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O processo de educação dos corpos aciona uma estrutura micropolítica que emprega diversos
dispositivos que articulam discursos, saberes e relações de poder;
O gênero é uma identidade construída ao longo do tempo e externado por intermédio da
repetição de atos estilizados, que produz a ilusão de um “eu permanente” materializado nos gestos
e estilos corporais.
ESTRATÉGIAS DE PODER E SABER PARA UMA EDUCAÇÃO DOS CORPOS
Gênero não é exatamente o que uma pessoa “é”, nem precisamente o que uma pessoa “tem”. Gênero é o aparato pelo qual a produção e
normalização do masculino e feminino ocorrem junto a formas hormonais, cromossômicas, físicas e performativas que o gênero assume.
Presumir que o gênero sempre e exclusivamente significa a matriz do “masculino” e “feminino” é precisamente perder o ponto crítico de
que a produção desse binarismo é contingente e tem um custo, que essas permutações de gênero, as quais não se ajustam ao binarismo,
são partes do gênero tanto quanto suas instâncias mais normativas (BUTLER 2004, p. 42).
Gender is not exactly what one “is” nor is it precisely what one “has.” Gender is the apparatus by which the
production and normalization of masculine and feminine take place along with the interstitial forms of hormonal,
chromosomal, psychic, and performative that gender assumes. To assume that gender always and exclusively
means the matrix of the “masculine” and “feminine” is precisely to miss the critical point that the production of
that coherent binary is contingent, that it comes at a cost, and that those permutations of gender which do not
fit the binary are as much a part of gender as its most normative instance (BUTLER, 2004, p. 42).
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