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ESCALETA E ROTEIRO DIFERENÇA ENTRE ESCALETA E ROTEIRO DEFINIÇAO

DE ESCALETA

“A escaleta é um instrumento de visualização do roteiro em seu conjunto, uma


espécie de plano de vôo detalhado, cena a cena. A palavra lembra “esqueleto”, e é
mais ou menos disso que se trata: as cenas darão carne e sangue a esse esqueleto,
que as manterá articuladas. Talvez uma metáfora ainda mais adequada seja um
molde externo, espécie de “exoesqueleto” provisório, a ser preenchido com “a carne
e o sangue” das cenas, para depois desaparecer. Esse “esqueleto”, entretanto, é
temporal, e isso é crucial. Trata-se de planejar o “andamento” da narrativa, e o
sentido musical do termo é inspirador para o roteirista” 1

A escaleta nã o tem exatamente um formato padrã o, ela prove uma demonstraçã o de como a
histó ria irá se devolver, através de cenas ou sequências. Entã o, o habitual é incluir um
cabeçalho e uma breve descriçã o de cena.

O nível de detalhamento da descrição de cena pode variar de roteirista para roteirista, alguns
trabalham com escaleta incrivelmente detalhadas, em que só faltam os diálogos e outros apenas
listam beats e situações. O importante é que a escaleta funcione como uma ferramenta de
trabalho, auxiliando na escrita do roteiro efetivamente. Uma escaleta bem escrita, ajuda a
visualizar importância de cada cena, seu ritmo, qual sua função dentro da macro estrutura, definir
o arco dramático dos personagens e subtramas. Já na escrita da escaleta é comum trabalhar com
algumas perguntas na hora de montar a estrutura :

 Qual a importância dessa cena? O que ela revela?


 Quem deve estar na cena?
 Essa cena seria mais potente ou alteraria a história se estivesse em outro local?
 Que cena a antecede e que cena a sucede?

Finalmente, uma etapa decisiva para o fortalecimento da ideia é a escaleta, o que permite
transformar as ideias em cenas. A escaleta é uma pré-formatação do seu roteiro. É um
momento muito importante e delicado no processo de criação audiovisual, “pois a
escaleta determinará quantas cenas se-rão necessárias para transmitir as ações dos
personagens e a história completa” (Moletta, 2009, p. 34). A escaleta permite que o
roteirista separe as cenas que construirão sua história e que servirá de argumento para o
roteiro. “A escaleta limpa as arestas, inserindo só o realmente necessário para contar a
história por meio de imagens e sons de acordo com a narrativa escolhida” (ibidem).

1 Manualde Roteiro, ou Manuel, o primo pobre dos manuais de cinema e TV de


Leandro Saraiva e Newton Cannito

A construção de uma escaleta exige que você faça uma nova escrita e uma nova linguagem pois,
para escrevê-la, é ne-cessário pensar por imagens e escrever sob a forma de ações.Vejamos um
exemplo de escaleta, que servirá de modelo para você construí a sua na atividade proposta logo
adiante.

A escaleta nada mais é do que a estrutura do roteiro, onde constará as cenas em


ordem e o que acontece em cada cena.

FONTE: proec.ufabc.edu.br/uab/2015/producao-de-video-2015/wp-
content/uploads/2015/05/06_EscaletaERoteiro.pdf

ROTEIRO

Um roteiro é, segundo Doc Comparato (2000), “a forma escrita de qualquer projeto audiovisual”.
É a arte de contar uma história por meio de imagens, diálogos, descrições, in-seridas dentro de
uma estrutura dramática. O roteiro é o texto escrito para ser executado, gravado, realizado.
Entretanto, a sua forma não é a da narrativa literária, mas sim a do processo ou da narrativa
visual.

Para elaborar um rorteiro, precisamos encontrar um tema, estruturar uma ideia, definir os
personagens, pesquisar os dados, estruturar as cenas e poli-las, dia-a-dia. Precisamos revisar e
alterar os elementos de acordo com as tecnologias e condições de gravação disponíveis.

Sobre a Ideia do roteiro:A primeira dificuldade enfrentada por aqueles que iniciam a aventura da
construção audiovisual pode ser desmembrada, segundo Lucena (2012), em dois fatores:• Falta
de conhecimento sobre filmagem e edição;• Dificuldade em elaborar uma ideia e desenvolvê-la.

Mas, são tantas as possibilidades, como definir o melhor caminho a seguir? Além de conversar
com as pessoas, pedir dicas e sugestões, a resposta terá que ser construída. Há al-gumas dicas às
quais você pode atentar-se, pois não basta ter uma ideia para que ela se transforme em um filme:
é preciso um trabalho de pensamento e reflexão para que isso aconteça; é preciso saber o que se
quer (cf. Lucena, idem, p. 33): •

O que eu quero mostrar?•

Como eu quero mostrar isso?


• Por que eu quero mostrar isso?• Quem é meu personagem?
• O que ele vai fazer?•
Como ele vai agir?

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