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Quando tratamos de bens públicos e sua ocupação irregular, surgem importantes

indagações a serem feitas:

1 - A invasão ocorreu de boa-fé?

2 - Trata-se dos famosos “grileiros”?

3 - Outro ponto fundamental é a análise da seguinte legislação que da suporte e


embasamento legal tanto para Administração Pública, como também para o Administrado,
um dos maiores interessados.

* Lei do REURB;

* Lei 8.666/93, nos casos de regularização fundiária;

* CUEM – Dec. MP 2.220;

4 - Quanto a titulação dos ocupantes


- Trata-se de compra e venda;
- Doação;
- Legitimação fundiária (detalhe não se trata de posse – no caso trata-se de aquisição
da posse);

5 - Do procedimento administrativo para desocupação dos bens

Insta salientar, que é inerente aos atributos dos atos administrativos a


autoexecutoriedade, todavia, por força do princípio do contraditório e da autodefesa, ambos
devem ser observados com preponderância, uma vez que, trata-se de restrição de direitos
individuais de forma específica.

6 - Quanto a possiblidade de usucapião de bens públicos, nosso legislador


constituinte, trouxe previsão expressa na CF, bem como nosso legislador infraconstitucional
trouxe tal previsão.

7- No caso de demolição, a Súmula 619, do STJ, diz que o Poder Público não tem que
indenizar construções (se trata de acessões – vem do verbo crescer), podem ser naturais ou
artificiais) ou benfeitorias (alterações feitas nas coisas – são alterações físicas em algo), no
caso de ocupação irregular de bem público, porque o ocupante irregular, é detentor e não
possuidor, perante o Estado (em sentido amplo), de maneira que não tem de indenizar
absolutamente nada.

8 - Posse, em sua definição, prevista no art. 1196, do CC, traz que é o exercício de
qualquer dos poderes inerentes a propriedade, que são os poderes usar, fruir e dispor.
Mas pode ser também a aparência de propriedade “rectius”, a aparência da titularidade
de algo.
Pode ser tratado como o poder material sobre uma coisa, em razão de uma situação de
fato, com efeitos jurídicos.

9 - Detenção, trata-se de uma posse qualificada ou degrada juridicamente.


Situação sem efeito jurídico.
Como não tem efeitos jurídicos, não terá direito a indenização por acessões ou
benfeitorias, mas a doutrina, em um caso excepcional, permite a chamada autotutela do art.
1.210, do CC.
Os casos de detenção, são os seguintes:
* A do “fâmulo” da posse art. 1.198 – Servo da Posse
* Art. 1.208, CC, atos violentes, clandestinos enquanto durarem ou mera tolerância ou
permissão.
* Atos precários decorrentes do abuso de confiança.
* A ocupação irregular de bem público.

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