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HUMANIZA CURSOS INTRODUÇÃO À BIBLIOLOGIA

Esta obra não tem a pretensão de esgotar o assunto, muito pelo contrário, reconhecemos
que a Bibliologia é muito mais ampla do que o exposto abaixo; todavia o nosso alvo são
aqueles que ainda não tiveram a oportunidade de se aprofundarem no assunto, mas querem
ter uma base sólida; e para os que já foram mais adiante uma oportunidade para relembrar ou
atualizar-se.

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Autorização por Escrito do autor.

BIBLIOLOGIA

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SUMÁRIO
INTRODUÇÃO . . . . . . 04
I. A BÍBLIA . . . . . . 05
II. A BÍBLIA COMO LIVRO . . . . 08
III. A PRESERVAÇÃO E TRADUÇÃO DA BÍBLIA . . 17
IV. A BÍBLIA EM SEQÜÊNCIA HISTÓRICA . . 33
V. CRONOLOGIA BÍBLICA . . . . 40
VI. A BÍBLIA COMO A PALAVRA DE DEUS . . 48
VII. HERMENÊUTICA BÍBLICA . . . . 57
VIII. BIBLIOGRAFIA . . . . . . 60
Edição 2007

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HUMANIZA CURSOS INTRODUÇÃO À BIBLIOLOGIA

INTRODUÇÃO
Este Estudo traz uma visão panorâmica sobre a Bíblia, bem como histórica dos fatos mais
famosos. Com ele você vai entender cronologia dos fatos, como ela chegou até nós, como
podemos entendé-la e por fim sua inspiração divina.

O estudante da bíblia terá a sua disposição neste livro de estudo o maior conteúdo sobre
as escrituras já sintetizado de forma objetiva e dinâmica para facilitar seu entendimento com
clareza dos temas aqui abordados.
A Bíblia é um livro por excelência, porém o seu estudo é simples e ao mesmo tempo
fantástico; cada palavra ou texto tem um significado, um valor matemático, porque nos
alfabetos originais, aramaico, hebraico e grego, cada letra tem seu valor numérico, de sorte
que as palavras podem ser somadas matematicamente.
A Bíblia também é riquíssima em linguagem simbólica, tanto no Antigo Testamento
quanto no Novo, vejamos os mais importantes:
 Água: Palavra de Deus – regeneração:
Ef 5.26 “...para a santificar , purificando-a ...”
 Águia: Renovo do crente: Is 40.31.
 Âncora: Esperança, Segurança: Hb 6.19.
 Batismo: Morte do pecador para o mundo:
Rm 6.3,4 “... ou não sabeis ... fomos batizados na sua morte? ...”
 Besta: Sistema de governo do AntiCristo: Ap 13.1,11 – a Besta que sobe do mar é o
AntiCristo e a besta que sobe da terra é o falso profeta. Compare Ap 13 com Dn 7.
- Leopardo: é a Grécia, fala de rapidez (Dt 7.6).
- O Urso: é a Pérsia, força no seus pés (Pv 28.15).
- O Leão: é a Babilônia – soberba, na sua boca (Ap 13.5).
I - A BÍBLIA

1 - O QUE É A BÍBLIA?
- É a revelação de Deus no seu relacionamento com a humanidade - Seu autor é o
próprio Deus.
A palavra BÍBLIA em português deriva da palavra grega “biblion”, “rolo” ou “livro” - os
livros antigos tinham a forma de rolos. Jr 36.2
O vocábulo “Bíblia” não se acha nas Sagradas Escrituras, consta apenas na capa. A
origem do vocábulo vem do grego; é derivado do nome que os gregos davam à folha (casca)
de papiro, no século XI a. C., preparada para a escrita - “biblos”; um rolo de papiro de
tamanho pequeno era “biblion” e vários destes formavam uma “Bíblia” - que significa
“coleção de livros”.
Os primeiros a usarem a palavra “Bíblia” para designar as Escrituras foram os discípulos
de Cristo, no século II d.C.
- Seu intérprete é o Espírito Santo, o Tema central é JESUS CRISTO.
- Crer nestes pontos é de vital importância para o estudo da Bíblia, pois nossa atitude em
relação a ela demonstra nossa crença no Deus da Bíblia.

2 - PORQUE DEVEMOS ESTUDAR A BÍBLIA?


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Existem muitas razões, mas vamos citar apenas as principais:


 Ela luz para caminho. Sl 119.105, 130
“A exposição das tuas palavras dá luz e dá entendimento aos símplices.”.

 É alimento espiritual. Jr 15.16; 1Pe 2.1,2.


 Instrumento do Espírito Santo na sua operação, Ef 6.17; Jd v. 20.
 Edifica o Cristão. At 20.32
“Agora, pois, irmãos, encomendo-vos a Deus e à palavra da sua graça; a ele
que é poderoso para vos edificar e dar herança entre todos os santificados.”
At 20.32

3 - COMO DEVEMOS ESTUDÁ-LA?


- Lendo-a diariamente. Dt 17.19. O cristão que não lê a Bíblia, só recebe alimento quando
alguém o põe em sua boca. Quando ele ouve a Palavra ministrada por alguém.

- Lendo-a, conhecendo o seu autor - Deus; desta maneira o Senhor pelo seu Espírito a
revelará: Lc 24.45; 1Co 2.10,12,13. Ninguém pode melhor explicar um livro do que o seu
próprio autor. A Bíblia interpreta-se a si mesma.

- Lendo-a, orando. Dn 9.20-23; Sl 119.18. Na presença do Senhor, em oração, as coisas


ocultas são reveladas.
“Abra os teus olhos, para que veja as maravilhas da tua lei.” Sl 119.18
4 - OS NOMES QUE A BÍBLIA DÁ A SI MESMA
 O Livro: Êx 17.14; Dt 28.58; Sl 40.7
 As Escrituras: Êx 32.16; Os 8.12;
 A Palavra do Senhor: Dt 9.10; Ed 9.4; Sl 12.7
 Os Oráculos de Deus: Mc 7.13; Hb 4.12:
“Por que a Palavra de Deus é viva e eficaz, e mais penetrante que espada
alguma de dois gumes, e penetra até a divisão da alma e do espírito, e das
juntas e medulas, e é apta para discernir os pensamentos e intenções do
coração.” Hb 4.12
Nomes Figurativos:
 Lâmpada - Sl 119.105
“Lâmpada para os meus pés é tua palavra e luz, para o meu caminho”;
 Espelho - Tg 1.23;
“Porque, se alguém é ouvinte da palavra, e não cumpridor, é semelhante ao
homem que contempla ao espelho o seu rosto natural;”
 Água - Ef 5.26
“para a santificar, purificando-a com a lavagem da água, pela palavra,”;
 Fogo - Jr 23.29
“Não é a minha palavra como fogo, diz o SENHOR, e como um martelo que
esmiúça a penha?”;
 Martelo - Jr 23.29;
 Espada - Ef 6.17

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“Tomai também o capacete da salvação e a espada do Espírito, que é a


palavra de Deus,”; e etc.

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Mais de 25 mil cópias vendidas.


II - A BÍBLIA COMO LIVRO

1 - OS LIVROS ANTIGOS

A Bíblia é um livro antigo. Os livros antigos tinham a forma de rolos (Jr 36.2). Eram feitos
de papiro ou pergaminho:
- O papiro é uma planta aquática que cresce junto a rios, lagos e banhados, no Oriente,
cuja a entrecasca servia para escrever.(Ela existe no Sudão, Galiléia Superior e no vale de
Sarom).
- O pergaminho é pele de animais, cortida e polida, utilizada na escrita. É material gráfico
melhor que o papiro, é de uso mais recente que o papiro (2 Tm 4.13).
A Bíblia foi escrita originalmente em forma de rolo, sendo cada um dos livros um rolo.

2 - SUA ESTRUTURA

A Bíblia divide-se em duas partes principais: Antigo e Novo Testamento.


- Tem ao todo 66 livros; sendo 39 no AT e 27 NT. Estes 66 livros foram escritos num
período de 16 séculos e tiveram cerca de 40 escritores (de variadas profissões e atividades,
viveram e escreveram em países, regiões e continentes distantes uns dos outros, em épocas
e condições diversas, entretanto existe uma harmonia perfeita.
A palavra Testamento vem do grego diatheke, e significa:
a) Aliança ou concerto;
b) Testamento, isto é, um documento contendo a última vontade de alguém quanto à
distribuição dos seus bens, após a morte. Esta é a palavra usada no NT em Lc 22.20. No
AT, a palavra usada é berith que significa apenas concerto. O duplo sentido aponta para
morte do Testador (Cristo) que ratificou ou selou a Nova Aliança, garantido-nos toda a
herança em Jesus (Rm 8.17; Hb 9.15-17).
O título NT, foi primeiramente empregado por Tertuliano, e Origenes.
O Antigo Testamento que veio pela Lei e foi selado com sangue de animais (Ex 24.3-8;
Hb 9.19 e 20), e temos o Novo Testamento que veio pela Graça (Jesus) e foi selado por
Jesus, no
Calvário, com o seu próprio sangue (Lc 22.10; Hb 9.11-15).

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A DIVISÃO DA BÍBLIA

ANTIGO TESTAMENTO
Livro: Autor: Tema: Referência a Vs Chave
Cristo
LEI OU PENTATEUCO: 5 Livros
Gênesis Moisés O Começo Semente da Mulher Gn 3.15
Êxodo Moisés Israel Redimido O Cordeiro Pascoal Ex 12.5-13
Levítico Moisés Santidade ao Senhor Sacrifício Expiatório Lv 4.14-21
Números Moisés Peregrinação A Rocha Ferida Nm 20.7-13
Deuteron. Moisés/Jos Repetição da Lei O Profeta Dt 18.15

HISTORIA: 12 Livros
Josué Josué A Conquista da Terra Grande Capitão Js 5.14
Juízes Samuel Derrota e Livramento O Libertador Jz 3.9
Rute Samuel O Parente Remidor Remidor Divino Rt 3.12
1 Desc/Samuel Teocracia a Monarquia O Rei Esperado 1 Sm 8.15
Samue
l
2 Desc/Samuel O Reinado de Davi O Rei Esperado 2 Sm 8.15
Samue
l
1 Reis Desconhecido O Reino é Dividido O Rei Prometido 1 Rs 4.34
2 Reis Desconhecido Israel e Judá Cativos O Rei Prometido 2 Rs
1 Desconhecido Genealogia e História O Rei Prometido 1 Cr 3.10
Crônic
as
2 Desconhecido A Grandeza de Judá O Rei Prometido 2 Cr
Crônic
as
Esdras Esdras Volta do Remanescente Ensinador Divino Ed 7.10
Neemi Neemias Restauração de Jerusal. O Edificador Ne 2.18-20
as
Ester Desconhecido A Providência de Deus Nosso Advogado Et 4.14

POESIA: 5 Livros
Jó Desc/Moisés Prob. do Sofrimento Redentor que Vive Jó 19.25
Salmo Salmistas Louvor Socorro e Alegria Sl 46.1
s
Provér Salomão Sabedoria A Sabedoria de Pv 8.22-36
bios Deus
Eclesia Salomão Raciocínio Humano O Pregador Ec 12.10
stes Perfeito

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Cântar Salomão O Bem Amado O Nosso Amado Ct 2.8


es

PROFECIA: 17 Livros, divididos em 2 partes: Profetas Maiores - 5 livros e Menores - 12 livros

Maiores: 5 livros
Isaías Isaías O Messias de Israel O Messias Prometido Is 42
Jeremias Jeremias Advertência e Juízo O Renovo Justo Jr 23.5
Lamentações Jeremias Lam. sob. Jerusalém Consolador de Israel Lm 1.2
Ezequiel Ezequiel Julgamento e Glória O Filho do Homem Ez 2.3
Daniel Daniel Plano Deus/H. Mundo O Quarto Homem Dn 3.25

Menores: 12 livros
Oséias Oséias Amor Redentor O Esposo Os 2.16
Joel Joel Dia do Senhor O Juiz das Nações Jl 3.12
Amós Amós Julgamento do Pecado O Deus do Fogo Am 5.6
Obadias Obadias Condenação de Edon O Nosso Salvador Ob 21
Jonas Jonas Misericórdia Deus Ressurreição e Vida Jn 2.910
Miquéias Miquéias Juízo e Reino Ajuntador de Israel Mq 2.13
Naum Naum Tempo de Angústias Fortaleza na Angústia Na 1.7
Habacuque Habacuque Da Dúvida a Fé O Puro de Olhos Hc 1.13
Sofonias Sofonias O Dia do Senhor O Senhor Zeloso So 3.17
Ageu Ageu Reconstrução Templo Desejado das Nações Ag 2.6,7
Zacarias Zacarias Advento do Messias O Renovo Zc 6.12
Malaquias Malaquias Formalismo O Sol da Justiça Ml 4.2a

RESUMO DO ANTIGO TESTAMENTO HEBRAICO: 24 Livros (Torah)

Entre os Judeus o AT, consta de três divisões: Leia Lc 24.44


a) LEI: Genesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronomio;

b) PROFETAS:
 Primeiros Profetas: Josué, Juízes, Samuel e Reis;
 Últimos Profetas: Isaías, Jeremias, Ezequiel e Os 12 Profetas Menores;

c) ESCRITOS:
 Livros Poéticos: Salmos, Provérbios e Jó;
 Os Cincos Rolos: Cântares, Rute, Lamentações, Eclesiastes e Ester;
 Livros Históricos: Daniel, Esdras - Neemias e Cronicas.

NOVO TESTAMENTO
Livro: Autor: Tema: Referência a Cristo Vs Chave

BIOGRAFIA: Os 4 Evangelhos
Mateus Mateus O Rei O Messias Mt 2.6
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Marcos Marcos O Servo O Servo do Senhor Mc 10.45


Lucas Lucas O Filho do O Filho do Homem Lc 12.8
Homem
João João O Filho de Deus O Filho de Deus Jo 1.14

HISTORIA: 1 livro
Atos Lucas Missões no 1º O Cristo Ressurgido At 2.24
Século

EPÍSTOLAS OU CARTAS: 21 - também chamadas de Doutrina


As dirigidas as Igrejas:
Romanos Paulo A Justiça de A Justiça de Deus Rm 8.30
Deus
1 Coríntios Paulo Conduta Cristã O Cristo Crucificado 1 Co 1.23
2 Coríntios Paulo Autoridade do A Imagem de Deus 2 Co 4.5
Apóstolo
Gálatas Paulo Salvação pela O Cristo que Liberta Gl 5.1
Graça
Efésios Paulo O Corpo de A Cabeça da Igreja Ef 4.15
Cristo
Filipenses Paulo Experiência O Viver Fl 1.21
Cristã
Colossenses Paulo A Preeminência O Homem Perfeito Cl 1.28
de Cristo
1 Tessalon. Paulo A Volta de O Senhor que Virá 1 Ts 4.14
Cristo
2 Tessalon. Paulo O Dia do O Senhor que Virá 2 Ts 2.1
Senhor

Epístolas Individuais:
1 Timóteo Paulo Ordem A Nossa Esperança 1 Tm 1.1
Eclesiástica
2 Timóteo Paulo Conservando a O Nosso General 2 Tm 2.1
Verdade
Tito Paulo A Ordem na O Nosso Salvador Tt 3.6
Igreja
Filemon Paulo O Amor O Doador do Bem Fm 6
Exemplificado

Dirigida ao Hebreus Cristãos:


Hebreus Desc/Paulo/.. O Sacerdócio O Sacerdote Eterno Hb 7.3
de Cristo

Epístolas Universais:
Tiago Tiago Prática da Vida O Legislador Tg 4.12

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Cristã
1 Pedro Pedro Sofrimento e O Fundamento da Fé 1 Pe 2.6
Glória
2 Pedro Pedro Últimos Dias O Nosso Senhor 2 Pe 1.2
1 João João Comunhão O Cristo 1 Jo 5.1
2 João João Mandamento O Filho do Pai 2 Jo 3
de Cristo
3 João João Andando na A Verdade 3 Jo 4
Verdade
Judas Judas Salvação Julgador v. 23

PROFECIA: 1 Livro
Apocalipse João Consumação O Alfa e o Ômega Ap 22.13

CINCO PALAVRAS REFERENTES A CRISTO EM TODA A BÍBLIA:


1) PREPARAÇÃO: Todo o Antigo Testamento;
2) MANIFESTAÇÃO: Os 4 Evangelhos;
3) PROPAGAÇÃO: O Livro de Atos;
4) EXPLANAÇÃO: As Epístolas; e
5) CONSUMAÇÃO: O Livro de Apocalipse.

ALGUNS FATOS SOBRE A BÍBLIA


 A divisão em capítulos foi feita no ano 1250 pelo Cardeal Hugo de Saint Cher.
 A divisão em versículos foi feita de duas vezes:
- O Antigo Testamento em 1445, pelo Rabi Nathan; e
- O Novo Testamento em 1551, por Robert Stvens.

3 - O CÂNON NA BÍBLIA

Cânon ou Escrituras Canônicas é a coleção dos livros divinamente inspirados que


constituem a Bíblia. Cânon é palavra grega, e significa literalmente “Vara de Medir”. Cânon,
no sentido religioso, significa aquilo que serve de regra ou norma. Gn 6.16. A Bíblia como
Cânon Sagrado, é a nossa norma ou regra de fé e prática.

a) O Cânon do AT teve a sua formação gradual, e abrangeu um período de


aproximadamente 1046 anos. Iniciando cerca de 1491 a.C. com Moisés escrevendo o
Pentateuco e terminando cerca de 445 a.C. com Esdras.
- É a Esdras que se atribui a tríplice divisão do Cânon do AT, pois foi ele quem presidiu a
chamada Grande Sinagoga, (que deu origem ao Sinédrio), selecionando e preservando os
rolos sagrados, determinando dessa maneira o Cânon das Escrituras do AT após o ano de
445 a.C.
- A tríplice divisão do Cânon é esta: LEI, PROFETAS, ESCRITOS. (Lc 24.44)
- Veja o resumo do AT na página 8.
 A nossa divisão em 39 livros vem da Septuaginta através da Vulgata Latina; e
 No Cânon Hebraico os livros não estão em ordem cronológica.
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 A data do reconhecimento e fixação do Cânon do Antigo Testamento Oficialmente se


deu em 90 d.C. em Jania perto da moderna Jope em Israel, quando os rabinos num
Concílio sob a presidência do rabi Johanan Ben Zakai reconheceram o Cânon do AT tal
qual já era aceito através dos séculos.

b) O Cânon do NT, teve a sua formação em um período mais curto, aproximadamente 100
anos. Iniciando-se cerca do ano 52 d.C. e terminando antes do ano 100 d.C.
- As Epístolas de Paulo, foram escritas entre os anos 52 d.C. a 67 d.C., sendo os primeiros
escritos do NT.
- Os Evangelhos, a princípio foram propagados oralmente, e só depois foram escritos. Os
Sinópticos, foram escritos entre os anos 60 a 65 d.C., João em 85 d.C.
- Atos dos Apóstolos foi escrito por volta do ano 63 d.C.
- As Epístolas de Hebreus a Judas, foram escritas entre 68 a 90 d.C.
- Apocalipse, foi escrito em 96 d.C. durante o reinado do Imperador Domiciano.
 A data do reconhecimento e fixação do Cânon do NT, ocorreu no III Concílio de
Cartago, em 397 d.C., sendo reconhecidos todos os livros tal qual temos na Bíblia.

4 - OS LIVROS APÓCRIFOS

A palavra “apócrifo” significa literalmente “estranho”, “de fora” ou “oculto”. No sentido


religioso significa “não genuíno”, “espúrio” ou ainda “não inspirado” e portanto, “não
canônico”.
Os apócrifos foram escritos no período, interbíblico, ou seja entre Malaquias e Mateus.
Entre o AT e NT.
Sobre os apócrifos precisamos saber o seguinte:
 Nunca foram reconhecidos pelos judeus como parte do cânon hebraico;
 Jamais foram citado por Jesus em seus ensinos, e duvida-se que os apóstolos
tenham feito alusão a eles;
 Nunca foram reconhecidos pela Igreja Primitiva; e
 Não são inspirados por Deus.

 Na SEPTUAGINTA, tradução da Bíblia feita do hebraico para o grego, os apócrifos


aparecem pela primeira vez.
 Na VULGATA latina eles estão também incluídos, pois Jerônimo a traduziu do Grego pela
Septuaginta. Mas ele recomendou que tais livros não podiam servir como base doutrinária.
- A Igreja Romana aprovou os apócrifos em 18/04/1546 para combater o movimento da
Reforma Protestante. Houve muitos debates e até luta corporal por ocasião dessa aprovação
entre as ordens católicas e entre os bispos.
- Os reformadores protestantes publicaram a Bíblia com os apócrifos, entre o AT e NT,
não como livros inspirados, mas como livros bons para a leitura e de valor histórico e literário.

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 São 14 os Escritos Apócrifos, 10 livros e 4 acréscimos a livros.


 Antes do Concílio de Trento a Ig. Católica aceitava todos, mas depois passou a
aceitar apenas 11. 7 livros e 4 acréscimos.
 A Ig. Ortodoxa Grega mantém os 14 até hoje.
 Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico,
 1º e 2º Macabeus (livros);
 A Ester, Cântico dos 3 Macabeus, História de Suzana, Bel e o Dragão
 Outros: 3 Esdras, 4 Esdras e Oração de Manasses.(acréscimos)

O PONTO DE VISTA EVANGÉLICO


Os evangélicos, ou protestantes, geralmente aceitam os apócrificos como possuindo
material de valor literário e histórico, mas rejeitam a sua canonicidade. Por esta razão esses
escritos têm sido eliminados das modernas edições evangélicas da Bíblia.

III - A PRESERVAÇÃO E TRADUÇÃO DA BÍBLIA

A Bíblia foi inspirada, escrita, traduzida e preservada, tudo pela providência de Deus, para
que ela chegasse as nossas mãos, para nossa felicidade eterna.

1 - LÍNGUAS ORIGINAIS

a) O HEBRAICO, AT, o idioma oficial de Israel, faz parte das línguas semíticas, que
formavam ramo lingüístico dividido em grupos, entre estes o grupo Cananeu do qual fazia
parte o Hebraico.
 É chamado também no AT de “Língua da Canaã, “Língua Judaica”
(Is 19,18 “Naquele tempo, haverá cinco cidades na terra do Egito que falarão
a língua de Canaã e farão juramento ao SENHOR dos Exércitos; e uma se
chamará Cidade da Destruição.”; 2 Rs 18,26,28; Is 36.13 “Rabsaqué, pois, se
pôs em pé, e clamou em alta voz em judaico, e disse: Ouvi as palavras do
grande rei, do rei da Assíria.”).
 A escrita hebraica nos tempos antigos só empregava consoantes. Após o século VI, foram
acrescentados sinais vocálicos para perpetuar a pronúncia tradicional. Esses sinais são
chamados “massoretas” que quer dizer tradição. Qualquer texto bíblico posterior ao século
VI é chamado “massorético” porque contém sinais vocálicos. Além do texto massorético,
há outro texto das Escrituras. O Pentateuco Samaritano, que empregava os antigos
caracteres hebraicos.

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 A língua hebraica tem 22 letras, sendo a primeira o Álef e a última o Tav.

b) O ARAMAICO
(“7 E, nos dias de Artaxerxes, escreveu Bislão, Mitredate, Tabeel e os outros
da sua companhia a Artaxerxes, rei da Pérsia; e a carta estava escrita em
caracteres aramaicos e na língua siríaca.8 Escreveram, pois, Reum, o
chanceler, e Sinsai, o escrivão, uma carta contra Jerusalém, ao rei
Artaxerxes, nesta maneira.” Ed 4.8 a 6.18; Dn 2.4 a 7.28; Jr 10.11) é um
idioma semítico falada desde 2.000 a.C. em Arã ou Síria: (Arã é hebreu, Síria
é grego).

 A influência do aramaico foi profunda sobre o hebraico, durante o cativeiro do povo


israelita na Assíria e Babilônia. Quando Israel regressou do exílio, falava o aramaico. É
por isso que as escrituras no tempo de Esdras precisavam ser interpretadas ao serem
lidas em hebraico.
(Ne 8.5,8 “5 E Esdras abriu o livro perante os olhos de todo o povo; porque
estava acima de todo o povo; e, abrindo-o ele, todo o povo se pôs em pé. 8
E leram o livro, na Lei de Deus, e declarando e explicando o sentido, faziam
que, lendo, se entendesse .”)

 No tempo de Cristo, o aramaico tornara-se língua popular dos judeus e nações vizinhas.
Por volta do ano 1000 a.C. o aramaico era língua internacional do comércio nas rotas
comerciais do Oriente.

 O aramaico é também chamado “SIRIACO” e também “CALDAICO”

(2 Rs 18.26; Ed 4.7 “E, nos dias de Artaxerxes, escreveu Bislão, Mitredate,


Tabeel e os outros da sua companhia a Artaxerxes, rei da Pérsia; e a carta
estava escrita em caracteres aramaicos e na língua siríaca.”; Dn 1.4) tinha
o mesmo alfabeto do hebraico.

 O aramaico foi a língua do Senhor Jesus, seus discípulos e da igreja primitiva em


Jerusalém. Mas Jesus falava também o hebraico.
(Lc 4.16-20 “16 E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de
sábado, segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler. 17 E
foi-lhe dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar
em que estava escrito:”)

 O hebraico foi absorvido pelo aramaico, mas continuou sendo a língua oficial do culto
divino, no templo, nas sinagogas, dos rolos sagrados e dos rabinos eruditos. Havia
escolas de rabinos em Jerusalém, Tiberíades e outros centros.

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 As conquistas árabes em largas áreas da Ásia, Europa, África reduziu e destruiu a


influência do aramaico. O aramaico ainda sobrevive em uma pequena vila da Síria
chamada Malloula com a população de 4.000 habitantes.

 Devido os hebreus terem adotado o aramaico como língua, este passou a chamar-se
hebraico. Portanto, quando o NT menciona o hebraico, trata-se do aramaico.

c) O GREGO, nesta língua foi escrito todo o NT, apesar que alguns pensam que Mateus foi
escrito em aramaico. O Grego faz parte do grupo de línguas arianas. Das línguas bíblicas é a
que mais se conhece devido ser a mais próxima a nossa.

 O grego no NT, não é o grego clássico dos filósofos. É o idioma popular chamado
KOINÉ - Este dialeto formou-se a partir da conquista de Alexandre em 336 a.C.

 A Grécia tornou-se um império mundial, e toda a terra conhecida recebeu influência da


língua grega. Deus preparou um veículo lingüístico para disseminar as novas do
Evangelho até os confins do mundo, no tempo oportuno.

 Até no Egito o grego se impôs, pois neste país a Bíblia foi traduzida do hebraico para o
grego - a chamada Septuaginta. Nos dias de Jesus, os judeus entendiam quase tão bem
o grego como o aramaico.

 Nos primórdios do cristianismo, o Evangelho pregado ou escrito em grego podia ser


entendido pelo mundo todo.

 A língua grega tem 24 letras: a primeira é o alfa e a última é o ômega.

2 - OS MANUSCRITOS DA BÍBLIA

Manuscritos são rolos ou livros da antiga literatura escritos à mão. O texto bíblico foi
preservado e transmitido mediante os seus manuscritos. Abreviatura MS (singular), MSS ou
Mss (plural). Há cerca de 4.000 MSS da Bíblia preparados entre os séculos II e XV.
a) Material gráfico dos MSS: Papiro e Pergaminho e Linho.
b) Formato dos MSS: Rolo: podia ser de papiro ou pergaminho, preso a dois cabos de
madeira e Códice: é um MS em forma de livro, feito de pergaminho. As folhas tem em média
65 cm por 55 cm. Começou a ser usado no século II.
c) A caligrafia dos MSS: Unciais e Cursivos.

 Uncial - é o MS de letra maiúscula e sem separação entre as palavras.

 Cursivo - é o de letra minúscula, tendo espaço entre palavras.

d) Palimpsesto: é o MS reescrito, a escrita primitiva era raspada e reescrita.

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e) MSS originais da Bíblia: saído das mãos dos escritores não há nenhum conhecido. (é
provável que se houvesse talvez os homens quisessem adorar).
 A falta de MSS originais provém do seguinte:
1 - O costume dos judeus do enterrar todos os MSS estragados pelo uso para evitar
mutilação ou interpolação espúria;
2 - Os Reis idólatras de Israel podem ter destruído muitos (Jr 36.20-26);
3 - Antioco Epifanio, rei da Síria (175 a.C.) dominou sobre a Palestina e decidiu exterminar
a religião judaica, e destruiu todas as cópias que encontrou da Bíblia; e
4 - O Imperador Romano Diocleciano 9284-305 d.C.) mandou vasculhar a império para
destruir todos os escritos sagrados. Ele chegou a pensar que tivesse conseguido. Pois
cunhou uma moeda comemorando essa “vitória”.

f) Manuscritos existentes Mais Antigos e Mais Importantes:

1) MSS em hebraico:
 Códice dos primeiros e últimos profetas - 895 d.C. para Moses Ben Asher (Cairo);
 Códice do pentateuco - 900 d.C. para um filho de Moses, Arão (Museu Britânico);
 Códice petrogradiano - 916 d.C. para últimos Profetas (está em Leningrado);
 Códice alepo - 930 d.C. p/ Shelomon Ben Bayaa (veio da Síria para Israel);
 O Rolo 19 a 1008 d.C. p/ Samuel Ben Jacob (todo AT, em Leningrado - Rússia);

2) MSS do AT e do NT em Grego:
 Códice Vaticano - 325 d.C., toda a Bíblia MS Uncial - O AT é cópia da Septuaginta,
na Biblioteca do Vaticano (chamado também “B”);
 Códice Sinaítico ou “Alefe” - 340 d.C., descoberto 1844 no Mosteiro de Sta.
Cantarina no Monte Sinai. É Uncial, no Museu Britânico;
 Códice Alexandrino ou “A” - 425 d.C., é MS Uncial, foi escrito em Alexandria, no
Museu Britânico;
 Códice Efraemi ou “C”- 345 d.C., é MM palimpsesto. Está no Museu de Paris;
 Códice Bezae ou “D”- data do Século VI, contém os Evangelhos, na Inglaterra; e
 Códice Claromontanus ou “D2” - Século VI, Epístolas Paulinas, Museu Louvre Paris.

3 - A TRADUÇÃO DA BÍBLIA

Era preciso a tradução da Bíblia para dar cumprimento a evangelização do mundo. Pois
depois da confusão das línguas em Babel estas se multiplicaram e hoje existem milhares de
idiomas em todo o mundo.
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a) Versões Semíticas:
1 - O Pentateuco Samaritano, é o texto hebraico do Pentateuco escrito em caracteres
hebraicos antigos ou em samaritano. Existem muitas cópias.
2 - Os Targuns, são paráfrases ou interpretações, em aramaico do AT. Os principais são:
O da Lei feito por Ôrquelos, amigo de Gamaliel no século II d.C.; ou dos Profetas e
Livros Históricos, por Jonatha Ben Uziel.

b) Versões Gregas;
1 - A Septuaginta ou versão LXX Tradução feita por 72 eruditos judeus por ordem de
Pitolomeu Pluladelpho rei do Egito 9285/246 a.C.) na ilha de Faros, na cidade de
Alexandria no Egito. O nome 70 é por causa dos 72 tradutores e logicamente
Septuaginta.
 Foi a Setpuaginta um dos meios que Deus usou na preparação dos povos e nações
para o advento do Evangelho que seria proclamado por Jesus e seus discípulos;
 Foi ela a primeira tradução completa do original hebraico;
 Não há nenhum exemplar original da versão dos Setenta; somente cópias, a mais antiga
data de 325 d.C. (o MS Vaticano ou B).

2 - A Versão de Áquila, feita em 138 d.C., contém só o AT, existe em fragmentos.

3 - A Versão de Teodocião, feita 160 d.C. (uma revisão dos LXX) só o AT.

4 - A Versão de Símaco, feita em 218 d.C., só AT, existe em fragmentos.

5 - A Héxapla, de Orígenes, em 228 d.C., é um compêndio de 6 colunas. (dela só se


conhece citações):
1º O texto hebraico;
2º O texto grego traduzido do hebraico (por Orígenes);
3º A Versão de Áquila;
4º A Versão de Símaco;
5º A Septuaginta; e
6º A Versão de Teodocião.

c) Versões Síriacas:
1 - A Peshito, foi feita diretamente do hebraico pela igreja sírica de Edessa. Começou a ser
feita quando ainda viviam os apóstolos no séc. II. Deu origem a outras versões: a árabe,
a armênia, a pérsia. (Velho e Novo Testamento)
2 - A Versão Filoxênia, feita em 508 d.C. por Filoxeno, (N. Testamento).

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d) Versões Latinas:
O latim era língua falada pelos romanos, e foi implantado no mundo à medida que os
romanos realizavam suas conquistas. Nos Tempos de Jesus ela já tinha sua influência. Pois
na cruz de Jesus ela foi usada.
1 - A antiga versão latina: foi na África do Norte, em Cartago, 170 d.C.;
2 - A Ítala, ou Vetus Ïtala, uma versão da antiga versão latina - séc. II;
3 - A Revisão de Jerônimo, é uma revisão da antiga versão latina, 382 d.C.; e
4 - A Vulgata Latina, é uma versão da Bíblia por Jerônimo em 387-405 d.C. Jerônimo
baseou-se na Héplaxa de Orígenes. Em assuntos bíblicos, Jerônimo foi o homem mais
sábio do seu tempo.
A Vulgata foi a base de inúmeras outras traduções para outras línguas. Foi a Bíblia de
quase toda a Europa por mais de 1000 anos. Foi decretada como a Bíblia oficial da Igreja
Romana em 8 de abril de 1592 no Concílio de Trento.

e) Outras Versões Orientais:


1 - As versões Egípcias ou Cópias (3 principais, feitas até 500 d.C.);
2 - A Etíope, feita em 330 d.C. abrangendo ambos os testamentos;
3 - A Gótica, feita em 350 d.C. ambos os testamentos;
4 - A Armênia, feita no séc. V;
5 - A Georgina, feita no séc. V; e
6 - A Eslavônica, feita no séc. IX p/ dois irmãos missionários: Cirilo e Metódio.

f) Versões Européias:
No século XII começaram as traduções nas línguas européias tais como: francês
(1487), italiano (1432), alemão (1534), sueco (1541), holandês (1560), espanhol (1602),
finlandês (1642), dinamarquês (1550), e outras.

g) Versões Inglesas:
1 - A Versão Autorizada do Rei Tiago, (1611) feita por 52 teólogos ingleses. É a versão
favorita dos povos de língua inglesa.
2 - A Versão Revisada, (1881-1885) feita por um grupo de sábios ingleses e americanos.
3 - A Versão Revisada Americana. É uma réplica americana da anterior.
4 - A Versão Padrão Revisada, (1496 - NT e 1952 AT).

h) A Versão Alemã:
Lutero preparou e traduziu dos originais.

i) Versão em Espanhol:
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Há muitas versões em espanhol, porém a mais famosa e a mais usada principalmente


pelos evangélicos é a Reina-Valera.
1 - Versão de Casiodoro de Reina - feita em 1569;
2 - Versão de Cipriano de Valera - feita em 1602;
3 - Revisão Reina-Valera em 1909;
4 - Revisão Reina-Valera em 1969. (Está é atualmente a mais usada).

j) Versões em Português:
1 - A Versão de Almeida, João Ferreira de, traduziu o NT em 1670, que foi publicado
em 1681 em Amsterdam, Holanda. Traduziu o AT até Ezequiel 48.21, quando faleceu em
1691. Missionários seus amigos completaram a tradução. Almeida fez a sua tradução do
grego e do hebraico, utilizou também as versões holandesas (1637) e espanhola (de Valera,
1602).

 A bíblia completa de Almeida foi publicada em 1819 pela SBBE.

 O texto de Almeida foi revisado em 1894, e 1925. Em 1951 a Imprensa Bíblica Brasileira
publicou a “Edição Revisada e Corrigida” - ARC.
2 - Versão de Matos Soares, publicada em 1946, ele era padre brasileiro, traduziu da
Vulgata. Nota-se preconceitos e tendências nesta versão.
 É a Bíblia usada pelos Católicos brasileiros.
3 - Versão na Linguagem de Hoje, publicada em 1988 (toda a Bíblia) pela Sociedade
Bíblica do Brasil. (versão muito polêmica)
4 - Tradução brasileira (1910- 1917) por uma comissão de eruditos evangélicos
brasileiros nomeada pela SBA e SBBE. - Essa tradução é muito fiel ao original. É tradução
literal.
5 - Versão de Rhoden, só NT, era padre brasileiro (SC)
6 - Versão de Figueiredo, padre, traduziu da Vulgata (1781-1790), publicada em 1821
pela SBBE.

SIGLAS DAS SOCIEDADES BÍBLICAS:

SBB - SOC. B. BRASILEIRA


SBA - SOC. B. AMERICANA
IBB - IMPRENSA B. BRASILEIRA
SBT - SOC. B. TRINITÁRIA
SBBE - SOC. B. BRITÂNICA E ESTRANGEIRA
SBU - SOC. B. UNIDA

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IV - A BÍBLIA EM SEQÜÊNCIA HISTÓRICA

O conhecimento da história bíblica, na sua devida seqüência, é de muita importância


para a compreensão da Bíblia. É preciso que o estudante da Bíblia saiba que a revelação
divina, no seu tão rico lado histórico, não aparece na própria Bíblia em ordem cronológica, daí
ser preciso conhecer a seqüência dos fatos bíblicos, de perspectiva.
O fim principal em vista aqui não é suprir o aluno de dados cronológicos. A cronologia
apresentada a seguir é apenas a indispensável. É oportuno informar que toda cronologia
antiga é terreno movediço. As evidências arqueológicas conduzem a uma redução (mudança)
de datas, friso o importante neste estudo não é a precisão das datas e sim seqüência
cronológica dos acontecimentos bíblicos.
Neste estudo é importante ter em mente as sete dispensações, pois através delas temos
uma visão global da Bíblia e sua mensagem. O aluno pode consultar a Apostila: As Grandes
Dispensações; tendo assim um aprendizado mais profundo e esclarecedor.

1 - ÉPOCA PRÉ-ABRAÂMICA
Esta época, de Gn 1 a 11 (da criação de Adão a chamada de Abraão (Pai de uma grande
nação) - 4000-2000 a.C.), abrange dois períodos históricos:
a) O Período Antediluviano:
Gênesis cap. 1 a 5, de Adão ao Dilúvio: 4004-2348 a.C., cerca de 1.656 anos. Contém o
relato da origem de todas as coisas, criação do homem, queda do homem, o primeiro
assassinato, degradação moral do homem, a chamada de Noé e construção da arca.

b) Do Dilúvio a Abraão:
Gênesis cap. 6 a 11, de 2348-1921 a.C., cerca de 427 anos. Contém o relato do dilúvio,
a origem das nações, o pecado de Cão e a Chamada de Abraão.
2 - ÉPOCA DE ISRAEL
A história bíblica está dividida em 9 períodos onde Israel é o centro.
a) Período Patriarcal:
De gênesis cap. 12 a 50, de 1921-1635 a.C., vai de Abraão (Abrão – pai grande) a
morte de José no Egito. Contém o relato da chamada de Abraão, peregrinação, entrada na
terra prometida, ida para o Egito, governo e morte de José.

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b) Israel no Egito:
Descrito em Êxodo cap. 1 a 12, 1635-1491 a.C., vai da morte de José ao Êxodo.
Contém o tempo da escravidão no Egito, chamada de Moisés, o Êxodo.

c) Israel no deserto:
Descrito nos cap. 13 de Êx. a 34 de Dt., 1491-1451 a.C., cerca de 40 anos. Contém o
relato das peregrinações no deserto, dos últimos acampamentos de Israel em Sitim, nas
planícies de Moabe, morte de Moisés e início da liderança de Josué.

d) A conquista de Canaã:
Descrito no livro de Josué, 1451-1444 a.C., cerca de 7 anos, este é o primeiro período
de Israel em sua própria terra. Contém o relato da travessia do Jordão, tomada de Jericó,
morte de Josué e etc. É importante notar que Josué morre sem que a posse da terra esteja
totalmente concluída, porém faz antes de sua morte a recomendação para que o povo
continue a conquista da terra.

e) Os Juízes:
Do livro de Juízes ao 1 Sm 9., 1425-1095 a.C., cerca de 300 anos. Contém a biografia
divina do povo (Jz 2.10), os altos e baixos do povo espiritualmente e materialmente. Nesse
período se destacam vários juizes, entre eles: Sansão, pela beleza de sua história; Débora ,
por ser mulher; e Samuel por ter sido o maior deles e último dos juízes.

f) A Monarquia:
Compreende os reinados de Saul, Davi e Salomão. É o período áureo e esplendoroso de
Israel. A capital do reino no tempo de Saul era Gibeá: 1 Sm 10.26; no Tempo de Davi e
Salomão foi Jerusalém. (a primeira capital de Davi foi Hebrom: 2 Sm 5.4,5).
No reinado de Salomão foi construído o Templo de Deus; sua planta foi feita por Davi, que
foi impedido por Deus de iniciar sua construção.

g) O Reino dividido:
Este período vai da divisão do reino aos cativeiros dos reinos do Norte e do Sul.
A divisão do Norte chamou-se Israel (nas profecias chamada de Efraim e Samaria):
 capital Samaria
 10 tribos
 1º rei foi Jeroboão
 culto oficial: ao bezerro de ouro importada do Egito
 também afundou-se no baalismo).

A divisão Sul chamou-se Judá (Benjamim e Levi):

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 capital Jerusalém
 2 tribos
 1º rei foi Roboão
 culto oficial: a Jeová
 procuraram a baalins.

h) Período do cativeiro e da restauração:


De 2 Reis 25 a Neemias 13; 2 Crônicas 36 a Neemias 13. O cativeiro durou 70 anos:
606-536 a.C. Os profetas e lideres que se destacam nesse tempo são Jeremias, Daniel,
Ezequiel, Malaquias, Zacarias, Esdras, Neemias, Zorobabel, Ester e outros.
O cativeiro curou Israel da Idolatria até o dia de hoje. Desde então, os judeus poderão
ser acusados de outros pecados, mas não o de idolatria. O Cativeiro trouxe a benção de
Deus para outras nações, como: tradução da torah, as Escrituras começaram a ser
estudadas e etc.

i) Período interbíblico:
Vai de 430 a.C., ou seja: ao início da era cristã. Fica situado entre Malaquias e Mateus.
Cerca de 400 anos. Nesse período foram escritos os livros apócrifos do Antigo Testamento,
entre 270 a 50 a.C. Malaquias deve ter ministrado de 432 a 430 a.C., quando teria sido
encerrado o Antigo Testamento. Este período está profeticamente descrito em Dn 11.
Tem início sob o domínio persa (100 anos), passa pelo grego, um período de pouco
mais 100 anos que esteve independente (irmãos Macabeus) e termina durante o Romano.
Nesse período surgiram as seguintes seitas religiosas (com influência política):

1 - Os Fariseus (heb. separados): primavam pela pureza religiosa, com objetivo de


conservar viva a fé em Jeová. Depois tornaram-se secos, ritualistas e hipócritas; foi como
Jesus os classificou.

2 - Os Saduceus (heb. justos): eram aristocratas da época, adeptos do que chamamos


hoje racionalismo. At 5.17; 23.9. Eram helenistas, isto é, partidários dos gregos e dos seus
sistemas, especialmente, dos seus ensinos filosóficos.

3 - Os Essênios (piedoso): eram uma ordem monástica, verdadeira irmandade.


Praticavam o ascetismo. Pareciam uma seita oriental misturada de judaísmo.

3 - ÉPOCA DO CRISTIANISMO

É a história da Igreja propriamente dita. Constitui matéria à parte; por isso não é
estudada aqui. A época do Cristianismo começa com o nascimento de Jesus no ano 5 a.C. C,

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e se estende paralelamente ao texto bíblico, até os últimos dias de João, o apóstolo (cerca de
100 d.C.) e, fora dele (do texto bíblico), até os tempos atuais.
A época do Cristianismo nos dias do NOVO TESTAMENTO tem três períodos:
a) da vida de Cristo: vistos nos Evangelhos - 5 a.C. a 29 d.C.;
b) da Igreja em Jerusalém: visto em Atos até o cap. 12-29 a 47 d.C.;
c) da Igreja missionária: visto em Atos, a partir do cap. 13 e Epístolas - vai de 47 a 96 d.C.
Os Evangelhos e as Epístolas foram escritos nesse período.

Após os dias do Novo Testamento, a época do Cristianismo pode ser estudado dentro
dos quatros períodos da história secular:

a) Período Romano:
Vai até a queda de Roma, em 476 d.C. Nesse ano, Odoacro, rei dos godos, invadiu
Roma. Das ruínas do Império Romano surgiu o império papal, que governou o mundo por
mais de 1.000 anos: 476-1500 d.C.

b) Período Medieval:
Vai da queda de Roma, ao fim do Império Romano do Oriente: 476-1453. Nesse ano, os
turcos (otomanos) tomaram Constantinopla, então capital do Império Romano do Oriente. A
divisão do império em dois, dera-se em 395 d.C. Em Roma ficara a sede de um, e em
Constantinopla a do outro. A tomada de Constantinopla é um marco na história, pois logo
após inicia-se com toda força o período medieval.

c) Período Moderno:
Do fim do Império Romano do Oriente, à Revolução Francesa: 1453-1789.

d) Período Contemporâneo:
A partir de 1789 aos nossos dias.

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V - CRONOLOGIA BÍBLICA

1 - INTRODUÇÃO À CRONOLOGIA BÍBLICA


A cronologia bíblica é quase toda incerta; aliás, toda a cronologia antiga é incerta. As datas
eram contadas tomando-se por base eventos importantes, e isso dentro de cada povo.
Quanto à Bíblia, seus escritores não tinham preocupação com datas; apenas registravam
os fatos. As datas, quando mencionadas, têm base, como acima ficou dito: em eventos
particulares.

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As datas que aparecem nas margens de certas edições da Bíblia não pertencem ao texto
original. Foram calculadas principalmente pelo arcebispo Ussher (1580-1656), em 1650. É
conhecida por “Cronologia Aceita”. Esssas datas foram inseridas na Bíblia pela primeira vez
em 1701.

2 - DIFICULDADES NO ESTUDO DA CRONOLOGIA BÍBLICA


a) Dificuldades nas fontes de dados:
Tratando-se do texto bíblico, temos dados para a cronologia de três diferentes fontes,
mas todos discrepantes: o Texto Mossoréitico, escrito em hebraico atual; a Septuaginta,
escrita em grego; e o Pentateuco Samaritano, escrito em caracteres samaritanos.

b) Dificuldades nas eras:


- Era Assíria (Cânon Epônimo) vem de 893 a.C.;
- Era Babilônica (era de Nabopolassar), 747;
- a Grega, de 776 (data das primeiras olimpíadas, a cada 4 anos);
- a Romana, 753 a.C. , data da fundação de Roma;
- a Selêucida, de 312 a.C., data da ocupação da Babilônia por Seleuco Nicátor; e
- a Maometana, de 622 d.C., data em que Maomé fugiu de Meca.

c) Dificuldades no texto bíblico:


Essas dificuldades existem, pois frações de anos foram tomadas por anos inteiros,
partes tomadas pelo todo, e arredondamento de números. Compare: Ex 12.37 com Nm 1.46 e
11.21;
Gn 15.13 “Então, disse a Abrão: Saibas, decerto, que peregrina será a tua
semente em terra que não é sua; e servi-los-á e afligi-la-ão quatrocentos
anos.” com Gl 3.17 “Mas digo isto: que tendo sido o testamento
anteriormente confirmado por Deus, a lei, que veio quatrocentos e trinta
anos depois, não o invalida, de forma a abolir a promessa.”.

3 - CASOS A CONSIDERAR NO ESTUDO DA CRONOLOGIA BÍBLICA

a) - Relação entre Séculos e Anos:


Aqui, acontece os maiores problemas de compreensão no cálculo dos anos e séculos.
Um exemplo: no século I de uma era estão os anos 1 a 100, no século II, 101 a 200, e não
100 a 200, como muitos pensam.

b) - A Era antes de Cristo:


A contagem do tempo antes de Cristo é regressiva, isto é, parte de Cristo para a
criação (4004 a.C.).
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b) - O Erro do nosso Calendário - o Calendário Atual:


O uso do calendário é tão antigo quanto a própria humanidade. Há muitos calendários
(Chinês, Judeu, e ect.). Neste compêndio vamos abordar apenas o cristão.
Em 526 d. C., o imperador romano do Oriente, Justiniano I, decidiu organizar um
calendário original, encarregando da tarefa o abade Dionysius Exiguus, o qual, em seus
cálculos, cometeu um erro, fixando o ano 1 d.C. com um atraso de 5 anos. Daí dizer-se que
Cristo nasceu 5 anos antes da Era Cristã, que é um grande absurdo.

c) - O Tempo e suas Divisões:

1 - O Dia Natural:
a) O Dia:
O período em que há luz, Dia, entre os judeus e os romanos era dividido em 12 horas
(Jo 11.9), no Novo Testamento. A hora 1ª era às 6 da manhã; a hora 6ª às 12 de hoje. Leia
Mt 20.6; Jo 4.6; At 10.3,9. A terceira, a sexta e a nona hora eram dedicadas a oração e
adoração (At 3.1; 10.3,9). Antes da hora 3ª, os judeus não comiam nem bebiam (At 2.15).
No Antigo Testamento o dia era dividido em 3 períodos: manhã, das 6 às 10; o calor do
dia, das 10 às 14, e o frescor do dia, das 14 às 18.
O dia civil era contado de um pôr-do-sol a outro (Lv 23.32). Para os romanos o dia civil
ia de uma meia-noite a outra. João, em seu Evangelho, emprega o calendário romano; os
demais evangelistas usam o judaico.
b) A Noite:
Já a Noite, no Antigo Testamento era dividida em 3 vigílias, de 4 horas cada. A
primeira, das 6 às 10; a da meia-noite, das 10 às 2 da manhã; a da manhã, das 2 às 6 da
manhã (Ex 14.24; Jz 7.19; Lm 2.19).
No Novo Testamento, a noite tinha 4 vigílias de 3 horas, conforme o sistema romano.
A primeira chamava-se tarde e ia das 6 às 9; a segunda, meia-noite, das 9 às 12; a terceira,
cantar do galo, das 12 às 3 da madrugada; a quarta, manhã, das 3 às 6 da manhã (Mc 6.48;
13.35; Lc 12.38).
Nosso sistema sexagesimal (horas divididas em 60 minutos, e estes em 60
segundos) vem dos sumérios. Não era seguido entre os israelitas.

2 - a Semana:
Em hebraico o termo semana significa simplesmente sete, sem indicar dias ou anos.
Nossa palavra semana vem do latim septimana que literalmente significa setenário, isto é,
que contém sete. Os dias para os judeus não tinham nomes e sim números, exceto o sexto

HUMANIZA CURSOS 24
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(parasceve) e o sábado (em heb. shabat, cessação, descanso – cessação de qualquer


atividade – da atividade criadora, isto é, em relação Criação).

3 - os Meses:
Eram lunares, devido à observação das fases da lua. Tinham 29 a 30 dias,
alternadamente. Antes do cativeiro babilônico, os meses eram designados por números,
exceto o primeiro que se chamava Abibe (espiga de trigo). Após o exílio, passou a chamar-se
Nisã, palavra assíria para princípio, abertura (Ex 12.2; 13.4). Após o cativeiro, todos os meses
passaram a ter nomes:

1º abibe ou nisã abril 2º zife ou liar maio


3º sivã junho 4º tamuz julho
5º abe agosto 6º elul setembro
7º etanim ou tisri outubro 8º bul ou marquesvã novembro
9º quisleu dezembro 10º tebete janeiro
11º sebate fevereiro 12º adar março

4 - os Anos:
Tinham 12 meses de 29 e 30 dias, alternadamente, perfazendo 354 dias. Os judeus
tinham dois diferentes anos: o sagrado e o civil.
 sagrado iniciava-se no mês de abibe, que corresponde ao fim de março ou princípio de
abril, na lua cheia, após o equinócio da primavera; e
 ano civil iniciava-se no sétimo mês do sagrado (tisri ou etanim), final de setembro ou
princípio de outubro.
Havia também o ano sabático a cada 7 anos, para descanso do solo; e o ano do
Jubileu, a cada 49 anos, para libertação humana em geral.

4 - CRONOLOGIA DOS PERÍODOS HISTÓRICOS DA BÍBLIA E HISTÓRIA UNIVERSAL


CONTEMPORÂNEA

a) Períodos aqui, têm aplicação diferente do Cap. IV.


1 - Antediluviano: 1656 anos: Gn 2 a 6
 Tempo: de Adão (40004 a.C.) ao Dilúvio (2348 a.C.): Babilônia em destaque
mundial.

2 - do Dilúvio à Dispersão das Raças: 100 anos: Gn 7 a 11


 Tempo 2348 a 2248 a.C.
 Nasc. de Abraão: 1996 a.C. (de Adão a Abraão: 2008 anos)

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3 - dos Patriarcas: 430 anos: Gn 12 a Ex 12


 Chamada de Abraão: 1921 a.C.
 Provações de Jó: 1845 a.C.
 Nasc. de José: 1800 a.C.
 Egito: 1º Império Mundial: 1600-1200 (18ª e 19ª dinastias)
 Êxodo de Israel: 1491 a.C.

4 - Jornada no Deserto e Conquista de Canaã: 46 anos: Ex 13 a Js 24


 Tempo: 1491-1445 a.C.
 Passagem do Jordão: 1451 a.C.
 Apogeu do Império Hitita: 1400 a.C.
 Projeção Gregos e colonização da Ásia Menor

5 - Período da Teocracia: 345 anos: Jz 1 a Sm 10 (leia Jz 11.26)


 Tempo: 1445-1100 a.C.
 Egito Centro Cultural geral
 Projeção da Grécia. Destruição de Tróia: 1184 a.C.
 Navegantes fenícios chegam a Gibraltar: 1100 a.C.

6 - Período do Reino Unido ou Monarquia: Saul, Davi e Salomão: 120 anos, 1Sm 11 a
2Cr 9

7 - Período do Reino dividido: 347 anos: 1Rs 12 a 2Cr 36


 Roboão: 933 a Zedequias: 586
 Reino do Norte durou 200 anos
 Reino do Sul 300 anos
 Roma é fundada: 753 a.C.
 Os fenícios dão a volta à África: 600 a.C.
 Faraó Neco II tenta construir um canal ligando o Mar Vermelho ao Mediterrâneo com
cerca de 120.000 homens. (canal de Suez)
 Pérsia esmaga o Egito: 525 a.C.
 Projeção dos estados Gregos: Atenas e Esparta.

8 - do Cativeiro e Restauração: 174 a.C.: 2Cr 36 a Ne 13


 Cativeiro: 70 anos
 Restauração: 104 anos - Decreto de Ciro: 536 a.C.
 Reconstrução do Templo: 536-516 a.C.: 20 anos
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 Ester, rainha da Pérsia: 478 a.C.


 457 a.C.: Esdras chega em Judá como Sacerdote;
 445 a.C a 444 a.C.: Neemias é nomeado governador, reedifica os muros e a cidade
de Jerusalém;
 Neemias volta a Pérsia em 434 a.C.; e
 Retorna a Jerusalém em 432 a.C. (Ne 13.6)

9 - Período Interbíblico: cerca de 400 anos (de Neemias ao início da Era Cristã).

10 - Período do Novo Testamento: 5 a.C.: Tibério com Augusto governa o Império


Romano
 Tibério, imperador: 14 dC.
 Fundação da Igreja: 29 dC. devido ao erro no Calendário
 Incêndio de Roma, por Nero: 64 d.C.
 Acaba a Construção do Templo: 64 d.C.
 Morte de Pedro: 67 d.C.
 Destruição de Jerusalém e do Templo pelos romanos: 70 d.C.
 Destruição de Pompéia e Herculano 79 d.C. por uma erupção do Vesúvio.

VI - A BÍBLIA COMO A PALAVRA DE DEUS

Em resumo, notam-se na Bíblia duas coisas: o Livro e a Mensagem. A causa motivante


de ensinar a Bíblia aos outros deve ser o fato de levá-los a conhecer a Deus.
Que as escrituras são de origem divina, é assunto resolvido. Deus, na sua Palavra, é
testemunha de si mesmo. Se alguém perguntar: Por que você crê que a Bíblia é a Palavra de
Deus? Saberás responder adequadamente? Eis, algumas provas da origem divina da Bíblia
evidenciam ser esse livro a Palavra de Deus:

1 - A INSPIRAÇÃO DA BÍBLIA

O que diferencia a Bíblia de todos os demais livros do mundo é a sua inspiração divina:
2 Tm 3.16; 2 Pe 1.21. É devido a essa inspiração que ela é chamada a Palavra de Deus. E os
que seguem ao Senhor Jesus não têm dúvidas quanto a ser ela inspirada.
O que vem a ser inspiração divina? - Para melhor compreensão, vejamos primeiro o
que é inspiração. No sentido fisiológico, é a inspiração do ar para dentro dos pulmões. É pela
inspiração que temos fôlego para falar.
Quando estamos falando, o ar é expelido dos pulmões, é o que chamamos de
expiração. Pois bem, Deus, para falar a sua Palavra através dos escritores da Bíblia, inspirou

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neles o seu Espírito! Portanto, inspiração divina é a influência sobrenatural do Espirito Santo
como um sopro sobre os escritores da Bíblia, capacitando-os a receber e a transmitir a
mensagem sem erro.
a) Teorias Falsas:
Quanto à inspiração da Bíblia, há várias teorias falsas, que o estudante não deve
ignorar. Umas são muito antigas, outras modernas, e ainda outras estão surgindo por aí
afora. Veja algumas:

1 - Teoria da inspiração natural - humana: ensina que ela foi escrita por homens dotados
de gênio e de força intelectual especial, como foram também, Sócrates, Shakespeare,
Camões, Rui Barbosa e muitos outros. Leia: 2Sm 23.2 com At 1.16; Jr 1.9.

2 - Teoria da inspiração divina comum: ensina que a inspiração dos escritores da Bíblia
é a mesma que hoje nos vem quando oramos, pregamos, e etc. Isto é errado, pois a
inspiração comum que o Espírito nos concede:
a - admite gradação, isto é, o Espírito pode conceder maior ou menor conhecimento
e percepção espiritual ao crente; e
b - a inspiração comum pode ser permanente 1 Jo 2.27, enquanto que a dos
escritores da Bíblia era temporária.

3 - Teoria da inspiração parcial: ensina que partes são inspiradas, outras não. Afirma que
a Bíblia não é a Palavra de Deus, mas que apenas contém a Palavra de Deus.
2Tm 3.16 “Toda Escritura divinamente inspirada é proveitosa para ensinar,
para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça,...”

4 - Teoria do ditado verbal: ensina a inspiração da Bíblia só quanto às palavras, não


deixando lugar para a atividade e o estilo do escritor. Mas essa atividade e esse estilo
são patentes em cada livro. Lucas, por exemplo, fez cuidadosa investigação de fatos
conhecidos:
Lc 1.4 “para que conheças a certeza das coisas de que já estás informado”.

5 - Teoria da inspiração das idéias: ensina que Deus inspirou as idéias da Bíblia, mas
não as suas palavras... Afirma que as palavras ficaram a cargo dos escritores. Ora, o
que é palavra na definição mais sumária? não é a expressão do pensamento? Tente
o leitor agora mesmo formar uma idéia sem palavras... Impossível!

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b) Teoria Correta da Inspiração da Bíblia: é chamada teoria da inspiração plena ou verbal.


Ensina que todas as partes da Bíblia são igualmente inspiradas; que os escritores não
funcionaram quais máquinas inconscientes; que houve cooperação vital e contínua entre eles
e o Espírito de Deus que os capacitava.

1 - Diferença entre revelação e inspiração - no tocante à Bíblia: revelação é a ação de


Deus pela qual Ele dá a conhecer ao escritor coisas desconhecidas, que o homem, por
si só, não podia saber. A inspiração nem sempre implica em revelação. Exemplos de
revelação: os primeiros capítulos de gênesis, José interpretando os sonhos, Daniel
declarando o sonho do rei Nabucodonozor, os escritos do apóstolo Paulo e etc.

2 - Diferença entre as declarações da Bíblia e os registros de declarações de outrem


que ela faz: a Bíblia não mente, mas registra mentiras que outros proferiram. Não é a
mentira do registro que foi inspirada, e sim o registro da mentira. Leia Sl 14.1
“Disseram os néscios no seu coração: Não há Deus. Têm-se corrompido,
fazem-se abomináveis em suas obras, não há ninguém que faça o bem.”.

 É preciso verificar quem está falando,


 para quem está falando,
 para que tempo está falando e
 em que sentido está falando.

2 - A PERFEITA HARMONIA E UNIDADE DA BÍBLIA

A existência da Bíblia até os nossos dias só pode ser explicada como um milagre. Há
nela 66 livros, escritos por cerca de 40 escritores, cobrindo um período de 16 séculos. Pontos
a considerar:
a) Os escritores: foram homens de todas as atividades da vida.
b) As condições: também não houve uniformidade de ambiente na composição dos livros
da Bíblia.
c) Circunstâncias: as circunstâncias em que os 66 livros foram escritos também são as
mais diversas.
d) A razão dessa harmonia e unidade: se a Bíblia fosse um livro puramente humano, sua
composição seria inexplicável, uma grande anarquia.

3 - A APROVAÇÃO DA BÍBLIA POR JESUS

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Inúmeras pessoas sabem quem é Jesus; crêem que Ele fez e faz milagre; crêem em
sua ressurreição e ascensão, mas... não crêem na Bíblia! Tais pessoas precisam saber a
atitude e a posição de Jesus quanto à Bíblia. Ele:
 Leu-a: Lc 4.16-20
“16 E, chegando a Nazaré, onde fora criado, entrou num dia de sábado,
segundo o seu costume, na sinagoga e levantou-se para ler. 17 E foi-lhe
dado o livro do profeta Isaías; e, quando abriu o livro, achou o lugar em que
estava escrito: 18 O Espírito do Senhor é sobre mim, pois que me ungiu para
evangelizar os pobres, enviou-me a curar os quebrantados do coração, 19 a
apregoar liberdade aos cativos, a dar vista aos cegos, a pôr em liberdade os
oprimidos, a anunciar o ano aceitável do Senhor. 20 E, cerrando o livro e
tornando a dá-lo ao ministro, assentou-se; e os olhos de todos na sinagoga
estavam fitos nele.”;
 Ensinou-a: Lc 24.27
“E, começando por Moisés e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele
se achava em todas as Escrituras.”;
 Chamou-a de Palavra de Deus: Mc 7.13
“invalidando, assim, a palavra de Deus pela vossa tradição, que vós
ordenastes. E muitas coisas fazeis semelhantes a estas.”; e
 Cumpriu-a: Lc 24.44
“E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco:
convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na Lei de
Moisés, e nos Profetas, e nos Salmos.”;
Quanto ao Novo Testamento, em Jo 14.26, o Senhor Jesus, antecipadamente , pôs o
selo de sua aprovação divina, ao declarar:
“O Espírito Santo... vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo
quanto vos tenho dito”.

4 - O TESTEMUNHO DO ESPÍRITO SANTO DENTRO DO CRENTE QUANTO À BÍBLIA

Na alma de cada pessoa que aceita a Jesus como Salvador, o Espírito Santo põe a
certeza quanto à autoridade e veracidade da Bíblia. É automático. Não é preciso ninguém
ensinar isso; quem de fato aceita a Jesus, aceita também a Bíblia como Palavra de Deus,
sem argumentar.
Em Jo 7.17, Jesus mostra como podemos ter dentro de nós o testemunho do Espírito
Santo sobre a autoria divina da Bíblia. Leia Rm 8.16

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“O mesmo Espírito testifica com o nosso espírito que somos filhos de Deus.”.

5 - O CUMPRIMENTO FIEL DAS PROFECIAS DA BÍBLIA

O Antigo Testamento é um livro de profecias: Mt 11.13 “Porque todos os profetas e a


lei profetizaram até João.”. O Novo Testamento em grande parte também o é. Referimo-nos
aqui, evidentemente, às profecias no sentido preditivo. Há no Antigo Testamento duas
classes dessas profecias: as literais e as expressas por tipos e símbolos, como há
inúmeras no Tabernáculo: Hb 10.1
“Havendo Deus, antigamente, falado, muitas vezes e de muitas maneiras,
aos pais, pelos profetas, a nós falou-nos, nestes últimos dias, pelo Filho,”.
Muitas profecias da Bíblia já se cumpriram no passado, em sentido parcial ou total;
outras cumprem-se em nossos dias, e muitas se cumprirão daqui para a frente. Um exemplo
dessas profecias: é o caso da nação Israelita, foi predito sua dispersão, retorno, restauração
e progresso material e espiritual. Leia Lv 26.14,32,33; Dt 4.25-27; 28.15,64; Jr 30.3; Ez 11.17;
36
Is 66.8 “Quem jamais ouviu tal coisa? Quem viu coisas semelhantes? Poder-se-ia
fazer nascer uma terra em um só dia? Nasceria uma nação de uma só vez?
Mas Sião esteve de parto e já deu à luz seus filhos.”;
Jr 23.3 “E eu mesmo recolherei o resto das minhas ovelhas, de todas as terras para
onde as tiver afugentado, e as farei voltar aos seus apriscos; e frutificarão e
se multiplicarão.”;
Jr 32.37 “Eis que eu os congregarei de todas as terras, para onde os houver lançado
na minha ira, e no meu furor, e na minha grande indignação; e os tornarei a
trazer a este lugar e farei que habitem nele seguramente. ”.

6 - A INFLUÊNCIA BENÉFICA DA BÍBLIA NAS PESSOAS E NAÇÕES

O mundo hoje é melhor devido à influência da Bíblia. Pessoas e nações inteiras são
abençoadas quando tomam a Bíblia como regra de fé e prática.
Alguém pode tentar contestar a Bíblia, seu conteúdo, sua história; porém inegável a
transformação causada na vida das pessoas.

7 - A BÍBLIA É FAMILIAR A CADA POVO OU INDIVÍDUO EM QUALQUER LUGAR

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Através do mundo inteiro, qualquer crente ao ler a Bíblia, recebe sua mensagem como
se esta fora escrita diretamente para si. Todas as raças consideram a Bíblia como possessão
sua. Ninguém tem a Bíblia como livro dos outros, isto prova que ela procede de Deus.

8 - A IMPARCIALIDADE DA BÍBLIA

Se a Bíblia fosse um livro originado do homem, ela não poria a descoberto os muitos
pecados deles; ele dá toda a glória a Deus e mostra a fraqueza humana: Jó 27; Sl 50.21,22
“21 Estas coisas tens feito, e eu me calei; pensavas que era como tu; mas eu
te argüirei, e, em sua ordem, tudo porei diante dos teus olhos. 22 Ouvi, pois,
isto, vós que vos esqueceis de Deus; para que vos não faça em pedaços,
sem haver quem vos livre.”.

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VII - HERMENÊUTICA BÍBLICA

O termo "hermenêutica" deriva do grego hermeneuein, "interpretar". A Hermenêutica


Bíblica cuida da reta compreensão e interpretação das Escrituras. Consiste num conjunto de
regras que permitem determinar o sentido literal da Palavra de Deus.

1 - A IMPORTÂNCIA DESTE ESTUDO


1. O próprio Pedro admitiu que há textos difíceis de entender: "os quais os indoutos e
inconstantes torcem para sua própria perdição" (2 Pedro 3:15 e 16).
2. A arma principal do soldado cristão é a Escritura, e se desconhece o seu valor ou
ignora o seu legítimo uso, que soldado será? (2 Timóteo 2:15).
3. As circunstâncias variadas que concorreram na produção do maravilhoso livro exigem
do expositor que o seu estudo seja meticuloso, cuidadoso e sempre científico,
conforme os princípios hermenêuticos.

1. A REGRA FUNDAMENTAL
A Escritura é explicada pela Escritura. A Bíblia interpreta a própria Bíblia..
2. PRIMEIRA REGRA
Enquanto for possível, é necessário tomar as palavras no seu sentido usual e
ordinário..
3. SEGUNDA REGRA
É absolutamente necessário tomar as palavras no sentido que indica o conjunto da
frase..
Esta regra tem importância especial quando se trata de determinar se as palavras
devem ser tomadas em sentido literal ou figurado. Para não incorrer em erros, convém,
também, deixar-se guiar pelo pensamento do escritor, e tomar as palavras no sentido
que o conjunto do versículo indica.
4. TERCEIRA REGRA
É necessário tomar as palavras no sentido que indica o contexto, isto é, os versos que
precedem e seguem o texto que se estuda.
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5. QUARTA REGRA
É preciso tomar em consideração o desígnio ou objetivo do livro ou passagem em que
ocorrem as palavras ou expressões obscuras..
6. QUINTA REGRA
É indispensável consultar as passagens paralelas explicando as coisas espirituais
pelas espirituais (I Cor 2:13). (I Cor 2:13).
7. SEXTA REGRA
Um texto não pode significar aquilo que nunca poderia ter significado para seu autor
ou seus leitores.
8. SÉTIMA REGRA
Sempre quando compartilhamos de circunstâncias comparáveis (isto é, situações de
vida específicas semelhantes) com o âmbito do período quando foi escrita, a Palavra
de Deus para nós é a mesma que Sua Palavra para eles.

2 - A EXEGESE BÍBLICA

EXEGESE
É o estudo cuidadoso e sistemático da Escritura para descobrir o significado original
que foi pretendido. É a tentativa de escutar a Palavra conforme os destinatários
originais devem tê-la ouvido; descobrir qual era a intenção original das palavras da
Bíblia.
a. contexto histórico: a época e a cultura do autor e dos seus leitores: fatores
geográficos, topográficos e políticos, a ocasião da produção do livro. A questão mais
importante do contexto histórico tem a ver com a ocasião e o propósito de cada livro.
b. contexto literário: as palavras somente fazem sentido dentro das frases, e estas
em relação às frases anteriores e posteriores. Devemos procurar descobrir a linha de
pensamento do autor. O que o autor está dizendo e por que o diz exatamente aqui?

3 - REGRAS PRINCIPAIS PARA INTERPRETAÇÃO

a) – A Bíblia interpretando a si mesma: A Escritura explicada pela Escritura. Ex.:


Compare Atos 8.26-35 com Isaías 53.7,8.

b) – O Espírito Santo é o interprete por excelência. Leia 1Co 2.10-13


“Mas Deus no-las revelou pelo seu Espírito; porque o Espírito penetra todas
as coisas, ainda as profundezas de Deus. ... Assim também ninguém sabe as
coisas de Deus, senão o Espírito de Deus.” Leia ainda Jo 14.26; 16.13

c) – Não interpretar Um Texto Isoladamente: É preciso um referencial; é preciso


interpretar Escritura com Escritura.

d) – Não basear a Doutrina em Um Verso Isolado: Uma Doutrina é fundamentada nos


seus textos e contextos paralelos, interpretada à luz geral da Bíblia.

e) – Quando algum texto trouxer dúvida, é imprescindível submetê-lo ao consenso geral


da Bíblia.
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VIII - BIBLIOGRAFIA

1. SILVA, Pr. Antonio Gilberto da. A Bíblia: o livro, a história e a mensagem, RJ: CPAD, 82.
2. OLSON, N. Lawrence – Plano Divino Através dos Séculos.
3. PEARLMAN, Myer. Conhecendo as Doutrinas da Bíblia – Editora Vida, Miami, USA, 78.
4. SILVA, Pr. Antonio Gilberto da. Através da Bíblia, RJ: CPAD, 94.
5. JOHNSON, Bernhard. Seminário de Evangelismo Pessoal. RJ – 91.
6. THOMPSON, Bíblia de Referência. Edição Contemporânea, RJ: Ed. VIDA, 95.

Agradeço ao Senhor Jesus por poder abençoar vidas através desta pequena obra.

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Contatos (21) 3163-8368 ou 9647-5202

Outras Obras do Autor:

Doutrinas, Costumes e Tradições – 1998/RJ.


Teologia do Casamento - 1997/RJ.
Cerimonial e Liturgias – 1998/RJ.
Mini-Dicionário Contextualizado - 1999/RJ.
Teologia da Oração - 1996/RJ.
Vencendo a Depressão - 1999/RJ.
Cura Interior – Sarando as Feridas – 2003/RJ.

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