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UNIDESC - CENTRO UNIVERSITÁRIO DE ESTADO DE DESENVOLVIMENTO DO

CENTRO – OESTE CURSO: DIREITO

Disciplina: Direito Empresarial III

Curso: Direito / 6º semestre / Noturno

Professor: Marcelo Nobis

Data: 27/11/2020

Acadêmico: Tiago Xavier Ribeiro

Resumo : Capítulo 22-Duplicata

O objetivo de uma duplicata é constituir prova do contrato de compra e venda. Sua origem vem
desde o código comercial de 1850 art 219, a qual dizia que o vendedor era obrigado a emitir, em
duas vias, a relação de compra e venda sendo assinadas pelas duas partes contratantes e ficando
uma via com cada qual. A duplicata é diferente de outros títulos de créditos e detêm vínculo
fundamental para o comerciante amparar o recebimento do título de crédito.

A duplicata é uma espécie de título de crédito, que por sua vez são papéis representativos de uma
obrigação e emitidos de conformidade com a legislação. A lei regulamentadora em nossa
legislação, é: N° 5.474/68 - Lei das Duplicatas. O conjunto de duplicatas é chamado de
“carteira”o que seria um conjunto de ativos financeiros e o portador pode ser tanto pessoa física
quanto jurídica. A duplicata pode ser definida como um crédito decorrente de um contrato de
compra e venda ou de prestação de serviços. É um título causal, formal e circulável por meio de
endosso e negociável. Geralmente é assinado pelo comprador agindo como promessa de
pagamento da quantia correspondente à fatura de mercadorias vendidas a prazo. Quanto ao seu
uso, a duplicata deve ser apresentada ao devedor dentro de 30 dias de sua emissão, e ele deverá
devolvê-la dentro de 10 dias, com a sua assinatura de aceite ou declaração escrita esclarecendo
por que não a aceita. A duplicata paga, para segurança do devedor, deve ser retirada de
circulação, com quitação no próprio título, para que ele não possa ser cobrado por algum
endossatário de má-fé. A respeito do uso da duplicata de prestação de serviços, a mesma é título
emitido por profissionais ou por empresas, para cobrança de serviços prestados. É obrigatória nas
vendas a prazo e pode ser protestada por falta de pagamento, quando vencida, o devedor deverá
informar o valor líquido da fatura ao comprador, e este deverá reconhecer para aquele a
obrigação de pagar (art. 3° da lei 5.474/68). Uma duplicata prescreve em três anos partindo da
data do vencimento e um ano a partir do protesto. A diferença entre a duplicata e outros títulos de
crédito é que a mesma sempre esta ligada com a fatura, portanto sempre tem uma causa de
emissão, uma transação de compra e venda ou de prestação de serviços. Por isso ocorre um
vínculo o qual é fundamental para que o comerciante se encontre amparado quanto ao
recebimento do crédito, seja na justiça ou de forma amigável. A legislação brasileira considera
crime a emissão de duplicata sem causa, isto é, sem que tenha havido uma transação comercial e
uma emissão de fatura correspondente ao negócio realizado.

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