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Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF)

na doença de Parkinson idiopática – revisão narrativa.

ALVES, Laryssa¹; CARVALHO, Yonatta S.V.²; MARQUES, Charles H.D.²

Introdução

A doença de Parkinson idiopática (DP) é uma doença neurológica degenerativa associada à


perda seletiva dos neurônios dopaminérgicos na substância negra (MURDOCH, 1996). A DP
foi descrita pela primeira vez em 1817 por James Parkinson e atualmente é a segunda doença
neurológica degenerativa mais comum na população adulta, ficando atrás apenas da doença de
Alzheimer. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que 1% da população mundial
acima de 65 anos seja acometida por esta doença e que a prevalência aumenta com a idade
(FERNANDES & FILHO, 2018). No Brasil, o Ministério da Saúde estima que a prevalência
seja de 100 a 200 casos a cada 100.000 habitantes (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014).

A sintomatologia da DP é decorrente da neurotransmissão deficiente de uma das vias que


compõem o circuito extrapiramidal chamada via nigroestriatal. A DP está associada à morte
de neurônios dopaminérgicos presentes na substância negra, ocorrendo diminuição da
quantidade de dopamina. Uma vez que ocorrem neurotransmissões deficientes nos circuitos
dos núcleos da base, há o comprometimento dos movimentos realizados pelo indivíduo
acometido. Essas modificações fisiopatológicas estão relacionadas à tétrade de sinais e
sintomas, que são: tremor de repouso, bradicinesia/acinesia, rigidez e alteração do reflexo
postural. Além destes sinais e sintomas clássicos, alguns outros sintomas podem ocorrer,
como a hipomimia (face em forma de máscara), sialorréia, seborreia, constipação, retenção
urinária, algias semelhantes a cãibras, micrografia e distúrbios do sono (STEIDL, ZIEGLER
& FERREIRA, 2007).

Apesar de ser a segunda doença degenerativa mais comum, a etiologia da DP ainda é


desconhecida e não há marcadores biológicos que permitam fazer o diagnóstico. A tomografia
computadorizada e a ressonância magnética tipicamente não demonstram alterações
(BAROSA & SALLEM, 2005). O diagnóstico da DP em geral é realizado por exclusão. Após
a descrição dos sintomas pelo paciente, o exame neurológico do paciente deve indicar que não
há outra doença no cérebro. O diagnóstico só passa a ser confirmado se houver a presença de
pelo menos três dos sintomas da DP e resposta à terapia dopaminérgica (STEIDL, ZIEGLER

¹ Acadêmica do curso de fonoaudiologia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro.


² Professor (a) titular do curso de fonoaudiologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro.
& FERREIRA, 2007). Um dos fatores que diferencia a DP de outras síndromes
parkinsonianas é a resposta favorável a medicamentos betabloqueadores adrenérgicos, como o
levodopa (ARAÚJO & ANDRAUS, 2002; MENESES & TEIVE, 1996; BEHLAU ET AL,
2005).

Além do tratamento farmacológico, é necessário o acompanhamento da equipe


multidisciplinar, objetivando a melhor qualidade de vida do paciente e de seus cuidadores. A
Fonoaudiologia no tratamento da DP está concentrada principalmente na voz, fala e
deglutição. Aproximadamente 50% dos pacientes com DP têm problemas de fala (BEHLAU
ET AL, 2005).

As alterações da fala características da DP são classificadas como disartria hipocinética. Essas


alterações da fonoarticulação foram caracterizadas por intensidade vocal reduzida, articulação
imprecisa, alteração da velocidade da fala, jatos e pausas articulatórias inapropriadas,
monotonia de frequência e intensidade. (MURDOCH, 1996; FERRAZ & MOURÃO, 2003;
BEHLAU ET AL, 2005). Alguns autores relatam que a postura pode comprometer a
prosódia e as vias respiratórias, por causa da perda de flexibilidade da musculatura
respiratória (FERRAZ & MOURÃO, 2003; STEIDL, ZIEGLER & FERREIRA, 2007;
PRESOTTO; RIEDER & OLCHIK, 2019).

Além das alterações de fala, é comum o paciente com DP apresentar disfonia neurogênica,
caracterizada principalmente por qualidade vocal rouco – soprosa, instabilidade fonatória,
articulação reduzida e imprecisa, com graus variados de redução de inteligibilidade e redução
da extensão vocal. (BEHLAU ET AL, 2005).

A disfagia também está presente na maioria dos casos de DP e pode haver alterações em todas
as fases da deglutição – antecipatória, preparatória oral, oral, faríngea e esofágica – com
aumento da frequência de acordo com a progressão da doença e, sobretudo com o surgimento
da demência (ODA & FERNANDES, 2017; MANCOPES ET AL.,2013).

A demência também pode estar associada em um terço dos pacientes com DP (BEHLAU ET
AL, 2005). Parte do processo de deglutição depende de cognição, logo, pacientes com
sintomas demenciais podem apresentar alterações também na fase cognitiva, chamada fase
antecipatória. Essa fase melhor se define como aquela que, ao longo da vida e pelas
experiências ambientais e nutricionais nos fizeram distintos em paladar e capazes de
reassumir o controle consciente da fase oral (COSTA, 2018).
As alterações da fase oral da deglutição compreendem tremor dos órgãos fonoarticulatórios,
alterações na formação inicial do bolo alimentar, diminuição da taxa de secreção salivar,
aumento do tempo de deglutição, limitação da excursão da língua e mandíbula durante a
mastigação e presença de movimentos ântero-posteriores repetitivos de língua para a
propulsão do bolo (FERRAZ & MOURÃO, 2003).

A dificuldade na propulsão do bolo gera atraso do início da fase faríngea e redução na


duração do tempo de elevação laríngea, o que resulta em estase do bolo no espaço valecular e
nos seios piriformes, com risco de penetração e aspiração laringotraqueal. (FERRAZ &
MOURÃO, 2003). Essas alterações refletem a desintegração dos movimentos automáticos e
voluntários causada pela acinesia e rigidez associadas à DP (ANGELIS & PORTAS, 2009;
BEHLAU ET AL, 2005).

A fase esofágica também sofre alterações na DP que podem ocorrer ao longo de todo o trato
digestivo e em qualquer estágio da doença. O paciente pode apresentar aumento do tempo de
trânsito – devido à diminuição do processo de peristalse, espasmos, contrações do esôfago
cervical, gastroparesia, dilatação do intestino e saciedade precoce e evoluindo para a perda de
peso (ANGELIS & PORTAS, 2008; MONTEIRO ET AL., 2014).

A disfagia é um dos sintomas mais importantes presentes na DP, pois a episódios frequentes
de broncoaspiração, em casos de microaspirações, ou únicos, com aspiração maciça, pode
resultar em uma infecção respiratória grave, como a pneumonia broncoaspirativa, que é
considerada, por alguns autores, a principal causa de óbito entre pacientes com a doença
(JOHNSTON, CASTELL & CASTELL, 1995; FERRAZ & MOURÃO, 2003).

A levodopa é o fármaco mais utilizado para tratamento da DP. Alguns autores apontaram
melhora no processo fisiológico da deglutição após administração do medicamento, porém
não há consenso entre os pesquisadores. Muitos estudos dividem-se quanto ao benefício,
malefício ou indiferença da administração deste medicamento perante a deglutição
(HUNTER, 1997; LIM ET AL, 2008; BAIJENS, 2009; MANCOPES ET AL, 2013;
MONTEIRO ET AL, 2014). Também há estudo que sugere que as alterações na deglutição na
DP parecem não estar totalmente relacionadas à deficiência de dopamina (HUNTER, 1997).

No âmbito da reabilitação, verifica-se a aplicabilidade de diferentes instrumentos visando o


acompanhamento e avaliação do comprometimento funcional com a evolução da doença. A
Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e Saúde (CIF) é o modelo para a
organização e documentação de informações sobre funcionalidade e incapacidade pertencente
à "família" das classificações internacionais desenvolvida pela OMS para aplicação em vários
aspectos da saúde. A funcionalidade e a incapacidade, associadas às condições de saúde, são
classificadas na CIF e o objetivo da classificação é proporcionar a linguagem unificada e
padronizada assim como estrutura de trabalho para a descrição da saúde e de estados
relacionados com a saúde. Ela conceitualiza a funcionalidade como uma interação dinâmica
entre a condição de saúde de uma pessoa, os fatores ambientais e os fatores pessoais (OMS,
2013).

Todos os profissionais que atuam na reabilitação de pacientes com DP devem saber quais são
os instrumentos de avaliação que contemplam os domínios da CIF para que possam eleger
instrumentos eficazes para avaliar o paciente e identificar possíveis disfunções e influências
ambientais e sociais.

Objetivo Geral

Revisão narrativa da literatura a respeito da CIF em doença de Parkinson idiopática.

Objetivo Específico

● Avaliar o estado atual das publicações de DP na CIF;


● Contribuir para profissionais de saúde na abordagem em DP idiopática.

Metodologia

Foi realizada pesquisa bibliográfica através das bases eletrônicas PubMed e BVS. Utilizou-se
os descritores “CLASSIFICAÇÃO INTERNACIONAL DE FUNCIONALIDADE,
INCAPACIDADE E SAÚDE” AND “DOENÇA DE PARKINSON” e “INTERNATIONAL
CLASSIFICATION OF FUNCTIONALITY” AND “PARKINSON DISEASE” em inglês.
Todos eles foram selecionados através de consulta nas plataformas Decs e MeSH Home.
Mediante a pesquisa com os descritores acima, foram encontrados no total 161 artigos. No
entanto, para que fosse possível obter artigos relacionados somente a DP idiopática e
funcionalidade, utilizou-se os filtros “texto completo”, “últimos 10 anos”, idioma: português,
inglês e espanhol” e “limite em humanos”. Os critérios de exclusão aplicados foram: cartas ao
editor, editorial, casuística, imagens de neurologia e artigos livres que não exploravam o
assunto “Funcionalidade e doença de Parkinson idiopática”. Foram excluídos 128 artigos, por
não cumprirem os seguintes critérios: textos completos e de livre acesso, publicado nos
idiomas inglês e português, publicações posteriores a 2010 e versar sobre DP idiopática e
Funcionalidade. 33 artigos foram selecionados para leitura do resumo e destes, 11 artigos
foram selecionados para leitura do texto completo, sendo os demais excluídos por não
atenderem todos os critérios de inclusão.

No quadro 1, é possível identificar os critérios de inclusão e de exclusão usados para cada um


dos 161 artigos encontrados.

Quadro 1. Critérios de inclusão e exclusão para seleção dos artigos.

Critérios de inclusão
Textos completos e de livre acesso;
Publicado nos idiomas inglês e português;
Publicações posteriores a 2010;
Versar sobre DP idiopática e Funcionalidade;
Constar a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e saúde.

Critérios de exclusão
Não utilizar a Classificação Internacional de Funcionalidade, Incapacidade e saúde como base
de avaliação de funcionalidade;
Cartas ao editor, editorial, casuística, imagens neurológicas.

Por fim, do total de 161 artigos, foram incluídos 11 (6,83%) artigos que contemplavam todos
os critérios de inclusão. Dentre esses artigos, 8 artigos (72,72%) eram quantitativos e 3 artigos
(27,27%) eram qualitativos. Não houveram artigos duplicados (0%). O fluxograma da figura 1
mostra o processo de seleção dos artigos.
Figura 1. Fluxograma do processo de seleção dos artigos.

Resultados

A CIF organiza as informações em duas partes. A parte 1 lida com a funcionalidade e a


incapacidade e a parte 2 cobre fatores contextuais. Cada parte tem dois componentes:
Funcionalidade e Incapacidade (Funções e Estruturas do Corpo, Atividades e Participação) e
Fatores Contextuais (o Fatores Ambientais e Fatores Pessoais – embora os Fatores Pessoais
ainda não estejam classificados na CIF) (OMS,2013). A tabela 1 mostra, de maneira
resumida, os domínios da CIF.
Tabela 1. Domínios da CIF.
Funções do Corpo Estruturas do corpo Atividades e participação Fatores ambientais
Aprendizagem e aplicação do
Funções mentais Estrutura do sistema nervoso Produtos e tecnologia
conhecimento
Olho, ouvido e estruturas Ambiente natural e mudanças
Funções sensoriais e dor Tarefas e exigências gerais
relacionadas ambientais feitas pelo homem
Estruturas relacionadas com a voz
Funções da voz e da fala Comunicação Apoio e relacionamentos
e a fala
Funções do aparelho cardiovascular, Estruturas do aparelho
dos sistemas hematológico e cardiovascular, do sistema
Mobilidade Atitudes
imunológico e do aparelho imunológico e do aparelho
respiratório respiratório
Estruturas relacionadas com o
Funções do aparelho digestivo e dos
aparelho digestivo e com os Auto cuidados Serviços, sistemas e políticas
sistemas metabólico e endócrino
sistemas metabólico e endócrino
Estruturas relacionadas com os
Funções genitourinárias e
aparelhos genitourinário e Vida doméstica
reprodutivas
reprodutivo
Funções neuromusculoesqueléticas e
Estruturas relacionadas com o Interacções e relacionamentos
funções relacionadas com o
movimento interpessoais
movimento
Funções da pele e estruturas
Pele e estruturas relacionadas Áreas principais da vida
relacionadas
Vida comunitária, social e cívica

A tabela 2 apresenta os artigos que foram selecionados dentro dos critérios de busca. Eles
estão referenciados contendo características como domínios da CIF abordados e tipos de
estudo.

Tabela 2. Artigos selecionados.

AUTORES/ ANO/ TÍTULO TIPO DE DOMÍNIOS DA


REVISTA ESTUDO CIF
Santos, Taciana Batista dos; Peracini, Facilitação neuromuscular SÉRIE DE CASOS ATIVIDADES E
Talita; Franco, Paula Magro; proprioceptiva na doença PARTICIPAÇÃO,
Nogueira, Renata Licursi; Souza, de Parkinson: relato de FUNÇÃO DO
Luciane Aparecida Pascussi Sande eficácia terapêutica CORPO E
de/ Revista fisioterapia em ESTRUTURA
movimento (2012)
Nickel, Renato; Pinto, Lauren Estudo descritivo do OBSERVACIONAL ATIVIDADES E
Machado; Lima, Andressa Pereira; desempenho ocupacional TRANSVERSAL PARTICIPAÇÃO,
Navarro, Elaine Janeckzo; Becker, do sujeito com doença de FUNÇÃO DO
Nilson; Munhoz, Renato Puppy; Parkinson: o uso da CIF CORPO E
Teive, Helio Afonso Ghizoni/ como ferramenta para ESTRUTURA
Revista Acta Fisiátrica (2010) classificação da atividade
e participação
Maria H Nilsson 1, Albert Uncovering indicators of REVISÃO ATIVIDADES E
Westergren ,Gunilla Carlsson, Peter the international INTEGRATIVA DA PARTICIPAÇÃO,
Hagell/ Parkinson's Disease (2010) classification of LITERATURA FUNÇÃO DO
functioning, disability, CORPO E
and health from the 39- ESTRUTURA
item Parkinson's disease EFATORES
questionnaire AMBIENTAIS
Tzu-Herng Hsu, Tsan-Hon Liou, Large-Scale Assessment COORTE ATIVIDADES E
Kuei-Ru Chou, Wen-Chou Chi , of Function and Disability RETROSPECTIVA PARTICIPAÇÃO,
Chia-Feng Yen, Hua-Fang Liao, Ing- in Patients with FUNÇÃO DO
Jy Tseng/International Journal of Parkinson's Disease Using CORPO E
Environmental Research and Public the Functioning Disability ESTRUTURA E
Health (2018) Evaluation Scale-Adult FATORES
Version PESSOAIS
Sabine Schootemeijer, Nicolien M Barriers and Motivators to REVISÃO DE ATIVIDADES E
van der Kolk, Terry Ellis, Engage in Exercise for LITERATURA PARTICIPAÇÃO,
AnatMirelman, Alice Nieuwboer, Persons with Parkinson's FUNÇÃO DO
FreekNieuwhof, Michael A Disease CORPO E
Schwarzschild, Nienke M de Vries, ESTRUTURA
Bastiaan R Bloem/Journal of
Parkinson's Disease (2020)
LA King, Salarian , M Mancini , KC Exploring outcome ENSAIO CLÍNICO ATIVIDADES E
Priest , J Nutt , Serdar , J Wilhelm , J measures for exercise RANDOMIZADO PARTICIPAÇÃO,
Schlimgen , M Smith , FB intervention in people FUNÇÃO DO
Horak/Parkinson's disease (2013) with Parkinson's disease CORPO E
ESTRUTURA
Correa, Thais Vianna; Paz, Thiago Avaliação dos membros OBSERVACIONAL ESTRUTURA
da Silva Rocha; Silva, Ana Elisa superiores na doença de TRANSVERSAL CORPORAL E
Lemos; Vieira, Gisele de Paula; Parkinson: implicações FUNÇÃO DO
Leite, Marco AntonioAraujo; Allodi, para a Reabilitação Física CORPO
Silvana; Orsini, Marco; Correa,
Clynton Lourenço/ Revista brasileira
de neurologia (2016)
Terry Ellis, James T Cavanaugh, Factors associated with OBSERVACIONAL ATIVIDADES E
Gammon M Earhart, Matthew P exercise behavior in TRANSVERSAL PARTICIPAÇÃO,
Ford, K Bo Foreman, Lisa Fredman, people with Parkinson FUNÇÃO DO
Jennifer K Boudreau, Leland E disease CORPO E
Dibble/Physical Therapy (2011) ESTRUTURA,
FATORES
AMBIENTAIS E
PESSOAIS
Raquel Bouça-Machado, Walter What is Functional REVISÃO DE ESTRUTURA
Maetzler, Joaquim J Ferreira/ Mobility Applied to LITERATURA CORPORAL E
JournalofParkinson'sDisease (2018) Parkinson's Disease? FUNÇÃO DO
CORPO
Kristina Bettecken, Felix Bernhard, No relevant association of OBSERVACIONAL ATIVIDADES E
Jennifer Sartor, Markus A Hobert, kinematic gait parameters TRANSVERSAL PARTICIPAÇÃO,
Marc Hofmann, Till Gladow, Janet with Health-related FUNÇÃO DO
M T van Uem, Inga Liepelt- Quality of Life in CORPO E
Scarfone, Walter Maetzler/ PLoS Parkinson's disease ESTRUTURA,
One (2010) FATORES
AMBIENTAIS E
PESSOAIS
David Morley , Sarah Dummett , Validation of the Oxford OBSERVACIONAL ATIVIDADES E
Laura Kelly , Jill , Ray Fitzpatrick , Participation and TRANSVERSAL PARTICIPAÇÃO,
Crispin Jenkinson (2018) Activities Questionnaire FUNÇÃO DO
CORPO E
ESTRUTURA
Como podemos ver no gráfico 1, dos artigos incluídos, 1 (9,09%) era ensaio clínico, 1
(9,09%) era coorte retrospectivo, 1 (9,09%) era série de casos, 5 (45,45%) eram estudos
transversais e 3 (27,27%) eram revisão de literatura. O idioma inglês encontra-se em 72,72 %
dos artigos, em seguida é o português, que representou 27,27% dos artigos. Os 8 estudos
quantitativos retratam 72,72 % dos artigos selecionados e os 3 artigos restantes (27,27 %)
retratam os estudos qualitativos.

Gráfico 1. Tipos de estudo dos artigos selecionados.

Estudos
transvers
ais
46%
Revisões Série de
27% casos
9%
Coorte
Ensaio retrospe
clínico ctivo
9% 9%

Discussão

A partir desse estudo foi possível observar que a maioria dos estudos relacionados à CIF na
DP são do tipo transversal e em inglês. Os 8 artigos em inglês (72,72%) corroboram para a
tese que no Brasil a CIF não é suficientemente utilizada – se não é usada na segunda doença
degenerativa mais comum, que dirá nas outras doenças menos prevalentes, o que ressalta a
necessidade de haver mais estudos observacionais com este tema.

A CIF é a classificação internacional de componentes da saúde desenvolvida pela OMS. Entre


seus objetivos está o estabelecimento da linguagem comum para a descrição da saúde e dos
estados relacionados a ela (OMS, 2013). Além disso, proporciona base científica para a
compreensão e o estudo da saúde, dos estados relacionadas com ela, dos resultados e dos
determinantes. A CIF permite a comparação de dados entre países, entre disciplinas
relacionadas com os cuidados de saúde, entre serviços, e em diferentes momentos ao longo do
tempo (OMS, 2013)

Outra classificação desenvolvida pela OMS é a Classificação Internacional de Doenças (CID-


10). Esta fornece estrutura de base etiológica para os diagnósticos das condições de saúde
(doenças, perturbações, lesões etc.). Na CIF, a incapacidade não é diferenciada por etiologia,
ou seja, se uma pessoa não puder andar ou ir para o trabalho, isto pode estar relacionado a
qualquer uma de várias condições de saúde distintas. Ao mudar o foco das condições de saúde
para a funcionalidade, a CIF coloca todas as condições de saúde em posição de igualdade,
permitindo que elas sejam comparadas (OMS, 2013).

Então, embora ainda haja confusão entre a aplicação e a utilidade de ambas as classificações,
podemos afirmar que a CIF difere da CID- 10, pois não vê a doença em si, mas integra os
principais modelos de incapacidade – o modelo médico e o modelo social –, ou seja,
reconhece o papel de outros fatores na criação da incapacidade, além do papel das condições
de saúde. Portanto, a CID-10 e a CIF são complementares (OMS, 2013).

Entre os vários usos da CIF está sua aplicação em levantamentos populacionais sobre saúde e
incapacidade. Em virtude de sua complexidade e da grande quantidade de aspectos
contemplados, parece ser sempre impossível encaixar a CIF em algo existente, e sim, ao
contrário, desenvolver instrumentos práticos baseados nela, já que o uso da CIF como
norteadora da formulação de inquéritos populacionais pode contribuir para uma ferramenta de
coleta de dados mais completa (FARIAS & BUCHALLA, 2005; RIBERTO, 2011).

Como mencionado nos resultados, a CIF é organizada em duas partes. A parte 1 que engloba
a funcionalidade em si e a parte 2 que engloba os fatores contextuais. Cada componente é
subdividido em domínios e categorias em níveis variados de granularidade (OMS,2013).

Os domínios podem ser entendidos como conjuntos significativos de funções do corpo, ações,
tarefas, ou área da vida que capturam um fenômeno específico ou as experiências de um
indivíduo e indicam a área de funcionalidade, já os qualificadores indicam a extensão da
funcionalidade ou incapacidade (OMS,2013). O primeiro qualificador comum especifica a
extensão de um problema e pode ser usado para transmitir informações quando não há
nenhum problema de funcionalidade (qualificador '0') (OMS,2013). Para fatores ambientais, o
primeiro qualificador especifica a extensão de um efeito negativo (o 'tamanho' de uma
barreira) ou de um efeito positivo (a intensidade desse fator como um facilitador)
(OMS,2013).

Os domínios da CIF são: Funções e estruturas do corpo, atividades e participação, fatores


ambientais e fatores pessoais. Funções do corpo são os aspectos fisiológicos dos sistemas
orgânicos, enquanto as estruturas são o suporte anatômico. Por exemplo, a força é uma função
e os músculos são estruturas (OMS,2013).
As atividades são as ações e tarefas executadas pelos indivíduos são, e a participação seria o
envolvimento em situações da vida diária (OMS,2013). Dois qualificadores podem ser usados
para descrever Atividades e Participação (OMS,2013). O primeiro descreve o que uma pessoa
faz no seu ambiente habitual e o segundo descreve o que uma pessoa faz em uma situação em
que o efeito do contexto está ausente ou é irrelevante. Esse domínio pode sofrer influência dos
fatores ambientais e fatores pessoais (OMS,2013).

Os fatores pessoais podem incluir gênero, idade, raça, estilos de vida, hábitos, educação e
profissão. Embora os fatores pessoais estejam englobados, eles ainda não estão classificados
na CIF pois há grande variação social e cultural (OMS,2013). Eles representam influências
sobre a funcionalidade específica do indivíduo.

A incapacidade é definida como o resultado da relação entre a condição de saúde do indivíduo


e os fatores pessoais, com os fatores externos que representam as circunstâncias nas quais o
indivíduo vive, ou seja, um dos maiores determinantes da incapacidade é o contexto (OMS,
2003; FARIAS & BUCHALLA, 2005). Assim, diferentes ambientes podem ter impacto
distinto sobre o mesmo indivíduo com determinada condição de saúde. O ambiente físico,
social e de atitude no qual a pessoa vive influencia sua funcionalidade categoricamente. Se
essa influência for positiva – facilitadores –, o desempenho resultante ficará acima da
capacidade esperada e se essa influência for negativa – barreiras –, o desempenho do
indivíduo ficará abaixo da sua capacidade (OMS, 2013).

Passamos pela formação de novo perfil epidemiológico, onde a população está envelhecendo.
Estas mudanças refletem no crescimento dos problemas sociais relacionados ao impacto do
aumento da expectativa de vida, tais como a manutenção da saúde da população idosa e a
preservação de sua permanência junto à família (LUZARDO & WALDMAN, 2004),
principalmente quando existe a presença de doença crônica degenerativa, como a DP. Com a
população envelhecendo e o aumento da expectativa de vida dos portadores da DP, a
sociedade pode limitar o desempenho do indivíduo criando barreiras, como a falta de
estratégias de políticas públicas que visem manter a qualidade de vida – saúde de boa
qualidade, acessibilidade (nos lugares públicos e, por vezes, até mesmo dentro de casa),
adaptação das funções ocupacionais, aposentadoria de qualidade etc. – e qualificação no
cuidado da população idosa.

A família vivencia todas as mudanças e sentimentos gerados pela presença de uma doença
crônica como a DP. Esses sentimentos são multiplicados, pois trata-se de uma doença que
afeta o físico, mental e social do indivíduo, gerando dependências e necessidades vivenciadas
também pela família (PETERNELLA,2009). Em geral, a família deve ser vista como
responsável pela saúde e cuidado dos pacientes, necessitando por isto ser ouvida e estimulada
a participar em todo o processo de cuidar pois possui papel relevante como facilitadores ou
barreiras. Alguns estudos têm demonstrado que cuidar não é simplesmente uma imposição,
mas uma vontade própria, devido a laços afetivos existentes entre os cuidadores e cuidados,
onde podem aparecer vários sentimentos como retribuição, tristeza, pena, ansiedade e
nervosismo, e até a raiva (LAVINSKY,2004;PETERNELLA,2009).

Não é raro que o fator ambiental atue tanto como facilitador quanto como uma barreira, por
exemplo, o medicamento que alivia alguns sintomas mas causa efeitos colaterais adversos; o
cuidador que dá suporte em atividades de maiores dificuldades mas impede que o paciente
desempenhe certa autonomia; serviços de transporte especializados que facilitam o uso do
transporte mas são barreira porque sua disponibilidade é limitada e eles impedem que os
serviços de transporte público tornem-se totalmente acessíveis (OMS, 2013).

Os domínios acabam se interligando na vida cotidiana do paciente. Na literatura selecionada


para esta revisão, apenas 3 (aproximadamente 27%) dos 11 artigos utilizavam-se de
protocolos que abordavam todos os domínios da CIF, incluindo os fatores pessoais e
ambientais. Essa informação, nos sinaliza que a CIF tem sido utilizada como parâmetro para
protocolos quantitativos que focam a padronização da funcionalidade da doença em si,
desconsiderando a integração e aplicabilidade dos principais modelos de incapacidade do
indivíduo com DP no contexto cotidiano e social.

O estudo transversal é o estudo epidemiológico no qual fator e efeito são observados em


mesmo momento histórico, ou seja, descrevem situação ou fenômeno em momento não
definido, apenas representado pela presença de uma doença ou transtorno, como, por
exemplo, o estudo sobre o desempenho ocupacional do sujeito com DP. Diante disto, não há
necessidade de saber o tempo de exposição de uma causa para gerar o efeito, pois o modelo
transversal é utilizado quando a exposição é relativamente constante no tempo e o efeito (ou
doença) é crônico. Atualmente, tem sido o mais empregado – como podemos observar no
gráfico 1 – por possuir como principais vantagens o fato de ser de baixo custo, e por
praticamente não haver perdas de seguimento. Pode ser de incidência e/ou prevalência. A de
incidência investiga determinada doença em grupos de casos novos e a de prevalência estuda
casos antigos e novos de uma nosologia num determinado local e tempo (HOCHMAN,2005;
BORDALO, 2006). Este tipo de estudo é o que mais se relaciona com o modo em que a CIF
deve ser estudada.

O método qualitativo tem como fim, criar um modelo de entendimento profundo de ligações
entre elementos, ou seja, ele visa entender como o objeto de estudo acontece ou se manifesta.
A importância dos métodos qualitativos nas áreas da saúde se dá em conhecer as significações
dos fenômenos do processo saúde-doença e é essencial para melhorar a qualidade da relação
profissional-paciente-família-instituição, entender mais profundamente certos sentimentos,
ideias e comportamentos dos pacientes, assim como de seus familiares e mesmo da equipe
profissional de saúde (TURATO, 2005). Já os métodos quantitativos concentram-se na
obtenção de informações por meio de ferramentas como pesquisas epidemiológicas e
questionários. Uma vez que os dados são coletados com essas ferramentas de pesquisa, uma
análise é geralmente realizada usando métodos estatísticos. Esse método geralmente é
implementado para concluir uma relação entre duas ou mais variáveis dentro de um público-
alvo.

Como mencionado anteriormente, por sua extensão e complexidade, parece ser sempre
impossível encaixar a CIF em algo existente, mas é possível desenvolver instrumentos
práticos baseados nela. O Brasil, por exemplo, é um país de dimensões continentais, com
diversas culturas e enorme desigualdade socioeconômica entre suas regiões. É imprescindível
que haja mais pesquisas de funcionalidade e saúde que englobem diferenças ambientais e
sociais como por exemplo, a presença ou não de acompanhantes – e a qualidade de vida deles
–, renda do paciente e a acessibilidade a um tratamento adequado.

Dito isto, vemos a importância de se ter mais pesquisas qualitativas e observacionais a


respeito da funcionalidade no paciente com DP que englobem todos os domínios da CIF e que
levantem questionamentos a respeito das políticas públicas que podem e devem ser aplicadas
para que se possa unificar, sempre que possível, a linguagem da saúde e dos estados
relacionados a ela, visando sempre a qualidade de vida do paciente e seus cuidadores.
Conclusão
Há poucas pesquisas, principalmente no Brasil, que utilizam a CIF para enxergar o sujeito
além da doença e discutir novas políticas públicas que visem melhorar a funcionalidade dos
pacientes com DP.

A CIF não foi criada com o objetivo de falar da doença e sim para enxergar como podemos,
como profissionais da saúde, melhorar a qualidade de vida do paciente com DP, logo, faz- se
necessário mais estudos qualitativos que visem a aplicação, discussão de políticas públicas
que englobem os domínios da CIF na vida destes pacientes.

Referências bibliográficas

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JOTZ, Geraldo Pereira; ANGELIS, Elisabete Carrara De; ANGELIS, Ana Paula
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