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A perspectiva heideggeriana se dá na questão de, se a filosofia

deve ser tratada como uma disciplina entre as outras ou se ela deve
ser vista como distinta pelo fato de ser a ciência universal, ou, mais
ainda, se a própria filosofia, ao invés de ser uma ciência com as
outras, se ela não é aquela que fundamenta todas as ciências, o que
Heidegger determina como “ciência fundamental”.

No entanto, mesmo os filósofos modernos, tendo buscado


classificar a filosofia como ciência, Heidegger não aceita tal
classificação. A filosofia, para Heidegger, não é ciência, mas sim,
filosofia é filosofar. A filosofia não pode estra numa classificação
inferior a ciência, assim também como estando entre as outras.
Dizer que a filosofia é filosofar é afirmar que ela é independente de
qualquer ciência, ela é por si mesma. A filosofia não pertence ao
gênero “ciência”. A filosofia não é ciência não pelo fato dela não se
aproximar da ciência ou como se estivesse abaixo dela. O que
determina essa posição é que, o que a ciência possui deriva de
outras categorias, enquanto as características da filosofia advêm de
um caráter originário. A filosofia não se denomina ciência porque lhe
falta algo, mas sim, pelo seu excesso.

A expressão “filosofia científica”

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