Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Uma célula pode se dividir em duas até originar uma populaçã o (clones). A divisã o celular:
- promove o crescimento dos organismos multicelulares;
- reparo recidual em situaçõ es de regeneraçã o.
O que é p16?
É a proteína que impossibilita a ativaçã o do complexo ciclina – CDK.
O que é p53?
É a proteína que age no ciclo de replicaçã o das células em pontos de checagem G1 – S e G2 – M. Ela
promove “paradas” que permitem que o DNA seja reparado em caso de danos. O material genético
mutado (alterado) não é replicado, pois a ativaçã o da p53 leva à transcriçã o de genes
codificantes da proteína p21 que inibem a CDK e a pRB.
Mitose
A mitose é um tipo de divisã o celular que ocorre em todas as células eucarió ticas e garante a
formaçã o de duas células-filhas. É um processo importante para o crescimento e regeneraçã o de
organismos multicelulares e para a reproduçã o assexuada de organismos unicelulares.
O fuso é formado da mesma forma que ocorre a fragmentaçã o de organelas membranosas como o
retículo endoplasmá tico e o complexo golgiense. O nucléolo, corpo denso que participa da síntese
de RNA no nú cleo, desaparece. Porém, as mitocôndrias continuam íntegras.
O envelope nuclear se fragmenta em vesículas diminutas, alguns microtú bulos se fixam nos
cinetó coros. A fixaçã o dos microtú bulos do fuso nos cinetó coros indica o início da metá fase da
mitose.
Meiose
Divisã o celular, essencial para a formaçã o de gametas, que ocorre em células diploides e leva à
formaçã o de células haploides; alotipia .
A reproduçã o está associada a um processo que reduz à metade o nú mero de cromossomos. Assim,
o nú mero de cromossomos de um gameta é designado pela letra n como estado haploide e os 2n
cromossomos do zigoto, que se formam apó s a fecundaçã o, como o estado diploide. Sendo assim, a
meiose é o mecanismo que reduz a célula diploide para haploide, com metade do nú mero de
cromossomos.
As células somá ticas humanas têm 46 pares de cromossomos (23 pares). Membros de um par sã o
cromossomos homó logos que têm conjuntos iguais de genes, embora possam ter diferentes alelos
desses genes (alelos sã o genes que ocupam o mesmo ló cus de cromossomos homó logos). Já os
cromossomos de diferentes pares sã o reconhecidos como heteró logos.
A meiose ocorre de maneira que cada uma das células haploides formadas recebe exatamente um
membro de cada par de cromossomos.
Na meiose há duas divisõ es celulares cuja sequência de eventos é:
duplicaçã o cromossô mica;
divisã o meió tica I;
divisã o meió tica II, que objetivam a reduçã o do nú mero diploide de cromossomos (2n)
para haploide (n).
Meiose I
A primeira divisã o da meiose inicia quando os cromossomos já foram duplicados;
consequentemente, cada um deles tem duas cromá tides-irmã s. A pró fase da meiose I é dividida em
cinco está gios.
Meiose II
Formação dos gametas
A formaçã o de gametas acontece nas gô nadas. A ovogênese, produçã o de ovó citos, ocorre nos
ová rios (gô nadas femininas) e a espermatogênese, produçã o de espermatozoides, ocorre nos
testículos (gô nadas masculinas).
Esses processos começam quando as células diploides indiferenciadas, denominadas ovogô nias ou
espermatogô nias, sofrem meiose e originam células haploides que se diferenciam em gametas.
No geral, somente uma de quatro células haploides originadas na meiose feminina se torna um
ovó cito ou ó vulo. As outras três células, denominadas corpos polares, degeneram-se. Em
contraposiçã o, as quatro células haploides resultantes da meiose masculina se transformam em
espermatozoides.
Morte celular
A morte celular é comum durante o desenvolvimento embrioná rio, sendo necessá ria para descartar
tecidos provisó rios (membranas interdigitais) e células em demasia (neurô nios no processo de
neurogênese).
A morte dessas células faz parte dos processos fisioló gicos dos organismos pluricelulares vivos,
sendo programadas. O termo que define esse processo programado recebeu o nome de apoptose.
Ao contrá rio do esperado, ou seja, quando nos tecidos corporais as células morrem acidentalmente
(traumas, toxinas, estenose vascular), o termo empregado é necrose.
Picnose nuclear
Contraçã o e condensaçã o da cromatina, tornando o nú cleo mais basó filo, homogêneo e menor do
que o normal.
Cariólise
Digestã o da cromatina e desaparecimento dos nú cleos.
Cariorrexe
Fragmentaçã o do nú cleo.
Picnose, carió lise e cariorrexe resultam do abaixamento do pH na célula morta (que condensa a
cromatina) e da açã o de desoxirribonucleases e outras proteases que digerem a cromatina e
fragmentam a membrana nuclear.
Genótipo e fenótipo
A constituiçã o genética de um indivíduo se chama genótipo.
Fenótipo é a manifestaçã o do genó tipo como o conjunto de características físicas, bioquímicas e
fisioló gicas determinadas por genes, influenciado ou nã o pelo ambiente.
Haploides
Cada indivíduo possui dois conjuntos haploides de genes, um originado de sua mã e e o outro de
seu pai. Quando os dois membros de um par de alelos sã o iguais, o indivíduo é homozigoto quanto
a esses alelos; quando ambos os alelos diferem, o indivíduo é heterozigoto.
Sã o conhecidas mais de 20 mil características normais e patoló gicas que podem ser estudadas de
acordo com as leis de Mendel.
Primeira de Mendel:
Lei da segregaçã o, diz que os organismos de reproduçã o sexual contêm seus genes em pares e
apenas um dos constituintes desses pares é repassado (transmitido) à prole por meio dos gametas.
Assim, um alelo é transmitido fielmente à pró xima geraçã o, mesmo que esteja presente em
heterozigose. Separaçã o de cromossomos homó logos durante a meiose.
Segunda de Mendel, lei da distribuiçã o independente, pela qual os genes de diferentes ló cus sã o
transmitidos de forma independente e proporcional.
Esse princípio bioló gico tem base no comportamento de diferentes pares de cromossomos durante
a meiose.
Heredogramas
Os heredogramas sã o diagramas que relacionam membros de uma família.
Disturbios Monogênicos
Consistem em doenças causadas por mutaçõ es em um ú nico gene. Os padrõ es dessa herança
dependem se o fenó tipo é dominante ou recessivo e da localizaçã o cromossô mica da alteraçã o
genética, que pode ser em cromossomos autossô micos ou sexuais.
Albinismo
Ausência de pigmento.
Alcaptonúria
Distú rbio do metabolismo de aminoá cidos.
Ataxia telangiectasia
Distú rbio neuroló gico.
Fibrose cística
Doença genética que afeta glâ ndulas produtoras de muco e suor e o pâ ncreas exó crino.
Distrofia muscular de Duchenne
Doença genética que acomete homens, com enfraquecimento e perda progressiva de massa
muscular.
Galactosemia
Afeta o metabolismo de carboidratos.
Glicogenose tipo I (Doença de Von Gierke)
Doença genética por depó sito de glicogênio hepá tico, caracterizada por hipoglicemia.
Fenilcetonúria
Afeta o metabolismo de aminoá cidos.
Doença falciforme
Distú rbio da hemoglobina.
Doença de Tay-Sachs
Afeta o depó sito de lipídios.
Esses genes recessivos se manifestam somente quando o portador se une a outro portador para o
mesmo ló cus e ambos transmitem o alelo mutado ao descendente. Esses alelos podem permanecer
ocultos por diversas geraçõ es.
Alelos múltiplos
Genes com três, quatro ou mais alelos (alelos mú ltiplos) como nos tipos sanguíneos humanos.
Os tipos sanguíneos A, B, AB e O sã o detectados por testes de amostragem de sangue com diferentes
soros.
Transfusões sanguíneas
Os sistemas ABO e Rh sã o os mais importantes em casos de transfusã o sanguínea. É aconselhado
que os receptores de sangue recebam de grupos idênticos. Porém, em casos de extrema emergência,
doadores de outros tipos também podem ser recrutados, desde que haja compatibilidade com o
receptor.
Cromossomos
O conjunto de cromossomos que define a espécie humana é classificado como autossomos (22
pares), semelhantes quanto a forma e as funçõ es, e cromossomos sexuais, que completam os 23
pares. Podem ser da mesma forma iguais (XX) ou diferentes (XY) na espécie humana.
Na espécie humana, os cromossomos sexuais determinam os fenó tipos masculino e feminino
(dimó rficos). Em seres humanos, o sexo masculino é determinado por um efeito dominante do
cromossomo Y, levando à transformaçã o das gô nadas primordiais em testículos.
Cariótipo humano
O carió tipo representa o conjunto diploide (2N) de cromossomos das células somá ticas de um
organismo. Através do estudo do carió tipo, é possível determinar a normalidade ou anormalidade
(alteraçõ es cromossô micas), ocasionadas por alteraçõ es mutagênicas, polissomias ou
monossomias.
Variação citogenética
Os fenó tipos de muitos organismos sã o afetados por variaçõ es no nú mero de cromossomos em suas
células.
Eupoides = Organismos com conjuntos completos, ou normais, de cromossomos.
Aneuploides = Os organismos nos quais há deficiência ou excesso de determinado cromossomo
sã o sofrendo, muitas vezes, desequilíbrios genéticos específicos.
Monossomia
Em seres humanos, só existe um monossô mico viá vel, o cariótipo 45, X, do distú rbio denominado
Síndrome de Turner. Esses indivíduos possuem um cromossomo X ú nico e um complemento
diploide de autossomos. O fenó tipo é feminino, porém com ová rios rudimentares.
Cariótipo 45, X
As mulheres 45, X, normalmente sã o baixas; têm pescoço alado, problemas auditivos e
cardiovasculares significativos. O carió tipo 45, X, pode se originar de ovó citos ou espermatozoides
sem um cromossomo sexual ou devido à perda de um cromossomo sexual nas divisõ es celulares
apó s a fertilizaçã o, pois muitos indivíduos com Síndrome de Turner sã o mosaicos somá ticos com
dois tipos de células, ou seja, 45, X e 46, XX.
Dessa forma, a fecundaçã o de um gameta normal com gameta anô malo pode gerar:
• zigoto normal com 46 cromossomos;
• zigoto com 45 cromossomos e portador balanceado de translocaçã o robertsoniana;
• zigoto com 46 cromossomos, porém fenotipicamente com Síndrome de Down (trissomia do
cromossomo 21 por translocaçã o, pois possui mais um segmento 21 no cromossomo translocado;
• zigotos com 45 cromossomos por monossomia do 14 e do 21, respectivamente, sendo inviá veis;
• zigotos com trissomia do 14, que também é inviá vel, mas responsá vel por abortos espontâneos.