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Resumo Biologia – CAP 4

Uma célula pode se dividir em duas até originar uma populaçã o (clones). A divisã o celular:
- promove o crescimento dos organismos multicelulares;
- reparo recidual em situaçõ es de regeneraçã o.

Fissão Quando as células procariontes se dividem o conteú do da célula-mãe é dividido entre as


células-filhas .

Na divisã o das células eucariontes os cromossomos duplicados, assim como as organelas,


precisam ser distribuídos entre as célulasfilhas.

Regulação do ciclo celular


Células eucariontes, ao se dividirem, passam por uma série de fases que, juntas, constituem o ciclo
celular.

Sequência das fases: G1 → S → G2 → M.


 S (Síntese) = é a fase em que o DNA dos cromossomos é duplicado.
 M (Mitose) = é a fase do ciclo celular é o período em que há , de fato, divisã o da célula-mãe.
Citocinese, processo de separaçã o física das células-filhas (acontece na Mitose)
 As fases G1 e G2 sã o intervalos (gaps) entre as fases.

Como é regulado o ciclo celular?


Por ciclinas e cinases dependentes de ciclina CDK. As células em divisã o parar em pontos de
checagem para verificaçã o de nutriçã o celular e dimensõ es adequadas), sendo estas etapas
importantes para obtençã o de células-filhas saudá veis.

O que é proteína pRB?


É proteína reguladora da divisã o celular.

O que é p16?
É a proteína que impossibilita a ativaçã o do complexo ciclina – CDK.
O que é p53?

É a proteína que age no ciclo de replicaçã o das células em pontos de checagem G1 – S e G2 – M. Ela
promove “paradas” que permitem que o DNA seja reparado em caso de danos. O material genético
mutado (alterado) não é replicado, pois a ativaçã o da p53 leva à transcriçã o de genes
codificantes da proteína p21 que inibem a CDK e a pRB.

Replicação do DNA in vivo


A replicaçã o de DNA é semiconservativa e extraordinariamente fidedigna. Geralmente é
bidirecional a partir de cada origem de replicaçã o.

Replicação Semiconservativa de Moléculas de DNA


A estrutura em dupla-hélice e a complementaridade das bases nitrogenadas é o fundamento
do processo de duplicação do DNA. Na replicaçã o, a dupla-hélice se desenrola e os filamentos se
separam, orientando a produçã o de uma nova fita complementar.

Cada nucleotídeo contêm uma ú nica base nitrogenada:


 adenina e guanina (purinas);
 timina e citosina (pirimidinas).

DNA-polimerases = sã o enzimas que associam os nucleotídeos na formaçã o de uma fita simples.


Como o DNA Polimerase adiciona um novo nucleotídeo?
Somente na hidroxila no carbono 3’ do açú car anterior, catalisando ligaçõ es covalentes entre o
carbono 3’ de um nucleotídeo e o grupo fosfato do carbono 5’ do nucleotídeo incorporado.
Essa açã o possibilita a formaçã o de uma estrutura açú car-fosfato.
(DNA é polimerizado no sentido 5’→ 3’),
Na molécula de DNA dupla fita, a parte externa de pentose-fosfato das fitas complementares
é antiparalela. Uma é orientada de 5’ → 3’ e a fita oposta é orientada de 3’ → 5’. Essas
orientações são importantes para o processo de replicação e para o mecanismo de
identificação e transcrição de genes.

A DNA-helicase e a RNA-primase podem se associar e formar primossomos, que separam as fitas


parentais e originam primers espaçados ao longo da cadeia descontínua. O primossomo se associa a
duas moléculas de DNApolimerase III, uma para a fita contínua e outra para a fita descontínua
(replissomo). Uma vez que a DNApolimerase da fita descontínua finaliza um fragmento de Okazaki,
a mesma é libertada do molde e migra para o pró ximo iniciador de RNA.

Em bactérias há uma ú nica origem de replicaçã o. A replicaçã o segue bidirecionalmente pelas


forquilhas de replicaçã o (duas) no cromossomo bacteriano circular.

Mitose
A mitose é um tipo de divisã o celular que ocorre em todas as células eucarió ticas e garante a
formaçã o de duas células-filhas. É um processo importante para o crescimento e regeneraçã o de
organismos multicelulares e para a reproduçã o assexuada de organismos unicelulares.

No início da mitose, os cromossomos duplicados se apresentam como filamentos duplos,


conhecidos como cromá tides-irmã s, intimamente associadas pelo centrô mero. Eles
sã o encaminhados à s células-filhas. Essa distribuiçã o é organizada e executada por
Cada centrossomo contém dois centríolos (perpendiculares). Em torno dos centrossomos surgem
microtú bulos radiais denominados á ster. Os centrossomos se movem até as regiõ es opostas das
células em divisã o, definindo os polos celulares.
Citocinese é a divisã o da célula. Ao final das fases da Mitose a célula vai se dividir e sofrer uma
citocinese.

O fuso é formado da mesma forma que ocorre a fragmentaçã o de organelas membranosas como o
retículo endoplasmá tico e o complexo golgiense. O nucléolo, corpo denso que participa da síntese
de RNA no nú cleo, desaparece. Porém, as mitocôndrias continuam íntegras.
O envelope nuclear se fragmenta em vesículas diminutas, alguns microtú bulos se fixam nos
cinetó coros. A fixaçã o dos microtú bulos do fuso nos cinetó coros indica o início da metá fase da
mitose.

Meiose
Divisã o celular, essencial para a formaçã o de gametas, que ocorre em células diploides e leva à
formaçã o de células haploides; alotipia .
A reproduçã o está associada a um processo que reduz à metade o nú mero de cromossomos. Assim,
o nú mero de cromossomos de um gameta é designado pela letra n como estado haploide e os 2n
cromossomos do zigoto, que se formam apó s a fecundaçã o, como o estado diploide. Sendo assim, a
meiose é o mecanismo que reduz a célula diploide para haploide, com metade do nú mero de
cromossomos.
As células somá ticas humanas têm 46 pares de cromossomos (23 pares). Membros de um par sã o
cromossomos homó logos que têm conjuntos iguais de genes, embora possam ter diferentes alelos
desses genes (alelos sã o genes que ocupam o mesmo ló cus de cromossomos homó logos). Já os
cromossomos de diferentes pares sã o reconhecidos como heteró logos.

A meiose ocorre de maneira que cada uma das células haploides formadas recebe exatamente um
membro de cada par de cromossomos.
Na meiose há duas divisõ es celulares cuja sequência de eventos é:
 duplicaçã o cromossô mica;
 divisã o meió tica I;
 divisã o meió tica II, que objetivam a reduçã o do nú mero diploide de cromossomos (2n)
para haploide (n).
Meiose I
A primeira divisã o da meiose inicia quando os cromossomos já foram duplicados;
consequentemente, cada um deles tem duas cromá tides-irmã s. A pró fase da meiose I é dividida em
cinco está gios.

Meiose II
Formação dos gametas
A formaçã o de gametas acontece nas gô nadas. A ovogênese, produçã o de ovó citos, ocorre nos
ová rios (gô nadas femininas) e a espermatogênese, produçã o de espermatozoides, ocorre nos
testículos (gô nadas masculinas).
Esses processos começam quando as células diploides indiferenciadas, denominadas ovogô nias ou
espermatogô nias, sofrem meiose e originam células haploides que se diferenciam em gametas.

No geral, somente uma de quatro células haploides originadas na meiose feminina se torna um
ovó cito ou ó vulo. As outras três células, denominadas corpos polares, degeneram-se. Em
contraposiçã o, as quatro células haploides resultantes da meiose masculina se transformam em
espermatozoides.

Morte celular
A morte celular é comum durante o desenvolvimento embrioná rio, sendo necessá ria para descartar
tecidos provisó rios (membranas interdigitais) e células em demasia (neurô nios no processo de
neurogênese).
A morte dessas células faz parte dos processos fisioló gicos dos organismos pluricelulares vivos,
sendo programadas. O termo que define esse processo programado recebeu o nome de apoptose.
Ao contrá rio do esperado, ou seja, quando nos tecidos corporais as células morrem acidentalmente
(traumas, toxinas, estenose vascular), o termo empregado é necrose.

O que se observa nas células durante a apoptose?


Ocorrem modificaçõ es ocasionadas pela ativaçã o de caspases, enzimas proteases encontradas no
citosol celular.

 Degradaçã o e quebra dos filamentos que constituem o citoesqueleto, assim a célula em


apoptose se torna arredondada e se desprende, perdendo o contato com as demais células
adjacentes no tecido e da matriz extracelular.
 A célula perde volume, uma vez que no citosol os organoides sã o organizados de forma que
suas estruturas nã o tenham prejuízos e se mantenham conservadas.
 Filamentos laminares se desfazem, o que permite que a carioteca seja desintegrada.
 O material genético (cromatina) é agrupado em pequenas porçõ es de nú cleo no citosol,
pois o DNA é clivado pelas endonucleases.
 Na membrana plasmá tica aparecem inú meras protrusõ es, sendo que na maioria delas há
fraçõ es de nú cleo internamente.
 Ao se soltarem, as protrusõ es passam a ser chamadas de corpos apoptó ticos, com as
organelas internamente conservadas.
 As moléculas de fosfatidilserinas sã o transladadas da monocamada interna para externa
das membranas que delimitam os corpos apoptó ticos.
 Por fim, devido a difusã o das fosfatidilserinas, macró fagos sã o atraídos por essas moléculas
da monocamada externa, reconhecendo os corpos apoptó ticos e, em seguida, realizam a
fagocitose.

Como a apoptose é desencadeada?


No organismo, a vida das células é mantida por indutores específicos, os fatores tró ficos (fatores de
sobrevivência), sendo, como visto, que a grande maioria das células que morrem na apoptose,
ocorrem pela supressã o desses indutores.

A apoptose que evita o câncer


As células nos tecidos corporais estã o sujeitas a diversas condiçõ es bioló gicas como desordens e
perturbaçõ es em decorrência do processo de envelhecimento das células e da replicaçã o que pode
ser concluída com erros de pareamentos e ambientais. A proteína p53 é responsá vel por estabilizar
o ciclo celular em G1, verificando a presença de modificaçõ es do DNA na intençã o de rastreá -las e
iniciar o processo de reparo. Na impossibilidade de realizar reparo, a célula passa a
ser uma ameaça ao organismo. Sendo assim, a proteína p53 promove a morte celular como
uma forma de evitar que o DNA danificado seja transferido à s pró ximas geraçõ es celulares.
Necrose
Como a apoptose depende de ATP, as agressõ es que a provocam nã o podem bloquear
completamente a produçã o de energia. Se o ATP reduz muito, surge necrose.
Necrose significa morte celular em organismo vivo e seguida de autó lise.
Com a necrose, sã o liberadas alarminas (HMGB1, uratos e fosfatos) que sã o reconhecidas
em receptores celulares e induzem uma reaçã o inflamató ria.

Picnose nuclear
Contraçã o e condensaçã o da cromatina, tornando o nú cleo mais basó filo, homogêneo e menor do
que o normal.
Cariólise
Digestã o da cromatina e desaparecimento dos nú cleos.
Cariorrexe
Fragmentaçã o do nú cleo.

Picnose, carió lise e cariorrexe resultam do abaixamento do pH na célula morta (que condensa a
cromatina) e da açã o de desoxirribonucleases e outras proteases que digerem a cromatina e
fragmentam a membrana nuclear.

Mecanismos de herança genética e heredogramas


A herança monogênica é determinada por um gene apenas, apresentando genó tipos e fenó tipos
distribuídos conforme padrõ es característicos. Quando o gene considerado se localiza em
cromossomos autossô micos, a herança é denominada autossô mica e o gene é autossô mico; quando
o gene se situa nos cromossomos sexuais, a herança é ligada ao sexo e o gene é ligado ao sexo.

Genótipo e fenótipo
A constituiçã o genética de um indivíduo se chama genótipo.
Fenótipo é a manifestaçã o do genó tipo como o conjunto de características físicas, bioquímicas e
fisioló gicas determinadas por genes, influenciado ou nã o pelo ambiente.

Locus - A posiçã o que o gene ocupa no cromossomo.


Alelos - genes que ocupam o mesmo ló cus, no par de cromossomos homó logos. Alelos sã o as
formas alternativas de um gene ou de uma sequência de DNA em um dado ló cus.

Haploides
Cada indivíduo possui dois conjuntos haploides de genes, um originado de sua mã e e o outro de
seu pai. Quando os dois membros de um par de alelos sã o iguais, o indivíduo é homozigoto quanto
a esses alelos; quando ambos os alelos diferem, o indivíduo é heterozigoto.

Característica dominante e recessiva


Característica dominante é aquela que se manifesta mesmo quando o gene que a determina se
encontra em dose simples (e o indivíduo é heterozigoto para esse gene); característica recessiva é
a que se manifesta apenas quando o gene respectivo está em dose dupla (e o indivíduo é
homozigoto para esse gene).

Leis de Mendel e Genética Humana

Sã o conhecidas mais de 20 mil características normais e patoló gicas que podem ser estudadas de
acordo com as leis de Mendel.
Primeira de Mendel:
Lei da segregaçã o, diz que os organismos de reproduçã o sexual contêm seus genes em pares e
apenas um dos constituintes desses pares é repassado (transmitido) à prole por meio dos gametas.
Assim, um alelo é transmitido fielmente à pró xima geraçã o, mesmo que esteja presente em
heterozigose. Separaçã o de cromossomos homó logos durante a meiose.

Segunda de Mendel, lei da distribuiçã o independente, pela qual os genes de diferentes ló cus sã o
transmitidos de forma independente e proporcional.
Esse princípio bioló gico tem base no comportamento de diferentes pares de cromossomos durante
a meiose.

Heredogramas
Os heredogramas sã o diagramas que relacionam membros de uma família.

Na herança monogênica (mendeliana), as características aparecem nas famílias em proporçõ es


mais ou menos fixas.
Há quatro tipos de herança bem caracterizadas: autossô mica dominante, autossô mica recessiva,
dominante ligada ao sexo e recessiva ligada ao sexo.

Disturbios Monogênicos
Consistem em doenças causadas por mutaçõ es em um ú nico gene. Os padrõ es dessa herança
dependem se o fenó tipo é dominante ou recessivo e da localizaçã o cromossô mica da alteraçã o
genética, que pode ser em cromossomos autossô micos ou sexuais.

Padrão de herança autossômica


Doenças Autossômicas Recessivas
Ocorrem somente em indivíduos com dois alelos mutantes e nenhum alelo normal. Como cada
indivíduo herda somente um dos dois alelos de cada genitor, para que a doença autossô mica
recessiva se manifeste, o indivíduo deve herdar um alelo mutante de cada genitor.
Os pais sã o também chamados de portadores e apresentam o risco de 25% de terem um filho
afetado (homozigoto).

Albinismo
Ausência de pigmento.
Alcaptonúria
Distú rbio do metabolismo de aminoá cidos.
Ataxia telangiectasia
Distú rbio neuroló gico.
Fibrose cística
Doença genética que afeta glâ ndulas produtoras de muco e suor e o pâ ncreas exó crino.
Distrofia muscular de Duchenne
Doença genética que acomete homens, com enfraquecimento e perda progressiva de massa
muscular.
Galactosemia
Afeta o metabolismo de carboidratos.
Glicogenose tipo I (Doença de Von Gierke)
Doença genética por depó sito de glicogênio hepá tico, caracterizada por hipoglicemia.
Fenilcetonúria
Afeta o metabolismo de aminoá cidos.
Doença falciforme
Distú rbio da hemoglobina.
Doença de Tay-Sachs
Afeta o depó sito de lipídios.

Esses genes recessivos se manifestam somente quando o portador se une a outro portador para o
mesmo ló cus e ambos transmitem o alelo mutado ao descendente. Esses alelos podem permanecer
ocultos por diversas geraçõ es.

Doenças Autossômicas Dominantes


Na prá tica, os homozigotos para fenó tipos dominantes nã o sã o vistos com frequência, pois as
uniõ es que poderiam ter prole homozigota sã o bastante raras.
Embora o padrã o de doenças autossô micas dominantes seja raro, há exemplos clá ssicos como a
acondroplasia, distú rbio genético que se manifesta por meio de nanismo. A uniã o de
acondroplá sicos é comum, podendo resultar em filhos homozigotos. Os indivíduos homozigotos
para a acondroplasia sã o gravemente afetados, nã o sobrevivendo ao período pó s-natal.
Padrão de herança ligada aos cromossomos sexuais X
Distribui-se de maneira diferente entre homens e mulheres. Como os homens apresentam apenas
um cromossomo X, sã o homozigotos em relaçã o aos genes ligados ao X, sendo que as mulheres
podem ser heterozigotas ou homozigotas para os alelos.

Doenças recessivas ligadas ao cromossomo X


As doenças recessivas ligadas ao cromossomo X, normalmente, sã o estritas ao sexo masculino,
sendo condiçã o rara nas mulheres.

Doenças dominantes ligadas ao cromossomo X


Doenças genéticas dominantes ligadas ao cromossomo X sã o regularmente expressas em
heterozigotos e nã o há transmissã o entre pai e filho. Porém, todas as filhas e nenhum filho de
homem afetado serã o afetados.

Alelos múltiplos
Genes com três, quatro ou mais alelos (alelos mú ltiplos) como nos tipos sanguíneos humanos.
Os tipos sanguíneos A, B, AB e O sã o detectados por testes de amostragem de sangue com diferentes
soros.

Transfusões sanguíneas
Os sistemas ABO e Rh sã o os mais importantes em casos de transfusã o sanguínea. É aconselhado
que os receptores de sangue recebam de grupos idênticos. Porém, em casos de extrema emergência,
doadores de outros tipos também podem ser recrutados, desde que haja compatibilidade com o
receptor.

Cromossomos
O conjunto de cromossomos que define a espécie humana é classificado como autossomos (22
pares), semelhantes quanto a forma e as funçõ es, e cromossomos sexuais, que completam os 23
pares. Podem ser da mesma forma iguais (XX) ou diferentes (XY) na espécie humana.
Na espécie humana, os cromossomos sexuais determinam os fenó tipos masculino e feminino
(dimó rficos). Em seres humanos, o sexo masculino é determinado por um efeito dominante do
cromossomo Y, levando à transformaçã o das gô nadas primordiais em testículos.

Cariótipo humano
O carió tipo representa o conjunto diploide (2N) de cromossomos das células somá ticas de um
organismo. Através do estudo do carió tipo, é possível determinar a normalidade ou anormalidade
(alteraçõ es cromossô micas), ocasionadas por alteraçõ es mutagênicas, polissomias ou
monossomias.

Variação citogenética
Os fenó tipos de muitos organismos sã o afetados por variaçõ es no nú mero de cromossomos em suas
células.
Eupoides = Organismos com conjuntos completos, ou normais, de cromossomos.
Aneuploides = Os organismos nos quais há deficiência ou excesso de determinado cromossomo
sã o sofrendo, muitas vezes, desequilíbrios genéticos específicos.

Trissomia em seres humanos


Entre as anormalidades cromossô micas humanas mais conhecidas, a Síndrome de Down, distú rbio
causado por um cromossomo 21 extra, é a mais incidente. Indivíduos portadores da Síndrome de
Down geralmente apresentam estatura baixa, hipermobilidade articular, crâ nio largo, narinas
amplas, língua grande com sulcos
característicos, mã os curtas e largas com prega palmar e comprometimento mental. A expectativa
de vida é menor quando comparada aos indivíduos nã o sindrô micos.
A trissomia do 21 pode ser causada pela nã o disjunçã o cromossô mica em uma das divisõ es
meió ticas que pode ocorrer com qualquer um dos genitores, porém com maior probabilidade para
o sexo feminino. Nas mulheres com menos de 25 anos, o risco de gestar um filho com Síndrome de
Down é de aproximadamente 1 em 1.500, enquanto que em mulheres com 40 anos, é de 1 em 100.
Esse aumento do risco é causado por fatores que afetam adversamente o comportamento meió tico
dos cromossomos enquanto a mulher envelhece.
As mulheres mais velhas sã o mais propensas a produzir ovó citos aneuploides.

Monossomia
Em seres humanos, só existe um monossô mico viá vel, o cariótipo 45, X, do distú rbio denominado
Síndrome de Turner. Esses indivíduos possuem um cromossomo X ú nico e um complemento
diploide de autossomos. O fenó tipo é feminino, porém com ová rios rudimentares.

Cariótipo 45, X
As mulheres 45, X, normalmente sã o baixas; têm pescoço alado, problemas auditivos e
cardiovasculares significativos. O carió tipo 45, X, pode se originar de ovó citos ou espermatozoides
sem um cromossomo sexual ou devido à perda de um cromossomo sexual nas divisõ es celulares
apó s a fertilizaçã o, pois muitos indivíduos com Síndrome de Turner sã o mosaicos somá ticos com
dois tipos de células, ou seja, 45, X e 46, XX.

Dessa forma, a fecundaçã o de um gameta normal com gameta anô malo pode gerar:
• zigoto normal com 46 cromossomos;
• zigoto com 45 cromossomos e portador balanceado de translocaçã o robertsoniana;
• zigoto com 46 cromossomos, porém fenotipicamente com Síndrome de Down (trissomia do
cromossomo 21 por translocaçã o, pois possui mais um segmento 21 no cromossomo translocado;
• zigotos com 45 cromossomos por monossomia do 14 e do 21, respectivamente, sendo inviá veis;
• zigotos com trissomia do 14, que também é inviá vel, mas responsá vel por abortos espontâneos.

Neste capítulo, você teve a oportunidade de:


• compreender o ciclo celular e sua regulaçã o;
• conhecer as fases da mitose, importantes na manutençã o das células somá ticas dos organismos
vivos;
• verificar a importâ ncia e as consequências da meiose para perpetuaçã o de uma espécie, assim
como
para variabilidade genética dos indivíduos;
• identificar as principais diferenças entre apoptose e necrose;
• descrever os processos de replicaçã o semiconservativa do DNA;
• relacionar padrõ es de herança mendelianas e alteraçõ es cromossô micas na expressã o fenotípica
de
indivíduos da espécie humana.

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