivas ou mesmo elitistas, significa que não conseguimos aprender e compreender os episódios que a História vem nos revelando. De todo modo, na tentativa de entender a formação da educação brasileira, é necessário revisitar, minimamente, a História brasileira para darmos conta de como ela surgiu, quem a definiu e por que e quais os interesses que estão por trás, para então olharmos para a contemporaneidade e verificarmos qual nossa responsabilidade individual e coletiva na transformação social. No período da colonização do Brasil pelos europeus, até 1759, a educação foi iniciada pela Companhia Missionária de Jesus a partir da perspectiva da catequese através da iniciação da fé e da alfabetização da língua portuguesa aos indígenas que viviam na colônia, incluindo crianças e adultos. A partir de 1759, quando a Companhia Missionária de Jesus se retira, a educação no Brasil passa a ser orientada pelo Império. Neste período, a educação passa a ser disponibilizada apenas para as classes ricas, em especial aos filhos do colonizador branco e europeu, que aprendiam o latim, grego, a filosofia e a retórica, sendo as populações indígenas e negras, excluídas desse processo educacional. E é a partir desse contexto que a educação para a ser privilégio de uma elite, que detinha o conhecimento formal, iniciando-se, portanto, a marca histórica da educação brasileira, marcada pela exclusão da população negra, pobre, de homens e mulheres livres e libertos, indígena face ao predomínio da educação elitista. Embora a Constituição do Império garantisse a educação primária a todos os cidadãos, ela vigia apenas de maneira formal, entretanto, havia o desafio da inclusão de toda a população e a partir do Ato Constitucional de 1834, a educação para a ser responsabilidade das províncias, em especial dos jovens e adultos, muito embora tivesse um cunho meramente assistencialista, missionária e caridosa. Portanto, se percebe uma certa incoerência entre o aparato normativo e a práxis, nomeadamente porque existia como um direito formal, mas não se realizava na prática como uma política emancipadora, posto que era vista como uma caridade, o sujeito era tratado como um ser dependente 2fruto talvez dos resquícios da educação do período colonial. Iniciando o período preparatório para a República, diversas reformas ocorreram, sempre alçando a população analfabeta à condição de analfabeta, incompetente, incapaz; no aspecto político o voto foi restrito às pessoas alfabetizadas. No período propriamente republicano, o voto além de ser restringido às pessoas alfabetizadas, agora era restrito a pessoas com posses, portanto, o período republicano foi de validação legal e material do preconceito e a discriminação e a exclusão da pessoa analfabeta. Chegando ao século XX, o discurso político e econômico era de que o analfabetismo deveria ser eliminado de uma vez por todas, porque as pessoas analfabetas eram as responsáveis pela condição de subdesenvolvimento do país. Sendo assim as pessoas analfabetas deferiam ser alfabetizadas para se tornarem pessoas produtivas de maneira a contribuírem para o crescimento do país. Chamamos a atenção pelo processo evolutivo através do qual a educação foi cooptada, em seu nascedouro, pela elite, excluindo de todo o processo de alfabetização e letramento a grande maioria da população que compunha o Brasil, para chegar ao século XX e já com um aumento populacional significativo, para ser desta feita ser essa população responsável pelo subdesenvolvimento do país. Ora, alguém deveria alavancar o país economicamente e quem poderia fazê-lo senão uma mão de obra barata, desqualificada, de analfabetos funcionais INTERROGAÇÃO Essa condição ocorre porque economicamente, o país deixa de ser exportador de matéria prima para o norte global, principalmente a Europa, associado ao declínio do setor agrário, especialmente da cultura cafeeira, obrigando a tomar um novo rumo desta feita em direção à industrialização com maciço investimento neste setor, alinhado à agropecuária. Geograficamente, no país se fortalece o desenho econômico pujante, ou seja, o eixo sul-sudeste se consagrando como o território da burguesia agroindustrial, tendo como São Paulo a grande referência hegemônica do setor. Mas é em 1934 que é criado o Plano Nacional de Educação que foi o primeiro plano que previa especialmente educação para jovens e adultos, com o ensino primário, integral, obrigatório e gratuito. Portanto, é a partir desse salto que a educação de jovens e adultos passa a ser pauta nas demandas do país.
É nesta conjuntura que se apresenta o início da década de 40,
tendo a educação novos ares, especialmente com o surgimento da Escola Nova posteriormente a ações da Pedagogia de Paulo Freire. Muitas iniciativas e normativas surgem a partir desse período para atender especificamente as pessoas jovens e adultas, no entanto, é em 1942 é criado o Fundo Nacional do Ensino Primário cujo objetivo era ampliar o acesso ao supletivo para adolescentes e adultos, tendo sido regulamentado em 1945 com repasse de 25% dos recursos para o ensino de adolescentes e adultos. Apesar de surgirem iniciativas relevantes, destacamos a Primeira Campanha Nacional de Educação de Adultos, que fora criada em razão da pressão dos organismos internacionais para a erradicação do analfabetismo, em especial da ONU e da UNESCO. É imperioso observar que a elite brasileira assimila para o interior do país, as orientações dos organismos internacionais situados no norte global, no que diz respeito ao combate ao analfabetismo, pois este enfrentamento, trás em seu bojo a orientação de que a educação é o caminho para o desenvolvimento das “nações atrasadas”, no caso o Brasil, já colonizado por uma política educacional de solidariedade e caridade jesuítica, conforme mencionado acima. Tem-se nessa campanha outros aspectos relevantes, tais como fato de se tratar de uma orientação para a educação de massa, sem levar em conta a qualidade do ensino, além de que quanto maior o número de pessoas alfabetizadas, mais o processo democrático seria consolidado através do voto. Há também o fato de que para a alfabetização dos jovens e adultos, a lógica educacional seria a mesma destina para a educação de crianças, pois, o jovem e o adulto continuavam a serem vistos como incapazes e seriam inaptos para o aprendizado. E na contramão admitiam a ideia de que o fato da pessoa ser adulta seria mais fácil a alfabetização, de maneira que qualquer pessoa alfabetizada e voluntariamente, poderia fazê-lo, sem necessitar de formação especializada. O método pedagógico utilizado foi criticado porque não considerava o contexto dos alunos e alunas, nivelando todos por uma régua homogênea, inclusive com disponibilidade de materiais com forte apelo ao comportamento moral. Neste cenário, a partir de 1952 com a Campanha Nacional de Educação Rural e com a realização do Congresso Nacional de Educação de Adultos, ganha espaço a pedagogia freireana. Ela preconizava que na educação de jovens e adultos devem ser levados em conta os aspectos contextuais das experiências dos alunos e alunas, rompendo os preconceitos que circundavam as pessoas analfabetas, ou seja, as pessoas nessas condições não deveriam ser vistas como imaturas e ignorantes. E ao nosso juízo, o principal aspecto que Paulo Freire levantou, foi a percepção de que as condições de miséria em que viviam os analfabetos e não a condição deles é que deveriam ser problematizadas. Neste sentido, entendemos que a pedagogia freireana foi um marco histórico na educação brasileira que rompeu com os discursos importados do norte global e passou a ter olhares para a realidade da educação brasileira. Perceba que a educação brasileira chegou a essa condição a partir do processo de colonização das crianças e adultos indígenas, e a partir de então a elitização da educação, que apesar das evidências, ainda está em curso esse processo de inclusão das pessoas que vivem em situação desfavorável, à exemplo da política de cotas nas universidades. Os vários movimentos sociais também deram a tônica em torno da educação para de adultos, tendo Paulo Freire sido destacado para elabora o plano nacional de alfabetização junto ao Ministério da Educação, mas que fora interrompido com o golpe de 1964. No período entre 1930 e 1964, no aspecto econômico, o setor industrial passa por grandes transformações, deixando de ser o país de economia de exportação agrária (apesar de nunca deixar por completo) para intensificar as importações ao mesmo passo no ambiente político, despontam lideranças políticas com discursos populistas, que se apropriam das pautas populares contemporâneas da época assim como se empenham na manutenção do status quo, realidade bem próxima da condição brasileira atual. Entretanto, é relevante dizer que nessa efervescência política, econômica e cultural, surge a educação de base voltada para os adultos, como tática de atuação política. A história da educação brasileira, em especial de jovens e adultos, é construída e marcada pelos marcadores sociais da diferença, sobretudo, raça, classe e gênero, fazendo parte da estrutura de formação do povo brasileiro. Tal marcação é tão perversa que romper com ela requer ousadia, entendimento, políticas públicas, economia inclusiva e porque não uma certa de dose de radicalismo. O racismo estrutural se revela, em textos acadêmicos, que tratam inclusive sobre o processo histórico da educação de jovens e adultos Políticos:
Sociais:
2. Qual a função social da escola, diante do processo de
escolarização da população analfabeta e com baixa escolarização? 3. Quais são os desafios e as possibilidades para a efetivação do direito à educação de Jovens e Adultos? 4. Como o professor deve conduzir o processo avaliativo, tendo em vista saber como está a aprendizagem dos estudantes que frequentam a EJA? 2º) Elaborar a Introdução da produção textual. Neste tópico a equipe deverá fazer, com até uma página, uma apresentação sobre o que será abordado no trabalho, expor os objetivos e a importância de sua realização.