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Processo de nº .....
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PRELIMINARMENTE
Considera-se inepta a petição inicial, segundo o § único, inciso II, do art. 295 do CPC,
quando "da narração dos fatos não decorrer logicamente a conclusão" ou ainda, segundo
o mesmo parágrafo, inciso IV, "contiver pedidos incompatíveis entre si"
No processo em questão, a petição inicial apresentou-se eivada de erros que, mesmo após
a determinação de emenda, não foram corrigidos.
Aponta a Autora um convívio de mais de dois anos e meio, (quando?), num apartamento
pertencente ao Requerido ( 1.º parágrafo dos FATOS), para logo em seguida confessar
que o apartamento era alugado (último parágrafo da 1.ª folha da inicial).
Narrou exaustivamente os direitos da concubina que conviveu com o "de cujus" e pediu
exclusivamente o direito de meação dos bens deixados pelo falecido.
DA CONCLUSÃO ILÓGICA
Causa de inépcia da inicial é a falta de conclusão lógica entre a narração dos fatos e a
conclusão. Não se pode narrar direitos de meação em relação ao "de cujus" envolvendo
pessoa viva.
DA INCOMPATIBILIDADE DE PEDIDOS
A Autora, ora afirma ter participado substanciosamente, (grifos nossos), com salários, na
formação de um patrimônio, exigindo sua meação, ora se diz portadora do direito de
indenização por serviços domésticos prestados ao Requerido. (Subentende-se, para fins
de direito a essa indenização, como bem apontado pela própria Autora, que quem presta
serviços domésticos, vive somente em casa e não aufere rendimento em trabalho
externo).
Pela exposição supra, requer-se o indeferimento da inicial, eis que possibilitado o direito
da correção, persistiu a Autora nos mesmos erros.
DO MÉRITO
Alega da Autora que conviveu maritalmente com o Réu, por mais de dois anos e meio
(não cita que período foi) e que dessa relação não adveio filhos.
Afirma que sempre exerceu atividades que lhe permitiam auferir salários e contribuir para
a aquisição de bens móveis, formando o patrimônio do casal.
Apresenta uma relação de bens móveis, sem identificá-los corretamente, sem apresentar
datas ou documentos comprobatórios de sua aquisição, fato aliás inexplicável, já que
partindo de alguém que assevera ter participado ativamente para a compra.
O Requerido separou-se de sua esposa em ........ de ........., mas voltou ao seu convívio
em ......... de ........, tendo deixado a Requerente residindo no apartamento alugado para
ela e a filha, em nome da empresa do Réu, ............
A partir de ......./...., conforme se comprova pelo contrato de locação anexo, ( Doc. ...),
junto à Administradora de Bens .........., ambos passaram a residir no apartamento de
n.º ....., do Conjunto .........., Bloco ".....", situado na Rua ................., n.º ....., ..........., nesta
capital, até ......... do mesmo ano, embora a rescisão só tenha ocorrido em ...... de ..........
de ........., em conformidade com o Ajuste de Desocupação, Devolução e Rescisão de
Contrato de Imóvel, (Doc. ....), anexo, celebrado entre a Empresa do Réu e a
administradora. Veja-se nos anexos,os comprovantes de pagamento dos aluguéres,
efetuados pelo Requerido.
O convívio se encerrou em ......... de ......., quando o Réu passou a residir novamente com
a ex-esposa, deixando a Autora permanecer no apartamento de n.º ......., do Conj. ..........,
locado, novamente em nome de sua empresa, para uso exclusivo da Autora e filha,
demonstrado pelo Contrato de Locação anexo, (Doc. ...).
Neste endereço a Autora permaneceu por sua conta e risco, tendo a rescisão do contrato
sido feita por causa da inadimplência e abondono do imóvel pela mesma, mais ou menos
no final do ano de ....... Eram fiadoras deste contrato, a mãe e tia da Autora, as quais
ficaram responsáveis pelos seus débitos junto à Administadora do imóvel.
Frisa-se então, que o convívo marital de mais de .... anos alegado pela Autora, não passou
de uma experiência de .... ano e ..... meses.
Em sua inicial, a autora alega que auferia salários, mas não apresentou prova disso.
Portanto, a Autora exercia atividade extra casa, mas seus rendimentos não lhe
permitiriam contribuir, como pretende fazer crer, na constituição do patrimônio alegado.
a) ............., placas .............., retirado em .../.../..., na .........., conforme N.F n.º ......... -
Valor R$ ............ Tal veículo foi adquirido através do Consórcio ........., em .... vezes,
com carta de Crédito adquirida do Sr. .........., em ......../...., com ....... parcelas pagas.
Anexos, os documentos comprobatórios: Certificado de Registro e Licenciamento de
Veículo, Contrato de Alienação Fiduciária em Garantia, Termo de Cessão e Transferêcia
de Quotas, Prestações pagas pelo Requerido.
b) ....
A empresa citada pela Autora como sendo também seu patrimônio, foi constituída
em .../.../..., tendo sido registrada na Junta Comercial em .../.../..., sob n.º ..............
Anteriormente, o Réu possuía a Empresa de nome ..............., constituída na vigência de
seu casamento com ............... e registrada na Junta Comercial sob n.º ..................... com
alteração contratual registrada em .../.../..., sob n.º ..........., quando retirou-se da empresa.
Portanto, o bem que a Autora pretende dividir não lhe comporta uma parcela sequer, eis
que constituído posteriormente à separação de ambos e com recursos oriundos de uma
sociedade anterior, constituída juntamente com os esforços da ex-esposa.
d) ............. - Sobre esse bem o Requerido não possui nenhum dado, eis que nunca fez
parte de seu patrimônio, tendo sido usada em comodato temporário de um conhecido,
para disputas de "trilhas" na Serra .....
DOS BENS NÃO CITADOS PELA AUTORA
Pelo exposto e pelos documentos acostados, claro está que as alegações da Autora são
totalmente infundadas, não lhe cabendo direito algum sobre os bens ou qualquer tipo de
indenização.
Com os bens que ficaram em sua propriedade e posse, a Autora obteve indenização muito
além do que pretendia fazer jus.
DO DIREITO ALEGADO
Reconheceu que o pólo passivo está vivo. Ainda assim, nada há de lhe amparar as vãs
alegações contra a vasta documentação acostada pelo Requerido.
Como não se afigura nem o lapso temporal, nem a presença de prole comum, nem
tampouco bens adquiridos na constância da união, POR ESFORÇO COMUM,
TOTALMENTE IMPROCEDENTE O PEDIDO DA AUTORA.
DA LITIGÂNCIA DE MÁ-FÉ
A Autora, com seu pedido descabido e infundado, afrontou os disposto no art. 17, incisos
I, II, II e V, deduzindo pretensão contra o disposto em Lei regulamentadora do
Concubinato; alterou a verdade de todos os fatos, como fez prova documental o Réu;
tentou usar do processo para enriquecer ilicitamente, tentando partilhar o que não lhe é
direito e, finalmente, procedeu de modo temerário, a ponto de acionar o judiciário contra
um "de cujus" inexistente e posteriormente, sabendo do injusto, emendar a inicial
permanecendo em erro.
Por sua conduta, dolosa, ou no mínimo culposa, requer-se sua condenação nas penas do
art. 16 do CPC.
DOS REQUERIMENTOS