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DO OBJETIVO
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sejam determinados diretamente pelo trabalho, como por exemplo a elevada
pressão arterial dos trabalhadores ou o alcoolismo ou ainda os acidentes de
trajeto? Podemos dizer que tais situações dependem de avaliações caso a caso
por parte dos seus representantes, ou seja dos representantes dos
empregadores e dos empregados. Se tais eventos se tornam importantes em
situações específicas, deve-se relevá-los à categoria dos assuntos tratados pela
Comissão. Se não, podem não fazer parte de seu escopo. O que é importante é
que não se tente minimizar eventos importantes que efetivamente contribuem
para a “acidentogênese” naquela empresa específica e que não se perpetuem
ações à margem dos problemas reais.
Desmembrar em pontos relativos as atribuições
DA CONSTITUIÇÃO
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P - A norma fala algumas vezes de trabalhadores e algumas de empregados, são
termos equivalentes?
R - Não, quando a norma diz empregados refere-se àqueles com vínculo de
emprego com a empresa determinada, quando refere-se a trabalhadores engloba
todos os que trabalham em estabelecimento de determinada empresa, ainda que
sejam contratados por outras. No caso de empregados, estamos falando dos
empregados de uma empresa e no caso de trabalhadores de todos os
empregados de todas as empresas ou empregadores em atividade em
determinado estabelecimento.
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discriminatórias, como por exemplo a solicitação de distribuição de determinado
equipamento somente para os celetistas.
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mais complexa, havendo dúvidas nessa definição a empresa pode consultar o
órgão regional do MTE.
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do empregador. No caso do dimensionamento da CIPA para as atividades
portuárias deve ser observado o que estabelece a NR 29.
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5.4 A empresa que possuir em um mesmo município dois ou mais
estabelecimentos, deverá garantir a integração das CIPA e dos designados,
conforme o caso, com o objetivo de harmonizar as políticas de segurança e
saúde no trabalho.
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por parte de todas as empresas. Como exemplo: áreas de circulação, vestiários,
banheiros, refeitórios, entre outros. Há também as ambiências geradas por
sistemas gerais como, por exemplo, a condição do ar gerado por sistemas
condicionados, as instalações elétricas, as redes de gás, entre outras. O que se
almeja é que tais sistemas, quase sempre de responsabilidade dos
administradores, mas que afetam todas as empresas e seus empregados, sejam
avaliados pelas CIPA, já que podem ser as principais origens de acidentes e de
doenças.
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administrador tem papel primordial na estruturação deste item, como aliás em
todas as regras de convivência coletiva. Podemos elencar duas situações: a
primeira são poucas as empresas e elas definem através dos membros de suas
CIPAs ou designados, conforme estabelece o item, os mecanismos de
integração; a segunda, quando são muitas as empresas, tornando-se necessária
uma atitude proativa por parte da administradora.
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P - E como fica o caso de um grupo de empresas que sejam pequenas e que não
tenham CIPA?
R- A integração deve se dar através dos designados.
DA ORGANIZAÇÃO
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P - Como as empresas são classificadas na CNAE ?
R - É muito importante frisar que a classificação da empresa se dá por auto-
enquadramento. A empresa é responsável por todos os atos após haver definido
em que código enquadrará suas atividades. Após suas informações a
classificação oficial é firmada no cartão do CNPJ.
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5.6.1 Os representantes dos empregadores, titulares e suplentes serão por eles
designados.
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P - Está quebrada a paridade entre titulares e suplentes?
R - Sim, o número de suplentes pode ser diferente do de titulares, para alguns
setores e para algumas faixas de trabalhadores, é preciso consultar o Quadro I.
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ao ano 2.001. Mas não há nenhum impedimento que ele venha a se candidatar
novamente à partir de 2.002, voltando a valer a mesma regra anterior.
P - O que ocorre com empresas de construção civil quando suas obras forem de
período curto?
R - Para a construção civil a questão está regulamentada no item 18.33.4 da NR
18, da Portaria 3214/78: “Ficam desobrigadas de constituir CIPA os canteiros de
obra cuja construção não exceda 180 dias, devendo, para o atendimento no
disposto neste item, ser constituída comissão provisória de prevenção de
acidentes, com eleição paritária de um membro efetivo e um suplente para cada
grupo de cinqüenta trabalhadores”. Para períodos maiores de 180 dias devem
ser constituídas CIPAs. No caso de encerramento das atividades no
estabelecimento em menos de um ano do início do mandato da CIPA, o mandato
de seus membros deve ser dado como encerrado. Devem ser estruturadas as
alternativas constantes nas respostas sobre a garantia de emprego.
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3ª : atividades continuadas dentro do processo produtivo da contratante, como
por exemplo atividades de limpeza, conservação e vigilância com contratos
inferiores a um ano.
4ª : atividades continuadas dentro do processo produtivo da contratante com
contratos superiores a um ano.
Na primeira situação a opção mais coerente é que não houvesse determinação
da constituição de CIPA. Para se resguardar a empresa deve fazer consulta
formal ao órgão descentralizado do MTE, Delegacias e Sub-Delegacias do
Trabalho, e agir conforme a resposta recebida. Os Agentes da Inspeção do
Trabalho devem avaliar a situação específica e se determinarem a constituição
da CIPA devem notificar para conhecimento da empresa com possível
apresentação de razões ao órgão do MTE.
Na segunda situação o período já sinaliza pela necessidade de se constituir
CIPA. Se o período das atividades vai de 180 dias a um ano a empresa poderá
consultar, previamente, antes do início das atividades para evitar contratempos,
ao órgão regional do MTE o qual poderá diante da situação real definir pela não
constituição da CIPA. Será de bom princípio que o MTE comunique o fato ao
sindicato da categoria. Ainda na segunda situação a atividade pode ter período
superior a um ano, quando a empresa deve obrigatoriamente constituir a CIPA.
Se ocorrer frações de ano após o fim do mandato a empresa poderá consultar
ao órgão regional do MTE sobre a possibilidade de estender o mandato ou de
fazer nova eleição. Nos casos valem as regras de não reduzir o efetivo da CIPA a
menos que haja encerramento das atividades no estabelecimento e as regras
gerais de garantia de emprego.
Na terceira situação, é preciso avaliar adequadamente quais os motivos que
levam á contratação de empresas, para atividades continuadas, com períodos
inferiores a um ano.
Na quarta situação não há discussão, se é devida, a CIPA deve ser
obrigatoriamente constituída.
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5.8 É vedada a dispensa arbitrária ou sem justa causa do empregado eleito para
cargo de direção de Comissões Internas de Prevenção de Acidentes desde o
registro de sua candidatura até um ano após o final de seu mandato.
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P - O que ocorre se a empresa e o trabalhador quiserem fazer acordo para que a
rescisão se dê na modalidade de demissão sem justa causa?
R - No caso de trabalhador membro da CIPA, a demissão sem justa causa é
impossível. A menos que ele renuncie previamente ao seu mandato. No caso, a
empresa deverá..........
5.9 Serão garantidas aos membros da CIPA condições que não descaracterizem
suas atividades normais na empresa, sendo vedada a transferência para outro
estabelecimento sem a sua anuência, ressalvado o disposto nos parágrafos
primeiro e segundo do artigo 469, da CLT.
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P - Este item garante que os representantes do empregador devem ter delegação
de responsabilidade para a solução de problemas levantados pela CIPA?
R - Não. Garante, sim a representação dos indicados pelo empregador, os
quais, ainda que sob consulta, pois também são empregados, e, portanto,
subordinados, devem encaminhar as questões debatidas.
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R - Ela deverá ser dirigida ao empregador pelo próprio presidente da CIPA.
P- E o Livro?
Q- O livro não precisa mais existir, a menos que a empresa assim o queira.
Se escolher pela manutenção do livro esse deverá ser encaminhado ao MTE
por conter lavradas as atas de eleição e posse. O livro foi substituído pela
entrega das Atas.
P - Quer dizer que ainda que a empresa tenha o seu número de empregados
reduzido ela deverá manter a representação adequada ao número de
trabalhadores que possuía no início do mandato.
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R - Sim. E também não tem seu número de representantes ampliado quando o
número de empregados aumenta. A situação inicial é mantida em qualquer
circunstância, salvo se houver encerramento das atividades no estabelecimento.
DAS ATRIBUIÇÕES
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que é uma metodologia de avaliação qualitativa dos riscos presentes no
trabalho.
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enormes aos empregadores. Ocorrem situações onde novos riscos são
inseridos. Por tanto é fundamental que se estabeleça um controle fundamentado
na realidade. Pensamos que tal item se bem avaliado pode se tornar importante
ferramenta tanto para os trabalhadores quanto para os empregadores.
Um plano de trabalho , ainda que simples, deve conter metas avaliáveis, as quais
podem ser quantitativas, como de hábito, mas também qualitativas, como
determina a maioria das realidades práticas. O monitoramento de metas
qualitativas pode ser mais subjetivo, mas não será menos importante nas
transformações dos ambientes de trabalho. E importante frisar que o Plano não
precisa ser estruturado em documento, podendo estar estabelecido em ata de
reunido da CIPA.
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A melhor forma de despertar o interesse dos trabalhadores para a segurança e
saúde é através da divulgação de informações.
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P - Quem vai dar a conhecer à CIPA dos acordos e convenções coletivas/
R - Os representantes do empregador. Foi inserido a questão relativa aos
acordos e às convenções coletivas porque se espera uma ampliação das
discussões relativas à saúde nesses documentos, até em decorrência das
regras estabelecidas na nova NR 5.
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P - Como ficaram a entrega dos anexos e o encaminhamento do livro de atas à
DRT?
R - As “l” e “m” que tratavam dos anexos I e II foram eliminadas, dentro do
princípio básico de evitar burocracias desnecessárias. Os anexos eram
preenchidos de forma superficial não retratando nada de concreto que pudesse
possibilitar ações de prevenção. A questão das estatísticas foi resolvida pelo
Ministério da Previdência. A publicação será anual. A guarda desses anexos,
mais que colaborar, tumultua a vida dos funcionários dos órgãos regionais do
Ministério do Trabalho e Emprego. A alínea g “ registrar em livro próprio, as
atas das reuniões da ClPA e enviar, mensalmente, ao SESMT e ao empregador
cópias das mesmas” também foi eliminado. As atas devem ser lavradas e cópias
devem ser encaminhadas aos participantes da reunião. A fiscalização se
fundamentará nas cópias devidamente assinadas arquivadas na empresa;
Em especial quanto ao Anexo II ressaltamos o que relata Maria Cecília Pereira
Binder, em seu livro Árvore de Causas - Editora Publisher do Brasil, SP, 1996 - “
Nesse sentido e com maior força autuou a NR5, particularmente em seu anexo II,
cujo modelo, além de induzir a investigações superficiais, traz subjacente o
conceito de acidente do trabalho como fenômeno monucausal quando, em dois
de seus itens, investigação de acidentes e conclusões da comissão, registra no
singular a causa do acidente e a causa apurada, respecitivamente. Outro
aspecto deste mesmo anexo que merece ser criticado diz respeito à
identificação do responsável pela ocorrência do acidente...A conclusão a que se
pode chegar a partir da análise da NR 5 é que ela induz a investigações
superficiais de fenômenos complexos reforçando a concepção monocausal
abandonada a décadas.”
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Item de relevante importância, sem os meios e sem tempo não há a menor
possibilidade de um trabalho sério e pró-ativo por parte da comissão.
Houve várias tentativas de fixar o tempo mínimo, o que se mostrou
inviável, em face à grande variabilidade de empresas. Uma hora por mês
pode ser adequado para uma empresa do setor de ensino com 51
trabalhadores, mas será infinitamente insuficiente para uma mineração
subterrânea, com o mesmo contingente. O que se dirá se essa mineração
possuir 2.000 trabalhadores?
P- A quem cabe definir o tempo para atuação da CIPA ?
R - A questão do tempo e dos meios deverá, no nosso entender, ser definição
prioritária nas convenções coletivas de trabalho. Podem ser definidos também
em acordo coletivo e através de negociação na própria CIPA, desde que conte
com a anuência do empregador.
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b) coordenar as reuniões da CIPA, encaminhando ao empregador e ao SESMT,
quando houver, as decisões da comissão;
c.) manter o empregador informado sobre os trabalhos da CIPA;
d) coordenar e supervisionar as atividades de secretaria;
e) delegar atribuições ao Vice-Presidente;
g) delegar atribuições ao Vice-Presidente.
DO FUNCIONAMENTO
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5.23 A CIPA terá reuniões ordinárias mensais, de acordo com o calendário
preestabelecido.
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5.25 As reuniões da CIPA terão atas assinadas pelos presentes com
encaminhamento de cópias para todos os membros.
P - Como poderá a empresa comprovar que entregou cópia das atas aos
membros da CIPA?
R - A empresa poderá solicitar que cada representante firme recibo na cópia
original que ficará à disposição dos Agentes da Inspeção do Trabalho, os quais
podem notificar a empresa para que assim proceda a partir da próxima reunião.
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R - Foi eliminada a classificações de acidentes graves como aqueles que
geram a perda de membros, ou de função orgânica, conforme estabelecia a
antiga NR5. Isso possibilitou a ampliação do conceito para outros acidentes,
que ainda que não gerem tais eventos são prenhes de possibilidades
desastrosas, entre eles devem ser incluídos aqueles que causam prejuízos de
grande monta e os que se repetem com elevada freqüência.
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alguém da própria empresa, de um dos sindicatos - quer representantes dos
trabalhadores quer das empresas - pode ser uma das comissões tripartites ou
bipartites, quando existentes, ou mesmo o órgão regional do MTE.
P - A quem deve ser encaminhada essa reconsideração e de quem pode ser vir?
R - A reconsideração relativa às decisões podem ser de iniciativa do
empregador, que tem o direito de delas discordar, desde que tenha justificativas
para tanto, podem ser de iniciativa de um trabalhador ou de grupo deles, ou
eventualmente até dos sindicatos de trabalhadores ou de categorias
econômicas. A reconsideração deve ser encaminhado à CIPA .
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administrativamente é que o encerramento do mandato se dará ou pelo término
dele no período determinado ou no término por encerramento das atividades no
estabelecimento. Os dois casos configuram encerramento de mandato, no
entendimento administrativo. O mandato não concluído por faltas injustificadas
não configura o direito à garantia de emprego.
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5.31.1 No caso de afastamento definitivo do presidente, o empregador indicará o
substituto, em dois dias úteis, preferencialmente entre os membros da CIPA.
DO TREINAMENTO
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R - Sim. O curso estabelecido deve ser realizado para cada membro de cada
mandato da CIPA . O curso tem o papel também de estabelecer o conhecimento
entre os membros da CIPA .
P - Profissionais titulados em matérias de segurança e saúde no trabalho
deverão fazer o curso da CIPA ?
R - Se houverem sido eleitos ou indicados para a CIPA, sim. O curso tem
eminente caráter de treinamento mas é também uma oportunidade de firmar
laços importantes para a consecução dos objetivos da comissão. Em se
tratando de profissionais do SEESMT que não foram eleitos nem indicados,
obviamente não. E se, porventura, forem eleitos ou indicados e também
membros do SEESMT da empresa e for esse que for ministrar o curso deverá o
profissional estabelece a situação de instrutor e também de aluno, o que não é
tão inusitado como parece.
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5.33 O treinamento para a CIPA deverá contemplar, no mínimo, os seguintes
itens:
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c. noções sobre acidentes e doenças do trabalho decorrentes de exposição aos
riscos existentes na empresa;
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P - O treinamento deve ser feito no horário de trabalho normal do membro da
CIPA ?
R- O treinamento deve ser em horário normal da empresa. Houve discussão
quanto ao horário normal de trabalho do membro da comissão, o que ficou
prejudicado pela possibilidade de, em empresas com mais de um turno, haver
trabalhadores de horários de trabalho diferentes. É lógico que caso o curso seja
realizado fora o horário normal de trabalho o seu período deve ser considerado
como hora extra para todos os fins.
5.36 A CIPA será ouvida sobre o treinamento a ser realizado, inclusive quanto à
entidade ou profissional que o ministrará, constando sua manifestação em ata,
cabendo à empresa escolher a entidade ou profissional que ministrará o
treinamento.
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Em havendo irregularidades, novo curso deve ser realizado. Havendo
incorreções graves o agente da inspeção do trabalho poderá determinar a
substituição do instrutor. O sindicato de trabalhadores deverá ter efetiva
participação no acompanhamento do curso para a sua categoria.
DO PROCESSO ELEITORAL
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que será a responsável pela organização e acompanhamento do processo
eleitoral.
g. voto secreto;
h. apuração dos votos, em horário normal de trabalho, com acompanhamento de
representante do empregador e dos empregados, em número a ser definido pela
comissão eleitoral;
i. faculdade de eleição por meios eletrônicos;
j. guarda, pelo empregador, de todos os documentos relativos à eleição, por um
período mínimo de cinco anos.
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5.41 Havendo participação inferior a cinqüenta por cento dos empregados na
votação, não haverá a apuração dos votos e a comissão eleitoral deverá
organizar outra votação que ocorrerá no prazo máximo de dez dias.
5.42.3 Quando a anulação se der antes da posse dos membros da CIPA, ficará
assegurada a prorrogação do mandato anterior, quando houver, até a
complementação do processo eleitoral.
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DAS CONTRATANTES E CONTRATADAS
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das CIPAS e designados das várias empresas. Trata-se de uma responsabilidade
objetiva da empresa contratante.
5.50 A empresa contratante adotará as providências necessárias para
acompanhar o cumprimento pelas empresas contratadas que atuam no seu
estabelecimento, das medidas de segurança e saúde no trabalho.
DISPOSIÇÕES FINAIS
5.51 Esta norma poderá ser aprimorada mediante negociação, nos termos de
portaria específica.
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