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 Conhecer o que é o sistema de processamento da informação;

 Conhecer as principais características das Teorias Cognitivistas antigas;


 Refletir sobre as implicações de tais teorias para o ensino-aprendizagem.

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 Surgimento da Psicologia enquanto ciência: Wundt e o estudo da mente;

 Século XX: Ascenção do Behaviorismo:


 Uma corrente de pensamento que surge no século XX, como uma vertente
metodológica, objetiva e científica baseada na comprovação experimental,
concentrando-se no estudo do comportamento (aprendizagem, estímulo e reações de
respostas etc.) e na concretude dos fatos.

 Revolução Cognitiva: Mudança de Paradigma.

(Neufeld & Stein, 1999; Coelho & Dutra, 2018).


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 O QUE FOI?
 Movimento intelectual dos anos 50, influenciado pelo surgimento de campos da inteligência
artificial, ciência computacional e neurociência.

 ALGUMAS IDEIAS FUNDAMENTAIS:


 Analogia mente-computador;
 A mente é um sistema complexo composto de muitas partes em interação.

 SISTEMA DE PROCESSAMENTO DA INFORMAÇÃO:


 Baseia-se no uso da metáfora do computador como modelo da cognição humana.

(Lopes et al., 2018).


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1. A mente é formada por processos cognitivos interrelacionados;
2. O principal responsável pela vida mental é a organização do conhecimento;
3. Processos cognitivos que sustentam eventos mentais devem ocorrer dentro de uma ordem
específica, pelo menos em algumas situações;
4. Já que eventos mentais são abstratos serão mais facilmente compreendidos utilizando uma
análise abstrata e, apesar de depender de substrato neurológico, não se restringem a ele;
5. O ser humano é autônomo e interage com o mundo externo intencionalmente;
6. A interação se dá através da mente que é um processador de símbolos e significados, que terão
relação com as coisas do mundo externo;

A teoria do processamento da informação é hoje a teoria mais difundida e


utilizada em Psicologia Cognitiva.
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As mudanças na ciência nos anos 1970, levaram à
psicologia a um redirecionamento para o estudo dos
processos cognitivos;

A maior tolerância a conceitos mentalistas e a adesão ao


paradigma do processamento de informação contribuiu
para o desenvolvimento do COGNITIVISMO;

As teorias cognitivistas da aprendizagem começaram a


ganhar protagonismo.

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 Teoria Neuropsicológica de Hebb;
 Teoria do Behaviorismo Intencional de Tolman;
 Teoria da Gestalt;
 Teoria de Campo do Lewin.
(Moreira, 1999).

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Donald Hebb (1904-1985)
 Psicólogo canadense que se interessou pelo estudo dos processos mentais
superiores;
 Procurou entender como a função dos neurônios contribuía para
processos psicológicos como a memória e o aprendizado;
 A transmissão repetida de impulsos entre duas células leva a uma facilitação
permanente da transmissão de impulsos entre essas células.
 Pontos em destaque:
 Circuitos reverberantes, aglomerados de células e sequências de fases;
 Reatividade e Plasticidade;
 Pensamento e Aprendizagem.

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Circuitos reverberantes
 Os neurônios podem ser ativados por estimulação, podem ativar uns aos outros e podem
transmitir impulsos que estimulam glândulas, órgãos e músculos. Assim, quando um neurônio é
reativado, ele pode disparar o neurônio que o reativou, provocando uma reativação
circular.

Aglomerados de células
 Circuitos reverberantes podem ativar uns aos outros formando aglomerados de células,
compostos por milhares de neurônios.

Sequências de fases
 Por sua vez, os aglomerados de células podem ativar uns aos outros dando origem a sequências
de fases.

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(Moreira, 1999).
Figura 1: Esquema de ativação dos circuitos reverberantes, aglomerados de células e
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sequências de fases. Fonte: Blanco, 2013.
 Reatividade: Capacidade do organismo de reagir a estímulos externos;
 Plasticidade: Capacidade do organismo de mudar em função da sua estimulação
repetida.

Para Hebb, plasticidade e reatividade são propriedades do sistema nervoso central


que explicam os comportamentos (Moreira, 1999).

Pensamento: Equivale a mediação entre estímulo e resposta;


Aprendizagem: A facilitação permanente da condução de unidades neurológicas.

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Edward C. Tolman (1886-1959)
 Mestre e Doutor em Psicologia, propôs a existência de uma caixa preta entre
o estímulo e a resposta;

 Para Tolman, todo comportamento é intencional, ou seja, é dirigido, através


das cognições, a algum objetivo;

 O behaviorismo de Tolman é intencional e molar;

 Cognição: Trata-se de uma abstração, algo que intervém entre estímulos e


respostas.
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 Todo comportamento é intencional, guiado por cognições; é a intenção, a meta, que
dirige o comportamento;

 É um behaviorismo molar, não molecular;

 O papel do reforço é, primordialmente, o de confirmar expectativas;

 O que é aprendido não é um comportamento específico em resposta a um estimulo


ou uma recompensa, mas uma cognição.

(Moreira, 1999).
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 É a intenção, a meta, que dirige o comportamento, e não a recompensa (reforço) em
si. Assim, é mais importante o professor evidenciar ao estudante a meta que ele
pode atingir, caso responda corretamente a um dado estímulo, do que recompensá-lo
pelo comportamento exibido;

 Para que o aluno apresente um comportamento desejado, o professor deverá reforçar


o maior número de vezes as conexões entre estímulos e expectativas;

 O professor deve promover a aprendizagem do aluno através do fortalecimento da


ligação entre um sinal (estímulo) e um significado confirmando a expectativa de
recompensa do aluno.

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O movimento gestaltista surgiu na Alemanha como forte reação ao
estruturalismo vigente;

 Gestalt: configuração, organização, forma, padrão.

 Premissa básica: O todo é maior que a soma das partes.

 A teoria gestaltista buscou focar seus estudos em metodologias qualitativas;

 Nomes importantes na Teoria da Gestalt:


 Max Wertheimer (1880-1943)
 Wolfgang Koller (1887-1967)
 Kurt Kofka (1886-1941)
 Kurt Lewin (1890-1947).
Da esquerda para a direita: Max Wertheimer, Wolfgang
Koller e Kurt Kofka. Fonte: Google Imagens
Insight:
 Definido como a súbita percepção de relações entre elementos de uma situação problemática.

 Frequentemente a aprendizagem ocorre de uma maneira súbita. Diz-se que essa


aprendizagem envolve insight, O aprendiz que tem um insight vê a situação de maneira nova,
a qual inclui compreensão de relações lógicas ou percepção das conexões entre meios e fins
(Moreira, 1999).

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Características da aprendizagem por Insight:

 A transição entre a pré-solução de um problema é súbita e completa;


 O desempenho baseado em uma solução obtida por insight é, geralmente, bom e
sem erros;
 A solução obtida por insight é retida por bastante mais tempo;
 Um princípio obtido por insight é facilmente aplicado a outros problemas.

Com isso, em uma situação de ensino, caberia ao professor selecionar condições nas quais a
aprendizagem por insight poderia ser facilitada. Por exemplo, mostrar ao aluno que a
solução de um problema alcançada por insight é facilmente aplicável a outros problemas.

(Moreira, 1999).
Leis da Percepção/aprendizagem (Moreira, 1999).

 Lei da pregnância (boa forma): tudo o que é percebido tende a assumir a melhor
forma possível; a organização psicológica será sempre tão boa quanto o
permitirem as condições de contorno.

 Princípios da Gestalt:
 Princípio da similaridade: Itens semelhantes tendem a formar grupos na percepção.

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Princípio da proximidade:
 Grupos perceptuais são favorecidos de acordo com a proximidade das partes.

Fonte: Google Imagens.


Princípio do fechamento:
 Áreas fechadas formam mais prontamente figuras na percepção.

Fonte: Google Imagens.


Princípio da continuidade:
 Fenômenos perceptuais tendem a ser percebidos como contínuos.

Fonte: Google Imagens.


Kurt Lewin (1890-1947)
 Campo: ideia oriunda da física que se refere a um sistema dinâmico
interrelacionado, no qual cada parte influencia todas as demais;

 Lewin modifica o conceito de campo, passando a incluir crenças,


sentimentos, metas e alternativas que o indivíduo percebe;

 Espaço vital: um compósito de tudo que é relevante para o


comportamento de um indivíduo, incluindo ambiente físico,
sentimentos, crenças, necessidades e o próprio indivíduo.
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Fonte: Google Imagens
• Teoria do Desenvolvimento Cognitivo de Piaget;
• A Teoria da Mediação de Vygotsky;
• A Teoria da Aprendizagem Significativa de Ausubel;
• A Teoria de Ensino de Bruner;
• A Teoria de Educação de Novak e o modelo de ensino-aprendizagem de Gowin.

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Fonte: Google Imagens
 Coelho, M. A., & Dutra, L. R. (2018). Behaviorismo, cognitivismo e construtivismo:
confronto entre teorias remotas com a teoria conectivista. Caderno de Educação, 49(1), 51-
76. Disponível em:
 Lopes, E. J., Rossini, J. C., Gomes, W. B., & Carone, I. (2018). Revolução cognitiva e
processamento de informação sessenta anos depois: retrospectiva e tendências. Memorandum,
35, 40-64. Disponível em: seer.ufmg.br/index.php/memorandum/article/view/12705.
 Moreira, M. A. (1999). Teorias cognitivas antigas. In: Moreira, M. A. (Org.). Teorias de
Aprendizagem (pp. 35-49). Editora Pedagógica: São Paulo.
 Neufeld, C. B., Brust, P. G., & Stein, L. M. (2011). Bases Epistemológicas da Psicologia
Cognitiva Experimental. Psicologia: Teoria e Pesquisa, 27(1), 103-112. Disponível em
 Neufeld, C. B., & Stein, L. M. (1999). As bases da psicologia cognitiva. Revista da Saúde,
3(2), 76-97. Disponível em:

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