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Após essa aula devemos conseguir responder:

● Por que usamos padrão de medidas?


● Qual a necessidade do Sistema Internacional de Unidades?
● Quais as unidades fundamentais do SI? Elas são permanentes?
● Quais os prefixos mais usados?
● Unidades de Medidas

Já pegou alguma receita na internet pra fazer?


Certa vez vi em uma receita para colocar uma pitada de sal e isso e deixou
intrigado. O que seria uma pitada? Mesmo ocorre se falam uma colher de açúcar.
Qual colher devo usar? De sopa? de chá? O açúcar deve ficar no limite da colher ou
faço um morro acima? Será que todas as colheres do mundo tem o mesmo volume?

Se hoje é assim imagino a séculos atrás. Se alguém precisava de 4 pedaços de


madeira para fazer os pés de uma mesa, como poderia conseguir? Iria passar a
medida em palmos? Pés? Se o dono da loja tivesse três ajudantes, e cada um
usasse a palma de sua mão, essa mesa possivelmente ficaria desequilibrada.

Até agora falamos apenas de comprimento, mas a dificuldade era a mesma para
medir massa e volume. Imagine o quanto essas diferenças deveria afetar o comércio
da época.

Era necessário definir um padrão. E assim localmente padrões foram sendo


estabelecidos, como ocorreu com a língua em si.
● Importância de um padrão mundial de todas as Unidades de Medida

Quando vamos nos comunicar com alguém do exterior, se cada um falar somente
sua língua, falhas sem dúvida vão ocorrer. O mesmo vale para as unidades de
medida. No slide vemos dois exemplos de problemas que ocorreram por uso de
unidades diferentes no mesmo projeto. No Caso da NASA essa falha de
comunicação custou 125 milhões de dólares.
● Unidades do SI – múltiplos, submúltiplos e conversões

Mesmo existindo um padrão, é comum usarmos múltiplos e submúltiplos dele. Para


comprimento a unidade é o metro (m), que pode ser bem usado pra medir a minha
altura, mas se quiser medir a distância de Porto Alegre à Porto Velho o m não seria
indicado. O mesmo problema teríamos pra medir o tamanho de uma unha. Dessa forma
é comum usarmos os termos quilômetro (km) que é mil vezes o metro (m), ou o
centímetro (cm) que é um centésimo do metro, ou seja, o tamanho que teríamos após
dividir um metro em 100 partes iguais.

É comum, e permitido, o uso dessas variações das unidades para termos mais
precisão nas medidas, mas é importante lembrar a necessidade de se trabalhar com as
unidades padrão do SI, bem como, é claro, saber converter as unidades usuais para o
padrão.

Para medição de tempo o SI indica o segundo (s). Logo também é necessário fazer
conversões das unidades hora, dia e ano, por exemplo.
● Mudanças no Sistema Internacional de Unidades

Com nossa evolução a forma de medir os padrões foram sendo atualizados, tentando
deixar o processo mais preciso e descentralizado.

Imagine que em algum momento existia um pedaço de metal que estabelecia um


metro. Para que ele fosse adotado no mundo, cópias dele deveriam ser espalhadas.
Sabemos que uma cópia já não fica tão perfeita quando a base original, imagine a cópia
de uma cópia. Com seus conhecimentos de física, você também sabe que a
temperatura pode fazer um corpo aumentar ou diminuir de tamanho, logo, uma cópia
que foi para um lugar mais quente seria maior que o metro padrão.

Estudos então sempre foram feitos para que as definições fossem relacionadas a
constantes naturais, ficando dessa menos sucessível a variações. Logo a definição do
segundo e metro foram ajustadas em 1967 e 1983, respectivamente. Entretanto o
quilograma ainda permanecia tendo como base um cilindro composto de uma liga
de platina-irídio que está guardado na Secretaria Internacional de Pesos e Medidas na
França, desde 1889.

Ficaria o Quilograma sempre preso a um objeto físico?


● A mudança na medida do Quilograma

Como vimos, ter como base um material física não era tão prático. Além da
dificuldade do modelos poder ser difundido no mundo, era necessário um cuidado muito
grande para que ele não se deformasse ou sofresse alterações em sua massa.
Entretanto, mesmo com toda segurança e zelo, o cilindro perdeu cerca de 50
microgramas (o mesmo que um cílio, aproximadamente) desde sua criação. Pode não
fazer diferença na balança que você mede sua massa em casa, ou em uma farmácia,
mas em instrumentos mais sensíveis, usados em laboratórios por físicos e químicos, por
exemplo, essa diferença não permitiria a obtenção de medições exatas, ou pelo menos
não dentro de um nível de tolerância aceitável.

A mudança que aposenta o “Grande K” se tornou válida em 2019, fazendo a


vinculação do quilograma através de uma constante física natural, a chamada
Constante de Planck.
Vale a pena se aprofundar um pouco mais nessa história. Pesquise, leia!
● Unidades Fundamentais e Derivadas

Até o momento na Física temos as 7 unidades fundamentais apresentadas na tabela


acima. As demais unidades como a de Força (Newtons), por exemplo, é formada pela
combinação das unidades fundamentais, no caso kg x m /s². Temos muitas unidades na
Física, mas todas vão ser formadas a partir das 7 fundamentais.

Vale a pena entender a origem das unidades, pois ajudará na relação entre as
variáveis Físicas. Por exemplo: a unidade de Velocidade é m/s, significa que a
velocidade está relacionada a divisão entre distância (m) e tempo (s).
● Prefixos

Já vimos a importância de ser trabalhar com múltiplos e submúltiplos. Os prefixos são


uma representação dessas variações, tendo como base múltiplos e submúltiplos de 10.

Muitos já foram usados na Física e Matemática. Usando o metro (m) como base, por
exemplo temos:
O quilômetro (Kilo + metro) que é 1000 vezes o metro. Ou para quem já tem afinidade
com as potências, o metro vezes 103 .
O centímetro (centi + metro) que é 0,01 vezes o metro, ou o metro vezes 10−2 .

Outros são bem conhecidos em equipamentos eletrônicos como o Mega (106 ), Giga
(109 ) e Tera (1012 ).
● Curiosidade:

O problema é que existia uma grande confusão quando misturávamos os prefixos do SI


como Mega e os termos de computação como o Byte.
Isso se deve porque a base da computação é binária, ou seja, potências de base 2, já o SI
trabalha com potências de base 10.

Logo:
1 kg são 1000 g, mas quando se tratava de computadores, por exemplo 1kB são 1024 B.
1 Mg são 1000 kg, mas quando se tratava de computadores, por exemplo 1MB são 1024 kB

Dessa forma um mesmo prefixo tinha dois significados. Com essa confusão ocorrendo, era
necessário um novo padrão.
● Curiosidade: Nova nomenclatura para prefixos binários
No ano 2000 foi adotado o prefixo binário definido pelo IEC (International
Electrotechnical Commission)

Pelo sistema SI o kilobyte (kB) equivale a 1000 vezes a unidade byte, ou seja 103 B.
Pelo sistema IEC o kibibyte (kiB) equivale a 1024 vezes a unidade byte, ou seja 210 B.

Pelo sistema SI o Megabyte (MB) equivale a 1000 vezes a unidade kilobyte (103 kB),
ou 103 ∙ 103 = 106 Bytes.
Pelo sistema IEC o Mebibyte (MiB) equivale a 1024 vezes a unidade kibibyte (210
kiB), ou 210 ∙ 210 = 220 Bytes.

É possível relacionar as duas, como vemos no slide.


Acredito que a troca para fins comerciais deve demorar. Não será nas próximas
semanas que vão falar em celular com 128 Gibibytes de armazenamento, mas para
quem trabalhar na área técnica essa mudança vai ser muito bem-vinda.

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