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Revisão de texto
Paulo Cesar de Oliveira
Capa e Diagramação
Alexandre Portela
Outubro de 2017
Ferreira, Nilton
Ai! Comprei um Bode e um Bezerro Ferreira, Nilton,
São Paulo, 2013.
reis e sacerdotes, Jesus Cristo, Rei dos reis e Senhor dos senhores.
Este livro não existiria se Ele não estivesse ao meu lado.
Aos meus pais, Nilton Ferreira e Edna Ferreira, que sempre
estiveram ao meu lado.
À minha esposa Elizabeth, uma guerreira incansável. Sou
apaixonado por ela.
Aos meus filhos Pedro, Lucas e Filipe, que todos os dias oram
por mim para que eu tenha sucesso em meu ministério.
Ao pastor Davi Klava, presidente da Primeira Igreja Batista
da Lapa, que me descobriu em meio a muitos. Tenho uma dívida
eterna com ele.
Ao pastor Jesher Cardoso, presidente da Missão
Shekinah, e sua esposa Cleide.
A todos os pastores que me receberam em seus ministérios.
Prefácio ............................................................................................... 9
Introdução ........................................................................................
12
Uma igreja comprometida ............................................................. 16
Conceito e conceitos .................................................................... 20
Qual o conceito que tenho de Jesus? ......................................... 22
Conceito errado sobre a bíblia ................................................... 24
Querer é poder? ........................................................................... 27
Restituição ........................................................................................
85
Princípios Bíblicos ....................................................................... 88
Você precisa de restituição ......................................................... 95
Deus quer trazer restituição ....................................................... 97
Faça o caminho de volta ............................................................. 99
O caminho da reparação ........................................................... 100
A oferta da restituição ...............................................................
101
O roubo dos filisteus .................................................................
102
Hemorroidas: a doença do roubo ............................................ 102
Os filisteus devolvem a arca .................................................... 104
Fatores que impedem a prosperidade .................................... 106
Sua atitude trará a restituição ..................................................
111
A
o falar sobre dinheiro nos capítulos 8 e 9 da
Segunda Carta aos Coríntios, o apóstolo Paulo nos
mostra que ofertar dinheiro e bens no reino
de Deus é simplesmente um dom que Deus dá a
todos, mas é um dos dons mais desprezados por essa geração
cristã, que não tem a revelação de como é benéfico ofertar para
esse reino inabalável, como o próprio Jesus disse: “Não ajunteis
tesouros na terra, onde a traça e ferrugem tudo consomem, e onde os
ladrões minam e roubam; mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a
traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem
roubam” (Mt 6.19-20). Foi o próprio Jesus que mais ensinou
sobre dinheiro em seu ministério terreno. Ele proferiu 37
parábolas, das quais 17 falam sobre dinheiro. Ele mesmo, além
de ensinar, aplicou em sua vida o que ensinou para os
homens, ofertando a sua própria vida como sacrifício para
Deus, para aproximar Deus do homem. Será que ao tratarmos
desse assunto tão sublime não deveríamos dar mais atenção?
“O qual convém que o céu contenha até aos tempos da
restauração de tudo, dos quais Deus falou pela boca de todos os seus
santos profetas, desde o princípio” (At 3.21). ANTES DO
RETORNO DE JESUS EXPERIMENTAREMOS O MAIOR
TEMPO DE RESTAURAÇÃO. A vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo será marcada por tempos de restauração e avivamento
como podemos ver nesse texto. Antes do arrebatamento
experimentaremos o maior e último avivamento, e creio em
tempos de restauração em todas as áreas da vida da Igreja. E
se algo precisa ser restaurado é a vida financeira do povo de
Deus. Quando olhamos para a Igreja de Jesus hoje e olhamos
para a Igreja Primitiva, vemos uma grande diferença de
comportamento e de vida. Há uma promessa de que a glória
da segunda casa será maior que a primeira: “A glória desta
última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos
Exércitos, e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos” (Ag
2.9), isto é, a Igreja desses últimos dias viverá num nível de
glória como nunca antes, e se está profetizado pelo próprio
Deus por boca de seu profeta, então temos que clamar por essa
restauração. O que havia na Igreja Primitiva que não há em
nosso tempo? Vejamos alguns pontos importantes naquela
Igreja inicial.
Eles aceitavam a palavra dos apóstolos; hoje, como está a
aceitação da Palavra em nosso meio? Já naqueles tempos o
apóstolo Paulo disse que havia gente no meio da Igreja que
resistia ao que ele falava, um tal de Alexandre. Será que há
Alexandres em nossos ministérios? “Alexandre, o latoeiro,
causou-me muitos males; o Senhor lhe pague segundo as sua obras”
(2 Tm 4.14). O pastor mal acaba de pregar e muitos retrucam
o que foi ensinado. Assim eram os fariseus, saduceus e
herodianos nos tempos de Jesus. Eles não aproveitavam nada
do que Ele ensinava, e hoje também é assim. Muitos vão para
os cultos, mas, como os fariseus, não aproveitam nada de que
é ensinado, principalmente se for sobre dinheiro. Os fariseus
e sua trupe só sabiam criticar, por isso se tornaram pedras de
tropeço para muitos. Mt.23:13 “Mas ai de vós, escribas e fariseus,
hipócritas! Pois que fechais aos homens o reino dos céus; e nem vós
entrais nem deixais entrar aos que estão entrando” (Mt 23.13).
Nessa primeira Igreja aceitava-se a palavra ensinada pelos
apóstolos e perseverava-se na doutrina deles, isto é, havia um
comprometimento com aquilo que os líderes ensinavam. Hoje,
como tem sido difícil para alguns ministérios ter pessoas
comprometidas com a visão estabelecida. As pessoas não dão
mais a sua vida para o reino de Deus; ouvem uma mensagem
hoje e amanhã já esqueceram, mas pergunte sobre a novela e
se lembram rapidamente do que assistiram.
Eles perseveravam na vida de comunhão. Havia vida de
relacionamento e companheirismo, comunhão era a
linguagem deles. Esse é o estilo de vida que mais deixa uma
sociedade impactada, pois o inferno não resiste um povo
unido. Hoje os grupos de comunhão se reúnem para jantar o
pastor.
Eles perseveravam no partir do pão, era um costume do
povo daquela época. Hoje quase não convidamos os irmãos
para partilharmos o pão, pois temos medo de que eles saiam
falando como é nossa casa. Lembro-me de que uma vez
levamos uma irmã para nossa casa, e no domingo seguinte
toda igreja estava sabendo o que tinha dentro de nossa casa,
até o que tinha na geladeira! Eles perseveravam na vida de
oração, pois isso era a chave para o avivamento. Dizem que se
você quer conhecer uma boa igreja deve visitar seu culto de
oração; nele você vai saber se a igreja está comprometida com
Deus ou se é mais um centro de entretenimento dominical.
Orar deve ser nosso maior compromisso com Deus, pois a
oração de um cristão pode muito em seus efeitos. A vida de
oração é uns dos pilares de uma igreja local.
Havia temor entre eles, um respeito profundo pela
presença do Espírito Santo no meio deles. Ministro em muitas
igrejas e o que mais vejo é o comportamento do povo de Deus
nos momento de cultos. Um dia estava pregando em uma
igreja em São Paulo e no meio do culto notei dois jovens – um
deles era o líder de louvor da igreja – recebendo uma
revelação de uma revista de cosméticos que uma irmã tinha
deixado para eles. Parei de pregar e fiquei olhando para eles
mais ou menos uns dois minutos. Quando perceberam o
silêncio do pregador, dirigi-me a eles e disse: “Vocês vão
participar do culto ou vão participar desse mercado?”. A falta
de temor tem entristecido o Espírito Santo em nossos cultos;
precisamos urgentemente nos converter ao Senhor.
Também havia uma forte manifestação de milagres. Esse
é o resultado quando o Espírito Santo está ministrando em
nosso meio; as curas e os milagres começam a acontecer. Tem
sido raro ver esses sinais. Você tem visto?
Não havia voz dissonante no meio deles quando o assunto
era o reino de Deus. Eles criam e estavam junto de seus
líderes. Era um povo desprendido das coisas materiais, e
contribuir era algo comum para eles. Congregar era
prazeroso, não havia barreiras para estarem juntos.
Precisamos urgentemente de avivamento. O próprio
apóstolo Paulo deu um “recadinho” para a Igreja: “Não
deixando a nossa congregação, como é costume de alguns…” (Hb
10.25). Naquele tempo já havia gente trocando o culto por
outros afazeres. Que Deus nos ajude a voltar ao primeiro
amor.
Você não gostaria de pertencer a uma igreja como essa?
Sonhe com essa igreja, pois ela está surgindo na sua segunda
glória.
Conceito e conceitos
“O Senhor empobrece e enriquece; abaixa e também exalta.
Levanta o pobre do pó, e desde o monturo exalta o necessitado, para o
fazer assentar entre os príncipes, para o fazer herdar o trono de glória;
porque do Senhor são os alicerces da terra…” (1 Sm 2.7-8).
Quando falamos sobre restauração financeira, as pessoas
ficam arrepiadas, pois muitos não têm essa visão de
restauração em sua vida, acham que Jesus veio ao mundo para
termos uma vida miserável e sempre estão usando chavões
para justificar isso. Jesus veio também restaurar a nossa vida
financeira, pois faz parte da obra de redenção e é a vontade de
Deus a nossa prosperidade: “Cantem e alegrem-se os que amam a
minha justiça, e digam continuamente: o Senhor seja engrandecido,
o qual ama a prosperidade do seu servo” (Sl 35.27). E para
experimentarmos essa restauração temos de quebrar o
conceito que nossos “pais” nos transmitiram (1 Pe 1.18) desde
a infância e ficou incrustado em nossa mente, trazendo
bloqueios que impedem o nosso desenvolvimento em todos
os sentidos: “Eu nasci assim, vou viver assim e vou morrer
assim!”.
Conceitos errados acabam fazendo parte da nossa vida e
atingem nosso modo de pensar, agir e até mesmo de falar.
Quando isso está enraizado desde a infância, fica difícil de
mudar, pois os conceitos vêm de várias formas para a nossa
mente, e alguns se tornam fortalezas ou sofismas contra o
ensino da palavra de Deus (2 Co 10.4). Quando ouvimos algo
que vai contra aquilo que aprendemos e se não bate com as
informações que já temos em nossa mente, a primeira reação
é rejeitarmos. Isso aconteceu no ministério de Jesus. Quando
ensinava algo para a multidão, os fariseus e saduceus sempre
retrucavam e rejeitavam o que Jesus ensinava, porque o que
Ele ensinava não se alinhava com o que eles tinham aprendido
e iria provocar mudanças na vida das pessoas.
Por essa razão Jesus disse: “Não se deita vinho novo em
odres velhos… mas deita-se vinho novo em odres novos…”
(Mt 9.17). Em outras palavras, Ele estava dizendo para os
religiosos da época: se vocês não mudarem a velha forma de
pensar, nunca receberão algo novo do PAI CELESTE. Muitas
pessoas que vivem na Igreja cristã hoje são tão religiosas, tão
tradicionais, defendem cegamente doutrinas humanistas e
anticristãs e lutam contra a verdade que acabam se tornando
pedras de tropeço, não mudam de vida e impedem os outros
de receber uma nova revelação. Essas nunca receberam o
vinho novo ao qual Jesus se referiu.
Muitos conceitos que recebemos nos impedem de ter uma
vida melhor. A Igreja está sendo sacudida pelo Espírito Santo
para algo novo, dentro desse contexto de restauração
financeira, e muitos que não estão dispostos a romper com o
velho não receberão o novo.
E por causa de conceitos errados em nossa mente, Satanás
tem usado isso para nos aprisionar e nos manter em uma
posição de derrota, miséria, fracasso e desilusão. A verdade
liberta, mas a ignorância da Igreja cristã tem cedido terreno
para Satanás manter muitos cristãos numa vida de
mediocridade. Vamos analisar alguns “conceitos” que
aprendemos com pessoas maravilhosas (elas também
aprenderam assim).
Querer é poder?
Ditados populares também se tornam conceitos errados.
Aprendemos há muitos anos e vemos isso na mídia e os
propagadores de pensamento positivo dizerem que querer é
poder. Será que querer é realmente poder? Conheço muitas
pessoas que sempre quiseram coisas ou sonhos, mas nunca
conseguiram. Eu era uma delas, até que um dia tive meus
olhos abertos para a Palavra de Deus por meio da vida de um
pastor.
Quando Deus criou o homem, criou-o à sua imagem e
semelhança (Gn 1.26). Ao lermos esse texto não temos tanta
clareza de como é a composição humana, então precisamos ler
1 Tessalonicenses 5.23: “E o mesmo Deus de paz vos santifique em
tudo; e todo o vosso espírito, e alma, e corpo, sejam plenamente
conservados irrepreensíveis para a vinda de nosso Senhor Jesus
Cristo”. Vemos nesse texto claramente que Deus criou o
homem um ser trino, isto é, o homem é um espírito, tem uma
alma e habita em um corpo. E em sua alma Deus colou três
coisas interessantes: vontade (querer), emoções (sentimentos)
e mente (pensamentos).
Se o querer está alojado na alma, ele é volátil, isto é, pode
passar. Conheço pessoas que querem fazer uma faculdade,
comprar um carro, mudar hábitos em seu casamento, etc., etc.,
mas não conseguem, porque o querer dessa pessoa está no
campo da emoção.
Enquanto o querer do homem estiver no campo da
emoção, é simplesmente uma emoção, logo vai passar, e
aquilo que ele queria vai se passando diante de seus olhos e
do tempo. Lembro-me de um fato que ilustra o que estou
dizendo. Há alguns anos fui tentar correr uma meia maratona
em São Paulo, pois sempre tive vontade de participar de uma
corrida como essa. Lembro-me de que saí desesperado,
correndo como um louco, querendo alcançar os que estavam
na minha frente, “no pelotão de elite”. O percurso era de 21
quilômetros, mas no quarto quilômetro senti que alguma coisa
estava errada. Comecei a passar mal, deu cãibra até no nariz,
parei de correr e tive de voltar andando. Fui conversar com
meu irmão, que já estava acostumado a correr, e com um
especialista em corrida e perguntei para ele por que não
consegui completar o percurso. Ele me respondeu: “Você não
estava preparado”. Eu questionei: “Como faço para correr a
próxima?”. Ele respondeu: “Você precisa correr no mínimo 21
quilômetros por dia, alimentar-se de maneira diferente e fazer
um pouco de musculação”. Depois que ele me disse isso, o
meu querer desapareceu da minha alma; o meu querer estava
no campo da emoção. Enquanto o meu querer estiver na esfera
da emoção, não conseguirei alcançar o topo, pois nos
primeiros obstáculos desistirei facilmente. Nunca mais tive
vontade de correr.
Algumas pessoas dizem que querem fazer faculdade, mas
sabem que para isso vão ter de passar por um vestibular, vão
ter de trilhar por um caminho de estudo e vão precisar
competir com outras pessoas. Quando pensam que terão de
estudar mais um ano e enfrentar algumas matérias que eram
seu fantasma no período escolar, acabam desistindo do seu
querer. Desistem porque o querer só estava no campo da
emoção. Enquanto estiver no campo da emoção, uma hora ou
outra desaparece. Quero dizer então que querer não é poder.
Em Números 13 lemos a respeito dos doze espias. Eles
queriam possuir a terra (promessa), mas não entraram nela,
pois quando viram os obstáculos, seu querer, que estava no
campo da emoção, desapareceu.
Quando esse querer passa do campo da emoção para o
campo da ação, tudo muda. Foi o que aconteceu com Josué e
Calebe: “Certamente subiremos e a possuiremos [a terra] em
herança; porque seguramente prevaleceremos contra ela” (Nm
13.30). Esses dois homens sabiam que precisavam ser
determinados para conquistar a terra. Deus já havia dado a
terra (promessa), era preciso tomar posse dela. A
determinação é algo que precisamos cultivar em nossa vida
todos os dias, pois a fé não se mostra com palavras, e sim com
ações de determinação, como aconteceu com Abraão, que foi
determinado e sacrificou aquilo que Deus tinha pedido (Gn
22; Hb 11.17-19). Se eu desejo conquistar, tenho de fazer o que
tem de ser feito: determinação para conquistar a promessa. A
DETERMINAÇÃO atua no campo da ação, e uma vida de
ação leva a pessoa a conquistar a promessa.
Seja determinado com seus propósitos e você verá os
resultados. Uma pessoa determinada em sua fé romperá
barreiras, porque está escrito em Romanos 8.37: “Mas em
todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele
que nos amou”.
Capítulo 2
“O Senhor empobrece e enriquece; abaixa e também exalta”
(1 Sm 2.7).
O
s três referenciais que balizam a vida financeira de uma
O que é pobreza?
Uma das afirmações erradas que ouvimos é: a pobreza é
tão somente a ausência de dinheiro. Eu quero ir mais além
nesta questão. Afirmo que pobreza é a ausência de conquistas.
Quando não vivemos uma vida de conquistas, algo de errado
está acontecendo. O mundo da pobreza está começando a
invadir a nossa vida.
Quando você está caminhando a sua jornada na Terra e
não tem conquistas que marcam sua vida, que marcam a vida
de sua família, alguma coisa de errado está acontecendo. Se
entra ano, sai ano e você não sai do mesmo patamar de vida,
o ciclo da pobreza encontrou a sua vida.
Pobreza é ausência de vitórias. A cada dia é necessário
vencer as lutas que aparecem diante de nós, é preciso
enfrentar com vontade, com determinação e com tenacidade
as dificuldades que vêm contra nós. Não podemos, de forma
alguma, nos acovardar, nos furtar de lutar contra as
circunstâncias que tentam nos deter a qualquer custo.
Há aquelas pessoas que sempre estão se sentindo fracas,
sempre se sentindo menores do que os problemas, na maioria
das vezes não têm coragem de lutar, de enfrentar os gigantes
que aparecem diante delas. Declaram e assumem a condição
de perdedoras. Isso é pobreza, porque estão perdendo a
oportunidade de mudar a história de sua vida.
Pobreza é a ausência de avanços. Quando paramos,
começamos a empobrecer, isto é, não estamos avançando,
pois, a pobreza já contaminou o ambiente de nossa vida. É
muito importante percebermos isso, precisamos avaliar os
anos anteriores, em que evoluímos e em que avançamos.
O que é prosperidade?
É uma vida de conquista, uma vida de vitórias, é quando
começamos a conquistar e percebemos que a mão de Deus está
sobre as nossas mãos dando-nos posse das coisas aqui na
Terra. Quando isso não está acontecendo, precisamos
reavaliar o que estamos fazendo de errado.
Prosperidade é experimentar a boa mão de Deus sobre
nós. Quando estamos trabalhando e as coisas estão difíceis, a
situação não está fácil, os relatórios estão demonstrando que
as dificuldades podem aumentar, mesmo assim continuamos
crendo, em vista de todo cenário contrário continuamos
experimentando vitórias. O que é isso? É a boa mão do Senhor
que liberou prosperidade sobre a nossa vida, que manifestou
a graça de Deus.
Concluindo, prosperidade é experimentar o sucesso em
todas as coisas que você faz. “Não se aparte da tua boca o livro
desta lei; antes medita nele dia e noite, para que tenhas cuidado de
fazer conforme a tudo quanto nele está escrito; porque então farás
prosperar o teu caminho, e serás bem sucedido” (Js 1.8). É ser
abençoado em todas as áreas da vida. Isso é prosperidade.
Os três referenciais que balizam a vida financeira de uma
pessoa são: a pobreza, a prosperidade e a riqueza.
Infelizmente, a maioria das pessoas está vivendo na faixa da
pobreza. O mais triste ainda é verificar a quantidade de
cristãos que estão presos ao tipo de vida que não manifesta a
vida abundante que Deus disponibilizou para seus filhos: “O
ladrão não vem senão a roubar, a matar, e a destruir; eu vim para
que tenham vida, e a tenham com abundância” (Jo 10.10). É mais
triste ainda ver líderes, filhos de Deus, rejeitando a vida
abundante de Deus, preferindo viver na pobreza, na ruína e
na miséria.
O que é riqueza?
É a multiplicação da prosperidade. É quando Deus
começa a derramar sobre a sua prosperidade um nível de
multiplicação tal que você começa a experimentar a
abundância. Conexões que abrem portas são trazidas até você,
pessoas de influência começam a lhe procurar. “Antes te
lembrarás do Senhor teu Deus, que ele é o que te dá força para
adquirires riqueza; para confirmar a sua aliança, que jurou a teus
pais, como se vê neste dia” (Dt 8.18).
Quando você começar a experimentar este sobrenatural
de Deus em sua prosperidade, quando as bênçãos começarem
a fluir em sua direção, na direção de seus negócios, de suas
finanças, de seus empreendimentos, você estará saindo da
prosperidade e entrando na riqueza. Então um acúmulo de
recursos, acima do normal, passa a vir sobre a sua vida.
O drama atual
Há um drama vivido por filhos de Deus, salvos e remidos
pelo sangue de Jesus: o drama da pobreza, da miséria, da
ruína. Filhos de Deus estão experimentando dias amargos,
dias de escassez, de ausência de recursos, em que as contas
estão só aumentando, em que os recursos fugiram de suas
mãos.
Por que isso acontece? Porque quebramos princípios
divinos. Quando quebramos os princípios que Deus
estabeleceu para nos abençoar, então começamos a
empobrecer. A Bíblia diz que “o Senhor empobrece”. Esta
afirmação nos assusta, e até podemos discordar dela, mas não
sou eu quem o diz, é a própria Palavra de Deus. Precisamos
verificar a razão pela qual não estamos prosperando.
Certamente quebramos princípios divinos que regem a vida
financeira. Precisamos entender que quando quebramos
princípios que o próprio Deus estabeleceu, Ele mesmo fica
impedido de liberar suas bênçãos, ou seja, a pobreza avança,
pois, os princípios que nos protegem foram quebrados. É isso
que está acontecendo.
A Bíblia nos garante que “somos mais do que
vencedores”, então devemos começar a experimentar isso em
nossa vida. Você pode dizer ou até argumentar. “Senhor, o
que está acontecendo com a minha vida, com a minha família,
com o meu trabalho, com a minha empresa? Eu dízimo, oferto,
sou primicista, o que está faltando? O que eu devo fazer
mais?”. Estes têm sido os argumentos de muitos cristãos, uma
dúvida que persegue sua vida. O problema não é esse, é outro.
A Bíblia diz que “o Senhor empobrece e enriquece”. Pare,
recicle a sua vida, porque você está fazendo algo errado.
Capítulo 3
Q dano.
A sua atitude de guardar os princípios
desenvolve um manto de proteção sobre essa área. É assim
que funciona, é assim que os eventos se dão. Ao escolher
guardar os princípios, você estará produzindo uma espécie de
“seguro”. Dessa forma, sua vida financeira estará protegida,
estará escondida. Se quebrar esses princípios, as
consequências virão, mais cedo ou mais tarde. Não se engane,
esta é a verdade.
Quando quebramos princípios, perdemos a sabedoria;
quando quebramos princípios divinos, perdemos o poder de
sermos vencedores. A Bíblia diz que “o Senhor empobrece e
enriquece; abaixa e também exalta”. Como Ele faz isso? E por
quê? Vou lhe mostrar na Bíblia por que isso acontece.
Caim quebrou o princípio da honra
No capítulo quatro do livro de Gênesis vemos a quebra de
um princípio: “E aconteceu ao cabo de dias que Caim trouxe do
fruto da terra uma oferta ao Senhor” (v. 3). No hebraico a palavra
usada para oferta é mincau, que significa oferta voluntária.
Caim era lavrador, cuidava da terra. A Bíblia não
menciona o que ele deu, mas foi uma oferta do fruto da terra.
Caim levou para Deus algo que ele tinha produzido. Vamos
trazer para os dias de hoje e pensar que ele ofereceu batatas.
Mas como hoje ninguém recebe batata no altar, Caim foi até o
Ceasa, vendeu sua colheita de batatas e recebeu R$ 200.000,00.
E o que ele fez com o dinheiro?
Foi pagar as contas, o que a maioria de nós sempre faz.
Pagou os cartões de crédito, o seguro do carro, a escola do
filho, a prestação da casa e fez as compras do mês. No
domingo, ele tinha que ir para a “igreja” e lá fez sua oferta. E
o que ele entregou para Deus? Ele entregou como Deus ordena
em sua Palavra? Vejamos se foi isso que ele fez.
Quando a Bíblia usa a expressão “ao cabo de dias”,
significa que primeiro Caim cuidou das suas coisas, depois
levou uma oferta ao altar. Caim entregou para Deus o resto de
sua colheita. É o que nós quase sempre fazemos em nossa
caminhada: recebemos o nosso salário e corremos para pagar
as nossas contas, valorizamos as nossas necessidades em
primeiro lugar. Então dizemos: “Domingo eu vou à igreja e
levarei a minha oferta e o meu dízimo”. O que estamos dando
para Deus?
A questão não é o que você deposita no “altar”. O
problema dessa história não foi o que Caim colocou no altar,
mas como ele colocou. Não é o que você oferta, dizima ou
primícia, mas como você entrega na presença de Deus.
A ausência de honra trouxe consequências para Caim:
Deus não aceitou sua oferta. Deus não recebeu a oferta sem a
honra, não recebeu o que foi trazido como resto ao altar, não
atentou para uma oferta trazida sem apreço, sem o devido
protocolo: HONRA. “E o Senhor disse a Caim: Por que te iraste?
E por que descaiu o teu semblante?” (Gn 4.6).
Caim descobriu que Deus não aceitou o que ele havia
colocado no altar, percebeu que havia alguma coisa errada,
algo deu errado com a sua oferta, por isso ficou chateado.
Deus não aceitou porque não houve honra. Infelizmente este
tem sido o comportamento de muitos na Igreja evangélica; a
hora do ofertório tem sido um momento qualquer, um
momento sem honra. E nós questionamos a Deus: por que não
estamos recebendo o que Ele prometeu? Por que não
prosperamos? Por que a nossa vida financeira não está
recebendo o que a sua própria Palavra prometeu? E as
respostas não aparecem, parece que Deus está mudo. Você
ouve seu pastor falar de dízimos e ofertas, mas não vê em sua
vida os resultados que são pregados no púlpito da igreja.
Entra ano, sai ano e você não dá um salto na vida
financeira, não vê progresso. Se Deus diz que vai prosperar,
que vai multiplicar a nossa semente, então isso tem que
acontecer. E por que não acontece? Porque estamos
quebrando o princípio da honra, não estamos colocando Deus
em primeiro lugar em nossa vida financeira. Não estamos
estabelecendo o princípio da honra quando ministramos a
Deus com dízimos, ofertas e ofertas de primícias.
Deus disse a Caim: “Por que te iraste? E por que descaiu o teu
semblante? Se fizeres bem, não é certo que serás aceito?” (Gn 4.67).
Em outras palavras, Deus disse para Caim: “Se você tivesse
entregue a oferta com honra, certamente teria sido aceito. Eu teria
recebido a sua oferta, mas você não o fez, não me trouxe uma oferta
com honra, trouxe o resto”.
Oferta “bichada”
O que povo de Israel estava fazendo no tempo de
Malaquias? Estava ofertando animais bichados, que não
serviam mais. Não é muito diferente hoje. Muitos honram o
shopping pagando R$ 10,00 ou mais no estacionamento, mas
para Deus entregam míseros trocados.
Deus não quer todo o seu dinheiro, apenas quer ser
honrado. Ele não quer que você dê além das suas forças, mas
quer que o honre com o dinheiro que Ele colocou em suas
mãos.
Por que o momento mais importante do nosso culto para
Deus é o do ofertório? Porque é nesse momento que Ele vem
buscar a nossa honra. No entanto, no momento em que Deus
vem receber a honra, muitos de seus filhos, que no passado
gastaram dinheiro com prostitutas, investiram dinheiro no
carnaval e em coisas inconfessáveis, entregam a menor nota
da sua carteira. Então Deus diz: “Eu salvei, libertei, limpei e
curei você, coloquei seu nome no livro da vida e você faz isso
comigo, mas fazia melhor para uma prostituta”.
Certa vez fui ministrar em uma igreja, e antes de iniciar a
ministração seu pastor pediu para dar um testemunho. Ele
confessou para toda a igreja que era um homem que estava
desonrando a Deus nas finanças. Toda sexta-feira levava seu
cachorro para o pet shop e gastava em torno de R$ 40,00, mas
não entregava para Deus uma oferta com esse valor. Ele
confessou que estava arrependido e mudou de atitude
completamente. Quando entregamos os dízimos, ofertas e
primícias, tudo tem que honrar a Deus.
Talvez você esteja com algumas prestações do carro
atrasadas, devendo aos bancos ou agiotas, ou seu nome esteja
no SPC. Por quê? Porque você está desonrando a Deus, só isso.
Quando desonramos a Deus, a desonra virá até nós.
Consequências da desonra
“Pois seja maldito o enganador que, tendo macho no seu rebanho,
promete e oferece ao Senhor o que tem mácula; porque eu sou grande
Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o meu nome é temível entre os
gentios” (Ml 1.14).
Deus está dizendo: maldito é o homem que o engana! Sabe
o que acontece na hora de ofertar? Entregamos ofertas
BICHADAS. Se não estamos vendo a prosperidade de Deus
em nossa vida, é porque estamos desonrando-o, colocando-o
em segundo plano na nossa vida financeira. Os únicos
dízimos, ofertas e primícias que Deus aceita são com HONRA.
Tudo para Deus tem que ter honra.
Um dia um irmão me disse: “Pastor, eu vou dar uma
televisão para a igreja”. “Tudo bem, irmão, eu vou à sua casa
buscar. Estamos mesmo precisando de uma TV no
departamento infantil.” À noite peguei o automóvel e fui com
um diácono buscar a televisão. Quando cheguei à casa do
irmão, percebi que ele já vinha descendo as escadas com a
televisão. Eu não estava enxergando direito, pois estava
escuro, só vi o vulto dele e a televisão no seu ombro. Quando
ele se aproximou, vi que era uma televisão de mil novecentos
e antigamente, relíquia de museu, uma Telefunken, e a mulher
dele vinha atrás com um saco cheio de válvulas. Ele disse:
“Pastor, tem uns segredos aqui”. Ele ligou a TV e continuou
falando: “Vai aparecer uma luzinha bem no meio, o tubo tem
que esquentar, vamos esperar cinco minutos”. O tubo não
esquentou. Então ele disse: “Se não esquentar, o senhor usa o
plano B”. “Qual?”, perguntei. “Bate do lado”, ele respondeu.
Quase arrebentei a televisão, mas ela não funcionou. Ele não
se deu por vencido e disse: “Vou pegar a chave de fenda e tirar
a tampa”. Quando ele tirou a tampa, vi um universo de
válvulas. Ele jogou o saco de válvulas no chão e foi tirando
uma por uma. Meu sangue subiu, e eu disse: “Irmão, pare!
Deixe que eu faço isso lá no templo”. Fomos embora, por volta
das onze da noite. Ao chegar à igreja, disse para o diácono:
“Eu vou subir, e você fica aqui na rua. Se não vier nenhum
carro, você assobia. Quando ele assobiou, peguei a televisão,
atirei-a da janela, e ela espatifou no chão. Disse para mim
mesmo: “Eu quero ver esse irmão vir perguntar pela
televisão”.
Quando as igrejas fazem bazar, muitos irmãos só levam
lixo, só o que não presta, parece que o bazar na igreja é uma
espécie de depósito de coisas que não servem mais em suas
casas. Quando nossa igreja fez um bazar para ajudar as
pessoas vítimas de enchentes, fui ver as roupas de criança que
foram doadas e fiquei espantado. “Não é possível uma
desonra dessa”, disse para mim mesmo. Então fiz a fogueira
da miséria: queimei tudo o que não prestava, porque eu não
ia dar para as pessoas coisas que não prestavam para mim.
Se você costuma fazer bazar na sua igreja e aceita ofertas
bichadas, está sendo conivente com o pecado do povo.
Quando uma igreja começa a depender de bazar, cantina,
campanhas para arrecadar dinheiro para o seu sustento, está
fadada a ser fechada, pois o sustento do ministério local deve
vir dos dízimos, das ofertas e das primícias, o resto é invenção
humana. Se suas ovelhas não estão honrando a Deus, o
problema pode estar com você, pastor, que não dizima, não
oferta e não primícia. Assim como é o sacerdote é o povo…
Sabe por que Deus estava irado? Porque o povo estava
entregando oferta bichada no altar. Na hora da oferta, o que
você faz? Se tem R$ 5,00 e R$ 2,00, dá os R$ 2,00. Deus diz para
você dar os R$ 5,00, mas você dá os R$ 2,00; diz para dar R$
10,00, e você dá R$ 5,00; diz para dar R$ 50,00, e você dá R$
10,00, e assim por diante.
“Se não ouvirdes e se não propuserdes, no vosso coração, dar
honra ao meu nome, diz o Senhor dos Exércitos, enviarei a maldição
contra vós, e amaldiçoarei as vossas bênçãos; e também já as tenho
amaldiçoado, porque não aplicais a isso o coração” (Ml 2.2). É isso
o que está acontecendo hoje nas igrejas: as bênçãos se
tornaram maldição. Deus retirou sua mão das bênçãos que
vieram sobre o seu povo, é isso o que diz o texto e é isso o que
está acontecendo hoje na vida de muitos crentes. O irmão
compra uma casa porque conseguiu um financiamento na
Caixa Econômica, e é claro que isso é uma bênção, pois nunca
mais vai pagar aluguel Ele dá testemunho na igreja e se alegra.
Passado um tempo, a bênção vira maldição: o irmão não está
conseguindo pagar a casa. Eu pergunto: por que não está
conseguindo pagar? Porque a bênção virou maldição. Se você
desonra Deus, Ele desonra você.
“Vou castigar os seus filhos e esfregar na cara de vocês as fezes
dos animais que vocês oferecem em sacrifício. E além disso vocês
serão levados para o lugar onde as fezes são jogadas” (Ml 2.3 –
BLH). O assunto é sério! Deus está dizendo que vai reprovar
a nossa descendência porque não levamos a sério o momento
do ofertório, porque não o honramos no momento devido.
Você já imaginou Deus jogando fezes na cara dos crentes? Está
escrito na Bíblia: “espalharei fezes no rosto de vocês”. Por que
Deus estava irado? Porque aquele povo estava ofertando, mas
não estava honrando a Deus.
O momento mais precioso do culto é dizimar, ofertar e
primiciar. Você precisa honrar, é necessário dar honra a Deus.
É preciso arrancar a desonra da sua vida. Por esta razão
muitos cristãos estão envergonhados. Deus jogou esterco na
cara deles porque o desonraram. Outros estão com a vida
financeira toda enrolada e surgiram muitos problemas na
família. Estão tratando o momento do ofertório de qualquer
forma. É preciso rever esta atitude em nossa vida.
Capítulo 6
H
oje o desafio das pessoas é saber viver com o que
Capítulo 7
N
os seminários que realizo o que mais percebo é a
necessidade dos irmãos em verem mudanças
financeiras, pois são muitas carências, muitas
dívidas, muitas pressões em sua vida. Contudo, já sabemos
que nada muda se não mudarmos o princípio. Infelizmente,
os irmãos querem mudança financeira, mas não querem
praticar o princípio da forma correta.
“E Abel também trouxe dos primogênitos das suas ovelhas, e da
sua gordura; e atentou o Senhor para Abel e para a sua oferta” (Gn
4.4). O que a oferta de Abel fez? Chamou a atenção de Deus.
Se você trouxer esse fato para os dias de hoje, se Abel estivesse
semeando hoje, como faria? Abel vendeu o rebanho no
frigorífico, recebeu o dinheiro e disse: “Tenho que pagar muita
conta, mas primeiro vou honrar o Deus de meu pai Adão”. E
honrou a Deus com o melhor de seu rebanho. A Bíblia diz que
Deus atentou para a maneira como Abel entregou a oferta.
Deixe-me fazer-lhe uma pergunta: você acha que Deus faz
acepção de pessoas? É claro que não, mas aqui Ele fez. O texto
diz que ambos os irmãos ofertaram, mas Deus aceitou a oferta
de Abel e não aceitou a de Caim. Por quê? A oferta de Abel
tinha honra, excelência, tinha o valor da nobreza, ela chamou
a atenção de Deus. Na verdade Deus fez acepção de atitude e
não do homem.
Depois desse fato Abel morreu. Ele não fez mais nada,
porém está presente na galeria dos heróis da fé, em Hebreus
11. Seu nome é o primeiro da lista. Ele não abriu o mar
Vermelho, não curou cego, não ressuscitou morto, não
derrubou muralha, mas teve uma atitude que mexeu com o
coração de Deus. “Pela fé Abel ofereceu a Deus maior sacrifício do
que Caim, pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando
Deus testemunho dos seus dons, e por ela, depois de morto, ainda
fala” (Hb 11.4). Ele já morreu há milhares de anos, mas a Bíblia
diz que até hoje a oferta de Abel fala na presença de Deus. Por
quê? Porque ele usou o princípio da honra para ofertar ao
Criador. Muitas pessoas dentro da igreja estão perdendo a
bênção da prosperidade porque estão dizimando, ofertando,
primiciando, mas não estão fazendo isso com honra.
Quando você honra a Deus, Ele nunca mais o esquece
Imagine que uma jovem ganhe uma saboneteira de R$ 1,99
de presente em seu primeiro aniversário de casamento,
porque seu marido a ama muito. Ela ficaria feliz? Sim ou não?
Por que ela não ficaria feliz? Mas eles acabaram de se casar,
eles se amam e o amor é lindo! Está claríssimo que ela não
ficaria feliz. Embora ame e esteja apaixonada, ela vai reprovar
completamente a atitude inconveniente e inadequada de seu
esposo.
Imagine outra cena: esse mesmo esposo leva sua linda
esposa a um belo restaurante, com direito a mesa reservada.
No final do jantar, depois de manifestações mútuas de carinho
e de afeto, ele a presenteia com um buquê de rosas e uma
pequena caixinha. Ela sorri, e as lágrimas caem lentamente de
seus olhos. Ela abre a pequena caixa e se depara com um anel
de brilhantes. Qual será a reação dela? Você acha que ela vai
esquecer esse dia? Como ela irá se comportar depois de toda
essa manifestação de afeto e de carinho?
Quando o marido honra sua esposa com o melhor que ele
pode dar, ela nunca mais se esquecerá. E isso vai fazer com
que ela nunca entregue seu coração para outro homem,
porque vai ser totalmente do seu marido.
Quando honramos a Deus com o dinheiro que Ele nos dá,
nós o colocamos no lugar de honra em nossa vida. Deus nunca
mais se esquecerá das nossas ofertas, dos nossos dízimos e das
nossas primícias. Por quê? Porque o colocamos no melhor
lugar, ou seja, manifestamos a nossa dedicação total,
reconhecemos o seu senhorio. Essa atitude vai literalmente
impactar o coração de Deus, vai mobilizar Deus para nos
trazer algo que impacte o nosso coração. É assim que acontece.
Coloque em prática esse ensino na sua vida. A Bíblia diz
que Deus recebeu a oferta de Abel, e lá do trono Ele olha para
essa oferta até hoje. Abel nem existe mais, mas sua oferta está
na presença de Deus. Este é o desafio: colocar Deus primeiro
lugar na sua vida, colocar Deus no lugar que lhe é devido, que
Ele merece. Se você quiser ver mudança financeira, precisa
obedecer, respeitar esse princípio. Quer ter uma virada na sua
vida financeira? Manifeste esse princípio. É assim que Deus
vai manifestar o sobrenatural na sua vida financeira.
Dízimos, ofertas e primícias são mecanismos da fé.
Pegamos a semente que Deus colocou em nossas mãos,
aplicamos nossa fé nas Escrituras, nossa honra e fidelidade,
esses mecanismos e aplicamos no altar. É assim que Deus vai
manifestar o sobrenatural na nossa vida financeira.
Capítulo 8
C
ada vez que você vai ao culto, Deus o chama para
melhor, mas você está sempre dando o pior para Ele. Você
precisa mudar a sua postura.
Deus reage à infidelidade
Você já conhece a história de Ananias e Safira (At 5), que
aconteceu dentro da igreja do avivamento. Não se iluda, pois
dentro da igreja do avivamento há muitos bandidos, ladrões,
saqueadores do Reino, que estão se corrompendo, desviando
o dinheiro de Deus, o dinheiro que podia estar patrocinando
muita coisa em prol do evangelho, mas está no sistema de
Satanás. Quando Pedro perguntou: “Ananias, por que encheu
Satanás o teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo?”,
quem estava no altar? Era o Espírito Santo. Toda vez que você
for ao altar, mesmo que simbólico, há um homem de Deus ali
que pede para você dizimar, ofertar e primiciar. Você não está
na presença de um homem, mas na presença do Espírito Santo
de Deus. Toda vez que você vai ao altar Ele está presente, com
toda a sua glória e majestade, o Espírito do Cristo ressurreto.
E o que nós fazemos? Temos a coragem de desonrar a Deus no
momento do ofertório.
“Guardando-a não ficava para ti? E, vendida, não estava em teu
poder? Por que formaste este desígnio em teu coração? Não mentiste
aos homens, mas a Deus. E Ananias, ouvindo estas palavras, caiu e
expirou. E um grande temor veio sobre todos os que isto ouviram”
(At 5.4-5). Isso aconteceu na Igreja primitiva! O Espírito Santo
fulminou um homem só porque ele “passou a mão” em uma
oferta.
Por que muita gente não consegue romper na vida?
Porque são pessoas infiéis, carregam o espírito de desonra,
têm uma semente de corrupção no coração. Sempre estão
desviando dinheiro da casa do Senhor. E por esta razão estão
mortas, não entendem por que não prosperam. Vão a reuniões
de oração, encontros, seminários, fazem campanhas de quebra
de maldição e nada resolve. E não vai resolver até se
posicionarem, até se colocarem na posição correta em Deus.
Há um segredo tremendo em obedecer a Deus, em
cumprir seus mandamentos. Há um poder que não se pode
medir, que não se pode aquilatar, que não se pode mensurar
quando se está comprometido com Deus.
O maior momento de mentiras na igreja é o do ofertório;
as pessoas estão mentindo a Deus. O Senhor lhes dá R$
1.000,00, mas elas estão muito apertadas, por isso dizimam
apenas R$ 50,00. Mentira! Ananias e Safira morreram porque
Deus sempre reage à desonra. A desonra sempre vai encontrar
uma resposta forte, porque quando se quebra o princípio, o
princípio quebra você. A mentira na hora da oferta atraiu a
morte para Ananias e Safira.
“Fizeram, pois, os filhos de Israel conforme a palavra de Moisés
e pediram aos egípcios objetos de prata, e objetos de ouro, e roupas. E
o Senhor fez que seu povo encontrasse favor da parte dos egípcios, de
maneira que estes lhes davam o que pediam. E despojaram os
egípcios” (Êx 12.35-36 – ARA).
O grande desafio que você tem em sua vida financeira é
este: o que você vai fazer com os recursos que Deus tem lhe
dado. O que você vai fazer há de revelar seu destino: você vai
prosperar ou não. Infelizmente, a maioria das pessoas utiliza
pessimamente, de forma equivocada, os recursos que recebem
de Deus.
Houve uma transferência de riqueza dos egípcios para os
hebreus. Eles saíram cheios de ouro, prata, pedras preciosas,
roupas, especiarias e toda sorte de bens. Eles eram escravos,
mas ficaram livres e ricos. Deus os agraciou com os bens do
melhor da Terra. Deus os favoreceu e os abençoou
sobremaneira.
Deus tem um propósito poderoso com seu povo: levá-lo à
terra de Canaã e manifestar a promessa que havia feito a
Abraão. Nesse processo Deus chama Moisés e faz uma aliança
com seu povo: “Veio, pois, Moisés, e contou ao povo todas as
palavras do Senhor, e todos os estatutos; então o povo respondeu a
uma voz, e disse: Todas as palavras, que o Senhor tem falado,
faremos” (Êx 24.4).
Depois de um culto poderoso, o povo está rendido ao
Senhor. A glória do Senhor é manifesta, e Moisés asperge o
sangue do sacrifício sobre o povo e diz: “Eis aqui o sangue da
aliança que o Senhor fez convosco a respeito de todas estas palavras”
(Êx 24.8 – ARA).
Deus chama Moisés ao monte para lhe dar as instruções
acerca do que deveria acontecer e a primeira referência que faz
é sobre a riqueza que o povo recebeu: “Fala aos filhos de Israel
que me tragam oferta; de todo homem cujo coração o mover para isso,
dele recebereis a minha oferta” (Êx 25.2 – ARA).
Deus deseja manter comunhão com seu povo e pede para
Moisés pedir ofertas. Há um relacionamento de honra entre
Deus e seu povo, uma aliança estabelecida, e Deus quer estar
com seu povo, que Ele tirou do Egito com mão forte. No meio
do deserto Deus vai estreitar o relacionamento com seu povo,
por isso pede-lhe ofertas.
Porém, enquanto Deus revelava para Moisés o segredo do
seu coração, o que ia fazer com a oferta, como ia ser o
tabernáculo, como Ele ia se manifestar, o diabo estava no meio
do povo se manifestando para arrancar o que Deus tinha
colocado nas mãos deles. O ouro, que deveria ter sido
empregado no tabernáculo, foi parar nas mãos de Satanás.
Princípio da aproximação
Deus se aproxima do homem, que o honra com ofertas.
Deus pediu ofertas? “Façam para mim um santuário; quando
vocês fizerem o santuário com a oferta, eu vou descer com
toda minha glória.”
Você sabia que Deus não mudou? Ele está sempre se
manifestando com a sua glória no meio do seu povo, está
sempre se manifestando quando você o honra com sua oferta.
Certa vez eu estava saindo da minha casa para ir ao Rio de
Janeiro. Na ocasião, meu filho menor, que tinha sete anos, me
disse: “Pai, faz uma promessa para mim?”. “Filho, eu não
posso fazer uma promessa, eu não sei nem o que é”, respondi.
“Promete que se o senhor ganhar mil reais vai comprar um
Playstation 2 para mim?” “Ah, prometo que se eu ganhar mil
reais eu compro um Playstation 2, com certeza.” Sabe o que ele
fez? Foi para o quarto dele, ajoelhou-se e orou: “Papai do céu,
o meu pai prometeu que se ele ganhar mil reais vai comprar
um Playstation 2 para mim, então dê para ele esse dinheiro,
em nome de Jesus, amém”.
Eu viajei com a minha esposa e ministrei na sexta-feira e
no sábado. No domingo estava tomando café da manhã
quando um homem, que depois eu soube que era empresário,
se aproximou, deu-me um envelope fechado e disse: “Pastor,
isso aqui é um presente para o senhor”. Eu agradeci e depois
que ele saiu abri o envelope e vi que havia um bolo de notas
de cinquenta reais.
Comecei a contar, e o total era 950 reais. Eu disse: “Oba,
não vou precisar comprar o Playstation!”, porque eu prometi
que ia comprar se fossem mil reais. Disse para minha esposa:
“Vamos tirar o dízimo, a oferta e as primícias desse dinheiro”.
Separamos tudo ali e colocamos num envelope para
ofertarmos a Deus. De repente, quando saí da sala para ir
pregar, um irmão chegou, abraçou-me e disse: “Pastor, eu te
amo tanto. Quero lhe dar uma sementinha”. Eu gelei. Ele me
deu um envelope, no qual havia cinquenta reais. Eu disse para
minha esposa: “Vamos ter que voltar atrás em tudo. Vamos
ter que cumprir com o nosso propósito”.
No culto, depois de ter ofertado com a minha esposa, o
Senhor falou ao meu coração: “Você não vai me dar mais nada
hoje?”. Eu imediatamente repeli e pensei: “Sai, Satanás. Eu
acho que isso é coisa da minha carne”. Então Deus disse: “Você
não vai me dar mais nada hoje? Eu queria que você me
honrasse com o dinheiro que você ganhou”. Eu retruquei:
“Mas Senhor, isso é para comprar o Playstation do meu filho”.
Nesse momento lembrei-me da palavra que Deus deu para Eli:
“Você vai honrar mais o seu filho do que a mim? Quem é mais
importante, seu filho ou eu? Você quer honrar seu filho ou
quer honrar a mim?”. Eu respondi: “Deus, isso é uma
covardia”. Então, peguei o envelope e disse para minha
esposa: “Amor, pegue a oferta”. “Que oferta, amor?”, ela
perguntou. “Os mil.” “Mas e o Playstation?” “Vazou.” E assim
colocamos a oferta no altar.
Na segunda-feira minha esposa teve que voltar para
Curitiba e eu tive que ir para Brasília. Quando o pastor foi me
buscar no hotel para me levar para o aeroporto, ele disse:
“Nilton, nós estávamos incomodados com os seus filhos. Eu e
minha esposa ficamos preocupados e queríamos dar um
presente para os seus filhos. Não sei se você vai gostar, se eles
vão gostar, mas o que veio à nossa mente foi um Playstation
2”. Eu fiquei paralisado por alguns segundos, depois reagi e
disse: “Pastor, isso é de Deus. Você não imagina o que está
fazendo”. Foi uma bênção, eu fiquei muito feliz com aquilo.
Quando você honra a Deus, Ele é fiel!
Quando cheguei a Brasília, o pastor que me receberia ligou
no meu celular: “Há um empresário que quer levar você para
almoçar”. Eu respondi: “É de Deus”. Almoçamos em um
restaurante muito chique, e quando estávamos tomando café
o empresário, que é um homem muito consagrado dentro da
igreja, me disse: “Pastor, o senhor acredita em revelação e em
sonho?”. “Sim, acredito”, respondi. Ele continuou: “Eu tive
um sonho com o senhor de domingo para segunda. Deus me
mostrou que o senhor estava em uma igreja pregando e
naquela igreja Deus lhe pediu uma oferta de R$ 1.000,00, e o
senhor entregou o dinheiro que prometeu para o seu filho”. “É
verdade”, eu disse. “Deus mandou dar um recado para o
senhor. Ele mandou dizer que o senhor passou mais uma vez
no teste da honra”, ele completou. Eu balbuciei: “Meu Deus,
muito obrigado” e comecei a chorar. E ele tornou a falar:
“Pastor, não chore porque eu tenho uma coisa melhor. Deus
mandou lhe devolver os R$ 1.000,00 que você deu, Ele só
estava testando seu coração. Estão aqui seus R$ 1.000,00”. E eu
apenas disse: “É de Deus. Vamos embora para o hotel que eu
preciso dormir”.
Deus fez uma aliança de abençoar, de honrar você. Se você
for fiel a Ele, não tem noção do que Ele pode fazer pela sua
vida, pela sua casa e pela sua família. Honre a aliança que você
tem com Deus.
Tornando-se um primicista
“O melhor de todos os primeiros frutos de toda espécie e toda
oferta serão dos sacerdotes; também as primeiras das vossas massas
dareis ao sacerdote, para que faça repousar a bênção sobre a vossa
casa” (Ez 44.30 – ARA).
Creio que este é um desafio poderoso que está diante de
você, um desafio que vai levá-lo ao lugar que Deus deseja para
a sua vida. Nós cristãos, aqueles que seguem a Jesus Cristo,
fomos ensinados sobre dízimos e ofertas. Esse ensinamento
tem sido gravado em nossa mente, contudo a Palavra de Deus
manda honrarmos o nosso sacerdote, aquele que cuida de nós,
que nos ministra no santuário, que nos ministra no altar. Esta
semeadura é poderosa e tremenda.
Ao ministrar as primícias você estará honrando e
abençoando a vida de seu pastor e líder e também vai
reconhecer que ele está em autoridade sobre a sua vida, que
ele tem a bênção de Deus para a sua vida.
Quando você se torna um primicista, tem o direito de
invocar a bênção sobre a sua casa, sobre a área da sua vida que
você pensa necessitar de uma atenção maior, porque o texto
de Ezequiel 44 nos diz que com essa oferta o sacerdote fará
“repousar uma bênção sobre a sua casa”.
Essa oferta pertence ao sacerdote. Leia o texto de Números
18.732 (Lv 23.20; Dt 18.3-5). Nos versículos 8 e 9 lemos: “Disse
mais o Senhor a Arão: Eis que eu te tenho dado a guarda das minhas
ofertas alçadas, com todas as coisas santas dos filhos de Israel; por
causa da unção as tenho dado a ti e a teus filhos por estatuto perpétuo.
Isto terás das coisas santíssimas do fogo; todas as suas ofertas com
todas as suas ofertas de alimentos, e com todas as suas expiações pelo
pecado, e com todas as suas expiações pela culpa, que me
apresentarão; serão coisas santíssimas para ti e para teus filhos”. O
versículo 12 diz que essa oferta deveria representar o
“melhor”. E no versículo 13 lemos: “Os primeiros frutos de tudo
que houver na terra, que trouxerem ao Senhor, serão teus; todo o que
estiver limpo na tua casa os comerá”. A oferta das primícias
alcançava até mesmo os filhos, que deveriam ser resgatados
com uma oferta ao sacerdote.
A oferta das primícias era entregue com sal
A aliança do sal aponta para a fidelidade. O versículo 19
diz que aquele povo selava uma aliança de fidelidade com
seus pastores ao trazerem a oferta das primícias: “Todas as
ofertas alçadas das coisas santas, que os filhos de Israel
oferecerem ao Senhor, tenho dado a ti [Arão], e a teus filhos e
a tuas filhas contigo, por estatuto perpétuo; aliança perpétua
de sal perante o Senhor é, para ti e para a tua descendência
contigo”. E isso foi estabelecido porque os sacerdotes não
deveriam lutar por heranças. Um sacerdote não deve deixar
de servir a Deus para ter sustento para comprar casa, carro e
manter sua família. O Senhor disse: “Eu sou a tua porção e a
tua herança, pelo serviço que prestam na tenda da
congregação”. Assim, a casa do sacerdote era amparada pela
oferta das primícias. Essa oferta é o valor de um dia de
trabalho ao mês.
Creio que sua vida será extremamente abençoada quando
você se tornar um primicista, porque a Palavra de Deus é
indivisível. Você deve dizimar porque Deus vai repreender o
gafanhoto; deve ofertar porque as suas ofertas legalizam uma
colheita sobrenatural; e deve primiciar porque suas primícias
hão de liberar a bênção sobre a sua casa.
Capítulo 9
princípio bíblico da restituição.
Definições:
Restituição (pt) – substantivo feminino. Ato ou
O estado
efeito de restituir; restabelecimento;
reintegração; reabilitação; regresso a
Princípios Bíblicos
Todo roubo praticado de modo intencional e deliberado
visando a satisfação dos desejos e das vantagens pessoais,
deve ser restituído com uma devolução de três a quatro vezes
de acordo com o valor e a importância do que foi roubado (Ex
22:1).
O roubo é algo tão sério que, se não houver condições do
ladrão restituir o que ele roubou, deve o mesmo ser vendido
como escravo para pagar o roubo (Ex 22:3).
Tudo aquilo que é roubado de outrem e que é mantido em
possessão pessoal deve ser restituído com uma devolução em
dobro (Ex 22:4).
Prejudicar os bens e a propriedade de outras pessoas
requer que haja uma reparação à altura do prejuízo causado
como forma de indenização, pois tal prejuízo também pode
ser considerado como roubo. Para isso, aquele que prejudicou
deve restituir o prejudicado com o melhor do que possui. Não
só devemos impedir qualquer coisa que possa prejudicar o
próximo, como não devemos encorajar ou meramente “fechar
os olhos” e legitimar atitudes desonestas contra terceiros (Ex
22:5).
Prejudicar os outros, mesmo que sem intenção, requer a
reparação do prejuízo. Às vezes, por descuido, nós
prejudicamos a vida ou os bens de algumas pessoas pelo
simples fato de não sermos cuidadosos com as ações e atitudes
que tomamos (Ex 22:6).
Somos totalmente responsáveis pela custódia dos recursos
financeiros e dos bens que outras pessoas nos confiam a nós.
Se por alguma situação adversa aquilo que nos foi confiado
for roubado, extraviado, perdido ou danificado, estaremos
isentos de responsabilidade se for comprovado diante de
Deus que não nos apossamos de nada. Porém, podemos ser
responsabilizados se for comprovado que agimos de forma
negligente e isso implicará numa reparação do erro cometido
(Ex 22:7-8).
Tomar posse de alguma coisa que é de outra pessoa sob a
alegação de que foi “achado” (achado não é roubado) não é
suficiente para comprovar a legitimidade da posse. Caso se
comprove que aquilo que está sob nossa custódia é de outrem,
é de nossa responsabilidade reparar o erro do “roubo”
cometido fazendo uma restituição em dobro. Mas o mesmo
também se aplica para aquele que fizer uma falsa acusação (Ex
22:9).
Aquele que é remunerado para guardar e zelar dos bens e
propriedade de alguém (Shomer Sachar) tem uma
responsabilidade maior do que aquele que guarda por apenas
um favor (Shomer Chinam). E nessa responsabilidade, se aquilo
que lhe foi confiado for roubado ou extraviado, deve pagar
por ela, pois é seu dever ser zeloso em seu trabalho. Mas se
ocorrer um acidente – algo inesperado que ele não teve como
evitar, embora tenha desempenhado sua função de forma
adequada – ele estará isento de culpa e de restituir a custódia
ao dono, mesmo que não haja testemunhas, mas mediante
juramento solene na presença de Deus (Lv 22:10-13).
É de inteira e total responsabilidade restituir ao seu
legítimo dono aquilo que foi tomado emprestado e que foi
danificado; pois aquele que empresta um objeto é totalmente
responsável por ele, exceto se o dano ocorrer no curso de seu
uso normal e na presença do próprio dono da custódia (Ex
22:14-15).
No Antigo Testamento (Lv 5:14-16) quando alguém por
erro ou por ignorância retinha as coisas que eram consagradas
ao Senhor (dízimos, primícias e ofertas), deveria levar ao
Senhor um carneiro sem defeito, cuja avaliação seria feita com
base no peso padrão do santuário (siclo). O siclo equivalia a 12
gramas e o peso de um carneiro adulto é em média de 150Kg.
Assim, de acordo com os valores de hoje em dia teríamos o
seguinte: 150.000g / 12 = 12.500 siclos. O valor do grama da
prata hoje está em torno de R$ 0,50. Multiplicando-se o
número de 12.500 siclos x R$ 0,50 o resultado seria de R$
6.250,00. Além disso, deveria o culpado pelo erro acrescer um
valor 20% sobre a oferta pela culpa, ou seja, R$ 1.250,00 que,
somados aos R$ 6.250,00 daria um valor de oferta igual a R$
7.500,00. Esta oferta era a restituição (reparação) por ter
violado e comido aquilo que era do Senhor – os dízimos, as
primícias e as ofertas. E este valor deveria ser dado ao
sacerdote que, após receber a oferta, procederia com a
expiação da culpa. Assim, a reparação do erro cometido contra
Deus, mesmo que por ignorância, exigia duas coisas: 1) uma
oferta de restituição e 2) uma expiação da culpa. O que
podemos, como crentes em Cristo Jesus, selados na Nova
Aliança apreender disso:
a) Não há mais a necessidade de se fazer uma expiação
pela culpa do erro cometido pois em Cristo Jesus somos
declarados justos e perdoados de nossos pecados. Logo, pelo
simples ato da confissão sincera de pecados, somos perdoados
(I Jo 1:9).
O caminho da reparação
“E falou o Senhor a Moisés, dizendo: Quando alguma pessoa
cometer uma transgressão, e pecar por ignorância nas coisas sagradas
do Senhor [dízimos, ofertas e ofertas de primícias], então trará ao
Senhor pela expiação, um carneiro sem defeito do rebanho, conforme
à tua estimação em siclos de prata, segundo o siclo do santuário, para
expiação da culpa” (Lv 5.14-15).
O que é pecar por ignorância? É você cometer um erro sem
saber que aquilo era pecado ou erro. Por exemplo: quando
você entregou seu dízimo, mas não entregou com honra, você
pecou. Pecou por ignorância, mas pecou. Caim desonrou a
Deus porque deu o resto, colocou Deus na fila. Você precisa
inverter esse princípio quando receber seu dinheiro: separe
seu dízimo, as ofertas dos cultos e a oferta de primícias. O
restante Deus vai multiplicar, vai fazer
abundar poderosamente.
Mas se você pega seu dinheiro e primeiro atende às suas
necessidades e depois leva o resto para Deus, está pecando,
está desonrando o tesouro do Senhor. A Bíblia diz que quando
uma pessoa comete esse tipo de pecado, tem que fazer uma
oferta de restituição. Naquela época tinha que levar um
carneiro sem defeito, e o sacerdote ia avaliar o carneiro. “Assim
restituirá o que pecar nas coisas sagradas, e ainda lhe acrescentará a
quinta parte [vinte por cento], e a dará ao sacerdote; assim o
sacerdote, com o carneiro da expiação, fará expiação por ele, e ser-
lheá perdoado o pecado” (Lv 5.16).
Se você tem consciência de que já defraudou a casa do
Senhor, de que já desonrou a Deus nas ofertas, nas primícias e
nos dízimos, precisa fazer uma reparação no tesouro da casa
do Senhor.
A oferta da restituição
A oferta de restituição era um ato de reparação por
alguém haver violado e comido aquilo que era do Senhor: os
dízimos, as primícias e as ofertas de honra voluntária. Esse
valor deveria ser dado para o sacerdote, que, após receber essa
oferta, procederia com a expiação da culpa.
Se você quer ser totalmente liberto, curado na área
financeira, vai ter que fazer algumas reparações. Reparar o
que você fez de errado lá fora no mundo de onde você veio e
na casa do Senhor. É preciso tomar atitudes para receber de
Deus toda a restituição que você necessita.
O roubo dos filisteus
“Os filisteus, pois, tomaram a arca de Deus e a trouxeram de
Ebenézer a Asdode. Tomaram os filisteus a arca de Deus, e a
colocaram na casa de Dagom, e a puseram junto a Dagom” (1 Sm
5.1-2).
Quem eram os filisteus? Eram os maiores inimigos do
povo de Deus. E o que eles fizeram? Tomaram a arca, que era
fruto de oferta do povo em Israel. O povo ofertou ouro e
madeira, e os peritos fizeram a arca da aliança, que era uma
caixa de acácia forrada de ouro por dentro e por fora. Em cima
havia um tampo que se chamava propiciatório e dois
querubins de ouro puro.
Os filisteus tocaram naquilo que era do Senhor, pegaram
o fruto da oferta, as coisas consagradas ao Senhor. Veja o que
aconteceu: “Porém a mão do Senhor se agravou sobre os de
Asdode, e os assolou; e os feriu com hemorroidas, em Asdode
e nos seus termos” (1 Sm 5.6).
A
respeito a trazer pessoas que falem sobre
teológicas e os
H
á alguns anos tivemos a oportunidade de
conhecer o Pr. Nilton e seu testemunho e ensino na
área de libertação financeira e prosperidade. Seu
ensino é confrontador, porém coerente com a
Palavra de Deus. Sua linguagem é muito prática e
objetiva, mas com profundidade e experiência capaz de
comunicar verdades bíblicas complexas até mesmo ao
mais novo convertido. Muitos ainda precisam de
libertação financeira em sua mente, em seu coração e
também em sua carteira, para que possam desfrutar do
melhor que Deus assegura em sua Palavra. Tenho certeza
de que este livro vai ser um canal de libertação e liberação
da prosperidade de Deus sobre sua vida.
Ap. Joel da Costa Pereira
Comunidade Evangélica Projeto Vida – Volta Redonda – RJ
P
assei bons momentos com o Pr. Nilton Ferreira,
homem de fé e muito sério com as coisas do reino
de Deus, que, com muita autoridade, ministra
sobre finanças, assunto um tanto polêmico e
controvertido, e, pela instrumentalidade do autor, tem
abençoado muitas vidas. Sua simplicidade ao expor os textos
bíblicos, sem rodeios, expressa a autenticidade de alguém que
conhece as Escrituras e é fiel a ela, contagiando e abençoando
aqueles que o ouvem. Quero recomendá-lo a todos os pastores
que desejam ver o crescimento do reino de Deus em seu
ministério.
Pr. Nilson Messor
Comunidade do Amor – Realengo – RJ
com muita alegria e satisfação que testemunhamos
a bênção que foi termos recebido em nossa igreja o
R
dias. O entendimento se ampliou no tocante à
P
osso dizer que a minha vida e a Casa de Oração
Central em Teresópolis foram literalmente
transformadas após conhecer e receber as
ministrações do Pr. Nilton. Nossa forma de pensar
e agir foi transformada. Receba o Pr. Nilton em seu ministério
sem receios, pois o seminário causará mudanças na vida da
igreja de uma forma geral. Leia mais no site www.
missaorestaura.com.
Pr. Marcos Santana
Casa de Oração Central em Teresópolis – RJ
U a
dos temas mais polêmicos e difíceis de ser
dinheiro, ou ao Senhor e à Casa de Deus. Mas,
para o Pr. Nilton Ferreira se torna fácil e leve. É