Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
BRADIARRITMIAS
• Caracterizam-se por frequência cardíaca baixa (FC <60 bpm); sintomas quando
abaixo de 50 bpm;
• Pode ser considerada normal em pessoas jovens com bom condicionamento físico;
• Também pode ser considerada normal em algumas situações de tônus vagal
excessivo, como no pós-prandial de refeições copiosas, durante o sono, durante a
passagem de sonda nasogástrica ou durante situações de estresse (por exemplo,
coleta de sangue em alguns indivíduos);
• Patológica→ quando há repercussão hemodinâmica;
• Problema do nó sinusal→ Disfunção do nó sinusal. Quando há sintomas→ doença
do nó sinusal (DNS);
• Problema no nó AV→ bloqueios atrioventriculares (BAV)
• DNS e BAVs são mais comuns em idosos com comorbidades;
• Raro em crianças (Lúpus neonatal)→ BAVT congênito;
ETIOLOGIA
• Causas intrínsecas
✓ Degeneração idiopática
✓ Isquemia
✓ Doenças do depósito (amiloidose, sarcoidose)
✓ Iatrogênica pós cirurgia (troca valvar)
✓ Doenças infecciosas (endocardite infecciosa, doença de Chagas, Lyme)
• Causas extrínsecas
✓ Medicações (BB, BCC, Amiodarona, digitálicos)
✓ Hipotireoidismo
✓ Distúrbios hidroeletrolíticos (K e Ca)
✓ SAHOS
✓ Hipertensão intracraniana (tríade de Cushing: bradipneia, hipertensão e
bradicardia)
✓ Hipotermia
✓ Neuromediadas: vasovagal, hipersensibilidade do seio carotídeo,
situacionais;
FISIOPATOLOGIA
•
• Inervação
Lucas Pereira – Internato #Emergência
✓ Parassimpático: nervo vago – colinérgico. Inerva o nó sinusal e o nó
atrioventricular;
✓ Simpático (adrenérgico)- inerva todo o coração.
✓ A FC basal é determinada pelo parassimpático.
QUADRO CLÍNICO
• Intolerância aos esforços
• Dispneia
• Dor torácica
• Tontura
• Síncope/pré-síncope
• Confusão mental
• A história clínica é importante e o uso de medicações deve ser detalhado. Também
é importante questionar condições clínicas subjacentes como disfunção renal ou
intervenção cardíaca prévia.
• Exame físico cuidadoso!
• Exames complementares na emergência: ECG de 12 derivações, eletrólitos,
função renal, gasometria, troponina, função tireoidiana, ecocardiograma e
dosagem de antiarrítmicos conforme suspeita clínica;
• O exame físico, a história clínica e os exames complementares devem ser
direcionados para a identificação da etiologia da bradicardia e, após estabilização
hemodinâmica do paciente, direcionar o seu tratamento;
• Avaliação ambulatorial: podem requerer avaliação cardiológica ambulatorial
podem requerer avaliação complementar através de outros exames como Holter,
monitor de eventos, teste ergométrico, etc;
TIPOS DE BRADIARRITMIAS
• Doença do nó sinusal – bradicardia sinusal→ o ritmo cardíaco é normal, apenas
a FC é mais baixa. Normalmente a bradicardia sinusal não tem significado
patológico quando encontrada em jovens com bom condicionamento físico. Pode
também ser vista em outras situações de aumento do tônus vagal como passagem
de sonda nasogástrica (SNG), coleta de sangue, após refeições copiosas, vômitos,
compressão do seio carotídeo ou situações nas quais há hipertensão intracraniana
associada (trauma, tumores, sangramentos, meningites, acidentes vasculares
isquêmicos).
Lucas Pereira – Internato #Emergência
✓ Bloqueio sinoatrial: a distância do intervalo é praticamente o dobro do
intervalo entre os QRS (são múltiplos)
✓ Síndrome Bradi-Taqui
• Bloqueios atrioventriculares
✓ BAV de 1º grau: uma onda P para cada QRS com intervalo PR aumentado
(PR > 200 ms) (PR normal: 3 a 5 quadradinhos – 120 a 200 ms)
TRATAMENTO
• MOVE
• Avaliação hemodinâmica: instável x estável
✓ Critérios de instabilidade – 5 D’s
1- Dispneia/hipóxia
2- Dor torácica/angina
3- Desmaio/síncope
4- Diminuição da PA/hipotensão (PA < 90)
5- Diminuição do nível de consciência
• Bradicardia instável
✓ Abordagem inicial→estabilização do paciente, com suporte de via aérea e
ventilação, além de oxigênio suplementar se necessário, monitorização e
avaliação de sinais vitais, além do estabelecimento de acesso venoso
central. A avaliação do nível de consciência deve ser constante.
✓ Caso algum dos sinais de instabilidade esteja presente, deve providenciar-
se o marca-passo transcutâneo (MCP TC) (ou droga em bomba de infusão
contínua que poderá ser adrenalina ou dopamina) e, enquanto isso, deve-
se administrar dose de atropina intravenosa. Logo após a instalação do
marca-passo transcutâneo, deve-se providenciar a passagem do marca-
passo transvenoso (MCP TV).
Lucas Pereira – Internato #Emergência
✓ Atropina (anticolinérgica – inibição do parassimpático) 0,5 mg EV,
repetida a cada 3 a 5 min; A meia vida da atropina é de 5 a 10 minutos.
Pode ser repetida até 6x (total 3 mg); Assim, é importante considerar que a atropina é
BAV avançados respondem mal uma medida INTERMEDIÁRIA para que se
coloque o marcapasso transcutâneo!
Referências:
1- Medicina de Emergência 2019 (HC da FMUSP);
2- Sanarflix e yellowbook
3- http://www.hcrp.usp.br/revistaqualidade/uploads/Artigos/159/159.pdf
4- https://www.youtube.com/watch?v=ufdDZLKou_Q