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UNIVERSIDADE DO VALE DO RIO DOS SINOS - UNISINOS

UNIDADE ACADÊMICA DE PESQUISA E PÓS GRADUAÇÃO


MBA EM DESIGN ESTRATÉGICO - BRANDING

MÔNICA AGUIAR DE SOUZA

DESIGN PARA MARCAS INDEPENDENTES:


O Design Estratégico como fomentador e meio de inovação para a marca
Independente Morri de Ranço

Porto Alegre
2019
MÔNICA AGUIAR DE SOUZA

DESIGN PARA MARCAS INDEPENDENTES:


O Design Estratégico como fomentador e meio de inovação para a marca
Independente Morri de Ranço

Projeto de Pesquisa apresentado como


requisito parcial para obtenção do título de
Especialista em Branding, pelo Curso de
Especialização em Design Estratégico da
Universidade do Vale do Rio dos Sinos –
UNISINOS

Orientador: Prof. Dr. Filipe Campelo Xavier da Costa

Porto Alegre
2019
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 - Esquema linear de desenvolvimento do processo metaprojetual..............14


Figura 2 - Esquema sistêmico de desenvolvimento do processo metaprojetual.......15
Figura 3 - Esquema sistêmico de desenvolvimento do processo metaprojetual.......21
Figura 4 - Gráfico de polaridades................................................................................22
Figura 5 - Gráfico de polaridades definidas para desenvolver os cenários...............23
Figura 6 - Esboço representativo do Sistema Produto-Serviço (SPS).......................26
LISTA DE SIGLAS

SPS Sistema Produto-Serviço


SUMÁRIO

1 APRESENTAÇÃO DO PROJETO E PROBLEMA IDENTIFICADO...........................5


2 PROPOSTA DE SOLUÇÃO..............................................................................................10
2.1 Revisão da literatura técnica............................................................................................10
2.1.1 Branding.............................................................................................................10
2.1.2 Design Estratégico.............................................................................................12
2.1.3 Design de Sistema Produto-Serviço (SPS).......................................................15
2.2 Entendimento aprofundado do problema......................................................................17
2.2.1 As técnicas e os instrumentos de pesquisa.......................................................18
2.2.2 Análise da pesquisa com os clientes da marca.................................................19
2.2.3 Palavras-chave e diagrama de polaridades......................................................20
2.3 Apresentação da solução..................................................................................................25
3 RETORNO PREVISTO DA SOLUÇÃO..........................................................................30
4 APLICAÇÃO E/OU AVALIAÇÃO DA SOLUÇÃO.......................................................32
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS..............................................................................................34
REFERÊNCIAS......................................................................................................................35
APÊNDICE A – PESQUISA CONSUMIDORES MORRI DE RANÇO..........................39
5

1 APRESENTAÇÃO DO PROJETO E PROBLEMA IDENTIFICADO

Em um mundo onde o mercado, em diversos setores, está cada vez mais


competitivo, o empreendedorismo acaba sendo alternativa para muitas pessoas que
buscam abrir seu próprio negócio, tendo como fonte de renda principal ou parcial.
Em 2017 houve aumento, em relação ao ano anterior, no que se refere a abertura de
novas empresas, cujo o percentual para aqueles que enxergaram oportunidade de
novos negócios é de 59,4%, e 39,9% para aqueles que decidiram abrir a empresa
por necessidade (GEM, 2017). Nesse sentido, empreender também é sinônimo de
realização e desafio pessoal. Segundo Schumpeter (1947, p. 149-159): “o
empreendedor é a pessoa que destrói a ordem econômica existente graças à
introdução no mercado de novos produtos/serviços, pela criação de novas formas de
gestão ou pela exploração de novos recursos, materiais e tecnologias”.
Segundo o Sebrae (2007), atualmente os empreendedores não são mais
vistos como apenas provedores de mercadorias desinteressantes e que são
movidos apenas por lucro a curto prazo. Pelo contrário, hoje são vistos como
aqueles que geram empregos e que assumem riscos necessários a favor do
crescimento produtivo da economia. Nisso, para se criar e fazer crescer uma
empresa, o empresário assume esses riscos e responsabilidades pelo
desenvolvimento e sobrevivência da criação, além de se deparar com novos
desafios, muitas vezes desconhecidos.
Para entender as similaridades do empreendedorismo e o design é preciso
falar sobre a relação com as pessoas, pois ambas as áreas compreenderem as
pessoas como fonte de aprendizado. Segundo Dolabela, o empreendedor não se
atém somente nas informações de manuais, livros, pesquisas ou relatórios. Ele
também se inspira e aprende também com as pessoas (DOLABELA, 2008). Por esta
razão, foi criado o kit de ferramentas HCD (Human Centered Design):

“A razão pela qual esse processo é chamado de “Centrado no Ser


Humano” é que ele começa pelas pessoas para as quais estejamos
criando a solução. O processo do HCD começa por examinar as
necessidades, desejos e comportamentos das pessoas cujas vidas
queremos influenciar com nossas soluções. Procuramos ouvir e
entender o que querem, a chamada “lente do Desejo”. Enxergamos o
6

mundo através desta lente durante as várias etapas do processo de


design” (IDEO, 2014, p. 5).
Com base na vivência e conhecimento de um negócio, começa-se a imaginar
um produto que possa ter sucesso. Muitas vezes, o surgimento de um produto ou
empresa ocorre como consequência natural da própria vida do empreendedor, como
meio de lhe dar a independência financeira e oportunidade de fazer algo de que
gosta. Com isso, Dolabela cita a teoria de J. L. Filion (1991):

“Ela [a teoria] diz que as pessoas motivadas a abrir uma empresa vão
criando, no decorrer do tempo, baseadas na sua experiência, ideias
de produtos. Tais ideias, a princípio, emergem em estado bruto e
refletem ainda um sonho. [...] Para aprofundar-se em sua ideia
emergente (ou ideias) o futuro empreendedor procura pessoas com
as quais possa obter informações para aprimorá-la, testá-la, verificar
se é um bom negócio. [...] Procura também ler sobre o assunto,
participar de feiras, eventos. Ao obter tais informações, o
empreendedor nascente vai alterando a sua ideia inicial, agregando
novas características, mudando alguma coisa, descobrindo ou
inventando novos processos de produção, distribuição ou vendas. E,
ao modificar o produto, vai atrás de novas pessoas, de livros, revistas,
feiras, etc.” (DOLABELA, 2008, p. 38

Com a obtenção das informações, o empreendedor vai alterando a ideia


inicial de tal maneira que agregue novas características, descobrindo e reinventando
novos processos de produção e vendas. Com esses acontecimentos, o processo é
contínuo e circular, de forma que as relações que se formam contribuem para
melhorar o produto e/ou serviço com o passar do tempo. Nisso, é possível destacar
a relação com o designer, principalmente no que se refere ao produto, pois o
designer é aquele que busca a oportunidade em tudo o que pesquisa, podendo ser
comparado às etapas de um projeto, ele se aprofunda nas informações e se torna
um “especialista” no assunto. O Design por sua vez, é um importante recurso que as
empresas utilizam para se posicionarem no mercado e também trazerem à tona
novos produtos e serviços dentro do empreendedorismo. É um dos fatores de
diferenciação de produtos e serviços, destacando que aspectos como identidade,
qualidade e satisfação são condicionantes fundamentais para a manutenção e
conquista de mercado, além de ser uma alternativa para a redução de custos de
7

produção e auxílio na área de preservação ambiental (BAHIANA, 1998 apud


MARTINS; MERINO, 2008, p. 66).
Ao decidir estudar design, muitas vezes, se esquece que o método de
projetar, comunicar e resolver problemas é algo que pode ser feito de diferentes
formas e também pode ser aplicado em qualquer área ou tipo de propósito através
dessa disciplina. Segundo Skaletsky (2016): "além da materialização da ideia ou
conceito em um produto, projetam-se serviços e experiências, deslocando-se o
entendimento de projetação para outras áreas, expandindo, ao final, os domínios de
design.” Dito isto, o Design Estratégico se inclui dentro dessas diversas áreas, de
forma a complementar e relacionar diversas áreas, aparentemente distintas, também
o estudo de produtos/serviços. Também há etapas e tarefas nas quais essa
disciplina busca desvendar e avaliar produtos e/ou serviços e as organizações,
promovendo, desta forma, a sustentabilidade global, protegendo assim o meio
ambiente e apoiando a diversidade cultural. Conforme essa definição o autor diz
que:

“A vantagem dessa definição é que ela evita a armadilha de ver o


design somente a partir da perspectiva do resultado (design e
aparência). Ela enfatiza noções de criatividade, coerência, qualidade
industrial e forma. Os designers são especialistas que refinaram a
habilidade de conceber a forma e possuem conhecimento
multidisciplinar” (MOZOTA, 2011, p.16).

Um dos focos principais do posicionamento estratégico de uma empresa,


independente do seu segmento de atuação, é gerar valor. Nisso, o fator decisivo de
compra destes produtos e serviços envolvem também o Design Estratégico, o
Branding e a emoção como diferenciais na tomada de decisão final do consumidor.
Wheeler (2008) diz que as pessoas são apaixonadas pelas marcas, pois marcas são
promessas e expectativas que residem na mente de cada consumidor a respeito de
um produto, serviço ou até mesmo de uma empresa.
O Design Estratégico e o Branding, que são o foco do presente projeto,
trabalham na ordenação entre os direcionamentos estratégicos da uma organização
e a concepção das suas expressões (que podem ser produtos, serviços e sistemas
comunicacionais), buscando fixar valor e identidade aos projetos, de forma a reforçar
o envolvimento estratégico das empresas.
8

Este é um trabalho desenvolvido pela pesquisadora e criadora da Morri de


Ranço, que é uma marca de estilo de vida e produção de conteúdo com o propósito
de encorajar mais alegria e celebração em grandes e pequenas rotinas chatas da
vida. Para tanto, o presente projeto tem como objetivo identificar a contribuição do
Design Estratégico, que segundo Meroni (2008): "é uma atividade de projeto relativo
ao sistema produto, que pressupõe a integração entre produto, serviço e estratégias
de comunicação podendo ser formado por um ator ou uma rede de atores.", para
estimular o crescimento e melhorar as estratégias de branding da marca Morri de
Ranço, a fim de estruturar o sistema produto serviço (SPS) da empresa como
maneira de tangibilizar como proposta orientada ao Design.

1.2 Objetivos

1.4.1 Objetivo Geral 


Construção de um sistema produto e serviço (PSS), a partir da visão do
Design Estratégico, para a marca Morri de Ranço.

1.4.2 Objetivos Específicos

Para atingir o objetivo geral deste projeto, foram definidos os seguintes


objetivos específicos:

a. Pesquisar, identificar e estabelecer a relação dos processos de design


estratégico e sistema produto serviço;
b. Desenvolver análises de cenários a partir de uma abordagem metaprojetual;
c. Propor um sistema-produto para a marca Morri de Ranço.

1.3 Justificativa
Entende-se a importância de realização do presente projeto, pois, segundo
constatação, a realidade competitiva atual no contexto empresarial exige das
organizações cada vez mais preparação na construção de seus negócios e,
consequentemente, na oferta para o seu público, que está cada vez mais informado
e exigente.
9

Hoje, percebe-se cada vez mais que criar produtos e serviços sem pensar na
experiência no público e em como a imagem da marca impactará na sua vida e
rotina, pode trazer muitas desvantagens em relação aos seus concorrentes, pois 
“empresas de diversos setores perceberam que projetar produtos e serviços não é
suficiente, projetar experiências é o próximo passo da concorrência” (VÄÄNÄNEN-
VAINIO-MATTILA; ROTO; HASSENZAHL, 2008). Portanto, o estudo contribuirá com
futuras estratégias de criação e venda de produtos, assim como também na criação
de conteúdo para as redes sociais, da marca Morri de Ranço.
10

2 PROPOSTA DE SOLUÇÃO

Aqui, a proposta de solução foi dividida em três etapas: (i) revisão de literatura
técnica, onde são apresentadas, de forma teórica e conceitual, as definições de
Branding e Design Estratégico, passando pela definição e abordagens de Sistema
Produto-Serviço, (ii) entendimento aprofundado do problema e (iii) apresentação das
definições finais de solução do projeto.

2.1 Revisão da literatura técnica

Esta seção introduz conceitos que, inicialmente, são apresentados e


fundamentados de forma a embasar o projeto e, a partir de suas definições e
principais abordagens, mostrar os benefícios e o que cada conteúdo pode auxiliar no
projeto, para posteriormente serem analisados com profundidade. Desta forma,
adiante, serão tratadas questões que tratam do SPS a partir da perspectiva do
Design Estratégico e, assim, propor soluções para o projeto.

2.1.1 Branding

A gestão da marca está diretamente relacionada às diferenças que existem


entre os concorrentes e a maneira como os consumidores percebem essas
diferenças, pois desta forma entende-se que o sucesso da marca não depende
apenas do seu conceito visual, mas também, e principalmente, da criação de valor
desta marca, a qual deve ser sempre considerada todas as possibilidades existentes
de contato com a marca em relação ao seu cliente ou usuário (KOTLER, 1999).
Desta forma, o Branding está inteiramente ligado ao posicionamento e gestão de
marca pretendido pela empresa, sendo assim, ajuda a criar uma identidade que será
materializada em todo o SPS. Para garantir coerência entre o SPS e a estratégia,
uma empresa precisa, em todo o seu trabalho de Branding, construir a Estratégia de
Marca (EM), pois assim irá proporcionar uma ideia principal a qual unifica todos os
elementos que envolvem essa empresa, como por exemplo, suas ações, seus
comportamentos, etc., que serão percebidas em seus produtos e serviços, de forma
eficiente e de acordo com o seu tempo, tendo como meta o alinhamento da visão da
11

empresa diretamente ligado à experiência dos seus clientes, assim como a imagem
da marca (WHEELER, 2008).
Qualquer estudo que se proponha a falar sobre a imagem da marca irá se
deparar com conceitos diversos e complexos, pois para o conceito de marca a
palavra “imagem” é muito genérica, e todos nós, em algum momento, já utilizamos
ela para citar um vídeo, uma foto ou até mesmo representar algo. Joly (1996)
interpreta que, apesar dos diversificados significados, de forma geral, a imagem
sempre se refere a algo que, mesmo não visível, pode tomar traços visuais e
necessita de um sujeito que a produza ou a reconheça. O termo também pode
indicar a imagem de uma empresa, ou "imagem corporativa". Essa se designa a
partir de todas as formas de contato que o consumidor tem com a empresa, desde o
consumo de bens ou serviços, até mesmo a opinião dos seus amigos sobre
qualquer situação relacionada a ela. Essa imagem corporativa também pode ser
entendida como a imagem da marca, pois segundo a definição de Joan Costa
(2008), para entender a relação dos consumidores com a marca:
“A vantagem dessa definição é que ela evita a armadilha de ver o
design somente a partir da perspectiva do resultado (design e
aparência). Ela enfatiza noções de criatividade, coerência, qualidade
industrial e forma. Os designers são especialistas que refinaram a
habilidade de conceber a forma e possuem conhecimento
multidisciplinar” (MOZOTA, 2011, p.16).

A imagem é a visão que o público possui de determinada empresa ou marca,


e esta visão é externa à empresa, sendo assim, para Argenti (2006, p. 60) “imagem
é a empresa vista pelos olhos de seu público. Uma organização pode ter diferentes
imagens junto a diferentes públicos”. Desta forma, a imagem é o resultado do
desenvolvimento do conceito de comunicação da empresa, e tudo o que ela projetar,
e fizer sucesso, gerará a imagem, e quando não, gerará ocasionará em uma
distância do seu público, pois as percepções deste acabarão por se distorcerem
quanto à valores, ideias e propósitos que eram pretendidos com a imagem desejada.
Portanto, construir a imagem da marca não é uma tarefa fácil, pois o mundo já
está saturado de objetos, produtos e mídias por todos os cantos fazendo suas
comunicações, e um projeto de posicionamento bem estruturado deve ser o
suficiente para que essa imagem seja estável e resista aos seus concorrentes. As
marcas representam muito mais do que seus produtos, pois podem se posicionar
12

com propósito e personalidade, fazendo associações, por exemplo, com


comportamentos, símbolos, crenças, através da sua comunicação, fazendo com que
os seus consumidores se identifiquem e usem essa marca como forma de auto
expressão. Neste momento em que o consumidor se identifica com a marca, ou
seja, com a sua imagem, ele fará uso dos valores e condutas desta marca, que é
uma maneira de se expressar perante a sociedade em que se está inserido. Desta
forma, quando o consumidor está de fato familiarizado com a marca, ele sustentará
a imagem e assim, como resposta positiva, gerando lucro à empresa, de forma que
possa até mesmo diminuir os custos com publicidade através de consumidores fiéis
que promovem e indicam a marca de forma espontânea. Neste caso, o valor da
marca se baseia no consumidor, afirma Tavares (1998), indicando que a marca já
tem a sua reputação formada.

2.1.2 Design Estratégico

"O objetivo do Design é resolver problemas, atender necessidades, melhorar


situações, ou criar algo novo ou útil" (FRIEDMAN, 2003). Apesar de ser uma
definição não muito clara e bastante solta, considera-se a diversidade em que o
Design está inserido atualmente, pois reflete que, projetar artefatos, muitos destes,
mais que produtos ou objetos, por exemplo, constituem sistemas complexos, e até
mesmo intangíveis, que tem como propósito criar alguma coisa que seja entendido
por alguém, como algo de valor, ou seja, um efeito de sentido (ZURLO, 2010). Essas
duas concepções, por mais distintas que sejam quanto a definição do que é Design,
o ato de criar está vinculado aos dois contextos.
Atualmente, surgiram novas configurações de mercados, assim como novos
novas formas de funcionamento das organizações e da sociedade, causando uma
incansável busca por inovação. E estes novos cenários inspiraram novos processos
de metodologias no Design atual, que tem como objetivo atender a toda a demanda
de criatividade e inovação. Desta forma, o Design foi necessitou transformar e inovar
a si próprio, criando novos processos e modos de operar (MANZINI, 2003).
O Design Estratégico, então, surge como um desses novos modos de
metodologia contemporânea que remete a novas possibilidades e funções.  Desta
forma, Magalhães (1995) entende como Design Estratégico “uma forma de atuação
deste profissional, direcionada para a gestão do design nas empresas, ou seja,
13

ocupando-se da orientação da política do design, apoiado por análises de fatores


internos e externos às empresas, em um nível hierárquico mais alto dentro destas e
desde as primeiras fases do desenvolvimento de produtos.” Sobre os gestores que
desejam manter a boa comunicação com seus clientes acerca de seus produtos,
Bonsiepe (1997) afirma que o Design se torna uma ferramenta poderosa. O Design
Estratégico é uma atividade projetiva, que tem como objetivo o sistema produtivo, ou
seja, a integração de produto, serviço e comunicação, com a qual a empresa se
apresenta no mercado, se coloca na sociedade e assim dá forma à sua própria
estratégia.
Como proposta metodológica, o Design Estratégico fica mais compreensível
quando Deserti (2007) descreve o que seria um modelo processual do Design
Estratégico. O autor atenta para o fato de que este modelo é, principalmente,
didático e tem como objetivo tornar claros os elementos que arduamente seriam
bem explicados de outra forma (DESERTI, 2007). Conforme o autor, os processos
de Design Estratégico se dividem em duas etapas que são: a metaprojetual e a
projetual. A metaprojetual está organizada em três movimentos que são: a pesquisa,
a interpretação e a geração de macrotendências. Na etapa de pesquisa, é
construída uma base de dados que servem de apoio para o projeto em si. Já na fase
de interpretação dos dados coletados, os cenários são construídos através do
cruzamento de todas as informações da pesquisa com outros dados coletados
referentes ao comportamento das pessoas e grupos sociais, sendo que a
interpretação resultaria em definição de oportunidades de inovação. Através dos
cenários construídos, na fase de geração de macrotendências, se chega a
configuração de um concept design, que serve de orientação das fases seguintes.
(DESERTI, 2007).
Já o processo metaprojetual, ainda segundo Deserti (2007), é dividido em
duas áreas. A primeira, pesquisa contextual, são feitas coletas de informações que
demarcam o ambiente em que o projeto está envolvido e se origina, o que o autor
chama de dossiê empresa-mercado, estabelecendo limites do projeto. A Blue Sky,
ou pesquisa não contextual, é a segunda etapa, onde produz-se um grupo de
informações que são destinadas a estimular a criatividade e também manter focada
nos objetivos da organização a qual se está desenvolvendo o projeto. São
identificadas tendências convenientes através de observação e interpretação de
sinais fracos ou fortes, os quais estão presentes nos mercados indicados ao projeto.
14

Todos os esforços resultam em documento, denominado por Deserti, de dossiê


cenários inovação, cujo o caráter de investigação é mais visual, que também é
realizada nesta etapa metaprojetual, que reúne vários materiais e referências visuais
que poderão, de alguma forma, inspirar o projeto, podendo se aproximar à um trend
book ou moodboard, por exemplo (DESERTI, 2007).

Figura 1 - Esquema linear de desenvolvimento do processo metaprojetual.


15

Fonte: Celaschi (2007 e Deserti (2007).

Ao final de toda essa etapa investigativa e exploratória passaria do estágio


metaprojetual para o projetual. no qual toda a coleta de dados, referências e
informações produzidos pelo metaprojeto serviria de base para projetação
(DESERTI, 2007). O autor ainda afirma que não tem intenção de definir um método
universal para o Design Estratégico, porém fazer indicação de diversos instrumentos
que possam auxiliar o designer para obter diferentes combinações e possibilidades
durante o seu processo, de acordo com as demandas, características e condições
referentes ao projeto em si (DESERTI, 2007).
Figura 2 - Esquema sistêmico de desenvolvimento do processo metaprojetual.

Fonte: Celaschi (2007) e Deserti (2007).


16

2.1.3 Design de Sistema Produto-Serviço (SPS)

Outro conceito chave do Design Estratégico é definido como Sistema


Produto-Serviço. Se trata de um sistema aberto em que o projeto não se firma
apenas em uma única solução, e sim de forma ampliada dentro de um pensamento
sistêmico, a partir de um determinado contexto. Desta forma, é possível buscar
compreender interações do indivíduo com o objeto e gerar significados por meio de
experiências decorrentes do processo projetual que vai além das soluções iniciais de
projeto, agregando maior valor às inovações.
Manzini (2008) define o Sistema Produto-Serviço como um resultado de uma
estratégia de inovação conectado à sustentabilidade. Ou seja, oferece um sistema
integrado de soluções projetuais de produtos e serviços de forma a contribuir para a
transição do modelo da sustentabilidade e atende a demandas dos indivíduos em
diversos contextos culturais, econômicos e sociais.
Já para Zurlo (2010), a definição é de que o Sistema Produto-Serviço é um
conjunto de sistema orgânico e coerente de vários meios de comunicação em
massa, que interagem e integram produto, serviço e comunicação para composição
da identidade de uma empresa. Assim, o Design não se limita à capacidade de
comunicar de forma fácil os sinais compreendidos da complexidade, mas sim de
convencimento e persuasão, agindo por meio de instrumentos de comunicação clara
com o propósito de superar possíveis barreiras.
Produtos e serviços sempre estiveram conectados entre si, porém, essa
conexão, na maioria das vezes, era casual e momentânea, e, atualmente, essa
conexão se caracteriza como uma relação integrada e não dissociada. Para Meroni
(2008), essa mudança de panorama da ótica sobre os produtos e serviços agora
como um sistema integrado é resultado do que Manzini (1992) aponta como as
demandas por novas soluções da sociedade moderna. Esta perspectiva de sistema
integrado é o que Zurlo (2010) chama de complexidade, pois, em seu entendimento,
para as empresas contemporâneas isto representa segmentação, globalização e
personalização. Então, estas questões admitem uma ação estratégica em que
envolva toda a organização de forma que resulte em um sistema de
soluções (ZURLO, 2010), já que toda estas informações e conhecimentos são
17

importantes na configuração de um produto. Desta forma, o consumo deve ser


analisado como algo que vai além de contemplar e suprir necessidades básicas e
imediatos. Portanto, é possível que a aquisição de produtos e serviços possa
assumir papéis muito maiores e serem representações de valores socialmente
utilizados para sustentar, por exemplo, estilos de vida, rotina, etc.
A partir da perspectiva do Design Estratégico, o desenvolvimento de um SPS
há um grande desafio em separar o foco de atividades que envolvam o produto ou o
serviço de forma isolada para o arranjo de um sistema de componentes. "Este
sistema deve ser contemplado de modo que todos os seus componentes recebam a
devida atenção e tenham a mesma relevância, sejam eles tangíveis ou intangíveis"
(MORELLI, 2003). Deste modo, "o designer é necessário para sintetizar soluções
que emergem da comparação de diferentes pontos de vista, diferentes necessidades
e diferentes modelos" (MORELLI, 2003).

2.2 Entendimento aprofundado do problema

Após a revisão literária, neste subcapítulo são expostas as escolhas


metodológicas, as quais propiciaram objetivar e responder ao problema de pesquisa
proposto e aos objetivos apresentados no capítulo inicial. Também são
apresentadas algumas hipóteses de soluções do problema procedentes das
reflexões da revisão literária.
No Design Estratégico, uma das características pertencentes à cultura de
projeto que proporcionam a prototipagem, ideação e que favorece reflexão e
aprendizagem através do erro durante a concepção de um negócio é o metaprojeto.
Esse termo é a junção de meta e projeto, o qual o seu método aproxima tópicos que
são desconectados e propõe desmembrar o projeto em diversas partes, tornando-o
gerenciável e possibilitando uma análise individual a qual amplifica as chances de
chegar a solução. (MORAES, 2010) Ainda de acordo com o autor: “Individualizar e
identificar o cenário existente e/ou futuro, bem como o mapeamento de um contexto
possível, e tão relevante hoje quanto projetar o produto em si” (MORAES, 2010).
Essa pesquisa caracteriza-se como exploratória qualitativa, pois objetiva a
auxiliar a formação de uma base de conhecimento sólida para o tema, além de que
também envolve pesquisa de campo com os consumidores da marca Morri de
Ranço, através de entrevista com pessoas que tem domínio do assunto, e análises
18

de outros exemplos que auxiliam na compreensão e resolução do problema


proposto. Para MALHOTRA (2001), o objetivo principal é proporcionar a
compreensão do problema enfrentado pelo pesquisador. A pesquisa exploratória é
usada em casos os quais é fundamental definir o problema com maior precisão e
identificar cursos importantes de ação ou adquirir informações adicionais antes que
se possa expor uma abordagem. Como o nome sugere, esse tipo de pesquisa busca
explorar um problema ou uma situação instigar compreensão e critérios. Segundo
BOONE e KURTZ (1998) ela é utilizada para descobrir a causa do problema.
No mercado, a pesquisa é um recurso essencial para nortear as próximas
ações. Isso porque todos os passos das organizações são marcados por incertezas,
seja para o lançamento de algum produto ou até mesmo na expansão de um
negócio.

2.2.1 As técnicas e os instrumentos de pesquisa

As técnicas e instrumentos de coleta de dados inclui a pesquisa bibliográfica,


que assume um cenário de análise crítica e utiliza roteiro semiestruturado com
questões abertas para entrevista qualitativa. Deste modo, estimula e propõe
aumentar o entendimento sobre aspectos e elementos importantes a serem
considerados na concepção de um sistema produto e serviço (SPS), partindo de
análises do levantamento destas pesquisas bibliográficas. A pesquisa teórica não
visa provocar intervir de forma direta e imediata a realidade, porém ela é importante
já que seu papel é decisivo na criação de outras intervenções nos objetivos de
pesquisa. Portanto, o principal instrumento é a leitura das fontes bibliográficas
(SALVADOR, 1981). Dito isto, por definição:

“A vantagem dessa definição é que ela evita a armadilha de ver o


design somente a partir da perspectiva do resultado (design e
aparência). Ela enfatiza noções de criatividade, coerência, qualidade
industrial e forma. Os designers são especialistas que refinaram a
habilidade de conceber a forma e possuem conhecimento
multidisciplinar” (MOZOTA, 2011, p.16).

Nessa afirmação, a autora apresenta uma definição, reforçando a questão já


discutida anteriormente, a respeito da escolha de instrumentos específicos para
19

cada tipo de pesquisa, que se deseja realizar. A definição da metodologia de


pesquisa se constitui uma execução de extrema importância para o pesquisador,
pois é por meio da metodologia que ele traçará todas as etapas que irá realizar no
decorrer de todo o estudo, assim como organizar o percurso a ser seguido.
Alguns instrumentos são muito utilizados por diversos tipos de pesquisa,
como é o caso do questionário, do formulário e da entrevista, que estão sendo
discutidos nesse projeto. Como proposto no início deste trabalho, o questionário foi
destacado com base em Andrade (2009), a definição, as características, os pontos
fortes e os pontos fracos da sua utilização.
A construção de um questionário, segundo Aaker et al. (2001), é considerada
uma “arte imperfeita”, pois não existem procedimentos exatos que garantam que
seus objetivos de medição sejam alcançados com boa qualidade.” Neste projeto foi
utilizado o questionário como instrumento norteador para a realização dos cenários.
A partir do assunto de pesquisa definido, foi feito um planejamento do que se
esperava ser mensurado. A fim de entender o que os clientes da Morri de Ranço
sentem, entendem e esperam da marca, foram elaboradas 10 perguntas as quais
tratam do propósito de marca, apresentação e consumo dos produtos, assim como
também serviu como uma forma de saber o que esses clientes esperam do futuro da
marca. Com as perguntas definidas, tratou-se de dar forma ao questionário e ir atrás
de algum tipo de plataforma que fosse possível facilitar o acesso destas perguntas.
A plataforma definida foi o Google Docs, que é gratuito, intuitivo e de fácil acesso às
todos que possuem e-mail. Para buscar pessoas interessadas em responder, a partir
da ferramenta disponível nos stories do Instagram da marca, chamei pessoas
interessadas em participar da pesquisa, necessitando apenas que elas deixassem
seu e-mail ou telefone para chamá-las através do WhatsApp. Selecionadas as
primeiras 10 pessoas, foi explicado que teriam do dia apenas 9 responderam em
tempo hábil determinado do 25 de setembro ao dia 2 de outubro de 2019, sendo 7
clientes e 2 admiradoras da marca. Para identificação dos respondentes do
questionário foram solicitados os seguintes dados: nome, profissão e cidade onde
mora. Nas respostas apareceram palavras-chaves, que por sua vez, representam
pontos fracos e fortes e relevantes polaridades para o desenvolvimento do projeto
proposto.
Com isso, também foi utilizado, dentro das diversas ferramentas do Design
Estratégico, o gráfico de polaridade que, segundo Tarouco (2001): “gestão de
20

polaridades implica passagem do foco de um polo com o problema para o outro polo
com a solução, valorizando, assim, um ou ambos os polos” (TAROUCO, 2011, p.
58).

2.2.2 Análise da pesquisa com os clientes da marca

Nesta seção, serão apresentadas as respostas dos consumidores, adquiridas


por meio do questionário, de forma que a análise descritiva concorde com os
estudos bibliográficos presentes na revisão de literatura técnica.
Como já foi mencionado, foi elaborado um questionário, que se encontra em
anexo como Apêndice A, para a realização da pesquisa de campo, com o intuito de
auxiliar e instigar a resolução do problema proposto. As perguntas tiveram como
intuito detectar qual o sentimento e percepção que os pesquisados têm em relação à
Morri de Ranço quanto aos seus produtos, atendimento prestado e também ao
conteúdo produzido pela marca. Esta pesquisa constituiu-se de apenas uma etapa
para ter um efeito mais dinâmico e rápido a quem fosse responder.
A primeira pergunta era: como o pesquisado percebe a marca Morri de Ranço
e o que ela significa para ele. A maior parte respondeu que a marca é divertida e
trata as situações cotidianas de forma alegre e humorada, portanto, há uma
identificação direta com seus estilos de vida e isso ajuda a lidar melhor com o
humor, o planejamento e a organização diária utilizando os produtos que
transcendem o vestir/usar, conforme uma das pesquisadas respondeu. De forma
geral, a marca é vista como divertida e autêntica, e consegue passar a mensagem
do propósito de marca de forma clara, porém necessita incluir uma variedade maior
de produtos, assim como considerar personalizar melhor suas embalagens, como
por exemplo, a sacola, e, quem sabe, fornecer os produtos para vender em lojas que
correspondam com o estilo da marca, ou até mesmo abrir pontos de vendas em
locais físicos como em shoppings, por exemplo. Além disso, demonstrou-se bastante
interesse em receber mais variedade de novos produtos, além dos já conhecidos.
Os resultados da pesquisa demonstram a importância de as perguntas serem
feitas aos consumidores, pois o Sistema Produto-Serviço da Morri de Ranço, que
este projeto se propõe a criar, sugere diversas hipóteses de criação de novos
produtos, serviços e até mesmo temáticas e conteúdo para serem apresentados aos
consumidores. A pesquisa também demonstrou que os resultados são variáveis de
21

acordo com o interesse e conhecimento que o indivíduo tem sobre a marca, pois
houveram também comparações com outras marcas existentes, de segmentos
semelhantes e outras diferentes, e que já são consolidadas no mercado.

2.2.3 Palavras-chave e diagrama de polaridades

Durante o processo de desenvolvimento do metaprojeto, levantamentos de


dados e significados (palavras-chave - Figura 3) contribuíram para que o cruzamento
dessas informações de forma que gerassem polaridades. Quatorze palavras foram
destacadas e consideradas as mais mencionadas nas respostas do questionário.

Figura 3 - Esquema sistêmico de desenvolvimento do processo metaprojetual.

Fonte: Pesquisa projetual da autora.

Assim, organizou-se um campo semântico por oposição dos conceitos


(palavras-chaves) destacados no questionário, e a partir daí seus cruzamentos
resultaram em diversos cenários para o desenvolvimento do projeto. A ideia é que
essas palavras-chaves identificadas que se destacaram nas respostas tenham
relações opostas, e por isso tencionam insights, gerando análises não destacáveis.
O resultado da junção entre as duas palavras-chaves tensionadas dentro do gráfico
de polaridades permitiu a construção de cenários onde fosse possível o projeto se
22

desenvolver. Neste caso, a construção de cenários teve como objetivo visualizar um


possível futuro como forma de prever e até mesmo antecipar possíveis
necessidades de mudança neste projeto.
Os cenários são como uma resposta a tentativa de simplificar um ambiente
em constante transformações, mesmo que de maneira imaginativa. Essas
construções surgem a partir de interpretações de sinais fortes e fracos, como já
mencionado anteriormente, que possam intervir nas dimensões do projeto e foram
identificados como polaridades (DESERTI, 2007).
O gráfico de polaridades (Figura 4) ilustra o modelo feito para a Morri de
Ranço.

Figura 4 - Gráfico de polaridades.

Fonte: Pesquisa projetual da autora.

Desta forma, na construção de cenários, esta ferramenta possibilita ampliar a


percepção do mundo exterior para além dos modelos de negócios tradicionais
(HEIJDEN, 2004), quando utilizada para análise do futuro, também possibilita à
inteligência de mercado ir além da mera análise do passado e do acompanhamento
23

de estatísticas correntes sobre indicadores de mercado antecedentes, fornecendo


ao tomador de decisões indicações acerca do futuro (HEIJDEN, 2004). Então, para
definir quais polaridades seriam as mais indicadas para desenvolver estes cenários,
foram escolhidas quatro polaridades, que representadas em um gráfico em formato
de cruz (Figura 5), definiram quatro possíveis cenários para o desenvolvimento
deste projeto. Assim, levando em consideração todas as informações coletadas até
o momento, achou-se válido utilizar estas polaridades, que apareceram ser as que
melhor representam a busca pela criação de um ambiente ideal ao contexto de
projetação, e que também respondiam as tendências identificadas nas metodologias
projetuais aplicadas até aqui.

Figura 5 - Gráfico de polaridades.

Fonte: Pesquisa projetual da autora.

As polaridades representadas acima fazem referência aos meios possíveis


para o desenvolvimento do sistema produto-serviço. Cada um dos quadrantes
formados por estas polaridades foi considerado importantes norteadores para a
24

definição dos cenários possíveis para o ambiente de projetação. Portanto, podem-se


definir quatro cenários baseados no cruzamento destas polaridades:

Cenário 1: Clube do Ranço


Polaridades: Collabs e Variedade
Definição: Transformar o que existe hoje como “Clube do Ranço”, que nada
mais é do que uma compilação, através do recurso highlight do Instagram, de todas
as pessoas que compartilharam através dos seus stories e em postagens no perfil
pessoal, fazendo menção à marca, mostrando que estão usando algum produto, etc.
Dentro desta ideia de compartilhamentos e colaboração, o Collab mensal
proporcionará a contribuição dos seguidores da marca na escolha do tema do mês
para aplicação em produtos diversos, como camisetas, canecas, itens de papelaria,
etc. A ideia é escolher um tema a partir da definição de dois diferentes, como por
exemplo, “acordar cedo” e “Ranço de domingo”, utilizando o recurso de votação no
site da marca, com duração prevista de 7 dias. O tema escolhido, será
comercializado a partir de um combo de produtos diversos contendo estampa na
temática mais votada. A divulgação ocorrerá através das redes sociais e envio de
newsletters para clientes cadastrados no site. Os clientes saberão previamente que
produtos comporá o mês seguinte, e assim por diante.

Cenário 2: Vitrine do Universo Expandido.


Polaridades: Pontos físicos e Collab
Definição: O Universo Expandido é um espaço de experiências educacionais
voltado para as áreas criativas. Diversos projetos criativos, incluindo a Morri de
Ranço, surgiram deste espaço e hoje encaram de frente o mercado. Com o intuito
de divulgar e auxiliar essas marcas, aos sábados, o espaço abrirá uma espécie de
hub/café para incluírem mais atividades para a escola e também expor produtos
para venda destas marcas. Facilitando assim, que o cliente tenha a possibilidade de
comprar algum produto de forma presencial, já que as vendas são praticamente
todas de forma online, assim como também experimentar antes da decisão de
compra. O convite para participar deste espaço já havia sido feito durante o
desenvolvimento deste projeto, então já havia essa possibilidade de trabalhar a
marca em um espaço físico. Portanto, as respostas dos clientes contribuíram mais
ainda nos insights de propor um movimento para a marca sair um pouco do online e
25

experimentar ter um ponto físico que possibilite maior aproximação com seus
consumidores.

Cenário 3: Estampas personalizáveis pelo cliente.


Polaridades: Variedade e Frases
Definição: Com o intuito de diminuir o desperdício e tornar o estoque de
produtos sustentáveis, oferecer o formato de encomendas é o caminho mais viável
neste caso, pois possibilita que o cliente possa escolher estampas e frases variadas
de acordo com suas necessidades e gosto pessoal. Desta forma, serão
apresentadas diversas opções diferentes de estampas e frases para
planners/agendas, canecas, camisetas entre outros produtos, tornando o produto
mais personalizado e aumentando ainda mais o vínculo de fidelidade com o cliente.

Cenário 4: Intervenção Urbana com o muito Ranço.


Polaridades: Frases e Pontos físicos
Definição: Promover, através de pôster lambe-lambe0, intervenções por toda a
cidade, através de projetos culturais permitidos pelos órgãos públicos da cidade,
com frases de apoio em situações cotidianas chatas e torná-las mais leves e
divertidas. Através de frases e ilustrações, traçar a rotina dos trabalhadores que
pegam o Transurb lotado pela manhã, que precisam enfrentar a fila do banco, entre
outros exemplos, e transformando em algo alegre através do propósito da marca,
que é justamente tornar o dia-a-dia das pessoas mais leve divertido, tratando com
bom humor os problemas e o mau humor diários.

Foi identificado, então, que as condições apresentadas nos quatro cenários


podem formar um cenário possível e ideal para a aplicação do projeto. O trabalho
com cenários surgiu como importante subsídio para reduzir as incertezas inerentes
ao negócio e ao sistema considerado na análise. A ferramenta proporcionou um
importante debate sobre questões críticas relacionadas ao futuro da marca, por
intermédio do processo contínuo de identificação e projeção de oportunidades e

0
São também chamados de poster-bomber, é um pôster artístico de tamanho variado que é colado
em espaços públicos. Podem ser pintados individualmente com tinta látex, spray ou guache. Quando
feitos em série sua reprodução pode ser através de fotocopiadoras ou silk-screen.
26

ameaças, proporcionando as condições necessárias para a revisão das opções


estratégicas existentes frente às mudanças do ambiente externo.

2.3 Apresentação da solução

O cruzamento de informações e técnicas projetuais do presente projeto,


apresentadas anteriormente, levaram a insights e visões de futuras possibilidades de
novos produtos e mercado. O sistema produto-serviço apresentado é um conceito
oriundo destas ideias, o qual necessita de todo o seu desenvolvimento para uma
futura execução. O trabalho com cenários surgiu como importante subsídio para
reduzir as incertezas inerentes ao negócio e ao sistema considerado na análise.
O esboço do funcionamento do sistema produto-serviço (Figura 6) apresenta
o cruzamento destas ideias:

Figura 6 - Esboço representativo do Sistema Produto-Serviço (SPS).

Fonte: Pesquisa projetual da autora.

A escolha dos produtos para este sistema foi baseada no que a marca já
oferece atualmente que são as camisetas, canecas, prints e papelaria, com exceção
de que este último item que foi acrescentado mais variedades de planners que,
27

atualmente, só é oferecido um modelo, o não datado. Os demais, estão previstos


para serem ofertados como forma de oferecer mais opções para diferentes estilos e
necessidades, aproveitando o fato de que papelaria foi o tipo de produto que mais
apresentou interesse por parte dos pesquisados no questionário realizado. De todos
os produtos ofertados, papelaria é o mais viável de ser feito e ter mais variedades,
pois toda a confecção é feita de forma artesanal pela criadora da marca, portanto
não há a necessidade de envolver serviços terceirizados para serem produzidos e é
mais fácil de ser personalizado pelo cliente. Já o termo “variedade” também surgiu
em várias das respostas obtidas e, obviamente, não pode ser desconsiderado.
Desta forma, foi adicionado o tamanho “PP” para as camisetas, assim como a opção
de impressão de prints sobre MDF.
A parte de comunicação da marca foi mantida, apenas acrescentando a
possibilidade de incluir estratégias futuras quanto ao envio de newsletter para os
clientes cadastrados.
Foram escolhidos dois dos quatro cenários propostos como forma de
acrescentar aos serviços da marca Morri de Ranço, sendo eles:

1) Clube do Ranço:
O serviço de colaboração pretende fazer com que os clientes e seguidores da
marca participem da escolha da arte do mês, promovida através de votação onde
serão disponibilizadas duas temáticas diferentes por mês para serem escolhidas. A
temática e arte mais votada serão estampadas em produtos diversos a serem
previamente divulgados, ou seja, poderá ser ofertado um combo de papelaria
incluindo blocos estampados, adesivos e camiseta, por exemplo. com aquela arte
mais votada.
Esta é uma tentativa de viabilizar a quantidade de produtos disponíveis todos
os meses, de forma que o custo por unidade de cada um deles seja reduzido e ao
mesmo tempo repassado de forma prévia para o cliente, ou seja, não será
necessário ter um estoque disponível para viabilizar esse tipo de modelo de venda e
tornar a marca o mais sustentável possível, evitando desperdício de matérias primas
e estoque parado. Muitos fornecedores exigem que se tenha uma quantidade
mínima para produção, então este método auxiliaria também neste quesito.
A votação da arte do mês será feita através do site e-commerce da marca,
mediante a solicitação prévia do cadastro do cliente para que seja possível a sua
28

participação tanto na votação quanto na compra.


Neste caso, este projeto é possível de ser implementado a qualquer
momento, apenas necessitando traçar as estratégias de divulgação nas redes
sociais e newsletter para educar o público quanto à essa nova modalidade de venda,
pois o público precisa primeiro entender o funcionamento para que possa haver
engajamento posterior. As artes poderão ser tanto feitas tanto pela pesquisadora do
projeto e criadora da marca, quanto por colaboração de artistas e ilustradores que
possam eventualmente aceitar participar desta collab.
A votação estará disponível durante 7 dias corridos, para que haja tempo
suficiente para divulgação, criação de interesse e engajamento do público com a
escolha da arte. A votação sempre será referente ao mês seguinte, e ocorrerá no
começo de cada mês vigente. Não funcionará como modalidade de assinatura, ou
seja, o cliente poderá comprar em um mês e deixar de comprar no próximo, por
exemplo.
Também será necessário fazer um levantamento de possíveis temas para os
meses seguintes, assim como também preparar previamente as artes que farão
parte das votações. Neste caso, o aconselhável é ter tudo previsto e planejado para
os próximos 6 meses ou para o ano inteiro, a fim de evitar possíveis atrasos de
divulgação. Eventualmente, é possível também abrir enquetes para que o público
possa sugerir novos temas, possibilitando alimentar o banco de dados e pesquisar
sobre os interesses.
Não é possível prever os custos deste projeto, pois ele não foi aplicado.
Porém, os custos serão de contratação da plataforma de votação (domínio +
hospedagem), valor de impulsionamento de posts através do Facebook e Instagram
e valor do combo de produtos do mês.

2) Vitrine do Universo Expandido:


Para concretizar a ideia de existir a possibilidade de levar a marca em locais
físicos, os produtos serão disponibilizados para venda e divulgação no espaço
criativo Universo Expandido, conforme mencionado na apresentação dos cenários,
situado na cidade Porto Alegre. Entende-se que disponibilizar a marca em
ambientes como este, o qual recebe diversas pessoas diferentes todos os dias em
seu espaço, possibilita não só a divulgação da marca, como também proporciona a
possibilidade de as pessoas experimentarem os produtos e comprovarem sua
29

qualidade, de forma que ainda não é possível fazer através da internet. Portanto,
será uma espécie de vitrine, onde os produtos estarão expostos e disponíveis para
venda.
Este projeto já é possível de ser concretizado, pois já foi acordado e
viabilizado pelo proprietário do Universo Expandido, Cristiano Clezar Ribeiro, sendo
necessário apenas combinar a data para começar a expor os produtos, que está
prevista para o dia 8 de novembro de 2019.
A responsabilidade por ceder o espaço para comercialização e exposição dos
produtos será inteira do Universo Expandido, sendo o único investimento, neste
caso, o de preparação de estoque para estes produtos, com o intuito de
proporcionar mais opções de estampas, tamanhos e cores dos produtos, e ser
possível atender a um público maior de pessoas. Neste caso, o investimento será
feito por parte da criadora da marca para fabricação dos produtos, assim como não
terá custo de aluguel para expor neste espaço, o que facilita o investimento da
marca quanto à viabilidade de manter seus produtos em um espaço físico.
Será aberto uma espécie de hub/café que funcionará aos sábados, onde
pessoas poderão frequentar o local sem a necessidade de estarem matriculadas em
algum curso. Esta forma permitirá ampliar o público e possibilitará que mais pessoas
possam conhecer o ponto físico onde as marcas irão expor seus produtos para
venda. Apesar deste hub/café, os produtos ficarão no local durante todos os dias da
semana, podendo ser comercializado sempre que possível.
30

3 RETORNO PREVISTO DA SOLUÇÃO

Espera-se que aplicação dos cenários obtidos durante a pesquisa deste


projeto sejam satisfatórios tanto em termos de retorno financeiro, mas
principalmente quanto a entregar o propósito da marca de forma mais assertiva,
levando mais qualidade, variedade e preços mais competitivos tanto para os atuais
apoiadores da marca quanto para os futuros clientes.
Para o Clube do Ranço, será necessário planejamento prévio das temáticas
possíveis a serem utilizadas e das artes que as acompanharão nas estampas, assim
como também analisar que tipos de produtos comporão o combo do mês. Para isso,
será feita uma junção de produtos que combinem entre si, até mesmo para justificar
o valor final de venda. Por exemplo, uma camiseta, um bloco de anotações e duas
cartelas de adesivos podem ser a composição de um combo de determinado mês, o
qual terá uma temática específica que foi previamente escolhida pela maioria dos
clientes através de votação como uma espécie de cocriação, podendo ser por
exemplo, “acordar cedo nas segundas-feiras”. Esse modelo contribuirá para a
redução de custos por unidade de cada produto e também do desperdício de
matérias primas em casos em que sobram produtos no estoque. Então, o custo para
produção desses combos será suprido através da pré-venda, ou seja, antes do
combo mais votado ser implementado no site, a venda será feita de forma
antecipada e um prazo será informado para que seja entregue para o cliente. Esse
modelo também viabiliza criar maior variedade de produtos diferentes, atendendo
assim a uma maior demanda de pessoas interessadas. A implementação deste
modelo é de fácil aplicação, pois para isso é somente necessário programar a
sessão do Clube do Ranço no site já existente, investimento na divulgação e
gerenciamento estratégico quanto à criação das artes de forma que seja sempre
antecipada aos meses de votação.
Já para a Vitrine do Universo Expandido se espera proporcionar uma
experiência de venda diferenciada a qual não é possível oferecer através do e-
commerce e das redes sociais. Acredita-se que a venda física possibilita um contato
diferenciado para as pessoas com o produto, pois assim é possível experimentar e
sentir o material que foi utilizado e assim auxiliar o consumidor final na tomada de
decisão. Este modelo também possibilita um diferente canal de divulgação para a
marca, já que há uma circulação grande de pessoas de diferentes idades, profissões
31

e interesses no local. A data prevista para implementação será para o dia 07 de


novembro de 2019, necessitando apenas organizar os produtos a serem expostos
no local. As vendas serão gerenciadas tanto pelo dono do espaço quanto pela
criadora da marca, de forma que as vendas sejam repassadas semanalmente para a
marca, assim como o aviso de reabastecimento de estoque, quando necessário.
32

4 APLICAÇÃO E/OU AVALIAÇÃO DA SOLUÇÃO

Para avaliação final deste projeto, foi apresentada a proposta de solução do


Clube do Ranço para um dos consumidores da marca a fim de avaliar o projeto
como um todo. Foi explicado todo o processo projetual até chegar ao concept final.
A partir disso, o cliente constatou que, não só no quesito produto/papelaria, mas
principalmente na parte de propor as diferentes temáticas para votação e trazer o
público para interagir com a marca, tornam esse modelo diferenciado e interessante
de ser aplicado. Além dessa possibilidade de interação e trazer diversos conteúdos,
é possível pensar em diferentes tipos de produtos a serem oferecidos, não somente
os que já são ofertados atualmente. Isso possibilita manter o interesse e
engajamento do público de forma que ele seja impactado positivamente quanto a
sempre esperar receber novidades da marca e também saber que por mais que os
produtos possam, ou não, parecer repetitivos, eles tem um contexto diferente um do
outro e podem ser tanto utilizados para interesses pessoais quanto para presentear
seus amigos, por exemplo. Ainda segundo ele, o clube torna a marca ainda mais
próxima do público, já que ele se identifica com o propósito da marca por tratar a sua
rotina de forma mais humorada e divertida.
Já para a avaliação da Vitrine do Universo Expandido, foi solicitado a outro
consumidor da marca, e conhecedor do espaço sugerido, analisar o contexto geral
do projeto. Segundo este consumidor, a ideia é muito pertinente, pois a Morri de
Ranço tem aderência à marca do Universo Expandido, pois é uma marca criativa e o
espaço é feito por pessoas também criativas, então ambas são proporcionais. Além
disso, ele entende que a marca precisa e é favorável ser inserida em pequenos
locais físicos, principalmente pelo quesito financeiro, já que é uma maneira fácil de
entrar no mercado sem grandes investimentos. Então, locais como o Universo
Expandido, pequenos hubs criativos, coworkings, cafés, ou seja, pequenos lugares
que, de alguma forma, tenham a ver com a criatividade e criam uma experiência
nova e disruptiva, além de bem-humorada, para o seu público, tem tudo a ver com a
Morri de Ranço. A marca, tranquilamente tem condições de ter uma loja física,
mesmo que seja requerido um grande investimento no futuro. Então, por ora, essa
estratégia de ser inserida em pequenos comércios é muito interessante e simples,
pois nisso há oportunidades de crescimento, tanto de forma física quanto na
presença online, pois ele enxerga muito forte como uma fonte de divulgação em
33

conjunto com o online. Para as pessoas que já conhecem a marca através da


internet, ter a loja como referência quando chegarem em um hub ou café, por
exemplo, e se depararem com os produtos no local, levará a identificação imediata
como “aquela empresa legal que eu sigo no Instagram” e criará oportunidades de
venda, tanto na forma física, já que os produtos já estariam expostos, como
posteriormente através do e-commerce, por exemplo, aproveitando a característica
do brasileiro que, segundo ele, precisa tocar para ter certeza se vai comprar ou não.
Ambas as avaliações foram feitas por intermédio da plataforma WhatsApp,
por ser considerada de fácil acesso e rápida para receber as avaliações, as quais
foram transcrevidas conforme os áudios recebidos por ambos os avaliadores.
34

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A partir dos resultados apresentados anteriormente, pode-se concluir que a


metodologia proposta atingiu os objetivos pré-estabelecidos. É importante salientar
que o modelo utilizado foi referenciado através da proposta feita pelas técnicas e
instrumentos de pesquisa e apenas foi realizado com uma amostragem, portanto, as
conclusões tiradas estão em torno dos cenários atingidos.
O objetivo geral deste projeto proporcionou a ideação de um sistema produto-
serviço para a marca Morri de Ranço, a partir da contribuição do Design Estratégico.
Observando os dados através da geração de cenários, a partir das polaridades
observadas pelo resultado do questionário feito com clientes da marca, pode-se
elaborar diversas diretrizes para disseminar novos modelos de venda dos SPS de
forma sustentável. Apesar da dificuldade para reunir clientes interessados em
responderem as questões, a surpreendente e rápida integração destes atores e o
nível de envolvimento demonstrado revela que há oportunidades futuras para
replicação das sugestões concebidas.
Como consequência de o tempo reduzido para o pesquisador aprofundar-se
no projeto, e a ausência de recursos humanos capacitados para desenvolver
algumas características dos serviços neste ambiente de projetação, como por
exemplo, a adequação da empresa para ser possível a realização da votação dos
temas, por exemplo, algumas oportunidades para desenvolvimento do SPS poderão
ainda ser aproveitadas. Pode-se também sugerir, para a continuidade do processo
criativo deste projeto, um estudo mais aprofundado da interação entre os
consumidores da marca e o os cenários obtidos, com o objetivo de compreender
melhor essas oportunidades propostas, a fim de atender as necessidades,
motivações e aprendizados da marca. Além disso, o envolvimento de mais recursos
financeiros também será necessário para seguir as etapas seguintes de
implementação do projeto.
35

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WHEELER, Alina. Design de identidade de marca. Porto Alegre: Bookman, 2ª


Edição, 2008.
39

APÊNDICE A – PESQUISA CONSUMIDORES MORRI DE RANÇO

QUESTIONÁRIO:

1 - Como você percebe a marca Morri de Ranço?

2 - O que te levou a comprar um ou mais produtos da marca?

3 - Gostou da maneira como o produto chegou na sua casa? Se comprou


presencialmente (feiras de rua), gostou como o produto foi entregue a você?

4 - O que pode ser feito diferente?

5 - Que outras marcas você acha que são inspiradoras? Explique o porquê?

6 - No que o produto que você adquiriu agrega no seu dia-a-dia?

7 - Que tipos de serviços você acha que agregaria de forma positiva à marca? 

8 - Você se identifica com o tipo de conteúdo que a marca produz nas redes
sociais?

9 - Você teve alguma dificuldade para entender o propósito da marca, assim


como os produtos, formas de pagamento, etc?

10 - Tem alguma coisa que você sente falta na marca?


40

1) Consumidora A / Psicóloga Clínica Infantil e Educacional - Porto Alegre/RS

1 - É uma marca que traz leveza para o dia-a-dia (rotina) das pessoas imprimindo
humor e criatividade ao produto. 
O que ela significa para você?  Organização descomplicada (adoro o planner da
Morri de Ranço!)  

2 - A proposta bem-humorada e de organização descomplicada.

3 - Sim, gostei. Comprei numa feira e o produto foi entregue numa sacola de papel.
Odeio as sacolas plásticas!

4 - Talvez a identificação da marca na sacola através de uma tag ou somente de um


desenho do monstrinho carimbado nela. 

5 - Hum...sou fã da Kipling, por exemplo. Marca de mochilas e calçados. O material


utilizado nos produtos é muito bom e o macaquinho que representa a marca está
sempre "enganchado" nas suas mochilas e bolsas! Acho inspirador este detalhe
"engraçadinhos" utilizados nos acessórios da Kipling. 

6 - Além de humor, organização da minha rotina de forma descomplicada.

7 - Vender em pontos físicos também!

8 - Sim!!! O Morri de Ranço me representa!!! Minha família que o diga! Sou muito
sarcástica e, além disso, não funciono direito pela manhã! Por isso, morro de Ranço
neste período! 

9 - Não!

10 - Não que eu me lembre!


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2) Consumidora B / Marketing Digital - Maceió/AL

1 - Uma forma divertida de lidar com os estresses do dia a dia, nos ajuda a lidar com
planejamentos de forma divertida.

2 - A necessidade de organizar o tempo, junto com a forma engraçada do Ranço

3 - AMEI, moro bem distante, no Nordeste, e mesmo assim tudo chegou inteiro, com
bilhetinho e com muito amor.

4 - Não sei o que pode ser feito diferente, mas quero conhecer mais e mais produtos
da marca que por enquanto tem poucos produtos para ofertar.

5 - Gosto da Gravurando, faz planners também, de forma sustentável, e são lindos,


nos inspiram a querer organizar o tempo.

6 - Como citei antes, deixa mais fácil e divertido organizar o tempo, coisa que é
estressante.

7 - Gostei de todos esses pontos abordados, amaria ter outras estampas de


camisas, amaria que tivesse alguma loja perto de mim que vendesse e um leque
maior de produtos. Se já amo os que tem, imagina a tentação que seria um leque
maior.

8 - Sim, acho divertido, descontraído e gosto sempre de acompanhar.

9 - Não, acho que tudo é muito bem explicado.

10 - Eu amaria que tivesse outros tipos de planners, tipo literário, de Filmes, Viagens
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3) Consumidora C / Arquiteta - Porto Alegre/RS

1 - Como você percebe a marca Morri de Ranço? O que ela significa para você?
Divertida e irreverente, é uma oportunidade de criar um momento de descontração
usando um objeto de vestuário. 
Tenho uma camiseta "acordei e não recomendo" e só uso ela em situações em que
significa alguma coisa. Como ir em uma viagem em que o ônibus sai as 5 da manhã,
ou quando o horário de verão acabou em um domingo, enfim, quando tenho que
acordar cedo para algo (meus amigos sabem que eu odeio acordar cedo). Já usei
até para uma reunião de trabalho com um cliente que era mais descolado. Para mim
não é uma camiseta como qualquer outra que eu uso, ela é uma extensão da minha
personalidade, que tem essa característica de fazer brincadeiras com as situações
do dia-a-dia.

2 - O que te levou a comprar um ou mais produtos da marca?


A frase da camiseta é perfeita! Tanto é que é uma das poucas camisetas que eu
tenho, pois não tenho habito de usar essa modelagem T-Shirt.

3 - Gostou da maneira como o produto chegou na sua casa? Se comprou


presencialmente (feiras de rua), gostou como o produto foi entregue a você?
Adorei! Veio com um recadinho, achei que agregou muito valor a um produto que já
tem uma característica de compra hedônica.

4 - O que pode ser feito diferente?


Gostaria de mais opções de modelagem ou de cores. Mas também acho que se
fazer a modelagem T-Shirt faz parte do conceito da marca, isso deve ser mantido.

5 - Que outras marcas você acha que são inspiradoras? Explique o porquê?
Eu conheci a El Cabriton em uma visita a SP, e lembrei muito da Morri de Ranço,
pois acho que é um modelo de negócio que começou um pouco como o teu, mas
conseguiu manter muito bem o equilíbrio de virar algo comercial e main stream sem
perder a essência. Vale a pena dar uma olhada! 
Gosto muito da Squame aqui de POA tb. Estou adorando o que elas estão fazendo,
apesar de não ser para todos os bolsos...

6 - No que o produto que você adquiriu agrega no seu dia-a-dia?


Como eu disse, provoca momentos de descontração. Acho que isso transcende o
vestir.

7 - Que tipos de serviços você acha que agregaria de forma positiva à marca? 
Acho que mais variedade de estampas e frases. Tornar teu produto colecionável. Eu
não compraria outra camiseta “Acordei e não recomendo”, mas com certeza
compraria outras com outras frases legais.
Te sigo no insta e vejo que tu tens um engajamento legal com a causa feminista. Eu
sinto falta de algumas peças de vestuário com conceitos feministas, mas que sejam
de impacto mais "leve" sabe? Eu trabalho e meu dia-a-dia é desbravar esse ramo
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extremamente machista, mas no final do dia, não posso me posicionar de uma


maneira muito radical, pois tenho clientes que às vezes podem não gostar. Não sei
se me fiz entender. Mas, sinto falta de produtos que permeiem essa causa sem ter
frases de impacto tão radicais. Coisas positivas sobre ser uma mulher phoda no
mundo, mas sem que os machistas enrustidos se sintam tão impactados. Tô
pedindo demais?

8 - Você se identifica com o tipo de conteúdo que a marca produz nas redes sociais?
Sim!!!

9 - Você teve alguma dificuldade para entender o propósito da marca, assim como
os produtos, formas de pagamento, etc.?
Não.

10 - Tem alguma coisa que você sente falta na marca?


Acho que já comentei ali em cima.

  
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4) Consumidora D / Analista de Sucesso do Cliente / Porto Alegre/RS


 
1 - Como você percebe a marca Morri de Ranço?
 O que ela significa para você? Acho uma marca muito criativa e divertida.

2 - O que te levou a comprar um ou mais produtos da marca?


Adorei o Bichinho logo da marca e as tiradas criativas.

3 - Gostou da maneira como o produto chegou na sua casa? Se comprou


presencialmente (feiras de rua), gostou como o produto foi entregue a você?
Comprei presencialmente e adorei como me foi entregue e o atendimento.

4 - O que pode ser feito diferente?


Você poderia ter um planner datado. (Sou meio neurótica com organização).

5 - Que outras marcas você acha que são inspiradoras? Explique o porquê?
Essere; Mãe que inventa moda; Amor de Rabisco; Funnybee.

6 - No que o produto que você adquiriu agrega no seu dia-a-dia?


Deixa meu dia mais alegre e divertido.

7 - Que tipos de serviços você acha que agregaria de forma positiva à marca?
Acho que você poderia criar um relacionamento com os clientes (não sei se você já
faz isso tá, adquiri a pouco tempo a minha caneca), mas tipo enviar um e-mail de
aniversário, um de aniversário de primeira compra... se puder ser personalizado
melhor... hoje as pessoas procuram reciprocidade das marcas, e quanto mais você
mostrar que conhece o seu cliente, mais próximo ele estará da marca.

8 - Você se identifica com o tipo de conteúdo que a marca produz nas redes sociais?
Sim, acho muito criativo e divertido.

9 - Você teve alguma dificuldade para entender o propósito da marca, assim como
os produtos, formas de pagamento, etc.?

Não, nenhuma.

10 - Tem alguma coisa que você sente falta na marca?


O planner datado.
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5) Consumidora E, Publicitária, Porto Alegre/RS

1 - Como você percebe a marca Morri de Ranço? O que ela significa para você?
O Rancinho significa ver nosso mau humor com bom humor e muita graça ❤ é uma
marca divertida e, apesar de tudo, superpositiva e alto astral!

2 - O que te levou a comprar um ou mais produtos da marca?


Me identifico com o Ranço ❤

3 - Gostou da maneira como o produto chegou na sua casa? Se comprou


presencialmente (feiras de rua), gostou como o produto foi entregue a você?

Comprei e a Mônica me entregou em mãos! Como não gostar de ver essa mulher
maravilhosa?

4 - O que pode ser feito diferente?


Hm, não sei. Aceita cartão? Cupom de desconto?

5 - Que outras marcas você acha que são inspiradoras? Explique o porquê?
Tsuru e Aff The Hype! A primeira porque é super local e inspiradora, a criatura por
trás é uma mulher maravilhosa. A segunda porque me identifico muito com esse tipo
de humor e adoro coisas fofas!

6 - No que o produto que você adquiriu agrega no seu dia-a-dia?


Dei de presente e a moça adora! Ela deixa em cima da mesa dela aqui no trabalho,
sempre fico feliz

7 - Que tipos de serviços você acha que agregaria de forma positiva à marca?
Ter parcerias e pontos de venda fixos, tipo a Rocambolo!

8 - Você se identifica com o tipo de conteúdo que a marca produz nas redes sociais?
(Não é a divulgação dos produtos)
MUITO ❤ ❤ ❤ eu amo!

9 - Você teve alguma dificuldade para entender o propósito da marca, assim como
os produtos, formas de pagamento, etc.?
Não :P

10 - Tem alguma coisa que você sente falta na marca?


Queria adesivos, pins e pelúcias! Quem sabe umas roupinhas pra pet? Mais
papelaria também.
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6) Consumidora F / Jornalista / Porto Alegre/RS

1 - Como você percebe a marca Morri de Ranço? O que ela significa para você?
Percebo uma marca alegre e empática.

2 - O que te levou a comprar um ou mais produtos da marca?


Nunca comprei

3 - Gostou da maneira como o produto chegou na sua casa? Se comprou


presencialmente (feiras de rua), gostou como o produto foi entregue a você?
Nunca comprei

4 - O que pode ser feito diferente?


Mais produtos gráficos como bottons e adesivos (são o tipo de coisa que consumo
de ilustradores)

5 - Que outras marcas você acha que são inspiradoras? Explique o porquê?
Bah, eu sigo mais ilustradoras. sigo porque elas conseguem produzir materiais
diferentes, mas que dialogam com coisas atuais (sigo muita gente lgbt, por
exemplo).

6 - No que o produto que você adquiriu agrega no seu dia-a-dia?


Nunca comprei.

7 - Que tipos de serviços você acha que agregaria de forma positiva à marca?
Acho que fazer parcerias com outras marcas gera valor e leva a marca pra outros
espaços. fazer sorteios também é uma maneira de encontrar novos
públicos/clientes. 

8 - Você se identifica com o tipo de conteúdo que a marca produz nas redes sociais?
Sim, muito. 

9 - Você teve alguma dificuldade para entender o propósito da marca, assim como
os produtos, formas de pagamento, etc.?
Não

10 - Tem alguma coisa que você sente falta na marca?


Acho que falta mostrar um pouco mais do material real depois de pronto, mostrar
mais "backstage".
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7) Consumidora G, Designer, Niterói/RJ

1 - Como você percebe a marca Morri de Ranço? O que ela significa para você?
Uma marca jovem e atual, me sinto representada principalmente se tratando dos
momentos de mal humor.

2 - O que te levou a comprar um ou mais produtos da marca?


Ainda não adquiri nenhum produto, mas tenho vontade <3

3 - Gostou da maneira como o produto chegou na sua casa? Se comprou


presencialmente (feiras de rua), gostou como o produto foi entregue a você?

4 - O que pode ser feito diferente?


Gosto de tudo.

5 - Que outras marcas você acha que são inspiradoras? Explique o porquê?
Gosto da Ilustralle, Meg Meg, Zaená, Paperview, Lado B, todas são feitas por
mulheres incríveis, jovens empreendedoras buscando seu lugar ao sol, agregando
significado no dia a dia das suas clientes com produtos fofos e funcionais. Todas
merecem sucesso em suas empresas, pois pra mim não existe concorrência :)

6 - No que o produto que você adquiriu agrega no seu dia-a-dia?


Não comprei ainda.

7 - Que tipos de serviços você acha que agregaria de forma positiva à marca?
Itens de papelaria como canetinhas, lápis, washi, imãs agregam valor para quem
busca itens de papelaria :)

8 - Você se identifica com o tipo de conteúdo que a marca produz nas redes sociais?
Totalmente, acho superdivertido 

9 - Você teve alguma dificuldade para entender o propósito da marca, assim como
os produtos, formas de pagamento, etc.?
Nenhum, me identifiquei na hora, assim que apareceu pra mim comecei a seguir.

10 - Tem alguma coisa que você sente falta na marca?


Mais produtinhos de papelaria :)
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8) Consumidora H, Porto Alegre, publicitária

1 - Como você percebe a marca Morri de Ranço? O que ela significa para você?
Como uma marca autoral mesmo, com identidade muito própria!
É uma representação para todos nós, pessoas reais, que vivem de altos e baixos,
que têm ansiedade, que em diversos dias acordam ranzinzas, que às vezes ficam
com "rancinho" dos seres humanos! Ela aborda nossos monstrinhos de forma muito
natural e divertida.

2 - O que te levou a comprar um ou mais produtos da marca?


A identificação com a marca foi o principal fator, mas conhecer a dona da marca e
seu trabalho também foram aspectos essenciais.

3 - Gostou da maneira como o produto chegou na sua casa? Se comprou


presencialmente (feiras de rua), gostou como o produto foi entregue a você?
Foi através dos Correios. Amei o recadinho à mão e os mimos que vieram juntos!

4 - O que pode ser feito diferente?


Quanto a entrega? Não sei, pois gostei do serviço.

5 - Que outras marcas você acha que são inspiradoras? Explique o porquê?
Na verdade, eu tenho algumas grandes redes como inspiradoras, como,
principalmente o grupo Boticário. Admiro muito como a empresa se comunica e
consegue atingir seus públicos nas diferentes marcas que a própria comporta. Sei
que as marcas não inclusivas só para serem legais, mas ainda assim a inovação nas
campanhas é admirável. Porém, tenho observado o surgimento de marcas locais e
acho o máximo! A internet tem possibilitado novos empreendimentos e uma
aproximação com diversos nichos.

6 - No que o produto que você adquiriu agrega no seu dia-a-dia?


Está no meu quarto (é um print)! Aproveitei e fiz uma moldura para ele. Gosto da
descontração que ele traz para o ambiente.

7 - Acho que mais opções de produtos! Eu tenho preferência por comprar pela
internet então quanto ao meio de venda, não vejo problemas ou necessidade de
mudança. Isso, até porque possibilita atingir públicos de outros locais. Prints já
impressos em MDF, ou com moldura já seriam bem bacanas! Sei que isso
aumentaria o custo de produção e o valor final, mas ampliar o leque de produtos
com novas alternativas seria bacana!
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8 - Você se identifica com o tipo de conteúdo que a marca produz nas redes sociais?
Nossa, demais! Não tenho utilizado muitos as redes, então perco várias
atualizações, mas sempre que olhava algum post, interagia. Acho que o conteúdo é
feito de forma ser como um monstrinho seja nosso humor sarcástico do dia!

9 - Você teve alguma dificuldade para entender o propósito da marca, assim como
os produtos, formas de pagamento, etc.?
Não tive! Pelo menos eu vejo tudo de forma clara.

10 - Tem alguma coisa que você sente falta na marca?


Ops, acho que respondi essa pergunta no item 7! Maior variedade de produtos e
estampas, bem como presença um pouco mais forte nas redes sociais, com
conteúdo exclusivos para stories e feeds. Não entendo como os filtros do Instagram
funcionam, mas quem sabe umas máscaras ou outros filtros engraçados?!
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9) Consumidora I, Porto Alegre, publicitária

1 - Como você percebe a marca Morri de Ranço? O que ela significa para você?
É uma marca que leva o ranço e coisas que todos fazemos - mas que quase
ninguém admite - de uma forma fofa e bem-humorada. 

2 - O que te levou a comprar um ou mais produtos da marca?


Eu amei a frase da camiseta, ela fala por si só - caso a pessoa já não tenha
entendido só pela cara de ranço.

3 - Gostou da maneira como o produto chegou na sua casa? Se comprou


presencialmente (feiras de rua), gostou como o produto foi entregue a você?
Sim, eu adorei! Veio ainda um adesivo e uma etiqueta muito querida, pedindo para
seguir a Morri de Ranço nas redes.

4 - O que pode ser feito diferente?


Talvez seria bacana a sacola ser personalizada, com algo escrito tipo "Use com
ranço". Uma mensagem pra cada cliente.

5 - Que outras marcas você acha que são inspiradoras? Explique o porquê?
Gosto muito da Dobra. Gosto da forma com que eles se comunicam com os clientes,
os post-its que eles colocam dentro das carteiras com recados, etc.

6 - No que o produto que você adquiriu agrega no seu dia-a-dia?


É uma forma engraçada de dizer como está o meu humor naquele dia.

7 - Super acho que poderia vender em lojas estilo a Imaginarium. São produtos
divertidos e que combinaram muito com o público dessa loja.

8 - Você se identifica com o tipo de conteúdo que a marca produz nas redes sociais?
Sim, me identifico muito, pois como falei anteriormente, é uma forma bem-humorada
de ver o mau humor, o ranço.

9 - Você teve alguma dificuldade para entender o propósito da marca, assim como
os produtos, formas de pagamento, etc.?
Não

10 - Tem alguma coisa que você sente falta na marca?


Acho que ela é maravilhosa, sem defeitos

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