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Chamando
r esta pequena área de
∆A, será ∆F a parte dos esforços que nela
atua.
• Normal ao plano e
• Contida no plano.
Figura I-7
Tensões 2 Prof. José Carlos Morilla
Estática nas Estruturas - Resistência dos Materiais
Essas tensões ρ possuem a mesma
direção e sentido do esforço interno
(FORÇA) na seção.
S
30kN 15kN P hipótese, a mesma direção da FORÇA, que
nesse exemplo é a normal N. Portanto, ρ é
mm
20 10 perpendicular, nesse exemplo, ao plano da
seção S.
Figura I-11 – Barra solicitada por força normal
A tensão normal σ, componente de ρ,
Nesta situação, as seções normal ao plano da seção, é então igual à
transversais da barra são solicitadas própria tensão ρ.
apenas pela força normal N, como mostra a
figura I-12. A tensão τ que atua no ponto,
componente de ρ na direção do plano da
30kN
seção, é, conseqüentemente, igual a zero.
15kN σ=ρ
S
τ=0
Figura I-12 – Diagrama de Forças Normais
30.000N
τ = ρ sen 30 o = × sen 30 o = 211,65MPa
4 3 × 10 − 4 m 2
Figura I-18
τ
ρ
O alongamento ε (épissilon) e a
distorção γ (gama) são as chamadas
Tensões 4 Prof. José Carlos Morilla
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deformações, números muito pequenos e infinitamente próximos), ocorrem
sem dimensão, usados como medida para deslocamentos, de pontos e de seções
as pequenas mudanças nas posições transversais das barras da estrutura, em
relativas. relação às suas posições iniciais.
1.4.2 Deslocamentos
∆dx
Sendo, porém, ε = , se obtém
Como conseqüência das dx
deformações (mudanças nas distâncias ∆dx = εdx
relativas entre pontos e entre planos
Tensões 5 Prof. José Carlos Morilla
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l que, para haver alongamento constante
l + ∆l = l + ∫ εdx ocorra solicitação também constante, sendo
0
esta solicitação a tensão normal.
Assim, a variação de comprimento pode ser
N = ∫ σdA = σ ∫ dA = σ × A ou seja,
escrita como: A A
l
∆l = ∫ εdx N
σ=
0 A
OBS:
N N
VALE VALE
NÃO NÃO
VALE VALE
Figura I-22 – Barra reta solicitada por uma força
normal N.
Como, por hipótese, as seções são Figura I-23 – Situações onde a expressão σ = N não
planas, antes e depois da aplicação da A
é válida.
força normal, todos os pontos de uma
seção qualquer da barra sofrem o mesmo
Nas barras curvas com raio de
deslocamento εdx, em relação a uma seção
curvatura (do eixo da barra) da mesma
vizinha, que, na ausência de esforços,
ordem de grandeza que a dimensão da
estava anteriormente, a uma distância dx.
seção transversal (barra de grande
curvatura), a hipótese, também, não
Assim, para todos os pontos da seção,
fornece bons resultados.
têm-se o mesmo alongamento ε, em
relação aos pontos da seção vizinha.
30kN N
S2
NÃO VALE
S1 15kN
Figura I-24 – Barras curvas.
Figura I-27
Nas barras cuja seção transversal
apresenta uma dimensão muito menor que Como é possível observar, a força
a outra (seção delgada), a hipótese, normal que atua na seção S1 é positiva e
também, não vale. vale 30kN enquanto a força normal que
atua na seção S2 é negativa e vale 15kN.
Desta forma se pode determinar as tensões
nas seções S1 e S2:
N
σ= P
A P
σ σ
Figura I-28
1.6 Exemplos
Seção S2
1. Determinar a tensão normal nos pontos
das seções S1 e S2 da barra da figura I- N − 15000N N
26. σ= = −4
= −25.000.000 2 = −25MPa
A 6 × 10 m 2
m
10 10
S1 S2
30kN 15kN P
mm
20 10
P P
Figura I-26
σ σ
Solução: Figura I-29
20 kN
10 mm
50 mm
mm
80
300 mm 160 mm
O ensaio de tração (ou de
compressão) consiste em se aplicar a uma
Figura I-30
barra prismática, de comprimento inicial l e
Solução: área da seção transversal inicial A, uma
força normal, constante ao longo do
O primeiro passo a ser executado é a comprimento da barra, produzindo variação
determinação dos esforços solicitantes que de comprimento ∆l, crescente com o tempo,
ocorrem nas seções da barra. A figura I-31 até que ocorra a ruptura da barra.
representa o diagrama de esforços
l
solicitantes para esta barra.
20 kN
+ N
N N
S1 S2 l+∆l
300 mm 160 mm
Ruptura
Figura I-31
Seção S2
N 20.000N N
σ= = = 3,98 = 3,98MPa
A S 2 π × (80mm )2
mm 2
4
σ = 3,98MPa
σ = constante x ε
Figura I-37 – Ruptura do corpo de prova de um Verifica-se que essa constante é uma
material dúctil. característica do material da barra
(mudando-se o material da barra, muda a
Para os materiais frágeis, a inclinação obtida) e o seu valor é o
deformação até a ruptura é pequena, coeficiente angular da reta. Esta constante
quando comparada com aquela que ocorre é chamada de Módulo de Elasticidade
Deformação Residual
E = tg α
Figura I-42
ε
1.7.3 Variação na Distância
Região elástica Região plástica
∆l = 9,2 × 10 −3 mm
S2
S1 S2 S1
20 kN
C
50 mm
distância entre S1 e S2 (∆DS1-S2) podemos
mm
80
300 mm 160 mm
usar o mesmo raciocínio:
Figura I-47
N× l N× l
Solução: ∆DS1−S2 = +
E × A S1−B E × A B−S 2
A figura I-48 representa o diagrama
de esforços solicitantes para esta barra. 20kN × 160mm 20kN × 70mm
∆DS1−S 2 = +
× 5000mm 2 200 kN × π × (80mm)
2
kN
20 kN 200 2
+ N mm mm 2 4
A S1 B S2 C
F>N F>N N
σ= ≤σ
A
Barra Flambada
Figura I-49
e do conhecimento histórico do
comportamento de estruturas já
construídas. Seus valores foram fixados 21cm
pelas normas técnicas. Ou seja, é dever do
Trecho DE
profissional respeitar esses valores
mínimos. Figura I-51 – Seções transversais da barra
A • Trecho DE
100kN
Neste trecho todas as seções
C D
E transversais estão sujeitas a uma força
N
B normal de compressão de valor igual a
100kN
100kN. A seção transversal deste trecho
200kN tem área igual a:
mín{σ} = 2,34MPa
Para estas seções, a tensão extrema fica:
100.000N
σ AB =
4 × 10 4 mm 2
2.5 Dimensionar
σ AB = 2,5MPa
• Trecho BD Nesta fase de conhecimento,
Neste trecho algumas seções dimensionar significa respeitar com
transversais estão sujeitas a uma força economia:
normal de tração de 100kN e outras a uma Tensões extremas < Tensões
de compressão de 200kN. A seção Admissíveis
transversal deste trecho tem área igual a: Deslocamentos < Valor pré-fixado.
π × (33cm )
2 OBS:
A= = 855,3cm 2 = 8,55 × 10 4 mm 2
4 Chama-se verificação da estrutura à
obtenção dos parâmetros envolvidos no
Pode-se então determinar as tensões dimensionamento, com a estrutura já
extremas: executada.
100.000N
σ BD =
8,55 × 10 4 mm 2
2.6 Exemplos
σ BD = 1,17MPa no trecho tracionado
5. Uma barra prismática de seção circular
− 200.000N é solicitada por forças normais, como
σ′BD = mostra a figura I-53. Determinar o
8,55 × 10 4 mm 2
diâmetro desta barra, para que ela
trabalhe com segurança igual a 2 à
σ′BD = −2,34MPa no trecho comprimido ruptura, quando se sabe que o material
com o qual ela será construída possui:
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σe = 1500 kgf/cm σR = 2000 kgf/cm γ=
2 2
A 20 kN
+ N
C
10m
- B
30 kN
500 mm 200 mm
Figura I-54
Solução: Solução:
10 m
• Trecho Tracionado 10 tf
N
120
N σR 20000N mm 2
≤ ≤ Figura I-55 – Diagrama de Força Normal sem
A s π × d2 2 considerar o peso próprio
4
Como a barra é prismática e não
d ≥ 20,6mm
existe variação da força normal ao longo de
seu comprimento, para qualquer ponto de
• Trecho Comprimido qualquer seção, pode-se escrever:
N
200
N σR 30000N mm 2
= máx{σ}
≤ ≤ N
σ=
A s π × d2 2 A
4
d ≥ 19,5mm kgf
1000
σ
máx{σ} ≤ e
Como a barra é prismática, o mínimo 10000kgf cm 2
≤
diâmetro que satisfaz a condição de esforço s π × d2 1,5
e economia é de 20,6 mm.
4
d = 4,4cm
6. Uma barra prismática com seção circular
e 10m de comprimento é solicitada por
uma força de 10 tf, como mostra a figura
I-54. Conhecidas as características de b. Considerando o peso próprio
seu material, determinar, com segurança
igual a 1,5 ao escoamento, o diâmetro Neste caso o diagrama de forças
da seção nas seguintes condições: normais para a barra fica:
a. Sem considerar o peso próprio
b. Considerando o peso próprio.
d ≅ 4,4cm
10 tf
Figura I-56 – Diagrama de Força Normal Observar que neste caso, o peso próprio
considerando o peso próprio do material não tem significado para o
dimensionamento.
Nesta situação, a seção mais
solicitada é aquela junto ao engastamento,
onde a força normal atuante é
7. Determinar os diâmetros que devem ter
Nmáx= 10 tf + γ x Vol as barras prismáticas da figura I-57, a
fim de que não sejam ultrapassadas as
onde Vol é o volume da barra. tensões admissíveis do material.
σ = 100MPa (tração)
Como a barra é prismática, é
σ = 150MPa (compressão)
possível escrever seu volume como:
C
Vol = A x L
π×d 2
s
4
F AB 30kN
π× d 2
kgf
10000kgf + γ × × 10m 1500
4 ≤ cm 2 Figura I-58 – Equilíbrio do nó B.
π × d2 1,5
4
kgf
1500
10000kgf 3 kgf cm 2
+ 7,8 × 10 × 10m ≤
π × d2 m3 1,5
4
∑ FV = 0
8. Um elevador predial tem uma
FBC × sen 30o = 30kN
capacidade de carga igual a 640kgf e
SUA cabina pesa 260kgf. O motor
FBC = 60kN elétrico aciona o sistema mostrado na
figura I-60, promovendo a subida ao
∑ FH = 0 enrolar o cabo no tambor; a descida
FBC × cos 30 o = FAB ocorre com o desenrolar.
Este equipamento trabalha num
edifício residencial de quinze
FAB = 52kN
pavimentos com velocidade média de
100m/min. O comprimento desenrolado
Com estes resultados, pode ser do cabo, quando ele serve o andar mais
traçado o diagrama de forças normais para baixo, é de 48m e ele vale 3m quando
as barras: no andar mais elevado.
C 60kN Determinar o diâmetro deste cabo
para que ele trabalhe com segurança
igual a três em relação ao escoamento
e para que o degrau entre os pisos do
30°
A barra BC é tracionada.
Cabina
máx{σ} =
N 60000N N
≤σ ≤ 100
π × dBC
2
A mm 2
4
Figura I-60
d BC = 28mm
Solução:
4
4 × 640kgf × 4800cm
σ e 2400 ≤ 1cm
σ= = = 800kgf / cm 2 2,1× 10 6 kgf / cm 2 × π × d 2
s 3
4 × 640kgf × 4800cm
A maior carga que atua no cabo é o d≥
resultado da soma entre a capacidade de 2,1× 10 6 kgf / cm 2 × π × 1cm
carga e o peso próprio do elevador
(desprezando o peso próprio do cabo) d ≥ 1,4cm
d ≥ 1,2cm s=
4 × 900kgf
N× l
∆l = ≤ 10mm Figura I-61
E× A
Solução:
a
comprimento do trecho CD. Assim, pode-se
escrever:
°
60
N× l N× l
∆l = +
a E × A AC E × A CD
Figura I-62 – Seção transversal da barra
5kN × 3000mm − 10kN × 1000mm
∆l = +
A=
a × cos 30
2
=
(25mm) × cos 30 = 271mm 2
o 2 o
84
kN
× 271mm 2 84
kN
× 271mm 2
2
2 2 mm mm 2
∆l = 0,22mm
Para resolver o problema, devem ser
determinadas as reações de apoio e OBS:
construídos os diagramas de esforços
solicitantes. No caso do problema o único O sinal positivo obtido para ∆l indica que a
esforço é Força Normal cujo diagrama fica: barra sofre um aumento em seu
comprimento original.
5kN
N
A B C D
c. Deslocamento horizontal do
10kN apoio móvel
Figura I-63 – Diagrama de Forças Normais
É possível observar que na barra da
figura I-61, a única seção que não sofre
Pelo diagrama se tem: alteração de posição é a seção C colocada
no apoio simples fixo. Assim, o
Trecho AC: N=5kN Trecho CD: N=- deslocamento do apoio móvel é igual ao
10kN deslocamento relativo entre a seção C
(onde se encontra o apoio fixo) e a seção B
(onde se encontra o apoio móvel), ou seja,
a. Tensões Extremas é a variação na distância entre as seções B
e C; isto é
As tensões extremas ficam:
N× l
DB= ∆l BC =
E × A BC
máx{σ} =
5.000N
máx{σ} = 18,45MPa
271mm 2
DB = 5kN × 2000mm DB = 0,44mm
min{σ} =
10.000N min{σ} = 36,90MPa 84
kN
× 271mm 2
271mm 2 mm 2
2m
20kN
N× l
DA= ∆l AC =
E × A AC B
1m
DA = 5kN × 3000mm A
kN Figura I-64
84 2
× 271mm 2
mm
DA = 0,66mm
20kN
C
2m
20kN
B
1m
20kN
A
A=
π
4
[( 2 2
)]
× (33mm ) − (16mm ) = 654mm 2
possui o diâmetro encontrado
no item anterior.
Com a força normal de cada barra e σR= 620 MPa; σe= 430 MPa; E = 210GPa.
a área da seção transversal, se obtém os
C
coeficientes de segurança para as três
barras: Cabo de aço
3,8m
Barra AB (compressão)
20kN/m
N AB σ 21.100N 100MPa
= Ruína = B
A
A s 654mm 2 s
4m
s = 3,1
Barra BC (tração) Figura I-67
s = 24,4 C
Cabo de aço
Para a estrutura o coeficiente de segurança
3,8m
N cabo
4m
Figura I-68
N cabo = 40kN
12. Ainda com relação ao exemplo 11;
como no estoque existia um cabo com
a. Determinação do diâmetro do cabo 16 mm de diâmetro, foi solicitado ao
(d) engenheiro Verificar se o cabo é
seguro, para um coeficiente de
Como o cabo é uma barra prismática; segurança ao escoamento igual a 1,4,
quando se despreza seu peso próprio, se quando a carga aplicada na barra
pode escrever: passa a ser 30 kN/m.
N Solução:
máx {σ} = cabo ≤ σ
A Nesta situação, a força normal no
cabo é:
σ e 430
onde σ = = = 215MPa .
s 2 kN 4m
Ncabo × 4m = 30 × 4m ×
m 2
Assim,
Ncabo = 60kN
N cabo 4 × N cabo
≤ σ d≥
π × d2 π× σ A área da seção transversal do cabo
4 é:
4 × 40000N
d≥ π × d 2 π × (16mm )
2
π × 215
N A= = = 201mm 2
mm 2 4 4
s = 1,45
Como a extremidade esquerda da barra
e a extremidade inferior do cabo se unem
em B, e o cabo está suspenso pela sua Como o coeficiente de segurança
outra extremidade; o deslocamento da encontrado é menor que requerido, se pode
extremidade esquerda da barra é igual à afirmar que o cabo é seguro.
variação de comprimento do cabo, Istoé:
OBS.:
N× l
DB = ∆l cabo = Embora o coeficiente de segurança
E × A cabo encontrado seja maior que um e maior que
o estipulado, esta situação é menos segura
que a do exemplo 11, pois, naquele
Cabo de aço
3,8m
13. Para o exemplo 12, foi solicitado 70kN
verificar se o cabo é seguro para um 20kN/m
coeficiente de segurança igual a 2,5 à A
ruptura. B
1m
4m
Solução:
Figura I-69
Para resolver o problema, basta
igualar a tensão desenvolvida pela força Solução:
normal do cabo (Ncabo) à tensão admissível
à ruptura; isto é: Faz-se necessário encontrar a força
que irá atuar no cabo nesta nova situação.
N cabo σ R Esta força é determinada pela condição de
=
A s equilíbrio ∑ M(em A ) = 0 .
60.000N 620MPa kN 4m
= s = 2,1 N cabo × 4m = 20 × 4m × + 70kN × 3m
201mm 2 s m 2
4m
para que o coeficiente de segurança
15tfm
seja 2 ao escoamento e para que a D
1m
variação de comprimento da barra C
não ultrapasse 2 mm. B A
Dados: 3m 2m
Trecho
Seção σR σe E
Transversal (MPa) (MPa) (GPa) Figura I-71
20
Ø Resposta:
A– A = 4,8cm 2
300 240 200
B
3. Determinar o coeficiente de
segurança da estrutura mostrada na
figura I-72, quando as barras são
idênticas.
B-C 500 340 70
25
Dados
σR =
σR = 80 MPa A=
120MPa 2
(compressão) 600mm
(tração)
C
A B C
20kN
45°
500mm 700mm A
B
Figura I-70
Figura I-72
Resposta:
Pmáx = 3,2 × 10 4 N Resposta
s = 2,4
Dados:
σR= 4200 kgf/cm
2 6 2
E= 2,1x10 kgf/cm