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Disciplina: Economia Empresarial

Aula 6: Medição das variáveis macroeconômicas: produto, renda,


despesa e inflação

Apresentação
Nessa aula, após estudarmos o funcionamento do mercado usando o instrumental
conceitual da microeconomia, vamos abordar o funcionamento da economia como um
todo, fazendo uma abordagem macroeconômica.

Iniciaremos essa parte com o estudo do PIB, evidenciando sua importância como
indicador da avaliação da economia de um país. Em seguida, vamos estudar a
inflação, os índices de preço que a medem e seus efeitos na economia em geral e na
economia brasileira em particular.

Objetivos
Reconhecer o Produto Interno Bruto (PIB) como indicador da avaliação da
economia de um país, em termos nominais e reais;
Descrever a inflação e seus diversos tipos e o cálculo dos índices de preço;
Analisar a inflação e os índices de preço no contexto brasileiro.
Medição das variáveis econômicas
no agregado: Produto Interno
Bruto (PIB)
Vejamos, inicialmente, o PIB sob as óticas da produção, da despesa e da
renda, reconhecendo sua importância, sua composição e o que é considerado
ou não no seu cálculo.

Para monitorar o desempenho da economia em sua totalidade, os órgãos


estatísticos calculam o PIB, que vem a ser a produção total de um país ou de
regiões. Nesse caso, dizemos que estamos medindo-o pela ótica do produto.

Concepção de PIB sob a ótica do produto

O PIB pela ótica do produto

Sendo o PIB uma medida de produto, não se pode chegar ao seu valor
simplesmente somando todas as receitas registradas no país. Assim,
todos os bens e serviços produzidos no ano devem apenas ser contados
uma vez.
Muitos bens passam por vários estágios de produção, antes de chegar às
mãos do cliente final. Para se evitar a dupla contagem, é preciso que se
retirem os bens usados em estágios intermediários da produção (bens
intermediários) dos cálculos dos bens finais e serviços, aqueles
comprados pelo usuário final, e não por quem vai revendê-los ou
promover uma transformação produtiva neles.

Podemos citar como exemplo, a produção do pão. Antes de o pão chegar


ao cliente final, ele passa por vários estágios intermediários do processo
produtivo: os agricultores produzem o trigo e o vendem ao moinho, que
o utiliza na produção de farinha de trigo, que por sua vez é vendida à
padaria. O padeiro produz o pão com a farinha e os outros ingredientes
para vendê-lo ao consumidor final.
Se o PIB tivesse considerado os valores do trigo e da farinha utilizados na
fabricação do pão, os produtos intermediários seriam contados mais de
uma vez. Isto porque no valor da farinha de trigo vendida, o seu
fabricante incluiu os gastos totais, dentre os quais a despesa com o trigo,
além do seu lucro. Igualmente, no valor do pão, já estão incluídos os
valores do trigo e da farinha de trigo, que não precisam mais ser
contabilizados. Somente o valor final do pão é incluído no PIB.
Assim, os bens intermediários são excluídos do cálculo do PIB. Mas se
parte da produção, como a farinha de trigo, for vendida ao consumidor
final, seu valor será incluído no cálculo do PIB.

Observações:

As transações financeiras e as transferências de renda não estão


incluídas no PIB porque não envolvem produção. Por exemplo:
compra e venda de ações, debêntures, títulos da dívida pública, pois
consistem em transferências de renda entre particulares ou agentes
públicos.
Só a produção elaborada dentro do país é contada. Quando um
estrangeiro ganha renda no Brasil, ela é contada no PIB brasileiro,
mas não a renda recebida por brasileiros no exterior.
Só os produtos produzidos no período corrente são contados.
Produtos produzidos no passado não são contados.

O PIB consegue medir tanto a renda total como a despesa total porque,
para a economia como em seu todo, a renda deve ser igual à despesa.

Como é a renda total de um país que indica se uma economia vai bem ou mal,
se a população conta com mais ou menos recursos financeiros para viver, o
PIB pode ser então mensurado ainda por meio da renda total. Medida que
chamamos de ótica da renda.

Concepção de PIB sob a ótica da renda

O PIB pela ótica da renda


Pode ser calculado pela soma da remuneração dos fatores de produção
utilizados na obtenção de todos os bens e serviços, durante o ano.

São fatores ou recursos de produção:

As reservas naturais ou terra (solo, subsolo, águas etc.);


O trabalho ou a mão de obra;
O capital, que se refere às máquinas, aos instrumentos de trabalho,
às construções, aos equipamentos de transporte etc.;

Pode-se acrescentar a esses três:

A capacidade tecnológica (know-how), que é o conjunto de


habilidades e conhecimentos que sustentam o processo de
produção;
A capacidade empresarial, fator que mobiliza os demais fatores de
produção de forma a atingir o objetivo de produzir.

A produção de bens e serviços tem custo porque recursos devem ser


alocados para produzir tais bens e serviços. Esses custos geram as
rendas dos proprietários dos fatores de produção.

Renda (Y) = componentes da renda (salários, renda de autônomos,


juros, lucros e aluguéis) + impostos indiretos, depreciação e renda
líquida enviada ao exterior.

Uma vez que a produção calculada é a vendida, o PIB de um país pode


também ser mensurado por meio da despesa total dos compradores na
aquisição dos bens e serviços produzidos na sua economia, classificando-os
por tipo (bens de consumo e bens de capital, por exemplo), medida que
chamamos de ótica da despesa.

Concepção de PIB sob a ótica da despesa

O PIB pela ótica da despesa


É expresso pela seguinte equação:
Renda (Y) = consumo + investimento (I) + compras do governo
(G) + exportações líquidas (EL)

O consumo é a despesa das famílias em bens duráveis (automóveis


e eletrodomésticos, por exemplo) e não duráveis (alimentos e
vestuário, por exemplo) e serviços, com exceção da compra de
novas moradias.
O investimento é a compra de bens que serão usados no futuro
para produzir mais bens e serviços. É a soma das compras de
capital (máquinas e equipamentos) e dos estoques de produtos não
utilizados e edificações.
As compras do governo incluem os gastos em bens e serviços dos
governos municipais, estaduais e federais, os salários dos
funcionários do governo e as despesas em obras públicas.
As exportações líquidas são iguais às compras, por parte dos
estrangeiros, de bens e produtos produzidos internamente
(exportações) menos as compras internas de bens estrangeiros
(importações). Por exemplo, uma venda feita por uma empresa
nacional a um comprador de outro país aumenta as exportações
líquidas.


Comentário

O PIB pode ser definido como o valor de todos os bens e serviços finais
produzidos em um país, em um dado período de tempo, geralmente o
ano civil.

O que entendemos de PIB como


medida do bem-estar?
Pode-se afirmar que o crescimento econômico aumenta o bem-estar, na
medida em que permite à população contar com mais produtos à sua
disposição.

O PIB pode não captar alterações do bem-estar social, mostrados por outros
indicadores, como:

PIB per capita (o PIB total dividido pelo número de


habitantes)

IDH — Índice de Desenvolvimento Humano (utilizado para


avaliar o bem-estar do ponto de vista social).


Saiba mais

Conceitos relacionados à inflação:

Desinflação: volta da estabilidade econômica, geralmente


decorrente de programas corretivos ou de choque.
Reflação: volta à estabilidade geral, após períodos deflacionários.
Deflação: queda generalizada de preços, em geral, associada à
estagnação da economia.

O PIB real
Como já vimos, o PIB mede a despesa total em bens e serviços em todos os
mercados de uma economia.

Se a despesa total aumenta de um ano para o outro, pelo menos uma das
duas situações pode ter ocorrido:
Quando os economistas estudam mudanças ao longo do tempo, esses dois
efeitos devem ser separados, ou seja, eles desejam estabelecer uma medida
da quantidade de bens e serviços produzidos na economia que não sejam
afetados pelas variações nos preços desses bens e serviços.

Para isso, os economistas usam uma medida chamada de PIB real, que
responde à seguinte questão hipotética:

Qual seria o valor dos bens e serviços produzidos este ano

se os avaliássemos aos preços vigentes em algum outro


ano específico?

Observe-se que como o cálculo do PIB é realizado pela multiplicação do preço


pela quantidade, seu crescimento pode se dar tanto pelo aumento dos preços
como pelo aumento das quantidades.

Como o que interessa é verificar se houve aumento nas quantidades


produzidas, a solução é imaginar que não houve aumento dos preços, isto é,
não houve inflação, medindo, assim, o aumento real, decorrente apenas da
variação da produção.

PIB real e nominal


Para se calcular o PIB real (a preços constantes) e nominal (a preços
correntes), veremos, a seguir, o exemplo de uma economia que produz
apenas dois bens: carne e frango.
Cálculo do PIB nominal

Usam-se os preços correntes (que vigoram em cada ano) para atribuir


um valor à produção de bens e serviços.

2008
$ 10 por kg frango x 100 kg frango + $ 20 por kg carne x 80 kg
carne = R$ 2.600

2009
$ 20 por kg frango x 200 kg frango + $ 30 por kg carne x 100 kg
carne = R$ 7.000

2010
$ 30 por kg frango x 300 kg frango + $ 40 por kg carne x 200 kg
carne = R$ 17.000

Cálculo do PIB real

Os dados do exemplo apresentado mostram que houve aumento


contínuo do PIB real nos anos apresentados. O cálculo foi feito tomando-
se o ano de 2008 como base, e em todos os anos os cálculos foram feitos
com preços constantes, com no ano base.

2008
$ 10 por kg frango x 100 kg frango + $ 20 por kg carne x 80 kg
carne = R$ 2.600

2009
$ 10 por kg frango x 200 kg frango + $ 20 por kg carne x 100 kg
carne = R$ 4.000

2010
$ 10 por kg frango x 300 kg frango + $ 20 por kg carne x 200 kg
carne = R$ 7.000

Atenção

Nos exemplos, podemos observar que os valores aumentaram, mas o PIB


nominal ocorreu após o aumento dos preços também. O PIB real é uma
medida melhor do bem-estar econômico do que o PIB nominal, pois
mostra se há ou não mais produtos à disposição da sociedade. Quando
os economistas falam do PIB referem-se ao PIB real.

Deflator do PIB
Até este ponto, vimos a avaliação da evolução do valor do PIB (nominal), e a
evolução da quantidade produzida (PIB real). Podemos agora ver também
como as variações dos níveis de preços podem ser aferidas, por meio do
cálculo do chamado deflator.

O deflator do PIB é calculado para refletir


apenas os aumentos dos preços dos bens e
serviços. É uma medida do nível de preços
calculada como a razão entre o PIB nominal e o
PIB real multiplicada por cem.

Inflação
Refere-se a uma situação na qual o nível geral de preços da economia
aumenta. A taxa de inflação é a mudança percentual do nível de preços de um
período para o outro. Ao empregar o deflator, a taxa de inflação entre dois
anos consecutivos é calculada da seguinte forma:

def lator do PI B no ano 2 − def lator do ano 1 x 100


Taxa de inflação do ano 2 =
def lator do PI B no ano 1
Usando o exemplo da tela anterior, considerado o
deflator do PIB, aumentou em 2009 de 100 para 175,
como é calculada a taxa de inflação?
100 x (175-100)/100 ou 75%

Em 2010, o deflator do PIB aumentou de 175 para 243,


como é calculada taxa de inflação?

100 x (243-175)/171 ou 68%

O deflator do PIB…
É uma medida usada pelos economistas para monitorar o nível médio de
preços na economia e, consequentemente, a taxa de inflação dos
produtos que entraram no cálculo do PIB.
Tem esse nome porque pode ser empregado para obter a inflação do PIB
nominal, ou seja, “deflacionar” o PIB nominal em virtude da elevação de
preços.

Índice de preços e inflação


Vamos examinar como os economistas medem o custo de vida geral, ou seja,
como verificam de quanto aumentou ou diminuiu a despesa média da
sociedade, em decorrência das alterações dos preços em geral. As variações
dos preços são observadas através dos índices de preços.

Inflação

Ocorre quando há elevação do nível geral de preços e a equivalente


desvalorização do valor da moeda (valor do dinheiro).
É um processo de alta dos preços em geral, persistente e continuada.
A cada período de tempo, deteriora-se o valor da moeda, ou seja, as
pessoas compram menos produtos com o mesmo valor de dinheiro. Em
suma, a inflação é o aumento contínuo e generalizado de preços.
Índices de preços

São estatísticas que visam monitorar mudanças no custo de vida dos


consumidores ao longo do tempo.
O aumento do índice de preços significa que um consumidor gasta mais
dinheiro para manter o mesmo padrão de vida.


Comentário

Os índices de preços ao consumidor (IPC), que estudaremos, são


diferentes do deflator do PIB. O deflator é o índice mais abrangente da
economia, inclui todos os bens e serviços produzidos no país que
compuseram o PIB, e não os bens e serviços de uso do consumidor. O
deflator do IPC considera apenas os bens e serviços que compuseram a
cesta do consumidor.

Exemplo: o preço do avião da EMBRAER consta do deflator do PIB, mas


não do IPC, pois as pessoas não compram avião no seu dia a dia; as
importações afetam o IPC, mas não o deflator do PIB, já que não fazem
parte do produto do país.

O processo inflacionário
Falar em inflação é falar do aumento geral dos preços.

A inflação não se limita a um grupo específico de bens ou de serviços. Quando


se instala efetivamente ela alcança quase todos os produtos, ainda que com
intensidades variadas. Trata-se de um processo dinâmico de preços em alta, e
não de uma situação estática de preços altos. Embora a variação dos preços
possa ser diferente para cada produto, a variação do índice geral reflete a
média dessas variações.

No processo inflacionário, os índices de preços


mudam de patamar, reproduzindo-se em níveis
cada vez mais altos.

Como a inflação é calculada?


A mensuração da inflação é feita por meio de índices, calculados a partir de
preços coletados em intervalos de tempo regulares, ponderados por suas
relativas importâncias nos gastos do consumidor.

Os principais índices calculados no Brasil são apurados pelas instituições a


seguir:

As diferenças detectadas nos índices de preços decorrem:

Da cesta de produtos considerada, que define se o índice de preços é de


varejo ou atacado

Das faixas de renda cobertas expressas em termos de salários mínimos

Da abrangência nacional ou regional


Do período de coleta

Do período de divulgação


Comentário

O Índice de Preços ao Consumidor, que se refere aos preços no varejo,


reflete o nível dos preços dos produtos ou serviços no ato da venda final.
Seu cálculo se faz da mesma forma que aplicamos ao deflator do PIB:

def lator no ano 2 − def lator do ano 1


Taxa de inflação do ano 2 = def lator do PI B no ano 1
x 100

Em resumo, o Índice de Preços ao Consumidor mostra o custo de uma cesta


de bens e serviços em relação ao custo da mesma cesta no ano base. O IPC é
usado para medir o nível geral de preços da economia. A variação percentual
desse índice mede a taxa de inflação.

Um ponto a se destacar é que o índice de preços


ao consumidor é uma medida imperfeita do
custo de vida.

Os efeitos da inflação
A inflação pode ser definida como um aumento contínuo e generalizado do
nível geral de preços. Apresenta efeitos perversos que afetam a economia de
um país. Podemos ver alguns exemplos:
1

Uma das distorções provocadas pela inflação refere-se à redução do poder


aquisitivo das classes de trabalhadores que dependem de salários e possuem
prazos legais de reajuste.

Altas taxas de inflação em níveis superiores ao aumento de preços


internacionais encarecem o produto nacional em relação ao produzido no
exterior. A consequência é o estímulo às importações e desestímulo às
exportações, diminuindo o saldo da balança comercial (exportações menos
importações).

A inflação afeta as expectativas sobre o futuro. O setor empresarial é afetado,


dada a instabilidade e a imprevisibilidade de seus lucros. O empresário não
procurará investir na expansão da capacidade produtiva, o que poderá afetar
o nível de emprego. As empresas preferem receber os pagamentos em prazos
menores e aplicam recursos no mercado financeiro que poderiam ser
utilizados para produzir bens ou serviços.

Exacerbam-se os indicadores de pobreza, pois a inflação é mais prejudicial


para as pessoas de baixa renda, pois não têm acesso a bancos para aplicarem
o dinheiro e, pelo menos, ganharem com os juros, o que acaba levando a
conflitos interclasses mais acirrados e práticas visando ao oportunismo e ao
imediatismo.

Tipos de inflação
De acordo com as teorias que explicam suas causas, classificam-se da
seguinte forma:

Inflação de demanda (ou de procura)


As altas generalizadas de preços resultam em uma procura agregada
excessiva em relação à capacidade de oferta da economia.

A procura intensa empurra os preços para cima, dando origem a uma


espiral de alta, tanto maior quanto menor for a capacidade ociosa da
economia.

Inflação de custos

Decorre da alta expansão dos custos empregados na produção de bens e


serviços como o capital, o trabalho e os recursos naturais.

Exemplo: uma alta do preço do petróleo, como a ocorrida na década de


1970, irá afetar os custos de toda a cadeia de produção, já que o
petróleo é insumo de amplo uso e essencial, levando a um aumento dos
preços generalizado.

Inflação estrutural

Este tipo ocorre com desequilíbrios crônicos da economia na estrutura da


oferta, distribuição de renda e rigidez de orçamentos públicos. É típico de
países de baixa renda que adotam políticas de crescimento aceleradas.
Existe um descompasso crescente entre a oferta agregada e a demanda
agregada.

Inflação inercial

Fundamenta-se na capacidade de autopropagação da inflação e na


prática generalizada de indexação, ou seja, a correção dos custos dos
fatores de produção e dos preços, indefinidamente pelos índices da
inflação passada, para que se mantenha a estrutura de preços relativos e
se recomponha a capacidade de compra dos salários.

Histórico da inflação no Brasil


A inflação tem feito parte do cenário econômico brasileiro desde o fim da
Segunda Guerra Mundial:

1980

Pela primeira vez desde o pós-guerra, situou-se na faixa de três dígitos,


mantendo-se em torno de 100%. No período 1983/1985, a taxa de inflação
superou os 200%.

1986

Foi instituído o Plano Cruzado, tentativa heterodoxa de conter a inflação,


mediante a criação de nova moeda, a extinção da indexação, o congelamento
de preço e salários e a fixação da taxa de câmbio.

1987

A inflação recuou para taxas próximas de zero, mas, os preços romperam a


barreira do congelamento e a inflação acelerou, atingindo, no segundo
semestre, taxas de quatro dígitos.

1987/1990

Foram feitas tentativas de estabilização, por meio da implantação de planos


econômicos: Plano Bresser (1987) e Plano Verão (1989), com congelamentos
parciais e confisco de ativos financeiros. As taxas de inflação recuavam a cada
tentativa, mas a inflação retornava em patamares elevados.

1991/1993

Foi adotado o Plano Collor, que representou uma tentativa drástica de


desmantelar o mecanismo de indexação. O plano baseou-se em amplo
confisco de ativos financeiros, transformados em empréstimo compulsório de
18 meses para o Tesouro Nacional.

1993/1994
Foi instituído o Plano Real, que teve sucesso no controle da inflação por meio
de uma combinação de elementos heterodoxos (agindo contra a inércia da
inflação e eliminando a indexação) e ortodoxos (para garantir o controle da
demanda pós-estabilização dos preços).

O Plano Real
O plano teve três fases:

Criação de fundo de emergência

Em 1993, foi criado o Fundo Social de Emergência, depois chamado de


Fundo de Estabilização Fiscal, que desvinculava 20% das receitas
orçamentárias.

URV

Em 1994, surge a Unidade Real de Valor, ajustada diariamente segundo


uma média de três índices e era referência para todos os preços da
economia.

Nova moeda

Em 1994, foi introduzida a nova moeda: o Real (R$). A inflação foi


debelada.
Na próxima aula, dentre outros assuntos, vamos mostrar a importância
do crescimento econômico para a economia dos países e apresentar os
fatores que o determinam.
Atividades
1. Pela ótica das despesas, em que consiste o PIB?

a) Consumo + investimento
b) Consumo + investimento + gastos do governo + exportações -
importações
c) Investimento + gastos do governo
d) Investimento + gastos do governo + exportações - importações
e) Consumo + exportações - importações

2. A tabela a seguir nos mostra o IPCA dos últimos anos:

IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística


IPCA - Índice de Preços ao Consumidor Amplo

Fonte: IBGE
https://sidra.ibge.gov.br/tabela/1737#resultado

Calcule as taxas de inflação de 2015, 2016 e 2017.


3. Analise se as situações seguintes são ou não incluídas no PIB,
justificando sua resposta.

Compra e venda de ações.

São incluídas.
Não são incluídas.

Rendas recebidas por brasileiros no exterior.

São incluídas.
Não são incluídas.

Notas
INSERIR TÍTULO AQUI1

INSERIR TEXTO AQUI

Referências

ALÉM, Ana Cláudia. Macroeconomia teoria e prática no Brasil: análise do


ambiente econômico com casos brasileiros. São Paulo: Elsevier, 2010. cap. 1.

CARVALHO José L., et al. Fundamentos de economia: macroeconomia. v. 1. São


Paulo: Cengage Learning, 2009. cap. 7.
MANKIW, Gregory Nicholas. Princípios da macroeconomia. São Paulo: Cengage
Learning, 2009. cap. 10-11 e 15.

ROSSETTI, João Paschoal. Introdução à economia. São Paulo: Atlas, 1997, cap. 17.

VASCONCELLOS, Marco Antonio Sandoval. Economia micro e macro. São Paulo:


Atlas, 2002, cap. 5.

Próximos Passos

Os conceitos de PIB real e efetivo e de hiato do PIB;


O mercado monetário e as funções da moeda;
A determinação da taxa de juros.

Explore mais

O site do IBGE mostra os índices de preços, permitindo consultas personalizadas.


Acesse <https://www.ibge.gov.br/estatisticas-
novoportal/economicas/precos-e-custos.html> !

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